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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DOS COLABORADORES NO ELEVADO DESEMPENHO DAS ORGANIZAÇÕES E A TRANSCENDÊNCIA DA CONTEMPLAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE


“Colaboradores como clientes
        Em 2006, a Best Buy, varejista norte-americana especializada em eletrônicos, criou uma rede social exclusiva para funcionários. Trata-se de uma plataforma digital chamada Blue Shirt Nation (BSN), que permite aos colaboradores trocar informações e experiências entre si. Uma iniciativa ambiciosa, que demandou um considerável investimento financeiro por parte dos gestores. Mas por que dedicar tamanho esforço a um projeto restrito ao público interno?
         A resposta está no conceito de endomarketing: estratégia de comunicação interna que visa à promoção da imagem da empresa perante o público interno, ou seja, os próprios colaboradores. A ideia é otimizar a produção por meio de ações que promovam engajamento e motivação, já que a produtividade do negócio tem relação direta com o nível de satisfação dos funcionários. Pessoas mais felizes formam uma equipe mais integrada e motivada e, consequentemente, apresentam resultados melhores. Trata-se de uma relação ganha-ganha, afinal a empresa e o colaborador crescem juntos.
         A estratégia pode parecer abstrata, mas sua concretização é possível por meio de ações pontuais, como o reconhecimento dos profissionais com bom desempenho, a promoção de treinamentos e capacitações, iniciativas de integração entre a equipe, oferecimento de benefícios complementares e estabelecimento de um plano de carreira. Além disso, é importante dar visibilidade a essas iniciativas. Uma prática comum, adotada atualmente, tem sido a produção de vídeos institucionais que contribuem para a geração de um sentimento de pertencimento.
         A utilização do endomarketing já é uma tendência entre as principais multinacionais do mercado. Empresas como Toyota e Golden Cross, por exemplo, são referências em iniciativas que visam promover funcionários a “embaixadores” das marcas. E os resultados positivos dessa estratégia vão além, uma vez que as práticas internas ecoam externamente.
         A criação de uma campanha de endomarketing demanda estratégia e criatividade, afinal deve ser direcionada para os objetivos específicos da organização. No caso da Best Buy, que tinha elevados índices de rotatividade de profissionais, a implantação da rede social corporativa foi um sucesso nesse sentido. Após a inauguração da BSN, o índice de turnover, que mede a rotatividade de colaboradores em uma empresa, foi reduzido em 50%. O resultado possibilitou economia e demonstrou uma melhoria valiosa do clima organizacional.
         O case da Best Buy comprova a tese de que a valorização do público interno e a comunicação com eles são características de uma gestão inteligente, focada em minimizar custos e aumentar a produtividade. É a certeza de que o colaborador também deve ser visto como um cliente.”.
(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Ancham-BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de novembro de 2019, caderno OPINIÃO, página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 08 de novembro de 2019, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Imagens e sons de cada dia
Imagens e sons configuram a memória – alicerce de experiências, armazém de valores e princípios que sustentam a vida; articulam as conexões que configuram o tecido ético-moral indispensável no exercício da cidadania. Com imagens e sons o mundo se faz e se refaz, recompõe-se e, também, lamentavelmente, se deteriora. Particularmente, a contemporaneidade se estreita entre os binários das imagens e dos sons de cada dia. As ciências especializadas e seus pesquisadores alertam sobre as perdas e os riscos provocados pela forma de se relacionar com as imagens e os sons do dia a dia – que sustentam ou abalam experiências. Uma singularidade interessante no complexo âmbito das imagens é o afã na produção de fotos. Observa-se que a facilidade tecnológica faz de todo mundo um fotógrafo. Muitos se posicionam atrás da câmera para registrar determinados momentos. E ao se dedicarem à captação da foto, perdem a essência do importante registro a ser feito pela memória, fundamental para subsidiar experiências determinantes.
É preciso analisar e calcular as perdas quando não se vive experiências e, consequentemente, deixa-se de apreender imagens nas sinapses cerebrais, por priorizar a tarefa de fotografar. Com foco na câmera, o olhar pode não fazer o giro experiencial que provoca novos entendimentos, com incidências nas emoções, capazes de qualificar as relações humanas. Quando busca somente fotografar, o ser humano faz registros, mas arrisca-se a perder a oportunidade de viver importantes experiências. E os prejuízos, naturalmente, são muitos, pois a privação da competência contemplativa, indispensável a todo processo de constituição da interioridade, leva à perda da qualidade de vida.
