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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A CIDADANIA, A GESTÃO DAS PESSOAS E A EXCELÊNCIA

“[...] Cultura e Ética

Quando tratamos a SMS (abreviatura utilizada no livro para: gestão da qualidade, segurança, meio ambiente e segurança), não é incomum ouvir-se de funcionários que a importância que a “empresa” dá a SMS é apenas discurso – na prática, “a empresa” na verdade não “queria”! Tudo não passava de fachada...

A questão que se coloca aqui é: pessoa jurídica “quer”? Consciência ética pode ser atribuída a uma organização? Naturalmente que não. Apenas pessoas podem deixar de ser éticas, pelas seguintes razões: a ética é a teoria geral, que busca contribuir para fundamentar ou justificar certa forma de comportamento moral. A ética trata de definir o que é bom genericamente. É apenas no comportamento moral que a ética pode ganhar concretude prática. O problema do que fazer em cada situação é um problema prático-moral, e não teórico-ético. E empresa, portanto, só pode ser ética se as pessoas que dela fazem parte se comportarem de acordo com princípios éticos. E mais: a ética existe porque existe conflito – conflito de interesses, conflito de objetivos, que precisam ser redimidos. Quando pensamos em SMS, temos que levar em consideração fatores da seguinte natureza: os recursos são escassos. É ético investir na proteção ao meio ambiente. Mas o excesso desses investimentos pode roubar da empresa capacidade de investir na ampliação da produção e na geração de empregos. Ou de competir e garantir a sua sobrevivência. O que é mais ético? Investir em proteção ao meio ambiente ou gerar emprego numa sociedade pobre e desigual? A solução ética, muitas vezes, está no equilíbrio, e não em decisões simples e absolutas. Quanto maior a eficácia dos investimentos em meio ambiente, ou seja, quanto mais os empregados colaborarem em tornar eficazes esses investimentos, maiores os recursos liberados para outras ações.

No entanto, não se pode julgar em termos éticos pessoas sem autonomia, e o núcleo da autonomia envolve quatro dimensões: a da liberdade, a da responsabilidade, a da vontade e a da consciência. Para que uma “empresa” possa ser ética, é necessário garantir aos empregados as precondições necessárias à ação ética.

Em latim, o termo “bônus” referia-se, ao mesmo tempo, ao homem bom e ao guerreiro. Ser bom não é ser manso. Ser bom é lançar-se à ação, como um guerreiro, que luta pelo que acredita. A verdadeira bondade está naquele que é dotado de vontade de potência – potência transformadora do mundo. Quando transferimos responsabilidades para os outros, abrimos mão de cultivar, em nós mesmos, este espírito guerreiro que é ao mesmo tempo motivador e libertador. A passividade é uma forma de servidão. O guerreiro pode ser tranqüilo, pode ser calmo, mas não pode se omitir. A omissão do guerreiro pode condenar a sua comunidade à morte. O preço da liberdade, da justiça, da cidadania, da segurança, da ordem social produtiva e positiva é o trabalho constante, a eterna vigilância, de cada homem bom. Cada vez que abrimos mão de nossas batalhas, em nome do comodismo, em nome da hierarquia, em nome “da garantia de emprego”, nos vendemos de alguma forma, e nos tornamos mais fracos e inseguros.

A discussão da busca pela excelência é central para várias correntes filosóficas e religiosas. Todas tendem, de alguma forma, para a idéia de que o bem depende do desenvolvimento da consciência de todos, e só da consciência ele emana. Todos nós, portanto, temos o papel de cultivar esta consciência em nós mesmos e na coletividade, abrindo mão de nossos desejos egoístas em nome de uma postura ética. A ação ética não é uma coisa abstrata. É uma forma de ação sobre o mundo, sobre os outros, uma ação cujo núcleo está na capacidade de renúncia: eu sou ético quando renuncio à preguiça, quanto renuncio ao medo, à acomodação, a colocar o meu prazer acima do respeito e da valorização do outro e dos meus princípios, e coisas desta natureza. Neste sentido, a participação na construção de uma cultura de SMS é uma forma de despertar o guerreiro. É lançar-se ao bom combate, sabendo que, ao fazê-lo, está salvando vidas, o meio ambiente, valorizando seus colegas etc. Não há “empresa” ética. A “empresa” é uma pessoa jurídica. Não tem caráter, personalidade ou consciência. Quando falamos em empresa ética na realidade estamos falando em coletividade de empregados éticos. Só seres dotados de consciência e razão podem ser ou deixar de ser éticos. A ética é uma escolha da consciência. É uma disciplina (ver nosso conceito de disciplina no Capítulo 3). E é também uma forma de solidariedade, pois o sujeito ético auxilia aos outros na sua libertação.

