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sexta-feira, 19 de maio de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A UNIVERSALIDADE DA BOA GOVERNANÇA E A QUALIFICAÇÃO DA CIDADANIA NA SUSTENTABILIDADE

“Compliance em todos os lugares
        O custo Brasil é tema recorrente nas mais variadas rodas de conversa. Ao compararmos preços de produtos e serviços com os praticados em outros países, sempre chegamos à conclusão de que por aqui pagamos demais. Mas o que está por trás desses altos preços?
         Nosso confuso sistema tributário, com carga altíssima, é sempre responsabilizado, mas é só isso? Muitas vezes há também uma precificação absurda, aproveitando-se da alta demanda ou da menor disponibilidade de um produto ou serviço. Produtos inovadores geralmente chegam mais caros. Por aqui ainda prevalece, erroneamente, o conceito de que é melhor vender menos quantidade com preços mais altos do que vender mais com preços baixos – menos trabalho e mais retorno.
         Embora todos esses fatores tenham seu peso, muitas vezes a má-formação, aliada a uma ambiência confusa (mercado, legislação e infraestrutura) e escolhas erradas, nos leva a descarregar essa ineficiência nos preços finais.
         Não é mais suficiente ter um bom plano de negócios. Para ter sucesso, é preciso conhecer profundamente a complexidade de muitos fatores, entre outras normas e leis. Entretanto, muitas tratam os assuntos de maneira incompleta ou ambígua, restando ao empreendedor procurar a ajuda especializada externa que, às vezes, nem é tão especializada assim.
         Ao empreendedor, fica a impressão de que ele joga sempre contra a banca, onde a possiblidade de perder é sempre maior do que a de ganhar.
         Mas, superados esses desafios externos, encontramos novas questões, agora internas: operacionais e comerciais. Para tudo dar certo, precisamos de uma rede de profissionais competentes para ajudar na entrega do nosso produto ou serviço. Planejar, comprar, produzir, vender, entregar, controlar, receber, pagar e, claro, defender a nossa empresa dos predadores internos e externos.
         Hoje não são necessários apenas sistemas informatizados, agora eles precisam interagir com os clientes e com os portais governamentais. Precisamos também de apoio externo de contabilidade e advocacia a prestadores de serviços terceirizados, de empresas de telefonia e internet a fornecedores de energia e de água etc., todos precisam ser acompanhados de perto, sob o risco de haver ineficiência e desperdício de recursos.
         Fazer uma opção errada nessa complexa rede de escolhas se refletirá negativamente no seu resultado ou no acréscimo do seu preço de venda.
         Felizmente, as empresas estão despertando para essas questões e fortalecendo e valorizando uma nova função dentro das organizações. Trata-se de compliance, um profissional ou equipe com ótimo repertório, capaz de ajuda-las a andar em linha com regras, leis, normas e procedimentos, prevenindo e diminuindo riscos que as afetam. O reflexo é a redução de custos e o aumento de sua competitividade.
         Resumidamente, o profissional de compliance poderá atuar, entre outros, na análise e prevenção dos seus riscos operacionais, gerenciamento de controles internos, desenvolvimento de normas e melhorias de processos às normas internas, prevenção de fraudes, atuação junto à área de segurança em TI, interpretação das leis e adequação da empresa ao seu cumprimento.
         Mas implementar mudanças implica vencer barreiras psicológicas e financeiras. Psicológicas porque nem sempre se está disposto a aceitar que dentro da empresa há procedimentos e comportamentos em discordância com normas e leis, e financeiras porque mudanças demandam tempo, esforço e dinheiro para surtir os efeitos desejados.
         Por fim, uma opção da governança por atualizar a empresa a princípios de compliance, adequando-a a uma realidade mais ética, competitiva e eficiente, é um grande desafio que irá separar as empresas que vão sobreviver nas próximas décadas daquelas que continuarão remediando e apagando intermináveis incêndios.”.

