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segunda-feira, 2 de setembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA E DESAFIOS DA INDÚSTRIA 4.0 E AS POTENCIALIDADES E EXIGENTES CUIDADOS COM A AMAZÔNIA NA SUSTENTABILIDADE (35/135)


(Setembro = mês 35; faltam 135 meses para a Primavera Brasileira)

“Indústria 4.0: o futuro é agora
        Vivemos numa época na qual praticamente tudo é digital e automatizado. Um relógio, por exemplo, registra por onde a pessoa caminhou, a quantidade de passos que ela deu e as calorias que perdeu. Tudo isso e muito mais é memorizado no app. Assim é a vida com smartphones, smartwatches e outros objetos e recursos inteligentes. E toda essa tecnologia também está no mundo dos negócios.
         Iniciada em 2011, na Alemanha, a Indústria 4.0, ou quarta revolução industrial, foca a otimização das fábricas por meio da automação e envolve conceitos como: internet das coisas, big data, computação em nuvens, resultando na fusão dos mundos físico, digital e biológico.
         Com tudo isso, as mudanças são inevitáveis, tanto para pessoas quanto para empresas, e já estão ocorrendo. No caso das indústrias, por exemplo, o investimento em robôs permite que a produção seja mais rápida, eficiente e, de certa forma, mais econômica. De modo autônomo, e por meio de inteligência artificial, complementada pela internet das coisas, as próprias máquinas poderá – e algumas já fazem isso – tomar decisões de produção, trocar e compartilhar informações entre si, otimizando e, até mesmo, evitando custos com desperdício, tempo e energia.
         O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços tem, inclusive, uma agenda que visa contribuir para a transformação das empresas brasileiras rumo ao universo 4.0. Segundo estudo da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), quando as indústrias nacionais estiverem totalmente integradas à quarta revolução, a economia anual estimada será de aproximadamente R$ 73 bilhões ao ano.
         Uma indústria que já está adaptada ao modelo 4.0, por exemplo, é a Fiat Chrysler Automobiles, que fica em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Em entrevista ao sita da ADDI, o supervisor de uma das linhas de montagem, Nathan Rodrigues, diz que cada peça fabricada é registrada em nuvem, e, se houver algum problema na ponta, o sistema é capaz de rastrear, identificar e recuperar cada detalhe da produção. Além disso, a montadora já está fazendo testes com a aplicação da realidade aumentada, reconhecimento facial, impressão 3D e outros estudos.
         Na Volkswagen Brasil também, os projetos, desde o início, são criados num modelo digital e simulados em 3D, o que otimiza o tempo de produção e acelera o processo fabril, além de abrir portas para novos postos de trabalho. A montadora, inclusive, tem investido na capacitação de seus empregados para que saibam atuar com as novidades e tecnologias dessa nova era.
         Para continuar expandindo e caminhando para o universo 4.0, pessoas e empresas precisam se adaptar e aprender a usufruir e utilizar as tecnologias que surgem a todo instante.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de agosto de 2019, caderno O.PINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 25 de agosto de 2019, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Internacionalizar o custo da Amazônia
        São oportunos e bem-vindos os protestos que tomam conta da Europa contra a destruição da floresta amazônica. Não é de hoje a urgência de uma discussão envolvendo a participação do mundo inteiro.
         Afundando-se no drama da região, aparecerão a hipocrisia, a desinformação e o sórdido interesse que reduz o inestimável patrimônio amazônico, não apenas do continente sul-americano. A região, composta por territórios de nove países, conserva a maior riqueza de biodiversidade e de água potável do planeta, fatores basilares do equilíbrio climático da Terra.
         Por várias razões, que são fáceis de se imaginar, a região foi poupada pelos invasores até o meio do século passado. Distante, impenetrável, misteriosa, selvagem, desafiadora, a Amazônia era muito bem cuidada pelos seus santos protetores e povoada por 1 milhão de nativos. Não havia motosserras, garimpos irresponsáveis, pesca intensiva, narcotraficantes, rebanhos de 200 milhões de cabeças de gado. Era um santuário natural, pincelado pelos deuses da natureza e protegido da invasão de estranhos por suas malárias, venenos e mistérios.