É possível transmitir a cultura da excelência para familiares, vizinhos e outras comunidades. Isso é uma missão das empresas e seus funcionários. O número de crianças que se ferem em acidentes domésticos é enorme. O número de jovens que morrem desnecessariamente por causa de acidentes também. Quem é responsável por isso, senão os adultos da sociedade? Durante muitos anos, no Brasil e no mundo, tivemos medo de falar em ética, em responsabilidade e em consciência. Tivemos medo de assumir uma postura educadora por medo de parecermos caretas, mas hoje isso vem mudando. Isso é cidadania: acreditar-se responsável pelo pleno desenvolvimento da república, entendido no seu sentido mais nobre de “coisa pública”, res publica. [...].”
(CARMEN MIGUELES, in Criando o hábito da excelência: compreendendo a força da cultura na formação da excelência em SMS/Carmen Pires Migueles, João Ricardo Barusso Lafraia e Gustavo Costa de Souza. – Rio de Janeiro: Qualitymark Edit., 2006: Petrobras 2006, páginas 33 e 34).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de fevereiro de 2011, Caderno MEGACLASSIFICADOSTRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, Coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2, de autoria de MARTA DEMATTOS, Professora do Ibmec, que merece INTEGRAL transcrição:

“Os desafios da gestão de pessoas

Como lidar com as frustrações de uma meta não alcançada ou de uma promoção não obtida? Essa questão representa um dos inúmeros desafios que envolvem o processo de gerir pessoas. Em uma situação de intensas mudanças, elevadas exigências, excesso de demandas, os gestores têm que encontrar tempo para permanecer próximos de suas equipes, dar atenção a quem trabalho com eles, cuidar de quem eles lideram, mantendo-se, ainda, como legítimos representantes de suas empresas.

Isso significa lidar com um dos maiores desafios da gestão de pessoas: conciliar os interesses da organização com os interesses individuais, que são diversos, porque as pessoas são diferentes e, naturalmente, têm desejos e expectativas singulares. Sendo assim, um dos primeiros movimentos que o gestor deve fazer no sentido de enfrentar os desafios de gerir pessoas é ouvir as necessidades de cada um.

Ao compreender o que cada indivíduo precisa e oferecer a ele o que é possível de forma alinhada com as necessidades da empresa, o gestor obtém o real comprometimento do colaborador. E para vencer os desafios da gestão de pessoas é preciso ter os funcionários ao lado e não atuando contra. Para ter as pessoas jogando no time é preciso conceder autonomia para que elas façam o seu trabalho. A autonomia é uma das bases da motivação. Afinal, não é isso que todo gestor quer: pessoas motivadas para melhorar os resultados do negócio?

Além de autonomia, as pessoas têm que ser desafiadas a alcançar a excelência. E para isso é preciso oferecer a elas tarefas nem tão fáceis, nem tão difíceis. Ou seja, as atividades atribuídas a cada um devem ser na medida da capacidade que a pessoa tem: não pode ser tão simples a ponto de não desafiar em nada quem vai executá-la, mas também não pode ser tão complexa a ponto de frustrar o profissional que não terá condição de realizá-la. Além disso, é preciso considerar as preferências e aptidões de cada um, o que permitirá o maior empenho na realização da tarefa. Quando fazemos algo de que gostamos muito, dentro das capacidades que temos, atingimos um estágio de prazer em que não se vê o tempo passar e a entrega é total.

