“EXISTEM EMPRESAS QUE SÃO FELIZES?
Você
acredita já ter empenhado todos os esforços possíveis para melhorar a
produtividade, a lucratividade e os relacionamentos na sua empresa? Ótimo.
Tenho uma experiência no mínimo curiosa para compartilhar com você. Mas você
precisará abrir mão do preconceito e mergulhar nessa reflexão. Os resultados
podem surpreendê-lo.
Pare.
Respire e expire profundamente, até esgotar o ar dos pulmões. Repita uma
segunda e, se quiser, mais algumas vezes. Feche os olhos e foque a atenção na
sua respiração. Respire suavemente e se deixe levar, permitindo que seus
pensamentos passem pela mente sem se importar muito com eles. Se já fez isso
antes é possível que, neste momento, se sinta melhor, mais bem disposto, mais
presente. Quem sabe não lhe veio um insight
criativo neste segundo?
Na
vida e no trabalho, nos relacionamos o tempo todo: clientes, fornecedores,
empregados, outros gestores, mercado. Vivemos crises e expectativas, e também
exultamos quando realizamos, atendemos bem, atingimos metas e somos
reconhecidos.
Hoje,
o homem percebe seu corpo, mente e espírito trabalhando juntos. Já entendeu que
é um ser integral. As partes se inter-relacionam e interdependem.
A
medicina tradicional conjuga-se com outras abordagens; a psicologia e
espiritualidade já conversam. Diversas técnicas começam a convergir.
Embora
as tecnologias, produção e administração tenham evoluído, nas empresas ainda
não foi possível perceber se há também uma convergência que permita cuidar,
restaurar ou ampliar as suas energias e potencialidades.
Abordar
desequilíbrios que se estabelecem nos processos ou no ambiente da empresa é
mais fácil; em geral, recursos, tempo e técnica bastam. Porém, para atuar sobre
as relações, a conversa é outra. Empresas são comandadas e constituídas por
gente. Portanto, reproduzem toda essa estrutura de organização humana.
Como
abordar essas questões se os processos, técnicas e recursos tradicionais não
são suficientes ou alcançam apenas parte do problema? Minha proposta é tomarmos
um ponto de vista diferente – dar um zoom
out, mudando o nosso olhar para a empresa como se fosse um ser vivo.
Observar
sem julgamentos prévios se a empresa está realmente a serviço do cliente ou
apenas a serviço de um indivíduo ou de um pequeno grupo. Avaliar se alguns
padrões erráticos estão se repetindo dentro da empresa e se sempre geram perda
de energia.
Pergunte-se
se há quanto tempo não olha se seus negócios continuam alinhados com o
propósito da empresa. Se seus ideais mudaram, sua empresa deveria saber disso.
Se fluxos e processos estão bloqueados nas relações internas da empresa ou com
seus parceiros, estes devem estar dificultando o seu funcionamento e
vitalidade.
Ao
entender que nossas empresas são compostas de pessoas que interagem e que estas
sofrem, têm dores, problemas de relacionamento e choram, mas que vibram,
exultam, são generosas e inovam, percebemos que são tão mais produtivas quando
o “clima” está bom.
Se
formos sensíveis o suficiente para entender que a contração e expansão em nós e
nas empresas são ciclos naturais e vêm e vão, poderemos atuar para fazer com
que deem o seu melhor.
Proponho
a nós, gestores, que a primeira chave está em observar, depois observar
novamente, estão estudar e entender, avaliar alternativas e somente atuar
quando estivermos conscientes o suficiente.
Acredito
que talvez a mudança se inicie em nós, ajustando nossos próprios
comportamentos, perdoando quem deva ser perdoado, refazendo relacionamentos e
fortalecendo elos. Sim, isso é realmente necessário.
Ao
atuarmos conscientemente, restabelecendo uma relação aberta e sadia entre as
pessoas que compõem a nossa empresa, restabeleceremos aos poucos a confiança e
o equilíbrio desses fluxos e relacionamentos e aos poucos tornaremos nossas
empresas mais felizes.
Se o
homem aprendeu a meditar e se espiritualizar para buscar a paz, saúde e insights, por que não podemos usar isso
para trazer resultados semelhantes para a nossa empresa?
A
segunda e mais importante chave é conhecer a si próprio e cuidar primeiro de
si, só então cuidar do próximo. O nosso autoconhecimento nos faz mais
preparados, mas é fundamental harmonizar espírito, mente e coração.
Pessoas
mais conscientes de suas potencialidades são capazes de fazer empresas mais
felizes.”.