         O aumento da população brasileira e, mais ainda, da população mundial triplicou desde 1960 os estômagos humanos a serem saciados cotidianamente. Hoje, quase 7,6 bilhões de indivíduos.
         A maior parte das terras com potencial agricultável, ainda não exploradas no planeta, se concentra no Brasil. O território brasileiro, segundo a Nasa, preserva ainda uma vegetação nativa em 66% de seu território e cultiva apenas 7,6% das terras. A Dinamarca cultiva 76,8%, dez vezes mais que o Brasil; a Irlanda, 74,7%; os Países Baixos, 66,2%; o Reino Unido, 63,9%; a Alemanha, 56,9%.
         De acordo com os levantamentos, a área da Terra ocupada por lavouras é de 1,87 bilhão de hectares. A população mundial atingiu 7,6 bilhões em outubro passado, resultando que cada hectare, em média, alimentaria quatro pessoas, apesar de a produtividade por hectare variar muito, assim como o tipo e a qualidade dos cultivos.
         Os europeus, que hoje criticam, desmataram e exploraram intensamente o seu território. A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas originais do planeta. Hoje tem apenas 0,1%. A soma da área cultivada da França (31.795.512 hectares) com a da Espanha (31.786.945 hectares) equivale à área cultivada no Brasil (63.994.709 hectares), segundo Evaristo Miranda, especialista da Embrapa.
         A Amazônia sofre veementemente a pressão da demanda mundial por carnes, levadas ao mercado mundial pelas tradings multinacionais que financiam os produtores na expansão de suas atividades. O abate de gado bovino cresceu de 2,1 milhões de toneladas, no final da década de 70, para 10 milhões em 2018, com exportação de 1,64 milhão. Isso leva a uma média de consumo de carne bovina de 40 kg por habitante, e de outras carnes, de mais 50kg por ano.
         A criação de pastos nas últimas décadas custou o desmatamento de 550 mil quilômetros quadrados, ou uma Minas Gerais inteira. Nessa progressão, a Amazônia brasileira será provavelmente reduzida à metade até 2100.
         Os fatores que mais pressionam o desmatamento residem no consumo de proteína animal, que é substituível por natural. “A produção de grãos de uma fazenda com 100 hectares pode alimentar 1.100 pessoas comendo soja, ou 2.500 com milho. Se a produção dessa área fosse usada para ração bovina ou pasto, a carne produzida alimentaria o equivalente a oito pessoas. A criação de frangos e porcos também afeta as florestas. Para alimentar esses animais, é necessário derrubar árvores para plantar soja e produzir ração. Mas, na relação custo-benefício entre espaço, recursos naturais e ganho calórico, o bom é o pior de todos”.
         Vem do biólogo Edward Wilson, da Universidade de Harvard, um alerta. Adepto da campanha por “menos carne e mais florestas”, ele afirma: “Só será possível alimentar a população mundial no fim do século, estimada em 10 bilhões de pessoas, se todos forem vegetarianos”.
         Quando eu era deputado, na década de 90, defendi “no deserto” que o Brasil deveria propor uma remuneração, proveniente de aporte internacional, pela manutenção da floresta amazônica: se transformaria em um ativo financeiro, mais inteligente que uma criptomoeda, que remuneraria os proprietários e os Estados que a conservassem intocada.
         Sugeri na época que, sobre a extração de combustíveis fósseis, fosse gerada uma contribuição internacional para abastecer um fundo que premiaria a conservação da biodiversidade em todo o planeta.
         Apenas impedir que se desmate a Amazônia é pouco. Ao mesmo tempo, é preciso desestimular a ocupação predatória, que vem sendo impulsionada pela compra de carnes, de países da Europa e da Ásia.
         Uma oportuna ação diplomática e um plano consistente poderiam promover o atual governo como o primeiro, em cinco séculos de história, que, sem internacionalizar a Amazônia, internacionalizaria o custo de sua preservação.
         Arregimentaria assim aqueles que justamente protestam na frente das embaixadas do Brasil, para cobrar dos seus respectivos governos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 300,29% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 318,65%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,22%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