Ainda considerando a motivação das pessoas, um dos maiores desafios é oferecer um significado para o trabalho. Os profissionais devem perceber que eles realizam mais do que uma tarefa, eles têm que alcançar a compreensão da obra como um todo. Os seres humanos, em geral, estão em busca de propósito – uma causa maior e mais duradoura do que eles mesmos. Nesse ponto o gestor tem um papel fundamental. Ele tem que comunicar de forma eficiente o sentido do trabalho, ampliando o entendimento sobre o negócio da empresa, sua missão, sua visão e seus objetivos estratégicos, e também deixar claras as expectativas sobre o desempenho e o resultado esperado de cada um. Só assim as pessoas vão compreender a verdadeira razão de realizar um determinado trabalho. Isso cria mais sentido para a vida profissional.

Evidente que existem muitos outros desafios para gerir pessoas. Este texto apresenta o caminho inicial para aprimorar essa gestão e criar um melhor ambiente de trabalho, que ainda necessita considerar o estabelecimento de relações de confiança, a administração dos conflitos, a oferta de feedbacks constantes e a manutenção de um clima agradável e de bom humor.

Por fim, um recado para os gestores: não se esqueçam de contar verdadeiramente com as pessoas. Você não está sozinho. Divida mais, amplie a participação das pessoas nas decisões, ouça mais quem trabalha com você, busque ajuda, atribua mais responsabilidades, chame as pessoas para gerenciar junto com você. Você poderá se surpreender com os resultados e viver dias melhores nessa desafiante jornada de gerir pessoas.”

Eis, pois, mais RICAS páginas contendo DENSAS e QUALIFICADAS ponderações e REFLEXÕES das quais o nosso PAÍS anda SEDENTO... e que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigência do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A CIDADANIA E A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS (15/45)

(Setembro = mês 15; Faltam 45 meses para a COPA DO MUNDO DE 2014)

“[...] LIDERANÇA E ESPIRITUALIDADE

É no domínio da teologia, dos estudos sobre a espiritualidade, que encontramos o caminho para a compreensão dos aspectos da liderança que não são capturáveis por uma lógica científica. Se olharmos para o mercado sem o viés da ciência econômica, do marketing, da gestão, seremos capazes de perceber que mercado é um local físico ou virtual onde pessoas interagem, criando relações, organizações e instituições que permitem não só sua existência econômica, mas também física, psicológica, emocional e cultural. O fenômeno mais amplo e mais claramente perceptível do mercado é que nele se dão relações de troca, de diferentes naturezas, entre seres humanos. Cada uma das ciências busca isolar um aspecto dessas relações como base para a elaboração de suas teorias, mas nenhuma consegue abordar o ser humano como um ser em relação ao todo. É a teologia que faz esse esforço.

A liderança capaz de produzir os sentimentos de entusiasmo, pertencimento, participação, em projetos de forma integral, em que a dimensão ética, moral, emocional, cultural e estética se desvela de forma interligada, é aquela capaz de produzir o cultivo de uma experiência contaminada por uma Presença, não física, divina, que traz efeitos de paz, alegria, sensação de acolhida e plenitude, que abrem espaço para que as pessoas que com ela participam da vida do trabalho descubram em si potenciais que elas mesmas não conheciam. Ao longo da condução das tarefas, essa tipo de diferença é capaz de produzir o reavivamento constante dessa experiência, fonte sempre renovada de energia, uma forma de alimento da alma que aumenta a força da adesão a um projeto que, em si, se apresenta como um caminho, no sentido metafísico do termo, que, se percorrido, desvela o que há de melhor para as pessoas.