A rica e complexa teia das imagens de cada dia requer contemplação. Do contrário, a vida passa a ser vivida “do lado de fora”, sem alicerces interiores, o que constitui o risco suicida da desconexão com a realidade – certamente, uma das razões do crescimento de índices sobre as desistências de se viver. Outra consequência é a primazia de certa superficialidade, quando se faz ainda mais necessária uma sólida aptidão humana para lidar com os muitos desafios contemporâneos. A contemplação é, pois, indispensável para se alcançar as riquezas conduzidas pelas imagens de cada dia.
Faz-se necessário aprender a contemplar para que as incalculáveis imagens de cada dia, nos muitos cenários que compõem a jornada da humanidade, se desdobrem em sabedoria de vida, na competência para discernimentos e na produção do sentido que alimenta o viver. No educativo e amplo horizonte da ecologia integral, com indicações para o civilizado tratamento da Casa Comum, está incluída a orientação de reconhecer a Criação na beleza singular da natureza – o desenvolvimento de um olhar contemplativo. Trata-se de oportunidade para se qualificar na arte que produz sentido para amar e viver. Inscreve-se também na dinâmica dessa contemplação a aprendizagem para lidar com sons – ouvi-los e produzi-los. Preocupante é a patológica produção de barulhos que, certamente, escondem, ou ao menos disfarçam, ansiedades e angústias. Geram certas ilusões, a partir de sensações, mas são incapazes de superar o vazio existencial.
         O mundo contemporâneo é palco de muitos sons que, na verdade, são barulhos, causam perturbação e são sinais de pouca civilidade. Esses ruídos muitas vezes atrapalham o encontro de verdades que só se revelam no indispensável silêncio para o exercício da escuta. A humildade na avaliação pessoal e familiar, também na vida em sociedade, permite calcular os comprometimentos resultantes dos equívocos nas formas de lidar com imagens e sons. Ver muito e enxergar pouco, conviver com poluição sonora e ser incapaz de escutar são consequências.
Essa inadequada relação com sons e imagens contribui para consolidar indiferenças diante de graves situações, a exemplo de cenários em que pessoas esbanjam os bens, têm demais, e até por isso adoecem, enquanto tantas outras, feridas em sua dignidade, vivem de migalhas. A incapacidade para lidar com imagens e sons ajuda a perpetuar, desse modo, injustiças sociais e desigualdades. Por tudo isso, vale investir na aprendizagem da contemplação, importante caminho na qualificação humana, espiritual e cidadã.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 307,82% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.






segunda-feira, 2 de setembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA E DESAFIOS DA INDÚSTRIA 4.0 E AS POTENCIALIDADES E EXIGENTES CUIDADOS COM A AMAZÔNIA NA SUSTENTABILIDADE (35/135)


(Setembro = mês 35; faltam 135 meses para a Primavera Brasileira)

“Indústria 4.0: o futuro é agora
        Vivemos numa época na qual praticamente tudo é digital e automatizado. Um relógio, por exemplo, registra por onde a pessoa caminhou, a quantidade de passos que ela deu e as calorias que perdeu. Tudo isso e muito mais é memorizado no app. Assim é a vida com smartphones, smartwatches e outros objetos e recursos inteligentes. E toda essa tecnologia também está no mundo dos negócios.
         Iniciada em 2011, na Alemanha, a Indústria 4.0, ou quarta revolução industrial, foca a otimização das fábricas por meio da automação e envolve conceitos como: internet das coisas, big data, computação em nuvens, resultando na fusão dos mundos físico, digital e biológico.
         Com tudo isso, as mudanças são inevitáveis, tanto para pessoas quanto para empresas, e já estão ocorrendo. No caso das indústrias, por exemplo, o investimento em robôs permite que a produção seja mais rápida, eficiente e, de certa forma, mais econômica. De modo autônomo, e por meio de inteligência artificial, complementada pela internet das coisas, as próprias máquinas poderá – e algumas já fazem isso – tomar decisões de produção, trocar e compartilhar informações entre si, otimizando e, até mesmo, evitando custos com desperdício, tempo e energia.
         O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços tem, inclusive, uma agenda que visa contribuir para a transformação das empresas brasileiras rumo ao universo 4.0. Segundo estudo da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), quando as indústrias nacionais estiverem totalmente integradas à quarta revolução, a economia anual estimada será de aproximadamente R$ 73 bilhões ao ano.
         Uma indústria que já está adaptada ao modelo 4.0, por exemplo, é a Fiat Chrysler Automobiles, que fica em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Em entrevista ao sita da ADDI, o supervisor de uma das linhas de montagem, Nathan Rodrigues, diz que cada peça fabricada é registrada em nuvem, e, se houver algum problema na ponta, o sistema é capaz de rastrear, identificar e recuperar cada detalhe da produção. Além disso, a montadora já está fazendo testes com a aplicação da realidade aumentada, reconhecimento facial, impressão 3D e outros estudos.
