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segunda-feira, 10 de junho de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DAS DINÂMICAS DOS PODERES NA SUSTENTABILIDADE


“É possível crescer na crise?
        Períodos de crise econômica costumam ser um pesadelo para empresas e gestores. As contas apertam, os clientes desaparecem, tudo fica mais caro. O cenário parece desalentador. No entanto, com criatividade e organização, é possível atravessar a recessão e até crescer com ela. A crise pode ser, inclusive, uma oportunidade para startups.
         Sendo as startups basicamente empresas pequenas, de base tecnológica e que oferecem produtos escaláveis, elas podem se beneficiar dos períodos de depressão econômica. É que, nesses tempos, o setor de tecnologia costuma ser o único não afetado. O motivo é bem simples: as empresas passam a ter que reduzir gastos, enxugar suas estruturas, otimizar a produção. E as soluções tecnológicas chegam como “salvadoras” para os gestores às voltas com as contas que não fecham. Aí reside a oportunidade das startups. É a chance de atender a essas demandas e oferecer produtos ou serviços que solucionem os problemas das companhias que sofrem com as quedas. Independentemente do setor em que atue, é importante que a startup esteja atenta aos movimentos do mercado e esteja pronta para aproveitar as oportunidades que aparecerem.
         Em tempos de economia instável, é essencial para qualquer companhia, seja uma startup ou multinacional, mirar na inovação. Por meio da inovação, é possível se manter competitivo, ainda quem em dificuldades. Desenvolver soluções inovadoras, sejam internas ou para fornecer para terceiros, garante fòlego e sucesso. Para as pequenas empresas, períodos de crise podem ser menos difíceis até por questões técnicas. Acontece que as grandes companhias, por terem estruturas complexas, acabam por ter mais entraves, sem muita flexibilidade; o que não ocorre com as micro e pequenas ou startups: por serem mais simples, são mais maleáveis e conseguem se adaptar melhor à realidade que se apresenta.
         O Brasil ainda tem outra vantagem para quem está atento às oportunidades da crise: o baixo índice de competitividade. Apesar de ser um país altamente empreendedor, muitos dos que se aventuram nesta seara o fazem sem preparo ou habilidade, o que é um prato cheio para aqueles que entram no jogo determinados a ganhar. É diferente dos Estados Unidos, por exemplo, em que os mercados são bem saturados e a competição é muito maior. Portanto, vale a regra do “que vença o melhor”.
         Acima de tudo, no entanto, para fugir da crise, é necessário saber conviver com ela e não transformá-la em um bicho de sete cabeças. Quem tem competência para trabalhar bem não sofre, pois sempre terá seu público, mesmo que diminuído. Os que se preocupam muito com a recessão, e não falam em outra coisa, acabam por se afundar na lama da crise e não conseguem mais sair dela. O importante é manter a cabeça erguida e enxergar o horizonte à frente, que é sempre promissor.”.