O curioso é que o faz ao abrir caminhos para a vivência da característica central da vida no Espírito, que é marcada por autoconsciência e por linguagens que exprimem essa autoconsciência, sejam elas verbais, não verbais, artísticas, intelectuais ou de realizações profissionais. Ela reativa os fundamentos da vida comunitária, em que a ética da colaboração e do cuidado estão presentes a cada ação.”
(CARMEN MIGUELES, in Liderança baseada em valores: caminhos para a ação em cenários complexos e imprevisíveis / Carmen Migueles & Marco Tulio Zanini ( organizadores); Angela Fleury... [et al.]. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, páginas 56 e 57).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de agosto de 2010, Caderno OPINIÃO, página 13, de autoria de VIVINA RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação, escritora, que merece INTEGRAL transcrição:

“Educação em direitos humanos

A crise moral e ética, tão disseminada na sociedade, estaria impulsionando estudos e reflexões? Com certeza, a explosão e banalização da violência e delitos e da própria vida têm estimulado estudos de psicólogos, sociólogos, psiquitatras e demais profissionais da área. Modismos fúteis, culto exagerado ao prazer, liberdade sem limites e a famosa lei de levar vantagem em tudo, mesmo que se violem os direitos de outros, são fatos comuns. Uma sociedade sem normas, em que tudo pode ser feito? Crimes, mortes, mentiras, traições, corrupção, trapaças, roubos?

Felizmente, percebe-se uma tendência mundial de expressar repúdio a essa realidade social tão perversa. No livro Vernon god little, de DBC Pierre (pseudônimo do escritor australiano Peter Warren Finlay), há uma reflexão crítica sobre a sociedade norte-americana (ocidental, brasileira?), que, ao incentivar o sucesso desmedido, a vaidade, o egoísmo, a esperteza, quebra de valores, leva os indivíduos a uma vida fútil, vazia e destruidora. Nessa crítica, evidencia a TV como coadjuvante importante na construção dessa cultura perniciosa. As propagandas apelativas de bebidas alcoólicas, que associam o produto ao sexo banal, à beleza, felicidade, além das novelas de conteúdo fútil, são exemplos no Brasil. Como saída para esse vazio, DBC Pierre vislumbra a possibilidade de uma mudança espiritual capaz de mudar essa perigosa realidade. No cinema, o filme Beleza americana retratou, de forma crítica, os valores e costumes d decadente sociedade norte-americana. A série Dogville também nos brindou com excelente crítica ao povo estadunidense, mostrando de forma realista valores fúteis e mesquinhos movendo ações vis de cidadãos no dia a dia. Infelizmente, tudo isso parece norma. Mas, como aceitar?

A sociedade civil tem reagido. A recente aprovação do Projeto Ficha Limpa no Brasil é uma demonstração clara de que o cidadão não aceita mais corrupção e crimes de políticos. Ser correto, ter ficha limpa agora é necessário e importante a conscientização do cidadão ficha-limpa. Ser honrado, íntegro, digno e contra as violações, seria nossa obrigação como cidadão. Importante a consciência de que o livre-arbítrio e a liberdade são limitados e que nenhum indivíduo pode violar o direito do outro. Isso é fundamental para que a civilidade e os códigos morais e éticos se sobreponham às tantas futilidades e banalidades vigentes.

Criticamos veementemente vícios e imoralidades em autoridades, políticos, líderes, mas é difícil fazer autocrítica e reconhecer os próprios vícios. Sou um cidadão correto e íntegro? A preocupação com a coletividade, o compromisso social de cada um para melhorar o mundo também é visto com ceticismo e crítica. Ser cidadão ficha-limpa é o começo dessa importante mudança até cobrarmos do Estado políticas públicas mais efetivas nessa área. Sabemos que respeito, virtudes e civilidade podem contribuir para evitar e resolver conflitos trazendo qualidade de vida. Piero Massimo Forni, especialista em civilidade pela Universidade John Hopkins, afirma que, “se melhorarmos a nossa capacidade de nos relacionar, teremos menos brigas, estresse e, consequentemente, menos processos e pessoas doentes”. Calculou até o custo da falta de civilidade nos Estados Unidos: US$ 30 bilhões por ano. Quanto custaria no Brasil a falta de civilidade e de respeito ao outro?

