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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA PAZ E DA SERENIDADE E A OUSADIA DA INOVAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE

“Buscar incansavelmente a paz e a 
serenidade é o exercício de hoje
        A rápida deterioração pela qual passam as formas materiais pode iludir a consciência, despertando nela certa ansiedade. Viver com alegria e inteireza o ritmo dos ciclos externos e ao mesmo tempo estar desprendido dele permite a sintonia com leis superiores.
         Nada pode justificar uma preocupação ou ansiedade. Que se tenha fé na abundância que transforma as provas em momentos de grande evolução, ou ao menos que se permita que a consciência dê passos ao deixar de lado a expectativa.
         O tempo para as transformações internas aflorarem não é o mesmo dos relógios. Assim, para descobri-lo e acompanhá-lo faz-se necessário abdicar de contar o que falta para o destino e entrar em sintonia com engrenagens em que leis de outra natureza prevalecem. É sábio coligar-se com o universo desconhecido que existe no centro do próprio ser, desligando-se então de todo o resto. Esse universo não se encontra em lugar físico algum, é um estado no qual não há conflitos que a vida externa apresenta. Da interação com ele emerge a capacidade de permanecer em paz diante de situações que no momento ainda não podem ser transformadas.
         Quanto mais o homem reage contra circunstâncias que prensa serem desfavoráveis, mais entra em choque com as forças do nível em que elas se desenvolvem. Enreda-se assim com forças do jogo cármico, adiando as mudanças que poderiam ocorrer. Essa capacidade de aceitar a condução superior amadurece quando se deixa de lutar com eventos que se dissolvem por si mesmos na hora mais adequada.
         A vida interna e a externa tendem a aproximar-se e a tornar-se um conjunto coeso e compacto, onde as energias de um estado não se oponham ao de outro; mas essa unificação é feita pelos núcleos internos e não pela personalidade. O papel da personalidade é o de manter-se em abertura, serenidade e entrega, sem querer por si mesma determinar caminhos, pois estes estão escritos em níveis profundos. O livre-arbítrio é para ser superado em todos os setores da existência, principalmente abstendo-se o ser de querer conduzir a própria evolução sem inspirar-se na vontade da própria essência interior.
         Ou se tem fé na Sabedoria que a tudo e a todos rege, ou se prossegue querendo eleger o próprio rumo pessoalmente. É uma questão de escolha, mas a verdade é que em muitos já existe a possibilidade de, ao surgir um conflito, optar pela paz e pela neutralidade e entregar os resultados às correntes evolutivas.
         Para ser útil ao desenvolvimento do todo, é necessário ter compulsão dos demais, porém vigilância e rigor consigo mesmo. Os que assumiram servir à evolução devem cultivar em si próprios um estado que estimule outros a buscar serenidade. Em períodos de transição, a harmonia e a paz são fontes de auxílio.
         Mesmo que a princípio não se perceba a importância da serenidade, à medida que ela se instala é possível notar os seus reflexos naqueles com quem se entra em contato. Então se compreendem os benefícios advindos do apaziguamento de certas tendências e da submissão aos apetites sensoriais.
         Uma inabalável abertura à transmutação de forças densas presentes nos corpos materiais de um ser (físico, emocional e mental) traz à sua aura cristalinidade, transparência e limpidez. Mas é necessário, além dessa contínua abertura, coragem e firmeza para não ceder ao assédio das correntes negativas que, por enquanto, circulam no planeta.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 15 de outubro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de julho de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de JÚLIA RIBEIRO, coordenadora regional Endeavor em Minas Gerais, e que merece igualmente integral transcrição:

“Inovar sem medo do governo
        Basta passar os olhos pelo jornal para ler alguma notícia envolvendo escândalos de corrupção envolvendo o poder público – e empresas. Por motivos como esse, além de fatores como o longo processo de contratação, o empreendedor João Gallo tinha receio de negociar com instituições públicas.
         Gallo é um dos criadores do AppProva, uma plataforma analítica que permite que as escolas e os professores descubram pontos fortes e fracos dos estudantes e direcionem de modo assertivo as atividades pedagógicas. Fora dos colégios públicos, Gallo deixava de, potencialmente, atingir a imensa maioria dos alunos brasileiros, já que mais de 80% deles estudam nesse tipo de instituição. Era uma situação em que todo mundo saía perdendo: a empresa, os alunos...
         O caso é emblemático de como o potencial de parcerias sadias entre a iniciativa privada e o setor público é subaproveitada no Brasil. Nosso país tem grandes desafios em diversas áreas, e o trabalho conjunto entre as duas esferas tem se mostrado, em várias cidades do mundo, extremamente poderoso. É a força da inovação aberta.
         No exterior, cidades como Barcelona (Espanha) e Filadélfia (EUA) são referências no assunto. Elas convocam empresas a propor soluções inovadoras para seis desafios relacionados a áreas como gestão pública, mobilidade, educação, inovação urbana e serviços sociais.
         Neste ano, começou a funcionar em Barcelona o sistema ValdebikeBcn, que tem o objetivo de reduzir os roubos de bicicletas: usuários podem reservar uma vaga em estacionamentos de bikes, que ficam com rodas, quadro e até capacete protegidos nas ruas. O sistema foi um dos vencedores do Barcelona Open Challenge.
         Aqui no Brasil, iniciativas assim começam a florescer e a ganhar mais atenção. Apesar de ter empresa com sede em Belo Horizonte, João Gallo começou a mudar sua percepção sobre o setor público em 2015, em uma iniciativa do governo de São Paulo, O Pitch Gov SP. Nele empreendedores apresentam soluções inovadoras para desafios de relevância pública a representantes dos órgãos governamentais.
         Temos o propósito de impactar a maior quantidade possível de pessoas, ser um agente transformador da educação. Se não trabalharmos com o setor público, estamos nos fechando para 85% dos alunos, e justamente os que mais precisam, ele se deu conta.
         No ano passado, o AppProva foi um dos escolhidos para participar do BrazilLAB, um programa que fornece aos empreendedores ajuda financeira e apoio de uma equipe para aproximação com as administrações municipais. As inscrições para a segunda turma, que vai selecionar 10 projetos de áreas com equilíbrio fiscal, agricultura urbana e comunicação, se encerram hoje pelo site brazil-llab.org.br. A Endeavor é parceira institucional da iniciativa.
         Durante o processo, João conseguiu enxergar melhor as formas de contratação pelo setor público, que, há, sim, formas de atuar corretamente. E que, no caso de empreendedores inovadores, eles têm também o papel de atuar como “educadores” de gestores públicos, que podem não estar acostumados a analisar soluções de tecnologia (adquirir a licença de uso de uma plataforma tecnológica é diferente de comprar giz para lousas, certo?).
         E que as empresas também precisam estar preparadas. “Às vezes, o empreendedor não tem a visão do tamanho que é a coisa pública. Algo que é usado em um condomínio pode não ser escalável para a cidade”, ele me contou.
         No próximo semestre, AppProva começa um projeto-piloto em 29 escolas públicas de Belo Horizonte, por meio de um convênio firmado com a Secretaria Municipal de Educação. A expectativa é de que a iniciativa ajude os professores a direcionar melhor o conteúdo para que os alunos, efetivamente, aprendam. Quando governo e iniciativa privada trabalham juntos, de modo ético, efetivo e inovador, todos mundo tem a ganhar.
         A AppProva é um exemplo de scale-up (empresa de crescimento contínuo e escalável) que colocará em prática um programa de inovação aberta, promovido pelo Brazil Lab e pela prefeitura de Belo Horizonte, para resolver um problema prático de forma inovadora.
         Esse tipo de iniciativa era um dos pleitos da campanha+Empreendedores+Empregos, uma iniciativa da Endeavor e outras 60 organizações do ecossistema empreendedor, realizada nas eleições do ano passado: criar, no primeiro ano de governo, um programa de inovação aberta que traga scale-ups para ajudar a resolver desafios públicos. Mais de 40 candidatos, incluindo o prefeito Alexandre Kallil, assumiram publicamente o compromisso.
         Um dos compromissos era, passada a eleição, ter chegada a hora de fazer acontecer. Em um país com tantos desafios, precisamos trabalhar juntos e ter mais exemplos com o de Gallo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica marca de 397,44% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em setembro, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