(JANGUIÊ DINIZ. Mestre e doutor em direito, fundador e presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de maio de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Modular os poderes
        Ser filho de Deus é condição que remete a um poder fundamental, com força para qualificar todas as formas de se exercer responsabilidades. Esse poder relaciona-se à capacidade humana de perceber a vida como dom mais precioso do Criador. Compreensão que deve se alicerçar na consciência de que todos são amados por Deus. Desconhecer ou relativizar esse entendimento produz incompetência, principalmente nos muitos processos de gestão e, não raramente, compromete a condução da vida, em seus contextos sociopolíticos, por manipulação interesseira, “excessos” e mesquinhez.
         Sabe-se muito bem que uma casa com alicerces comprometidos ganha rachaduras e se torna ameaça para seus habitantes. Do mesmo modo, pessoas sem o devido alicerce, por ignorarem o real valor da própria vida e da existência dos outros, tornam-se frágeis e pouco contribuem para o bem-estar da coletividade. Urge-se, portanto, no horizonte de grandes reformas necessárias à vida social, relacionadas à prática do poder, dedicar-se à condição individual que permita compreender melhor o poder que é próprio de cada um – ser amado por Deus.
         Todos devem cultivar no coração o real sentido da existência humana, evitando reducionismos. É comprometedor e muito comum na sociedade, por exemplo, acreditar que indivíduos são apenas peças da engrenagem social. Isso alimenta a convicção de que pessoas podem ser descartadas, substituídas. Um entendimento que se desdobra em atitudes mesquinhas, alimentando ganâncias e idolatrias como a do dinheiro, que distorcem tudo, inclusive a compreensão sobre o valor de cada pessoa. O resultado dessa perda de sentido relacionada à própria existência, que se desdobra na desconsideração do outro, revela-se nas diferentes formas de violência, particularmente na corrupção. E o mundo torna-se, cada vez mais, regido pela lei do “salve-se quem puder”.
         A reversão desse cenário exige que todos reconheçam: as raízes da sociabilidade humana se inscrevem no horizonte do amor de Deus – Pai, Filho e Espírito Santo. Ignorar essa referência configura uma orfandade que faz crescer a delinquência. Hoje, muitos aparentam agir orientados por inquestionável racionalidade, apresentam-se de modo a impressionar positivamente, mas, quando observados de perto, são desmascarados. Revelam-se agentes que contribuem para fazer da sociedade contemporânea lugar marcado por vergonhosas desigualdades, que aceleram os passos da humana rumo ao caos. Reconhecer que a sociabilidade humana está inscrita no horizonte do amor de Deus é caminho para livrá-la das exorbitâncias dos que acumulam muito poder, mas não possuem a requerida qualidade humanística, emocional e espiritual para exercê-lo adequadamente.
         Ora, cada pessoa é imagem e semelhança de Deus, o Criador e Senhor Único. Isso significa admitir e compreender que o ser humano tem uma constituição intrínseca de transcendência. Sem reconhecê-la, age-se guiado simplesmente por um instinto animal, nos parâmetros da irracionalidade e da insensibilidade social. A falta de lucidez sobre a sacralidade do ser humano é fenômeno muito comum, inclusive entre vários cristãos. Muitos não se envergonham e não se incomodam diante das injustiças na sociedade. Indiferentes, não se engajam para mudar cenários lamentáveis. Tornam-se, pois, corresponsáveis pelas injustiças cometidas, pois, mesmo professando a fé, não agem, com rapidez e eficácia, para minimizar as dores dos pobres e sofredores.
         Quem não reconhece a dimensão transcendente da vida corre o risco de ser engolido pela ambição sem limites, substituindo o “ser” pelo “ter”. Passa a buscar, de modo insaciável, dinheiro e poder. Hoje, tem muita gente “podendo demais”, adoecida e submersa na delinquência, exatamente por dedicar sua vida à acumulação de bens, sem limites. A atitude capaz de corrigir esses desiquilíbrios do poder e da falta de sentido para a vida é fazer-se discípulo e discípula de Jesus: compreender a si mesmo, por profunda transformação interior, como servidor, lembrado sempre da palavra do Mestre que garante ser o maior aquele que serve mais e serve a todos.
         As reformas urgentes para a sociedade, em muitos âmbitos, passam, desse modo, pela compreensão de que uma virada civilizatória precisa acontecer a partir do poder que se sustenta em qualificada humanização – uma nova modulação dos poderes na sociedade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 298,57% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 323,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,94%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



   
  


     

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA HUMILDADE NA HUMANIDADE E A URGÊNCIA DE PROFUNDAS MUDANÇAS NAS ESCOLAS NA SUSTENTABILIDADE