Civilidade, ética, moral, altruísmo, honradez, integridade estão em consonância com o cumprimentos dos direitos humanos. Urge a construção de um projeto nacional de educação em direitos humanos na família, na escola e na mídia. Sabemos que as maiores violações dos direitos humanos têm início na família, na infância e em que se estrutura a nossa personalidade. Daí a importância desse projeto nacional em direitos humanos desde criança – a “aprendizagem” da civilidade, cidadania e do respeito aos direitos humanos. Essa é a base para um mundo melhor!”

São, portanto, mais páginas com INQUIETAÇÕES e REFLEXÕES que acenam para as URGENTES e NECESSÁRIAS transformações que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA , que permita PARTILHAR as suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do TERCEIRO MILÊNIO, da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A CIDADANIA, A ÉTICA E AS RELAÇÕES DE TRABALHO

“Capítulo 2 – LIDERANÇA E ESPIRITUALIDADE

[...] Em contextos abertos para a excelência, o vínculo entre as pessoas se forma porque a ética permite que divergências ocorram de forma salutar, sem destruir o respeito e preservando espaço para o gozo estético: a satisfação e a felicidade profundas que experimentamos quando podemos produzir o belo, sendo este uma forma melhor de trabalhar, de proceder, uma solução brilhante, a solução de problemas recorrentes, dentre outros, participando de algo melhor. Os estudos de antropologia e neurologia apontam cada vez mais para a conclusão de que o ser humano nasce com propensão natural para a ética e para a moral, assim como nasce com propensão para a linguagem. A estética, que se confunde com ética de inúmeras formas, refere-se a essa capacidade humana para criar e para ter preferência pelo belo. Bom e belo confundem-se na cultura e no universo da emoção. A negação da possibilidade de produzir e usufruir do belo é uma forma de violência. Não há ética onde não há possibilidade de vivência estética.

Como a estética está diretamente relacionada à motivação e ao entusiasmo, não há motivação verdadeira onde essa dimensão humana é reprimida. [...]”
(CARMEN MIGUELES, in Liderança baseada em valores: caminhos para a ação em cenários complexos e imprevisíveis / Carmen Migueles & Marco Tulio Zanini (organizadores); Angela Fleury... [et al.]. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, páginas 58 e 59).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADA NIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de agosto de 2010, Caderno MEGACLASSIFICADOS/TRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, página 2, de autoria de JÚLIO CÉSAR VASCONCELOS, Consultor organizacional, personal & professional coaching, que merece INTEGRL transcrição:

‘Ética e relações de trabalho

Urge como nunca falar e discutir sobre ética no Brasil nos tempos atuais neste nosso mundo globalizado. Segundo o Relatório 2009 da ONG Transparência Internacional, o Brasil ficou classificado (pasmem!) como o septuagésimo quinto país mais corrupto do mundo entre outros 180 países, com 3,7 pontos, numa escala de zero a 10. O problema é sério e precisa ser tratado de forma radical.

Se voltarmos na linha do tempo, desde os idos de 1500, vemos Pero Vaz Caminha, em sua famosa carta ao rei de Portugal, pedindo à Sua Alteza a “gentileza” de conseguir uma “boquinha” para seu genro Osório, que se encontrava degredado na África por ter roubado uma igreja e batido no padre:
“Vossa Alteza, que há de ser de mim muito bem servida, a ela peço que, por me fazer graça especial, mande vir da ilha de São Thomé a Jorge de Osório, meu genro, o que de lá receberei em muita mercê...”

Mais à frente, em 1808, encontramos D. João VI fugindo da invasão de Napoleão a Portugal e vindo para o Rio de Janeiro, na época com 60 mil habitantes, com toda a família imperial, além de uma enorme trupe de mais de 10 mil pessoas, entre serviçais, puxa-sacos e apadrinhados. Criou-se então a cerimônia do beija-mão, ritual por meio do qual os súditos do rei iam prestar-lhe homenagem, demonstrar submissão e, de quebra, pedir-lhe algum favorzinho para si e para seus familiares.