 


 




segunda-feira, 24 de junho de 2013

A CIDADANIA, O EMPREENDEDORISMO, A EDUCAÇÃO E AS MANIFESTAÇÕES POPULARES

“Empreendedorismo em pauta em BH
        
         Belo Horizonte é a capital que cresce mais rápido no Brasil, segundo pesquisa do instituto americano Brooking e se destaca como polo nacional de turismo de negócios. Em recente pesquisa organizada pela Endeavor Brasil, os universitários mineiros estão entre os mais empreendedores do país. É nesse cenário atraente que a capital mineira recebe, em 25 de junho, pelo segundo ano, o CEO Summit, que reunirá grandes empresários, executivos e investidores, para discorrer sobre práticas de gestão aplicadas por pessoas que tiram ideias do papel e tornam o país mais competitivo, geram inovação, produtividade, emprego e renda.
         Os empreendedores são parte fundamental da econômica brasileira. Cada vez que suas ideias inspiradoras se tornam realidade, ajudam a aumentar os padrões de vida da população ao criar – e melhores – empregos. Em um momento em que o mundo se esforça para sair da desaceleração econômica, os empreendedores oferecem um recurso especial: otimismo. Prova disso é uma pesquisa realizada no ano passado pela Ernst & Young com mais de 200 empreendedores de diversos países, incluindo o Brasil, apontando que 78% dos entrevistados pretendem aumentar seu quadro de funcionários em 2013 e não apenas em seu país de origem. Isso mostra que, mesmo durante os momentos mais desafiadores, os empreendedores são capazes de crescer.
         No entanto, eles precisam ser apoiados em sua trajetória e receber incentivos para alavancar a expansão de seus negócios e assim gerar cada vez mais emprego e mobilidade social. Uma das formas de fazer isso é por meio da educação. Em outro levantamento, feito em 2011 com 1.001 empreendedores dos países-membros do G - 20, 70% dos entrevistados disseram que os estudantes precisam de treinamento específico para se tornar empreendedores. Já 88% deles opinaram por dividir histórias de sucesso e realizar programas de treinamento como prioridade para preparar melhor os futuros empreendedores e ajudar os que já estão no mercado.
         É isso que o CEO Summit representa – um grande fórum para troca de experiências e debate sobre práticas de gestão de empresas inovadoras com alto potencial de crescimento. Acreditamos que empreender é um desafio sem receitas prontas e que a melhor forma de ajudar os empreendedores nesse desafio é provocar o diálogo entre grandes nomes como Otávio Azevedo (Andrade Gutierrez), Sérgio Cavalieri (Grupo Asamar), Rodrigo Galindo (Kroton) e a nova geração de empreendedores. Nós sabemos o quanto essas lições são valiosas e o poder que essas pessoas têm de inspirar outros a buscar um grande sonho. E, acima de tudo, procuramos provocar reflexões sobre os temas ligados a negócios e fomentar o relacionamento para impactar cada vez mais o ambiente empreendedor em Minas Gerais.”

(FLÁVIO MACHADO, que é sócio líder da Ernst & Young Terco em Minas Gerais, e, AMANDA CATTONI, gerente regional da Endeavor Minas Gerais, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de junho de 2013, caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, que é arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Conversão, Brasil
         
