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quarta-feira, 7 de julho de 2010

A CIDADANIA E O DRAMA DO ENSINO MÉDIO

“[...] A palavra educar tem as suas raízes no vocábulo latino educo que significa desenvolver-se de dentro, projetar-se, crescer por meio da lei da prática. Segundo Sócrates, ele nada ensinava, apenas ajudava as pessoas a tirarem de si mesmas opiniões próprias e limpas de falsos valores, pois o verdadeiro conhecimento tem de vir de dentro, de acordo com a consciência.


Até mesmo na atividade de aprender uma disciplina qualquer, o professor nada mais pode fazer que orientar e esclarecer dúvidas, como o lapidador tira o excesso de entulho do diamante, não fazendo o próprio diamante.


O processo de aprender é um processo interno, e tanto mais eficaz quanto maior for o interesse de aprender. Só o conhecimento que vem de dentro é capaz de revelar o verdadeiro discernimento. E um modelo educacional deve ter por objectivo imediato o desenvolvimento da capacidade de pensar, não apenas ministrar conhecimentos. “A única revolução possível é dentro de nós” (Mahatma Gandhi) [...]”
( Rev. WILSON BORGES, in Leituras estimulantes, extraído de trabalho intitulado EDUCAÇÃO NA PRÁTICA, em contribuição enviada por e-mail para esta página).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de EDITORIAL publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 2 de julho de 2010, Caderno OPINIÃO, página 10, que merece INTEGRAL transcrição:

“O drama no ensino médio

Ninguém deve se iludir. Por mais que o Brasil tenha avançado na oferta de educação básica, como informam os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado ontem pelo Ministério da Educação (MEC), o país tem de se preocupar com a dramática situação do ensino médio. Bastou a economia acelerar o ritmo do crescimento para disparar os primeiros alertas sobre o apagão de mão de obra. Falta gente em condições de compreender um simples manual de instrução básico ou técnico na indústria. Os resultados do Ideb para o ensino médio explicam em boa parte essa situação. Afinal, as metas do governo para esse nível de ensino eram modestas e, em vez de comemoração, o avanço mísero 0,1 entre 2007 e 2009 retrata a grave defasagem entre a preparação do jovem brasileiro para o trabalho e a realidade da demanda, o que compromete a competitividade do país.

Calculado a cada dois anos, o Ideb reúne as avaliações criadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Aníbal Teixeira (Inep) e leva em conta o rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho em língua portuguesa e matemática na Prova Brasil (aplicada nas últimas séries dos ensinos fundamental e médio. Numa pontuação que vai de 0 a 10 pontos, a média dos alunos desse nível de ensino, em 2009, ficou em 3,6 pontos (a meta era 3,5, índice que tinha sido alcançado em 2007). Especialistas em educação têm alertado para o fato de que a sociedade do conhecimento exige, por enquanto, pelo menos o diploma do ensino médio para a inclusão das faixas mais modestas do mercado de trabalho. No entanto, a média brasileira é de apenas sete anos de estudos e só 16% da população economicamente ativa tem o ensino médio completo. Menos de 10% dos alunos têm acesso ao ensino profissionalizante, o que significa que a esmagadora maioria dos jovens está sendo teoricamente preparada para ingressar numa universidade, quando se sabe que a maioria deles não terá acesso ao terceiro nível de ensino. Não à toa, a metade dos matriculados desistem por falta de interesse.

É estratégico encarar esse drama com urgência. Do contrário, teremos de importar mão de obra, negando oportunidade aos brasileiros, ou nos contentarmos com índices de crescimento econômico abaixo do fluxo de jovens ao mercado – o que igualmente resultaria em desemprego. Nesse sentido, há uma boa ideia em gestação no governo, que pode ver em socorro à falta de qualificação do jovem brasileiro para o trabalho. Os ministérios da Fazenda e da Educação estudam a concessão de incentivos fiscais a empregadores que financiarem cursos de ensino médio profissional em escolas particulares para seus funcionários. Já que o governo, apesar da eloquência do discurso oficial, não tem sido capaz de ofertar a preparação dos jovens no ritmo em que eles são chamados pela economia, que se abra mão de tributos para viabilizá-la em instituições privadas qualificadas. Mas que esses estudos não levem tempo demais.”

São, pois, páginas que nos dão bem a dimensão do gigantesco DESAFIO que a EDUCAÇÃO BÁSICA representa para a nossa INSERÇÃO no mundo DESENVOLVIDO. Todavia, e mais do que nunca, nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS com eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da MODERNIDADE, da era do CONHECIMENTO e das NOVAS TECNOLOGIAS, e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVESAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...