O problema é que a coisa se alastrou como praga, chegando aos dias atuais, atingindo todos os níveis, independentemente das classes políticas ou sociais.

Como professor da disciplina ética e relações no trabalho em cursos de pós-graduação, tenho tido oportunidades as mais variadas de ver o enorme estrago que a falta de ética produz na sociedade. Normalmente, peço aos alunos que descrevam e analisem casos em que eles observam o envolvimento de questões no trabalho, na comunidade, na sociedade e em seguida realizamos um seminário para compartilhamento das experiências relatadas.

A participação de todos é estimulante, acalorada, mas ao mesmo tempo dramática. Nos relatos, dilemas de meios e destinatários afloram em tomadas de decisões bastante questionáveis. A lógica maquiavélica dos fins justificando os meios, várias vezes, prevalece na prática. Algumas pérolas despontam para embasar justificativas lamentáveis:

“Se todos roubam, só eu não vou roubar?”
“Se o governo cobra impostos abusivos, nós temos mesmo é que sonegar.”
“É só um pequeno aumento no recibo do táxi para ajudar no salário.”

Os contraexemplos são os mais variados. Nesse rol aparecem relatos de alunos que assinam a lista de presença para colegas que faltaram às aulas, alunos que deixam colegas assinarem trabalhos nos quais não tiveram participação, tudo em nome do companheirismo e da amizade. Aparecem cidadãos que compra CDs piratas, profissionais vendendo recibos falsos para abater no Imposto de Renda, motoristas infratores pagando o policial corrupto livrá-los da multa, empregados levando pequenos objetos da empresa para casa, secretárias de paróquias pegando dinheiro da sacolinha do padre e uma lista interminável.

Em níveis mais avançados, surgem imagens retratando quantidades enormes de dinheiro publico, escondidos em meias, cuecas e malas, verbas desviadas com concubinas e viagens para inauguração de obras eleitoreiras, políticos vendo suas contas bancárias inflarem com dinheiro de verbas indenizatórias, benesses e propinas deslavadas.

Até a religião, que deveria ser um marco da moralidade, aparece nos relatos, traindo seus fiéis com enormes quantias de dinheiro fugindo do país em malas abarrotadas e crianças sendo sexualmente molestadas.

Depois do seminário, normalmente surge uma sensação de desconforto, interrogação e uma necessidade imperativa de mudar. Surge então no ar uma pergunta que não quer calar: como podemos cobrar lisura dos nossos representantes, se grande parte dos cidadãos não tem coerência necessária entre seus julgamentos, cobranças e atos? As eleições estão aí, como e quem nós vamos eleger para nos representar?

A conclusão surge de maneira traumática: é necessário rever urgentemente nossos princípios, valores, atitudes e hábitos. Se quisermos de fato mudar nosso país, temos que começar pela base, e esta base está dentro de nós e somente nós podemos mudá-la. Precisamos que a ética moral, respaldada em princípios e valores sólidos, prevaleça sobre a imoralidade. Em meio a tanto impropério e falta de integridade, vale a pena repetir os belíssimos versos da poetiza Eliza Lucinda, Só de sacanagem:

“A luz é simples, regada aos conselhos simples de meu pai, minha mãe, minha vó e os justos que o precederam: não roubarás, devolva o lápis do coleguinha, este apontador não é seu meu filho... Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear, mais honesto ainda eu vou ficar, só de sacanagem, mais honesto ainda eu vou ficar, só de sacanagem... Sei que não dá para mudar o começo, mas se a gente quiser vai dar para mudar o final!...”’