 



quarta-feira, 12 de junho de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ E OS DESAFIOS DA INDÚSTRIA 4.0 E A TRANSCENDÊNCIA DAS LIDERANÇAS E DIGNIDADES NA SUSTENTABILIDADE


“Indústria 4.0
        Há quase uma década, os alemães iniciaram o movimento Plattform Industrie 4.0. Trata-se da quarta revolução industrial, que usa a tecnologia para criar um novo paradigma no setor, descentralizando os processos e ampliando a utilização de dispositivos inteligentes. As possibilidades de monitoramento virtual, utilização de inteligência artificial e abertura para soluções inovadoras trarão aumento na produtividade, gerando um grande impacto no setor industrial. E isso já é uma realidade.
         Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI, no ano passado, apontou um aumento no número de empresas que utilizam tecnologia digital em seus processos, ainda que em estágio inicial. A intenção de 48% das empresas era investir em alguma tecnologia digital em 2018. Para este ano, acredito que o número seja ainda maior. No Brasil, já temos sistemas automatizados de identificação de quedas de produção, máquinas paradas e em mau funcionamento. São dados em tempo real que chegam rapidamente aos gestores.
         A RHI Magnesita, líder mundial em refratários, já iniciou sua jornada nessa revolução. Esse caminho envolve o desenvolvimento de funcionários, equipes de estudo, testes e estímulo ao compartilhamento de informações. É mais que uma transição, é um novo jeito e fazer e pensar, de forma ágil, estimulando novas ideias.
         A busca por soluções inovadoras que tornem as indústrias mais competitivas vem também despertando a organização de projetos coletivos de fomento à geração de ideias. Um desses projetos é realizado pela Federação das Indústrias, o Fiemg Lab. Trata-se de um programa de aceleração de startups com foco no desenvolvimento de tecnologias e soluções para a indústria. A RHI Magnesita é uma das madrinhas do programa, que acaba de selecionar 50 startups. O projeto será um hub de inovação aberta para as mais 15 mil indústrias que compõem a Fiemg.
         Além disso, a RHI Magnesita integra o Mining Hub – o primeiro hub de mineração do mundo –, que promove discussões e fomenta projetos sobre o futuro do setor. As startups selecionadas para participar dos projetos precisam resolver desafios, como eficiência operacional, fontes de energia alternativa, gestão de água, gestão de rejeitos e resíduos, segurança e desenvolvimento social.
         A aproximação entre a indústria e o ecossistema de inovação aberta das startups é um passo estratégico e, sobretudo, desafiador para que a indústria brasileira siga nos mesmos rumos criados por outros países. Mais do isso, esse modelo pode guiar discussões e fazer as indústrias brasileiras atingirem suas próprias descobertas, tecnologias, processos e modelos de negócios que se apliquem à realidade local.
         Este é um caminho sem volta. É preciso reforçar laços entre empresas, Estado, universidades e outras organizações, construindo um alicerce sólido para o desenvolvimento da indústria 4.0, ampliando a competitividade de nossas empresas.”.