         As manifestações populares dos últimos dias configuram um fenômeno que merece análises e especial atenção da pátria Brasil. Oportunidade para um debruçar-se lúcido sobre todos os aspectos envolvendo o movimento, além das reivindicações novas daí advindas. À complexidade do fenômeno juntam-se também características incomuns e com largas diferenças em relação a fatos já ocorridos, dessa mesma ordem, no âmbito de manifestações populares. Considerável é, particularmente, o grande número de pessoas movidas por uma demanda de protesto, que desafia a interpretação por não se tratar de uma única questão, uma única razão. Como se diz, uma única bandeira, bem definida e conceitualmente dominável.
         Em questão, há uma série de razões que afeta o conjunto do funcionamento da sociedade brasileira. Certamente, não é um fenômeno que explode como resultado de algumas situações provocadas num último curto período de tempo. Ainda que alguns elementos tenham levado à eclosão das manifestações. O que se tem presenciado é um estouro de algo que obviamente vem sendo formatado, por isso ou por aquilo, e agora se configura nas manifestações populares, protagonizadas especialmente por jovens. Essa complexidade na análise das manifestações parece se apartar claramente do que se enquadra nos repugnáveis atos de vandalismo e no uso de violência – aproveitamento imoral da ocasião.
         A análise deve ajudar na explicitação de causas e configurar o necessário em medidas e posturas cidadãs para o momento novo que precisa nascer desse contexto. O que se vê nas atitudes de protesto pacífico não pode ser confundido ou misturar-se com a nebulosidade de vandalismos que desrespeitam as pessoas e o patrimônio público. Ao contrário, o ser humano e o patrimônio devem ser prezados e defendidos por todos, em qualquer circunstância.
         Inevitáveis são ações disciplinares preventivas e a força que está no entendimento adequado das manifestações para impedir tudo o que poderá desmerecer, ao menos em parte, a importância desse momento para a sociedade brasileira. É, sobremaneira, lamentável ver pessoas feridas e as depredações do patrimônio público gerando prejuízos como sombras emoldurando os que, pacificamente, movidos por paixões e lúcidos por razões justas, expressam exigências e demandas urgentes da sociedade.
         Análises e opiniões a respeito da explicitação e do entendimento do fenômeno dessas manifestações já estão em crescente oferta. De qualquer modo, especialistas são desafiados a compreender as raízes desses acontecimentos que devem ir além, por exemplo, da modificação das tarifas de ônibus. É preciso alcançar o cerne do que está, de fato, se passando na consciência dos cidadãos. Há muito trabalho de análise socioantropológica, política e cidadã a ser feito. É plausível pensar, particularmente, na necessidade de mudanças e práticas  no horizonte de uma sociedade democrática, com vistas à cultura da solidariedade e da paz. Não é difícil concluir, mesmo fruto de uma análise não aprofundada, que as manifestações, distanciadas de aspectos violentos, expressam o anseio por mudanças como questão central.
         Essa aspiração popular aponta na direção da qualificação do processo decisório no sentido de valorizar a participação cidadã, o que exige diálogo com a sociedade. Consequentemente, investir na “escuta” evitaria um processo de funcionamentos e encaminhamentos que ignora necessidades e urgências na vida de todos, particularmente dos mais pobres. Certamente, está em questão o repúdio à cristalização e burocratização de mecanismos governamentais e também nos âmbitos mais comuns da vida da sociedade.
         A lista de questões consideradas na grande bandeira, que é o anseio por mudanças, inclui desde a tarifa de ônibus ao justo questionamento, por exemplo, da PEC 37, abrangendo o exercício da política na sociedade brasileira, particularmente a partidária. Por isso, também, as manifestações não são motivadas e empurradas pela força que propriamente poderia vir dos partidos políticos ou de outras instâncias institucionais.
         As mudanças que parecem ser pretendidas tocam o conjunto da sociedade brasileira. Claramente está se exigindo mais adequação participativa nas decisões e na escolha de prioridades, nos modos de operacionalizar tudo o que é essencial para uma vida digna. Providências urgentes e medidas cabíveis são esperadas por parte dos responsáveis primeiros, incluindo a participação singular de cada cidadão.
         Permanecerá pedindo resposta a exigência do diálogo necessário com a sociedade para que sejam sempre ouvidos seus clamores. É hora propícia, à luz do que ainda vai brotar como indicativos pela interpretação de peritos e do povo, para uma grande conversão no Brasil.”

Eis, pois, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens  e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
     
     a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis;
     
     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2013, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 610 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; sistema financeiro nacional; esporte, cultura e lazer; comunicações; turismo; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, desenvolvida e solidária, que permita a partilha de suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa das Confederações; a 27ª Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho; a Copa do Mundo de 2014; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...

O BRASIL TEM JEITO!...