Está, pois colocado, de forma CONCISA, COMPETENTE, QUALIFICADA, um cenário que, longe de ARREFECER o nosso ânimo, muito mais, nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita então a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, que estejam IGUALMENTE comprometidos com VIGOROSAS ações na EDUCAÇÃO, na SAÚDE, no SANEAMENTO AMBIENTAL (vale dizer: água TRATADA, esgoto TRATADO, lixo TRATADO e drenagem pluvial), HABITAÇÃO, TRABALHO-RENDA-EMPREGO, MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA, RODOVIAS, FERROVIAS, HIDROVIAS, PORTOS, AEROPORTOS, ARMAZENAGEM, ENERGIA, SEGURANÇA PÚBLICA, CIÊNCIA e TECNOLOGIA, PESQUISA e DESENVOLVIMENTO, TELECOMUNICAÇÕES, CONECTIVIDADE, QUALIDADE-PRODUTIVIDADE-COMPETITIVIDADE, AGREGAÇÃO DE VALOR... e sempre segundo as exigências da MODERNIDADE, da era da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSA...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A CIDADANIA BUSCA AVANÇOS E COMPETÊNCIAS

“Capítulo 2 – LIDERANÇA E ESPIRITUALIDADE

[...] Se perguntarmos a um líder por que investir tanto esforço na busca de um objetivo e em descobrir nos outros talentos e contribuições para isso, encontraremos invariavelmente a mesma resposta: há ali um trabalho que deve ser feito e há nas pessoas talentos e recursos para realizá-lo, mesmo que elas ainda não tenham compreendido bem sua tarefa ou pareçam não acreditar que podem fazê-lo. Há uma decisão que antecede a razão e que motiva a mobilização de esforços. Há uma fé nas pessoas à sua volta que faz crer que elas serão capazes e contribuirão mesmo que ainda não tenham dado a palavra ou contribuição efetiva nessa direção. Encontramos muito dessa disposição dentre os fundadores de organizações de várias naturezas, desde empresas até organizações do terceiro setor .

A ciência parece não ter recursos para explicar essa fé e essa decisão. Na esfera das religiões, no entanto, esse tema é continuamente revisitado. Lutero, em seus escritos, fala da aceitação, por alguns, do chamado de Deus para realizar uma missão e, portanto, de sua capacidade de descobrir em si, e de utilizar, os talentos que lhes foram dados para esse fim. Deus daria a cada um de nós essa oportunidade, mas poucos aceitam o desafio e colocam-se verdadeiramente a serviço. Colocar-se a serviço aqui depende do uso do livre arbítrio na condução dos assuntos da vida e da capacidade de escolher agir com base em valores e servindo a Deus, e, portanto, à comunidade, como coconstrutor do mundo, iluminado pelo Espírito Santo. Daí a afirmação, comum em muitas igrejas, de que Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos – aqueles que, por terem feito essa opção original por Ele, são dotados de meios para alcançar os objetivos nobres a que se propõem.

A capacidade de enxergar alternativas para a maneira como os assuntos humanos são tratados e a fé na possibilidade de mudança parecem desbloquear grande energia para colocar essas visões em prática e seriam a fonte da motivação extraordinária que encontramos em algumas pessoas para agir para além do que a racionalidade de curto prazo apontaria como lógico com base nas informações e possibilidades presentes. Sem essa motivação primeira, o que temos são indivíduos motivados por ganhos econômicos ou de poder, tentando convencer os outros a segui-los muito mais por interesse próprio do que por qualquer outra razão mais nobre. Sem nobreza de intenção, o que resta é o esforço por exercer influência para conseguir que outros seres humanos ajam de acordo com o interesse daquele que exerce esse esforço. Desde que o mundo é mundo existem seres humanos tentando colocar outros a seu serviço de diferentes formas, e esse esforço é, na maioria das vezes, percebido exatamente como tal.”
(CARMEN MIGUELES, em capítulo do livro LIDERANÇA BASEADA EM VALORES: Caminhos para a ação em cenários complexos e imprevisíveis; Carmen Migueles & Marco Túlio Zanini (organizadores); Angela Fleury... [et al.]. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, página 51).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de agosto de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