(Francisco Carrara. CEO da RHI Magnesita na América do Sul, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de junho de 2019, caderno O.PINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno A.PARTE, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“As dignidades
        A mediocridade das escolhas deixou o país muito menor e injusto de quanto seu tamanho lhe possibilitaria. Injusto em gênero e grau correspondentes aos erros e omissões que se acumularam em cinco séculos de história e de oportunidades perdidas.
         A educação de péssima qualidade, não paira dúvida, está na base dos maiores problemas.
         Nas últimas semanas, abordei aqui os incríveis avanços de algumas nações que souberam se reinventar, como China e Índia, que, embora com seus bilhões de habitantes, estão em marcha firme para atingir o topo do ranking das economias mundiais. Uma preocupação que nunca se colocou o Brasil, país com 50 milhões de seres humanos abaixo da linha da miserabilidade e 13 milhões de desempregados. O avanço dos países asiáticos se alicerça na melhora e ampliação da educação, da formação profissional das novas gerações. Expandiu-se a capacidade cerebral coletiva da nação, e disso se encontraram soluções eficientes.
         A difusão do “saber” com um governo de princípios, planos e metas traçadas levou a China, em três décadas, de uma renda per capita de US$ 400 para US$ 16 mil. O país contava com 77% de todos os pobres do planeta, caindo agora o patamar de 14%. No nosso continente, por sua vez, o Chile deu passos de gigante para a frente, e a Venezuela, a maior possuidora de reservas petrolíferas do planeta, para trás, estacionando no fundo do poço.
         O Brasil estampa em sua bandeira a ordem e o progresso, palavras-chave que a China e o Chile souberam praticar.
         O Brasil faz festa e Carnavais como ninguém, mas não sabe tocar reformas que lhe garantiriam superar todos os seus problemas e tirá-lo da rota do caos.
Com tendência patológica ao deslumbre faraônico, que nenhum outro país ousaria praticar, o Brasil é o maior produtor de privilégios por meio de recursos públicos, embora mais de 50 milhões de pessoas aguardem oportunidades de sair da miséria.
         Austeridade, probidade, honestidade ficam no discurso de campanha e nas promessas. O Brasil abriga 80% dos sindicatos do planeta, mesmo com apenas 2,5% da população terrestre, e, ainda, concentra 98% das causas trabalhistas do mundo, um filão que, longe de fazer justiça, gerou um filão de negócios rentáveis de advocacia. Para consolidar a previsibilidade, centenas de milhares de entidades do terceiro setor, milhares de internautas fizeram do Brasil uma fábrica de fake News, achaques e confusões, anulando grande parte da utilidade das redes sociais.
         O Brasil dispõe de uma vocação imponente para fraude, ou vulgarmente para maracutaias, como batizou o “avatar” Lula.
         Uma combinação de esperteza, cinismo, fraude, dissimulação, corrupção, trapaça, os erários são galinheiros aos cuidados de raposas.
         Os principais partidos das últimas décadas, aqueles dos mensalões e do petróleo, se uniram para tirar o Coaf do controle de Sergio Moro, numa cabal demonstração de “quem deve teme”.
         Nos últimos dias tomou os noticiários mais um capítulo da delação de Marcelo Odebrecht, que revela ter pagado aos caciques do Congresso a propina de R$ 63 milhões para acelerar um empréstimo de R$ 1 bilhão do BNDES para o governo de Angola, país onde executa obras absurdamente superfaturadas.
         Mais Odebrecht com o pedido de recuperação judicial da Atvos por R$ 12 milhões, pleito que tenta acelerar a liberação de empréstimos do BNDES de R$ 20 bilhões para rolar outros R$ 80 bilhões que recebeu distribuindo favores e propinas.
         Nessa situação de desesperança por que passa a nação, podemos recorrer ao “doutor iluminado”, como era apelidado o espanhol Ramon Llull. No “Ars Brevis”, escrito em 1308, Llull traça com clareza o caminho da evolução e da possibilidade de os homens ajudarem a evoluir a humanidade. Esse “guerreiro” deve conter em si os nove princípios divinos (dignidades), originários de toda a realidade, a saber: Bondade, Magnitude, Eternidade, Poder, Sabedoria, Vontade, Virtude, Verdade e Glória. Pois – ele afirma – o que existe de bom aponta para a Grandeza como Deus e o anjo.
         Lamentável assinalar que nos cargos mais importantes do país é raro encontrar uma dessas dignidades, quando todas as nove seriam imprescindíveis para realizar a missão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 298,57% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 323,31%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,66%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



   
  



        

        
  