         Na Volkswagen Brasil também, os projetos, desde o início, são criados num modelo digital e simulados em 3D, o que otimiza o tempo de produção e acelera o processo fabril, além de abrir portas para novos postos de trabalho. A montadora, inclusive, tem investido na capacitação de seus empregados para que saibam atuar com as novidades e tecnologias dessa nova era.
         Para continuar expandindo e caminhando para o universo 4.0, pessoas e empresas precisam se adaptar e aprender a usufruir e utilizar as tecnologias que surgem a todo instante.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de agosto de 2019, caderno O.PINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 25 de agosto de 2019, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Internacionalizar o custo da Amazônia
        São oportunos e bem-vindos os protestos que tomam conta da Europa contra a destruição da floresta amazônica. Não é de hoje a urgência de uma discussão envolvendo a participação do mundo inteiro.
         Afundando-se no drama da região, aparecerão a hipocrisia, a desinformação e o sórdido interesse que reduz o inestimável patrimônio amazônico, não apenas do continente sul-americano. A região, composta por territórios de nove países, conserva a maior riqueza de biodiversidade e de água potável do planeta, fatores basilares do equilíbrio climático da Terra.
         Por várias razões, que são fáceis de se imaginar, a região foi poupada pelos invasores até o meio do século passado. Distante, impenetrável, misteriosa, selvagem, desafiadora, a Amazônia era muito bem cuidada pelos seus santos protetores e povoada por 1 milhão de nativos. Não havia motosserras, garimpos irresponsáveis, pesca intensiva, narcotraficantes, rebanhos de 200 milhões de cabeças de gado. Era um santuário natural, pincelado pelos deuses da natureza e protegido da invasão de estranhos por suas malárias, venenos e mistérios.
         O aumento da população brasileira e, mais ainda, da população mundial triplicou desde 1960 os estômagos humanos a serem saciados cotidianamente. Hoje, quase 7,6 bilhões de indivíduos.
         A maior parte das terras com potencial agricultável, ainda não exploradas no planeta, se concentra no Brasil. O território brasileiro, segundo a Nasa, preserva ainda uma vegetação nativa em 66% de seu território e cultiva apenas 7,6% das terras. A Dinamarca cultiva 76,8%, dez vezes mais que o Brasil; a Irlanda, 74,7%; os Países Baixos, 66,2%; o Reino Unido, 63,9%; a Alemanha, 56,9%.
         De acordo com os levantamentos, a área da Terra ocupada por lavouras é de 1,87 bilhão de hectares. A população mundial atingiu 7,6 bilhões em outubro passado, resultando que cada hectare, em média, alimentaria quatro pessoas, apesar de a produtividade por hectare variar muito, assim como o tipo e a qualidade dos cultivos.
         Os europeus, que hoje criticam, desmataram e exploraram intensamente o seu território. A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas originais do planeta. Hoje tem apenas 0,1%. A soma da área cultivada da França (31.795.512 hectares) com a da Espanha (31.786.945 hectares) equivale à área cultivada no Brasil (63.994.709 hectares), segundo Evaristo Miranda, especialista da Embrapa.
         A Amazônia sofre veementemente a pressão da demanda mundial por carnes, levadas ao mercado mundial pelas tradings multinacionais que financiam os produtores na expansão de suas atividades. O abate de gado bovino cresceu de 2,1 milhões de toneladas, no final da década de 70, para 10 milhões em 2018, com exportação de 1,64 milhão. Isso leva a uma média de consumo de carne bovina de 40 kg por habitante, e de outras carnes, de mais 50kg por ano.
         A criação de pastos nas últimas décadas custou o desmatamento de 550 mil quilômetros quadrados, ou uma Minas Gerais inteira. Nessa progressão, a Amazônia brasileira será provavelmente reduzida à metade até 2100.
         Os fatores que mais pressionam o desmatamento residem no consumo de proteína animal, que é substituível por natural. “A produção de grãos de uma fazenda com 100 hectares pode alimentar 1.100 pessoas comendo soja, ou 2.500 com milho. Se a produção dessa área fosse usada para ração bovina ou pasto, a carne produzida alimentaria o equivalente a oito pessoas. A criação de frangos e porcos também afeta as florestas. Para alimentar esses animais, é necessário derrubar árvores para plantar soja e produzir ração. Mas, na relação custo-benefício entre espaço, recursos naturais e ganho calórico, o bom é o pior de todos”.