(EVANDRO VARELLA. Superintendente da Faculdade IBS/Fundação Getúlio Vargas, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de maio de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 10 de março de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Críticas e avaliações
        A fragilidade dos fundamentos da cultura pode ser uma das causas que explicam a incapacidade que a sociedade tem ao lidar com as críticas e as avaliações. Muito frequentemente, o que deveria ser uma rica troca de argumentos se reduz a ataques e ironias. Basta observar o cotidiano das pessoas nos diferentes setores. É incrível a falta de compostura de muitos parlamentares durante seus pronunciamentos, ou mesmo certas atitudes dos cidadãos. Essa falta de respeito resulta também da incompetência para uma autoavaliação. Movidos pela revolta pessoal que nasce do desinteresse em exercitar o autoconhecimento, muitos se sentem no direito de dizer, de qualquer jeito, o que bem entender, sem medir as consequências. Por isso mesmo, é crescente a incompetência para avaliar os próprios atos e conceitos. Sem reconhecer a própria inaptidão, muitos se consideram certos em tudo. Acham-se no direito de desferir juízos sobre os outros e permanecem fechados a qualquer tipo de observação, ainda que seja pertinente.
         Essa fragilidade no tecido cultural gera uma atmosfera permanente de revolta nas relações, fazendo crescer a intolerância e os equívocos no discernimento e adoção das prioridades. Consequentemente, perde-se o sentido de limite, que é necessário para que sejam estabelecidas as relações humanas. Impulsos que brutalizam essas relações ganham força, enquanto as instituições sociais ficam enfraquecidas. Assim se estabelece uma confusão que deseduca e é responsável por retrocessos civilizatórios. O risco permanente é a sociedade ser conduzida ao marasmo e às permissividades. De um lado, ficam as massas enfurecidas e raivosas. Do outro, defensivamente e se lamentando, os dirigentes, líderes e representantes do povo. Um descompasso de terríveis proporções.
         Nesse contexto, nascem os medos paralisantes e a falta de criatividade que inviabilizam as respostas urgentes e necessárias. Tudo acaba em confusão que descompassadamente envolve o conjunto da vida. Urge aprender e praticar, culturalmente, a competência para se fazerem críticas pertinentes, que nunca pode estar desatrelada da autoavaliação. E para se alcançar essa habilidade, torna-se necessário investir na autoestima. Quem não conquistou essa qualidade não suporta críticas e permanece obtuso. Busca promoção e privilégios sem avaliar o próprio desempenho. Segue a tendência medíocre de se “formar juízo em causa própria”, com a parcialidade de quem não aceita observações ou posicionamentos divergentes.
         A sociedade e suas instituições não avançam se os cidadãos não cultivarem a competência crítica que pressupõe abertura suficiente também para se deixarem avaliar. São sempre lamentáveis a animosidade e a resistência criadas quando o discurso inclui críticas e avaliações. Buscam-se justificativas para tudo. Dessa forma, uma barreira intransponível é construída, impedindo o diálogo capaz de reorientar processos. As perdas são muitas, nos prazos e na qualidade dos resultados, pois o objetivo é cada um se colocar como o melhor e o mais importante.
         Investimentos civilizatórios capazes de garantir aos cidadãos a competência de criticar, de ouvir críticas e de deixar inserir em processos de avaliação, em vista do bem maior, são urgentes. Não há outro caminho para superar mediocridades nos âmbitos dos funcionamentos institucionais, que requerem sempre novas respostas em razão dos crescentes desafios da sociedade contemporânea. Nesse sentido, oportuno é avançar na implantação de sistemas que podem avaliar desempenhos em diferentes âmbitos – educacional, religioso, cultural, político e tantos outros – capacitando todos com a habilidade para criticar e ouvir críticas. Assim se alcança a cidadania qualificada, com a abertura a processos permanentes de avaliação.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica marca de 490,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 4,08%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 





         

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FELICIDADE NA GESTÃO DAS EMPRESAS E A QUALIFICAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE DAS CIDADES

“EXISTEM EMPRESAS QUE SÃO FELIZES?
        Você acredita já ter empenhado todos os esforços possíveis para melhorar a produtividade, a lucratividade e os relacionamentos na sua empresa? Ótimo. Tenho uma experiência no mínimo curiosa para compartilhar com você. Mas você precisará abrir mão do preconceito e mergulhar nessa reflexão. Os resultados podem surpreendê-lo.