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A ERA IMPERATIVA DA INDÚSTRIA 4.0 E AS VEIAS ABERTAS DAS MONTANHAS MINEIRAS NA SUSTENTABILIDADE


“Indústria 4.0: a tendência que já virou necessidade
        Inteligência artificial, internet das coisas, robótica, machine learning. Esses termos, que até pouco tempo pareciam ter saído direto de um filme de ficção científica, já são realidade em grandes organizações que estão se adaptando à indústria 4.0.
         O problema é que esse processo ainda parece muito distante para grande parte dos pequenos e médios players desse mercado no Brasil. O que alguns ainda desconsideram, no entanto, é que a transformação digital veio para ficar e, mesmo que seus aspectos mais avançados não possam ser aplicados imediatamente, já é possível investir nesse novo conceito e alcançar resultados reais.
         Nesse sentido, uma das principais frentes dessa transformação, inclusive ao alcance das indústrias menores, é a digitalização e automatização dos processos de venda e distribuição dos produtos. Cada vez mais nomes desse mercado têm percebido que é possível enxugar essa cadeia e atingir o consumidor final diretamente, seja em um modelo híbrido de vendas B2B e B2C ou seja por meio da venda direta para a ponta dessa relação.
         Talvez a crise econômica recente tenha sido um dos principais propulsores para essa crescente mudança. Diante da escassez do mercado, a indústria passou a buscar novos canais para vender os seus produtos e, no meio disso, descobriu que a venda direta para o consumidor final é tão ou mais vantajosa do que as intermediações que estava acostumada.
         Os e-commerces B2B e B2B+B2C permitem, hoje, uma série de possibilidades, que vão desde a completa integração de sistemas e o cálculo facilitado de impostos, um dos pontos de maior atenção para a indústria, até a melhor calibração da previsibilidade de vendas, possibilitando maior giro de estoque e uma produção enxuta que atue segundo a demanda real.
         Um dos pontos principais para alcançar isso é uma plataforma de e-commerce especializada nesse tipo de vendas, na qual seja possível implementar processos como a gestão de portfólio diferenciado por perfil de clientes, faixas de preço customizáveis e personalização a partir do histórico de compras.
         Mas é preciso atenção: adequar-se à indústria 4.0 e às novas exigências de um mercado cada vez mais digital não se resume à criação de apenas mais um canal de vendas. Trata-se de uma mudança de mentalidade e estratégia que permeia todos os aspectos da empresa e que deve estar em constante atualização.
         Um dos melhores exemplos nesse sentido é o que aconteceu com O Boticário. A partir de um desejo de uma experiência mais simples, integrada e digital, a empresa conseguiu um feito raro: produção, distribuição e comercialização (varejo, franquias e e-commerce) funcionam como um só organismo, transitando entre esses diferentes meios de maneira imperceptível para o consumidor. É, portanto, a expressão máxima do significado de omnichannel a partir da adequação de um novo cenário da indústria e comercialização.
         Hoje, o grupo reúne as principais marcas do segmento de perfumaria e cosméticos no país e tem total independência no controle de todos os pontos da produção e jornada de compra. O resultado disso é o top of mind no segmento e uma legião de clientes fiéis aos seus produtos.
         No entanto, a mensagem principal disso é que não é preciso ser um gigante como O Boticário para conseguir melhores resultados a partir da transformação digital. O primeiro passo começa a partir de um comprometimento real com a modernização dos processos e o entendimento de que a indústria 4.0 saiu dos livros teóricos e já virou realidade. Infelizmente, quem não se adaptar vai acabar ficando na história ao lado das máquinas a vapor e dos primeiros adventos das revoluções, que já ficaram há muito tempo para trás.”.