“Humildade é sinal de inteligência
        ‘A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome. A humildade está na pessoa, que, tendo o direito de reclamar, julgar, reprovar e tomar qualquer atitude compreensível no brio pessoal, apenas abençoa’ – Chico Xavier.
         Um dia, após uma de minhas palestras, o curador do evento se aproximou de mim e ao me elogiar agradeceu minha humildade, dizendo, para minha surpresa, que é comum os palestrantes serem metidos.
         Esse comentário fez com eu escrevesse este artigo e refletisse que, assim como devemos ser humildes para ensinar. Afinal, não somos melhores que ninguém. Posso, possivelmente, saber mais a fundo determinado assunto, mas certamente não todos.
         Por que, então, não agimos mais como uma criança de 7 anos que interage com outra criança com seu coração aberto para novas amizades e curiosidades? Já parou para pensar nisso? Que todos nós somos semelhantes, que temos algumas habilidades, outras não, e assim, também, as outras pessoas. Que cada um tem o seu tempo, sua velocidade, suas necessidades e suas virtudes.
 Há um tempo, acompanhava, nas redes sociais, um colega que treinava para uma prova de 10 quilômetros. Mesmo sem muito interesse, eu era levado a acompanhar o passo a passo da sua preparação, já que, diariamente, fotos eram postadas. No dia do evento, foram inúmeros cliques durante o início da prova, mas, para minha surpresa, nenhum clique no final. Tempos depois, eu soube que a prova não havia sido concluída por motivos físicos.
Então, me pergunto: por que só o lado feliz e vencedor é mostrado nas redes sociais e também na vida? Por que não mostrar, também, quando não alcançamos o que queríamos, apesar de todo o esforço, e que assim estaremos prontos para uma nova tentativa, a fim de superar ou mostrar, sem medo ou receio, que somos humanos e propensos a erros e insucessos?
         Humildade é mostrar sua vulnerabilidade, que nem tudo está sempre tão bem assim. Humildade, também, é sinal de inteligência, unindo os indivíduos, ao contrário do orgulho. Sendo humilde e ajudando os demais, a chance de um dia você ser ajudado passa a ser maior, pois lembre-se de que todos nós precisamos de algum tipo de ajuda em algum momento da vida.
         “Para o orgulhoso, a humildade é uma humilhação”. (Eclesiástico 13,20)
         Esperar o tempo da vida para as respostas que queremos de imediato é outro sinal de humildade. Lembrar que, por mais que sejamos bem-sucedidos profissionalmente, tenhamos conhecimento ou posição social, não somos nada mediante os acasos da vida e do tempo. Que nunca saberemos com quem realmente estamos falando, pois todos têm suas bagagens, suas histórias e, consequentemente, seus valores.
         Não queira estar sempre certo, apenas os tolos estão sempre corretos, os sábios procuram estar atentos a novos conhecimentos, aceite críticas e não fique melindrado com elas.
         Antes de ser um excelente profissional, seja um bom ser humano, procurando ter a consciência de quem se é, que somente um ser humano pode salvar a vida de outro e aí, talvez, um dos maiores exemplos de humildade seja confessar a outro ser humano precisar dele para existir. “O dinheiro faz homens ricos, o conhecimento faz homens sábios e a humildade faz grandes homens.” (Gandhi).”.