(EVANDRO
VARELLA. Superintendente da Faculdade IBS/Fundação Getúlio Vargas, em
artigo publicado no jornal ESTADO DE
MINAS, edição de 9 de outubro de 2016, caderno ADMITE-SECLASSIFICADOS,
coluna MERCADO DE TRABALHO, página
2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
10 de outubro de 2016, caderno OPINIÃO,
página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO
DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:
“Pichações,
bofetadas na cidade
No dia seguinte ao
debate dos candidatos à Prefeitura de São Paulo na TV Globo, em que a pichação
foi criticada por João Doria (PSDB) e Marta Suplicy (PMDB), o Monumento às
Bandeiras, no Ibirapuera, na zona sul, e a Estátua do Borba Gato, em Santo
Amaro, na mesma região, amanheceram cobertos de tinta colorida: rosa, verde,
amarelo e azul. A barbárie é a ponta do iceberg de algo mais grave: a
degradação das cidades e a incompetência arrogante das suas autoridades. A
reação do prefeito Fernando Haddad (PT) foi emblemática. Em campanha na zona
leste, Haddad disse achar que as pichações podem ser fruto de radicalização
criada no debate.
“Acho
que tem a ver com o tipo de provocação que foi feito no debate. Quando você
instiga as pessoas, desafia as pessoas, como Doria e Marta fizeram, dizendo que
‘não vai acontecer nunca mais’. Não é assim que se fala com as pessoas,
dialoga-se”, afirmou. Lamentável. É a defesa do diálogo demagógico e
transgressor. O crime não deve ser punido. A lei não deve ser cumprida. No
episódio, a cidade de São Paulo foi demitida por seu governante.
O
Centro antigo de São Paulo, por exemplo, está à deriva. Edifícios pichados,
prédios invadidos, gente sofrida e abandonada, prostituição a céu aberto,
zumbis afundados no crack, uma cidade sem alma e desfigurada pela ausência
criminosa do poder público.
Nós,
jornalistas, precisamos mostrar a realidade. Não podemos ficar reféns das
assessorias de comunicação e das maquiagens que falam de uma revitalização que
só existe no papel. Temos o dever de pôr o dedo na chaga. Fazer reportagem.
Escancarar as contradições entre o discurso empolado e a realidade cruel. Basta
percorrer três quarteirões. As pautas não estão dentro das redações. Elas
gritam em cada esquina. É só pôr o pé na rua e a reportagem salta na nossa
frente. Os jornais precisam ter cheiro de asfalto. Jornalismo é isso: mostrar a
vida, com suas luzes e suas sombras. São Paulo, a cidade mais rica do país e um
dos maiores orçamentos públicos, é um retrato de corpo inteiro da falência do
Estado.
Também
o Brasil, um país continental, sem conflitos externos, com um povo bom e
trabalhador, está na banguela. Os serviços públicos não funcionam. Basta pensar
na educação. A competitividade global reclama crescentemente gente bem formada.
Quando comparamos a revolução educacional sul-coreana com a desqualificação da
nossa educação, dá vontade de chorar. A assustadora falta de mão de obra com
formação mínima é um gritante atestado do descalabro da recente “pátria
educadora”. Governos sempre exibem números chamativos. E daí? Educação não é
prédio. Muito menos galpão. É muito mais. É projeto pedagógico. É exigência. É
liberdade. É humanismo. É aposta na formação do cidadão com sensibilidade e
senso crítico.
O
custo humano e social da incompetência e da corrupção brasileira é assustador.
O dinheiro que desaparece no ralo da delinquência é uma tremenda injustiça, uma
bofetada na cidadania, um câncer que, aos poucos e insidiosamente, vai minando
a República. As instituições perdem credibilidade numa velocidade assustadora.
Nós, jornalistas, temos um papel importante. Devemos dar a notícia com toda a
clareza. Precisamos fugir do jornalismo declaratório.
Nossa
missão é confrontar a declaração do governante com a realidade dos fatos. Não
se pode permitir que as assessorias de comunicação dos políticos definam o que
deve ou não ser coberto. O jornalismo de registro, pobre e simplificador,
repercute o Brasil oficial, mas oculta a verdadeira dimensão do país real.
Precisamos fugir do espetáculo e fazer a opção pela informação. Só assim, com
equilíbrio e didatismo, conseguiremos separar a notícia do lixo declaratório.
A
sociedade está cansada da inconsistência de alguns governantes, de tanto jogo
de faz de conta, de tanto cinismo. Quer mudança. Quer um projeto
verdadeiramente transformador. As cicatrizes que desfiguram o rosto de São
Paulo e do Brasil podem ser superadas. Dinheiro existe, e muito. Falta vergonha
na cara, competência e um mínimo de espírito público. Façamos reportagem.
Informação é a arma da cidadania.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da
participação, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de
475,20% para um período de doze meses; e em setembro, o IPCA acumulado nos doze
meses chegou a 8,48% e a taxa de juros do cheque especial registrou ainda em agosto históricos
321,08%...); II – a corrupção, há
séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para
2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos
(ao menos com esta rubrica, previsão de R$
1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades
com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais
especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis
e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e
de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da
globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do
conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um
possível e novo mundo da justiça, da
liberdade, da paz, da igualdade – e com
equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...
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