(TIAGO GIRELLI. Diretor da divisão corporativa da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de janeiro de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 1º de fevereiro de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Piedade de Minas
        Piedade de Minas, grito que brota do coração de cada pessoa, uma vez mais, convocando toda a sociedade mineira a buscar novos rumos. Caminhos que sejam condizentes com a história tricentenária do estado, suas tradições religiosas e culturais, com o coração bom de seu povo, adornado por valores e princípios. Todos se unam por uma nova etapa civilizatória que respeite as singulares belezas naturais de Minas – dos campos aos sertões, da mata atlântica ao alto das montanhas. Piedade de Minas, uma prece por compaixão que deve inspirar gestos cidadãos alicerçados na solidariedade com os que sofrem as consequências de tragédias criminosas, a exemplo das que ocorreram em Brumadinho, em Bento Rodrigues e em tantos outros lugares.
         Piedade de Minas! Seja esse grito um clamor por compaixão, pela indignação sagrada que gera a coragem necessária à concretização de um sonho: fazer surgir um estado diferente, livre de crimes praticados contra seus próprios filhos e o meio ambiente. É a partir desse clamor que cada pessoa poderá enxergar melhor o que acontece em tantos lugares, especialmente no coração de Minas, a Serra da Piedade, com quase 1.700 metros de altitude, reunindo incontestável beleza arquitetônica, cultural, religiosa, paisagística e ambiental, e inadmitir qualquer pretensão gananciosa de mineradoras, com a devida oposição técnico-científica e legal.
         No entorno desse lugar sagrado está ocorrendo o que não poderia acontecer, com perdas e prejuízos incalculáveis para todo o povo mineiro. Essa situação precisa ser mudada, o que requer corajosa lucidez das competências judiciárias, ação destemida de instâncias governamentais e legislativas. A audaciosa determinação para corrigir descompassos, iluminada pelo clamor “piedade de Minas”, pode conduzir o estado a novos horizontes. O passo primeiro rumo à mudança é identificar, responsabilizar e punir quem provoca tragédias humanas e ambientais, fazendo valer a lei. Urgente também é uma configuração sócio-política e econômica voltada para promoção do bem de toda a sociedade, com atenção especial aos que já sofreram graves perdas provocadas pela agressiva exploração da natureza.
         Para isso, todos os segmentos da sociedade devem se unir e formar única voz, exigindo mudanças nos procedimentos da atividade minerária. No Brasil e, particularmente, em Minas Gerais, é preciso parar tudo o que está comprovadamente errado e promover recomeços, a partir de um horizonte humanitário. Esse parâmetro garante a salvaguarda do meio ambiente, o indispensável equilíbrio que assegura bem-estar social e proteção do planeta – a casa comum. A referência central deve ser, em todos os campos – ciência, técnica, economia – o respeito irrestrito ao ser humano e às demais criaturas.
         A complexa crise na relação entre ser humano e meio ambiente deve ser superada. Minas Gerais clama pelo fim da exploração cega de seus recursos, na voz de todos. Essa mudança é a única possibilidade capaz de reverter o acelerado processo que está fazendo o “estado diamante” tornar-se um mar de lamas que destrói vidas, mata belezas, enlutando o povo.
         Combater a idolatria do dinheiro, que cega pessoas diante das reais necessidades humanas e naturais, seduzindo mentes e corações, é um desafio a ser assumido por todos. Essa idolatria sustenta atitudes patológicas que transformam contextos sociais em verdadeiras sucursais do inferno. O papa Francisco, constantemente, alerta sobre a configuração de uma economia “sem rosto”, descompromissada com objetivos verdadeiramente humanos. A religiosidade mineira, na força da fé cristã, não cederá espaço a esses novos ídolos que têm desconsiderado o valor da vida.
         O sentimento a ser cultivado é o de piedade, para superar a indiferença causada pela ganância sem limites. O luto do povo mineiro cobre todos, indicando que é hora de ousar e efetivar mudanças para que não ocorram novas tragédias. Minas não pode ser a mesma. Sobre os alicerces de sua rica história, a partir do exercício da cidadania, de modo condizente com os nobres valores de seu povo, o estado deve iniciar um novo ciclo para a sua história. Tenham todos piedade de Minas!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 285,4% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 312,6%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em janeiro, chegou a 3,78%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.