(ANDRE CASTRO. Dentista com especialização em odontopediatria e MBA em gestão em planos de saúde, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de fevereiro de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 18 de fevereiro de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de JANGUIÊ DINIZ, mestre e doutor em direito, fundador e presidente do conselho de administração do grupo Ser Educacional, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação brasileira diante do espelho
        Vivemos em um país enorme cujas fronteiras delimitam muito mais do que território. Delimitam populações com culturas, tradições e desafios tão diversos que não há quem questione o fato de termos diversos “brasis” dentro do Brasil.
         Em um contexto tão amplo e diversificado, desenvolver políticas públicas que atendam a todos de forma indistinta, como preconiza a nossa Carta Magna, não é uma tarefa simples. Qualquer recorte que se pegue envolve milhões de pessoas. Por exemplo, apenas no universo da educação superior, o país tem mais de 8,2 milhões de estudantes, quase a população de Israel, nação que se destaca por sua capacidade de inovação e que tem 8,4 milhões de habitantes.
         A realização de ações e programas voltados para um público tão grande e distinto não seria possível sem o amparo de dados e análises de qualidade. São necessárias informações que apontem o norte na busca pela melhoria do bem-estar da população e do progresso do país como um todo.
         Nesse cenário, o trabalho desenvolvido pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) tem sido de extrema relevância. Hoje, sabemos exatamente quantos alunos estão nas salas de aula e o perfil deles; quantas e onde estão as instituições de educação superior brasileiras; a quantidade e o grau de formação dos nossos docentes; e outros diversos dados.
         São números que, associados a muitos outros, nos permitem não só conhecer a realidade, mas ir além. Por meio deles é possível dimensionar desafios e necessidades que estão apresentados, mas que muitas vezes ficam escondidos entre um dado e outro. Uma análise detalhada dos dados nos convida a extrair deles soluções ou alternativas capazes de contribuir para o equacionamento da relação entre demanda e oferta; entre anseios e possibilidades; entre onde estamos e aonde queremos chegar.
         Por exemplo, dados recentes do IBGE mostra que pessoas com educação superior completa têm rendimento médio aproximadamente três vezes maior do que o daquelas com ensino médio completo. Apesar disso, apenas 17% dos jovens adultos brasileiros, com idade entre 25 e 34 anos, têm graduação.
         As estatísticas que relevam esse cenário também indicam o quanto estamos distantes de atingir as metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação. Para alcançar a taxa bruta de matrículas estipulada na meta 12, é preciso que o número de novas matrículas cresça 4,8% ao ano, até 2024. Para atingir a taxa líquida, o desafio é ainda maior: sem o crescimento de 8,1%, ao ano, nas matrículas, não conseguiremos garantir 33% da população de 18 a 24 anos matriculada na educação superior.
         A transformação de números aparentemente frios em análises que permitam confrontar a realidade com as necessidades, mapear tendências, e discutir políticas públicas é algo que contribui não só para a elaboração de ações necessárias e adequadas à realidade do país, mas também para a abertura de caminhos que podem ser trilhados por setores estratégicos, como o particular de educação superior, de modo a cooperarem para o êxito da política governamental.
         Nesse sentido, em evento recente realizado na sede da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), o Inep confrontou as instituições particulares de educação superior com estatísticas do Censo 2017 associadas a resultados da educação básica em avaliações de desempenho e do censo desse nível educacional.
Em síntese, a intersecção de dados feita pelo instituto evidenciou a relação entre o baixo desempenho dos estudantes da educação básica com a carência de professores formados para atuar na disciplina que lecionam. Nos últimos anos do ensino fundamental, apenas 62,5% dos professores de língua portuguesa e 50% dos docentes de geografia são graduados nas respectivas áreas.
         Diante dessa realidade, o Inep provocou as instituições de educação superior a ofertarem mais vagas em áreas específicas da literatura, o que exclui pedagogia. Entretanto, na contramão dessa necessidade, está a realidade enfrentada cotidianamente por professores, que precisam superar obstáculos, que vão desde baixas remunerações até a falta de material para trabalhar e o desrespeito por parte dos alunos.
         Pesquisa realizada em 35 países pela Varkey Foundation constatou que o Brasil é a nação que menos prestigia seus docentes. Aqui, apenas 9% das pessoas acham que os alunos respeitam os educadores em sala de aula e 88% consideram a profissão de professor como sendo de “baixo status”.
         Enquanto esse for o cenário que aguarda profissionais que dedicam três ou quatro anos de sua vida a uma graduação, o setor particular de educação superior pode ofertar quantas vagas forem que o problema não será resolvido. O entrave não está na oferta, mas na demanda.
         A carência de professores qualificados para atuarem em sala de aula não é novidade. Há tempos os dados evidenciam essa realidade, assim como tantas outras. Apesar disso, nas últimas décadas, pouco foi efetivamente feito para mudar esse panorama.
         Como afirmei antes, dados estatísticos descortinam cenários ocultos, mas também jogam luz sobre realidades e necessidades que muitas vezes relegamos a segundo plano. Entretanto, como evidenciam os números apresentados pelo Inep e tantos outros que ajudam a mapear o nosso país, se governos e sociedade civil não construírem soluções conjuntas, não existirão saídas possíveis.
         O setor particular de educação superior nunca se furtou a trabalhar de forma conjunta com o governo, de modo a contribuir para a construção da nação mais educada e desenvolvida que todos almejamos. Entretanto, nesse caso específico, a solução exige que antes de qualquer coisa sejam desenvolvidas políticas públicas de estímulo à carreira docente. Só assim será possível equalizar a relação entre oferta e demanda por professores nas escolas brasileiras. Não há alternativa.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 285,4% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 312,6%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em janeiro, chegou a 3,78%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.