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segunda-feira, 29 de março de 2010

A CIDADANIA E A FÉ INSTINTIVA NO HOMEM

“Mundo-cão

Muito se deplora em nosso país a dificuldade que “o brasileiro” tem para fazer doações em favor do bem comum. A observação se refere, naturalmente, aos cidadãos que dispõem de dinheiro suficiente para doar alguma coisa que valha a pena: se esses dão pouco ou nada, imagine-se então os que mal conseguem cuidar de si próprios. Os críticos dessa triste atitude nacional tornam-se particularmente severos quando nos comparam com os Estados Unidos. Ali sim, lembram eles, o povo tem razão de sentir orgulho de seus milionários; vivem dando fortunas a museus, universidades, bibliotecas e outras obras de grande mérito. Já aqui, ao contrário, o que se tem é três vezes nada. É o retrato perfeito daquilo que consideram a selvageria do brasileiro rico – inculto, egoísta, insensível, primitivo e incapaz de entender o conceito de espírito público. É também, segundo ouvimos com frequência, um dos motivos pelos quais este país não vai para a frente. [...]”
(J. R. GUZZO, em artigo publicado na Revista VEJA – edição 2158 – ano 43 – nº 13, de 31 de março de 2010, sob o título Mundo cão, página 142).

Mais uma IMPORTANTE e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de abril de 1993, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de AUSTREGESILO DE ATHAYDE, que merece INTEGRAL transcrição:

“Fé instintiva no homem

RIO – Comentando a ascensão de Franklin Delano Roosevelt ao governo dos Estados Unidos, na hora culminante da crise econômica gerada pelo desastre da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, um historiador lembra que ele não chegara à Casa Branca por mero acaso político e, sim, pela consciência de uma liderança que já se afiançara no governo do Estado de Nova Iorque, sobretudo no poder aliciador de sua palavra. Sua mulher, Eleanor Roosevelt, disse-me, durante os meses em que junto trabalhamos na elaboração da Carta Universal dos Direitos Humanos, que o marido fora, em dúvida, um homem providencial, concebido nos mistérios da História com os mesmos carismas de Abraão Lincoln e de Woodrow Wilson. A grande energia do seu espírito, como que se tornara mais acendrada quando vítima da paralisia, sobrepujou a deficiência física, na continuidade de uma carreira política que, pela duração do êxito, não teve similar na história norte-americana. Pela sua experiência, senso de oportunidade e agudeza da compreensão psicológica do seu povo, nenhum outro homem o superava na hora em que se apresentou para disputar o comando supremo do seu país.

Ressaltam os analistas do tempo, como o fazem ainda os historiadores, que Roosevelt possuía uma fé instintiva no homem comum, “tão profunda quanto a de Bryan, e uma fé racionalizada na democracia tão profunda quanto a de Wilson”. E, traçando rigoroso perfil desse predestinado, afirmavam que ele “era politicamente astuto, compreendia a arte da liderança e possuía a percepção para o ponto principal das grandes questões. Como Jefferson, era oportunista quanto aos meios e tenazmente firme quanto aos fins. Aceitava acordo nas questões de menor importância, mas raramente nas de importância capital e sabia que política é uma arte e uma ciência”.

Cabe relembrar aqui o famoso discurso com que tomou posse em sua cadeira presidencial. São palavras estimuladoras, contendo permanente lição. “Queremos enfrentar os dias difíceis que estão à nossa frente com a coragem da unidade nacional, com a clara consciência de buscar velhos e preciosos valores morais. Com a satisfação que provém do rigoroso cumprimento do dever por moços e velhos. Almejamos a garantia de uma via nacional farta e permanente. Não desconfiamos do futuro da democracia”. Estas palavras devem ser postas aos olhos dos governantes brasileiros, neste transe agônico que estamos vivendo. Agonia quer dizer luta corajosa, nas da confiança e da fé, sem as quais nenhum povo consciente realiza o seu destino.”

A propósito ainda do tema, se faz também IMPORTANTE e OPORTUNO o encerramento de artigo publicado no veículo ESTADO DE MINAS, idem, ibidem, de autoria de ALFEU BARBOSA, sob o título Laços fraternos, em referência à Campanha da Fraternidade daquele ano:

“Por derradeiro, proclame-se: ainda persistem no Brasil, bem expostos, ao lado da incompetência, os dois grandes males que, segundo São Francisco, afligiam o mundo cristão de seu tempo: a arrogância dos ricos e a arrogância dos doutores. Essas duas pragas, que são diferentes, destroem qualquer vinha. A mais fraterna das comunidades”.

São, pois, lições que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente ÉTICA, JUSTA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR e COMPARTILHAR de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, devendo fazer seus BENEFICIÁRIOS diretos TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...