         Pare. Respire e expire profundamente, até esgotar o ar dos pulmões. Repita uma segunda e, se quiser, mais algumas vezes. Feche os olhos e foque a atenção na sua respiração. Respire suavemente e se deixe levar, permitindo que seus pensamentos passem pela mente sem se importar muito com eles. Se já fez isso antes é possível que, neste momento, se sinta melhor, mais bem disposto, mais presente. Quem sabe não lhe veio um insight criativo neste segundo?
         Na vida e no trabalho, nos relacionamos o tempo todo: clientes, fornecedores, empregados, outros gestores, mercado. Vivemos crises e expectativas, e também exultamos quando realizamos, atendemos bem, atingimos metas e somos reconhecidos.
         Hoje, o homem percebe seu corpo, mente e espírito trabalhando juntos. Já entendeu que é um ser integral. As partes se inter-relacionam e interdependem.
         A medicina tradicional conjuga-se com outras abordagens; a psicologia e espiritualidade já conversam. Diversas técnicas começam a convergir.
         Embora as tecnologias, produção e administração tenham evoluído, nas empresas ainda não foi possível perceber se há também uma convergência que permita cuidar, restaurar ou ampliar as suas energias e potencialidades.
         Abordar desequilíbrios que se estabelecem nos processos ou no ambiente da empresa é mais fácil; em geral, recursos, tempo e técnica bastam. Porém, para atuar sobre as relações, a conversa é outra. Empresas são comandadas e constituídas por gente. Portanto, reproduzem toda essa estrutura de organização humana.
         Como abordar essas questões se os processos, técnicas e recursos tradicionais não são suficientes ou alcançam apenas parte do problema? Minha proposta é tomarmos um ponto de vista diferente – dar um zoom out, mudando o nosso olhar para a empresa como se fosse um ser vivo.
         Observar sem julgamentos prévios se a empresa está realmente a serviço do cliente ou apenas a serviço de um indivíduo ou de um pequeno grupo. Avaliar se alguns padrões erráticos estão se repetindo dentro da empresa e se sempre geram perda de energia.
         Pergunte-se se há quanto tempo não olha se seus negócios continuam alinhados com o propósito da empresa. Se seus ideais mudaram, sua empresa deveria saber disso. Se fluxos e processos estão bloqueados nas relações internas da empresa ou com seus parceiros, estes devem estar dificultando o seu funcionamento e vitalidade.
         Ao entender que nossas empresas são compostas de pessoas que interagem e que estas sofrem, têm dores, problemas de relacionamento e choram, mas que vibram, exultam, são generosas e inovam, percebemos que são tão mais produtivas quando o “clima” está bom.
         Se formos sensíveis o suficiente para entender que a contração e expansão em nós e nas empresas são ciclos naturais e vêm e vão, poderemos atuar para fazer com que deem o seu melhor.
         Proponho a nós, gestores, que a primeira chave está em observar, depois observar novamente, estão estudar e entender, avaliar alternativas e somente atuar quando estivermos conscientes o suficiente.
         Acredito que talvez a mudança se inicie em nós, ajustando nossos próprios comportamentos, perdoando quem deva ser perdoado, refazendo relacionamentos e fortalecendo elos. Sim, isso é realmente necessário.
         Ao atuarmos conscientemente, restabelecendo uma relação aberta e sadia entre as pessoas que compõem a nossa empresa, restabeleceremos aos poucos a confiança e o equilíbrio desses fluxos e relacionamentos e aos poucos tornaremos nossas empresas mais felizes.
         Se o homem aprendeu a meditar e se espiritualizar para buscar a paz, saúde e insights, por que não podemos usar isso para trazer resultados semelhantes para a nossa empresa?
         A segunda e mais importante chave é conhecer a si próprio e cuidar primeiro de si, só então cuidar do próximo. O nosso autoconhecimento nos faz mais preparados, mas é fundamental harmonizar espírito, mente e coração.
         Pessoas mais conscientes de suas potencialidades são capazes de fazer empresas mais felizes.”.