         Vem do biólogo Edward Wilson, da Universidade de Harvard, um alerta. Adepto da campanha por “menos carne e mais florestas”, ele afirma: “Só será possível alimentar a população mundial no fim do século, estimada em 10 bilhões de pessoas, se todos forem vegetarianos”.
         Quando eu era deputado, na década de 90, defendi “no deserto” que o Brasil deveria propor uma remuneração, proveniente de aporte internacional, pela manutenção da floresta amazônica: se transformaria em um ativo financeiro, mais inteligente que uma criptomoeda, que remuneraria os proprietários e os Estados que a conservassem intocada.
         Sugeri na época que, sobre a extração de combustíveis fósseis, fosse gerada uma contribuição internacional para abastecer um fundo que premiaria a conservação da biodiversidade em todo o planeta.
         Apenas impedir que se desmate a Amazônia é pouco. Ao mesmo tempo, é preciso desestimular a ocupação predatória, que vem sendo impulsionada pela compra de carnes, de países da Europa e da Ásia.
         Uma oportuna ação diplomática e um plano consistente poderiam promover o atual governo como o primeiro, em cinco séculos de história, que, sem internacionalizar a Amazônia, internacionalizaria o custo de sua preservação.
         Arregimentaria assim aqueles que justamente protestam na frente das embaixadas do Brasil, para cobrar dos seus respectivos governos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 300,29% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 318,65%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,22%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


 



sexta-feira, 13 de julho de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER TRANSFORMADOR DA ERA 4.0 E A LUZ DA ALEGRIA NA SUSTENTABILIDADE


 “A quarta revolução industrial
        No final do século 18, as máquinas a vapor da primeira revolução industrial transformaram a relação do homem com o trabalho. Três séculos depois, as máquinas ganharam inteligência e se integraram em sistemas ciberfísicos para trazer a quarta revolução industrial, que irá mudar radicalmente a forma como trabalhamos e nos relacionamos.
         O parágrafo anterior não faz parte de um roteiro de ficção científica. Também conhecida como a Era 4.0, essa nova forma de pensar o trabalho está no limiar do nosso tempo. Basicamente, são empresas que englobam à produção as inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação. A partir da internet das coisas, conexões super-rápidas e inteligência artificial, os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis.
         Para se ter uma noção da chamada internet das coisas, há mais máquinas conectadas no mundo do que gente. A consultoria IDC estima que, atualmente, há cerca de 14,9 bilhões de aparelhos conectados na internet. Em 2025, o número deve chegar incríveis 82 bilhões. E não se trata de smartphones e notebooks, mas sim máquinas operando nas mais diversas indústrias e serviços.
         O cenário exige das empresas que desejam crescer e manter seus negócios um movimento de convergência para acompanhar as tendências. E essa necessidade tem feito as corporações reagirem. Recentemente, mais de mil executivos compareceram ao CEO Fórum, realizado em Belo Horizonte, para debater sobre convergência e as novas perspectivas do mercado.
         A presença ao evento mostra como o tema está presente na cabeça e na agenda dos grandes CEOs do país. Não é por menos. De acordo com Yuri van Geest, coautor do best-seller Organizações exponenciais, as empresas que passam até cinco anos sem inovar estão fadadas a perder mercado.
         A inovação em direção à quarta revolução industrial aponta para alguns princípios que futuramente estarão presentes nas grandes corporações. Basicamente, diz respeito a ter capacidade de operação em tempo real; virtualização das fábricas inteligentes, descentralização das tomadas de decisão e produção moduladas de acordo com a demanda.
         Certamente, são inovações que trazem formas de atuar bem distintas do que é praticado atualmente por grande parte das empresas. O processo de mudança, como geralmente acorre nesses casos, deve ser mais rápido nos países mais desenvolvidos. Mas, absolutamente, não impede a absorção das novas práticas por empresas nacionais, que desejam ter uma melhor visão de futuro.
         Especialistas e pesquisadores de todo o mundo acreditam que a quarta revolução industrial deve alavancar a qualidade de vida de populações inteiras. Da mesma forma como ocorreu com a chegada do mundo digital e suas diversas possibilidades, como realizar pagamentos, escutar música e solicitar um transporte por meio de um celular. Vamos nos preparar para que isso ocorra o mais rápido possível.”.