“Avanços e competências

Os avanços na sociedade contemporânea são medidos, quase exclusivamente, considerando-se os aspectos envolvendo a tecnologia e a economia. Há, no entanto, uma demanda muito pertinente que remete à questão do sentido da vida. Torna-se indispensável conhecer o significado da própria vida, das suas atividades e da própria morte. Há, por exemplo, uma progressiva insatisfação que toca desde a condição existencial do indivíduo, tornando-se veneno que corrói o altruísmo e a alegria do viver, até o alto padrão de vida sonhado nas sociedades contemporâneas. Essa insatisfação contracena com o crescimento da consciência acerca dos direitos invioláveis e universais da pessoa, tornando mais viva a aspiração pelo estabelecimento de relações mais justas e mais humanas. Aspiração que se concretizará no exercício das responsabilidades cidadãs, profissionais e governamentais.

Esse exercício, no entanto, não se efetiva apenas por intermédio de mecanismos técnicos, por mais sofisticados que sejam. O contexto atual está refém de um déficit humanístico, fator que causa uma incompetência generalizada para a adequada condução de processos, a efetivação de projetos e a fecundidade de ações. Essa convicção não encontra lugar na formação acadêmica, nem nos investimentos permanentes que toda pessoa, seja qual for a sua condição e em qualquer âmbito de ação profissional, precisa fazer para respaldar suas ações e garantir a indispensável sabedoria de ver frutos naquilo que faz. Por isso mesmo, a importância da formação integral, que traz em sua essência os aspectos humanísticos, cujas raízes têm nascedouro também na opção religiosa e no que é próprio de uma prática confessional – o amálgama que rejunta e tempera o que se aprende em qualquer campo do saber e da ciência. É inquestionável a situação deficitária desse substrato humanístico advindo de referências, com força de princípio e de fonte como o cristianismo. Além, é claro, dos valores para consertar situações e garantir ao indivíduo uma indispensável capacidade para ocupar cargos, exercer lideranças e conduzir processos.

É uma lástima e um prejuízo enorme para a sociedade e toda instituição, civil ou religiosa, a distância de um substrato humanístico indispensável e sua substituição pela pretensão ingênua e néscia de ocupar lugares, garantir benesses e dignificar-se pela ocupação de uma cadeira na instituição religiosa, governamental, civil. Há um déficit humanístico que assola o mundo contemporâneo e está precipitando as pessoas à inversão de um entendimento importante e necessário para a saúde da sociedade. Pensa-se mais na ocupação de cadeiras e cargos para se tornar importante. O substrato humanístico, alargado e fecundado, gera pessoas de referência que, assentadas na cadeira e ocupando, os dignificam e fazem destes uma alavanca importante nos avanços desse tempo. Confunde-se liderança com domínio autoritário de súditos, ou com artimanhas de conchavos que escondem a verdade e não prezam a transparência e o respeito aos direitos e à justiça; com barganhas que acobertam as mediocridades. Só o substrato humanístico alavanca exercícios profissionais e a condução de processos, nas responsabilidades governamentais e institucionais, com fecundidade.

Não se trata de uma maquiagem externa para impressionar com a mudança de visual ou com o retoque à moda do que se pode fazer com o Photoshop. Trata-se de um tratamento da interioridade, aquela que sustenta a capacidade do diálogo, evita os destemperos, equilibra com sabedoria a insubstituível capacidade de interpretação adequada da realidade e dos fatos. É muito difícil porque a interioridade é uma realidade não palpável. Sua revelação se dá na leveza das condutas e na inteireza dos atos entrelaçados com a clareza nobre das ideias e argumentações expostas na inteligência do que se diz, se compreende e se vive na prática. O momento atual está clamando por pessoas de uma considerável envergadura humanística, entendida como a mais importante competência, emoldurando o que se aprendeu a fazer profissionalmente. A sociedade precisa ser governada por homens e mulheres com essa têmpera. As instituições precisam alargar seus horizontes e construir suas identidades e missões fundamentadas na competência humanística e, assim, escrever outra história.”

São, portanto, páginas como essas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando, a partir de um VIGOROSO SUBSTRATO HUMANÍSTICO, à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da MODERNIDADE, da era do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS e de um mundo da PAZ e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...