(EVANDRO VARELLA. Superintendente da Faculdade IBS/Fundação Getúlio Vargas, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de outubro de 2016, caderno ADMITE-SECLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 10 de outubro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Pichações, bofetadas na cidade
        No dia seguinte ao debate dos candidatos à Prefeitura de São Paulo na TV Globo, em que a pichação foi criticada por João Doria (PSDB) e Marta Suplicy (PMDB), o Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, na zona sul, e a Estátua do Borba Gato, em Santo Amaro, na mesma região, amanheceram cobertos de tinta colorida: rosa, verde, amarelo e azul. A barbárie é a ponta do iceberg de algo mais grave: a degradação das cidades e a incompetência arrogante das suas autoridades. A reação do prefeito Fernando Haddad (PT) foi emblemática. Em campanha na zona leste, Haddad disse achar que as pichações podem ser fruto de radicalização criada no debate.
         “Acho que tem a ver com o tipo de provocação que foi feito no debate. Quando você instiga as pessoas, desafia as pessoas, como Doria e Marta fizeram, dizendo que ‘não vai acontecer nunca mais’. Não é assim que se fala com as pessoas, dialoga-se”, afirmou. Lamentável. É a defesa do diálogo demagógico e transgressor. O crime não deve ser punido. A lei não deve ser cumprida. No episódio, a cidade de São Paulo foi demitida por seu governante.
         O Centro antigo de São Paulo, por exemplo, está à deriva. Edifícios pichados, prédios invadidos, gente sofrida e abandonada, prostituição a céu aberto, zumbis afundados no crack, uma cidade sem alma e desfigurada pela ausência criminosa do poder público.
         Nós, jornalistas, precisamos mostrar a realidade. Não podemos ficar reféns das assessorias de comunicação e das maquiagens que falam de uma revitalização que só existe no papel. Temos o dever de pôr o dedo na chaga. Fazer reportagem. Escancarar as contradições entre o discurso empolado e a realidade cruel. Basta percorrer três quarteirões. As pautas não estão dentro das redações. Elas gritam em cada esquina. É só pôr o pé na rua e a reportagem salta na nossa frente. Os jornais precisam ter cheiro de asfalto. Jornalismo é isso: mostrar a vida, com suas luzes e suas sombras. São Paulo, a cidade mais rica do país e um dos maiores orçamentos públicos, é um retrato de corpo inteiro da falência do Estado.
         Também o Brasil, um país continental, sem conflitos externos, com um povo bom e trabalhador, está na banguela. Os serviços públicos não funcionam. Basta pensar na educação. A competitividade global reclama crescentemente gente bem formada. Quando comparamos a revolução educacional sul-coreana com a desqualificação da nossa educação, dá vontade de chorar. A assustadora falta de mão de obra com formação mínima é um gritante atestado do descalabro da recente “pátria educadora”. Governos sempre exibem números chamativos. E daí? Educação não é prédio. Muito menos galpão. É muito mais. É projeto pedagógico. É exigência. É liberdade. É humanismo. É aposta na formação do cidadão com sensibilidade e senso crítico.
         O custo humano e social da incompetência e da corrupção brasileira é assustador. O dinheiro que desaparece no ralo da delinquência é uma tremenda injustiça, uma bofetada na cidadania, um câncer que, aos poucos e insidiosamente, vai minando a República. As instituições perdem credibilidade numa velocidade assustadora. Nós, jornalistas, temos um papel importante. Devemos dar a notícia com toda a clareza. Precisamos fugir do jornalismo declaratório.
         Nossa missão é confrontar a declaração do governante com a realidade dos fatos. Não se pode permitir que as assessorias de comunicação dos políticos definam o que deve ou não ser coberto. O jornalismo de registro, pobre e simplificador, repercute o Brasil oficial, mas oculta a verdadeira dimensão do país real. Precisamos fugir do espetáculo e fazer a opção pela informação. Só assim, com equilíbrio e didatismo, conseguiremos separar a notícia do lixo declaratório.
         A sociedade está cansada da inconsistência de alguns governantes, de tanto jogo de faz de conta, de tanto cinismo. Quer mudança. Quer um projeto verdadeiramente transformador. As cicatrizes que desfiguram o rosto de São Paulo e do Brasil podem ser superadas. Dinheiro existe, e muito. Falta vergonha na cara, competência e um mínimo de espírito público. Façamos reportagem. Informação é a arma da cidadania.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 475,20% para um período de doze meses; e em setembro, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,48% e a taxa de juros do cheque especial  registrou ainda em agosto históricos 321,08%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...