(RAFAEL CARVALHO. Superintendente da Amcham Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de julho de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Ecos da alegria
        O coração humano foi feito para a alegria, que gera força, fecunda a criatividade e é fonte perene de humanização. Há, pois, uma permanente e legítima busca pela felicidade. Mas, no contexto atual, muitas pessoas, valendo-se da liberdade e da autonomia, tomam rumos que levam às satisfações efêmeras, distanciando-se da verdadeira alegria, que é permanente. Corre-se, assim, o risco de apegar-se ao que é efêmero, por falta de capacidade para discernir bem. Um drama existencial que conduz muitos a experimentar sensações agradáveis, mas que são fugares, alcançadas a partir de futilidades e da indiferença em relação às outras pessoas. Essa atitude egoísta configura um ciclo perverso, viciante, em que é alimentada a necessidade de experimentar, a qualquer preço, alegrias efêmeras para ocupar um vazio na interioridade, nunca plenamente preenchido.
         Esse fenômeno existencial incide na vida de muitas pessoas, influenciando fortemente as dinâmicas sociais. Cria-se, assim, um campo fértil para manipulações, descompromisso com a solidariedade, disputa predatória, esquemas de corrupção. Na raiz desses problemas está a equivocada convicção de que o poder e as posses são garantias de felicidade duradoura. Uma crença muito comum, que mostra bem como a cultura de um povo é determinante para a sociedade tornar-se capaz, ou não, de conquistar a verdadeira alegria. Certamente, é bem mais feliz um povo que consegue perceber a alegria como algo diferente de certas sensações – euforias e sentimentos passageiros, conquistados a partir de atitudes que muitas vezes desrespeitam os parâmetros da ética. Uma sociedade com essa capacidade de discernimento alcança equilíbrio em diferentes campos, a exemplo da política e da economia, pois as alegrias duradouras se propagam, geram ecos.
         Já a satisfação efêmera não sacia o coração humano de sua sede de sentido. Cada alegria passageira, quando se esvai, deixa uma lacuna interior que contribui para desajustar a vida humana, impactando negativamente os humores e as razões. Essa vazio existencial evidencia algo urgente: é preciso aprender a buscar a felicidade duradoura, dedicar-se a um processo de aprendizagem para conquistar, progressivamente, envergadura humana e espiritual. Assim será possível reconhecer, por exemplo, que a vitória em uma partida de futebol não é alegria duradoura, e a derrota também não é “o fim do mundo”, porque existem coisas mais determinantes e razões maiores que definem o futuro de uma pessoa ou do próprio povo.
         A existência humana é uma construção. Tem seus altos e baixos, as sombras e as luzes, mas deve ser sempre uma busca pelo que confere sentido e sustenta a vida: as alegrias verdadeiras que geram ecos, desdobrando-se em diferentes tempos e lugares. Na procura pela autêntica felicidade, vale recordar uma lição de São Francisco de Assis. Certo dia, em diálogo com Frei Leão, São Francisco explicou que a verdadeira alegria não reside em certos acontecimentos, aparentemente grandiosos, mas na qualidade de cultivar a paciência e de não se perturbar diante das adversidades da vida. A autêntica alegria, que produz ecos, desdobramentos, não nasce de estímulos meramente externos, da posse de certos bens. É fruto da interioridade, da capacidade de enxergar, com clareza, uma hierarquia de virtudes e ações.
         Para se conquistar essa clarividência e experimentar a verdadeira felicidade, há uma fonte referencial que é imprescindível: o evangelho de Jesus Cristo, que aponta caminhos e recomenda práticas capazes de fazer com que cada pessoa seja fonte de alegria duradoura. A Palavra de Deus tem força para corrigir os descompassos da sociedade contemporânea, em que muitos, alucinadamente, buscam alegrias efêmeras, exatamente por falta de envergadura interior. E um itinerário educativo que contribui para levar os ensinamentos do evangelho à vida cotidiana está delineado na exortação apostólica Alegria do evangelho, do papa Francisco.
         Entre as muitas indicações da exortação apostólica estão a busca pela superação de um modelo econômico que gera exclusão, o combate à idolatria do dinheiro – que nega a primazia do ser humano – e o reconhecimento de que o trabalho é fundamental para a realização da pessoa. Particularmente, o papa Francisco alerta que é preciso vencer a desigualdade social que alimenta a violência. Afinal, a miséria de muitos é sinal de que tantos outros procuram, de modo equivocado, a alegria, acumulando quase tudo para si, o que faz crescer uma grande massa de excluídos. Eis, pois, um desafio existencial a ser assumido por todos, com desdobramentos na vida social: à luz do evangelho, reconhecer o primado da ética na busca pela verdadeira felicidade – a alegria duradoura, que gera ecos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de 303,62% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 311,89%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,39%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.