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terça-feira, 6 de agosto de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A ARTE, OS DESAFIOS E A TRANSCENDÊNCIA DO ENSINO E AS LUZES DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA SUSTENTABILIDADE


“A difícil arte da magia na educação
        Professores enfrentam muitos desafios, diariamente, e isso é de conhecimento de todos. Qualquer pessoa pode relacionar muitos deles em questão de segundos. Para exercer essa profissão, há que se ter não apenas muito conhecimento e preparação, mas também coragem e criatividade. No entanto, fazer a mágica de ensinar o que não se sabe é quase impossível para qualquer um, inclusive os docentes. De acordo com novos estudos do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019, divulgado no final do mês passado, preparar adequadamente os professores, em especial nas áreas críticas com falta de professores, como faz a ONG Educando (cujo foco está na formação de docentes de escolas públicas em métodos práticos nas disciplinas de matemática, física, química e biologia), passa a ser uma necessidade primordial e de extrema urgência.
         A razão é simples. Segundo a pesquisa, 33,5% dos educadores brasileiros dos ensinos acima mencionados não tinham, até o final de 2018, formação adequada para lecionar na área de atuação escolhida. Ao todo, 37,8% dos professores dos anos finais do ensino fundamental (entre o 6º e o 9º anos) e 29,2% dos docentes do ensino médio.
         Os percentuais mostram profissionais sem qualquer licenciatura ou complementação pedagógica nas disciplinas pela qual eram responsáveis (os cinco primeiros anos do ensino fundamental não entraram na pesquisa em razão da nomenclatura diferenciada das matérias, que não são divididas como nos anos sequenciais).
         O anuário é elaborado com dados do censo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) – ambos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – e outras pesquisas do nicho e publicado em parceria entre o movimento Todos pela Educação e a Editora Moderna.
         Não à toa, a Unesco, braço de educação e cultura da Organização das Nações Unidas (ONU), mostra o Brasil em 88º lugar em 127 países no desempenho da educação, segundo o documento The education for All (EFA)/ Global Monitoring Report (GMR). No país da evasão escolar (o mais recente censo escolar elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira/Inep aponta para mais de dois milhões de crianças e adolescentes fora das salas de aula), o “efeito dominó” do declínio da educação brasileira parte da falta de investimentos em infraestrutura, merenda e materiais. Mas continua em curso com falhas clamorosas no que tange aos professores; falta de incrementos salariais, planos de carreira e, como já citado, formação adequada.
         Sobre salários e planos de carreira, o anuário mostra que, em 2018, docentes da educação básica tinham rendimentos 30% menores em relação ao salário médio dos profissionais de curso superior. Ao comparar apenas com profissionais das áreas de exatas ou saúde, a queda é de 50%.
         Sobre formação, vislumbramos saídas? Além do árduo trabalho de instituições independentes do terceiro setor (como a ONG Educando), cujo intuito é auxiliar ao máximo em certas lacunas abertas na educação brasileira, a garantia da formação docente na educação básica é uma das 20 metas previstas no Plano Nacional da Educação (PNE), em vigência desde junho de 2014. O texto, entre outros pontos, assegura aos professores da educação básica formação de nível superior na específica área de atuação. E a base nacional foi além: apresentou ao Ministério da Educação (MEC), em dezembro do ano passado, proposta de uma avaliação anual para habilitação de educadores.
         Falta-nos, apenas, portanto, direcionamento correto das políticas de investimentos na educação básica e, ainda, fazer uma “mágica” – em uso convergente da mesma verba – para transformar documentos oficiais em objetos animados, que funcionem na prática. Em união, como um comboio, auxiliando professores, alunos e a educação em geral a caminhar para frente com segurança e assertividade.
         Capacitar e valorizar professores ao fornecer-lhes suportes pedagógico, psicológico e planos de carreira justos é garantir um futuro com mais educação e estímulo ao constante aprendizado.”.

(MARCOS PAIM. Professor e diretor do programa Stem Brasil, da ONG Educando, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de julho de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de LAÉRCIO LAMARCA, gerente de operações da Minsait no Brasil, e que merece igualmente integral transcrição:

“Medo da robotização?
        Uma das primeiras imagens que vem à mente com a palavra “robotização” é a de máquinas assumindo todos os lugares da mão de obra humana, em uma realidade bastante futurista e próxima da ficção. Questões como “qual será o papel dos trabalhadores nesse novo cenário?”, aliadas à projeções da falta de empregos nos próximos anos, traçam um cenário alarmante e podem causar repulsam à adoção das novas tecnologias no ambiente do trabalho.
         A realidade, contudo, promete ser bem mais branda do que aparenta. Hoje, os cobots (robôs colaborativos) representam a principal ajuda aos colaboradores e gestores nos próximos anos, sem eliminar o papel humano dentro das empresas.
         Alguns estudos estimam que, para cada robô colaborativo que une a indústria, três novos empregos ligados a ele serão gerados. Não se pode ignorar o fato de que nem todos poderão optar por esses novos empregos. No entanto, é inegável que a robotização abrirá uma infinidade de oportunidades para milhões de colaboradores, livres de tarefas repetitivas, motivando-os a adquirir novos conhecimentos, desafios intelectuais e aprendizagem.
         À primeira vista, essa coexistência entre robôs e humanos não deve ser percebida como algo natural: as barreiras culturais são um desafio a ser superado, especialmente porque a automação é frequentemente vista como algo “emergencial”, usado em altos picos de trabalho. Mas a implantação progressiva de tecnologia, em diferentes áreas, como uma ajuda permanente, deve levar a uma profunda transformação do mercado de trabalho, exigindo cada vez mais habilidades sociais – que as máquinas estão longe de dominar.
         Mas, a longo prazo, não há dúvidas de que a robotização levará a ambientes de trabalho formados por um híbrido entre trabalhadores humanos e digitais (chamados digiworkers). Ou, mais especificamente, os colaboradores devem aprimorar suas capacidades graças à contribuição de robôs colaborativos, com pontos de coexistência total entre pessoas e software.
         Os ganhos em produtividade são o principal motor dessa mudança. A partir do uso cada vez maior de robôs colaborativos, é possível obter ganhos significativos em produtividade, evitando o desperdício de talentos e redistribuindo cargas de trabalho. Colaboradores podem ganhar mais tempo para tarefas estratégicas, além de recuperar ideias e projetos deixados de lado. Além disso, as ferramentas ajudam o ser humano a enfrentar desafios, fornecendo o suporte necessário para que a capacidade humana alcance os maiores e melhores objetivos para as empresas.
         Apesar de toda a discussão que o tema traz, é preciso ter em mente que não é a robotização em si que gera impacto social ou desemprego, mas o plano estratégico de cada empresa. No Brasil, é possível encontrar casos de empresas líderes em seu setor de atividade que implementaram extensos programas de robotização, mas não demitiram nenhum de seus trabalhadores, transferidos para novas funções.
         Para ter sucesso, é fundamental que as empresas ofereçam aos colaboradores ferramentas e opções que lhes permitam sentir-se valorizados, além de assumir a responsabilidade com o desenvolvimento profissional deles ao longo do tempo. A transformação deve atingir todos os níveis da estrutura organizacional e novas equipes multifuncionais e cada vez mais ágeis devem estar presentes em todos os setores.
         Na economia atual, é difícil prever as múltiplas demandas e necessidades dos consumidores e, mais do que isso, é um desafio manter os níveis de produtividade em meio à incerteza que paira sobre organizações de diferentes setores. Portanto, é necessário investir na certeza do que a inovação tecnológica representa: a automação da inteligência ajuda as empresas a enfrentar novos desafios e otimiza a contribuição de valor dos trabalhadores. O trabalho híbrido entre humanos e robôs já deixou de ser um elemento supérfluo para se tornar o elemento chave de um ambiente de trabalho eficiente, dinâmico e flexível. Estar preparado desde já é sinônimo de garantir a sobrevivência no futuro.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 300,09% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 322,23%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,37%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


 

          
           

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA HUMILDADE NA HUMANIDADE E A URGÊNCIA DE PROFUNDAS MUDANÇAS NAS ESCOLAS NA SUSTENTABILIDADE


“Humildade é sinal de inteligência
        ‘A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome. A humildade está na pessoa, que, tendo o direito de reclamar, julgar, reprovar e tomar qualquer atitude compreensível no brio pessoal, apenas abençoa’ – Chico Xavier.
         Um dia, após uma de minhas palestras, o curador do evento se aproximou de mim e ao me elogiar agradeceu minha humildade, dizendo, para minha surpresa, que é comum os palestrantes serem metidos.
         Esse comentário fez com eu escrevesse este artigo e refletisse que, assim como devemos ser humildes para ensinar. Afinal, não somos melhores que ninguém. Posso, possivelmente, saber mais a fundo determinado assunto, mas certamente não todos.
         Por que, então, não agimos mais como uma criança de 7 anos que interage com outra criança com seu coração aberto para novas amizades e curiosidades? Já parou para pensar nisso? Que todos nós somos semelhantes, que temos algumas habilidades, outras não, e assim, também, as outras pessoas. Que cada um tem o seu tempo, sua velocidade, suas necessidades e suas virtudes.
 Há um tempo, acompanhava, nas redes sociais, um colega que treinava para uma prova de 10 quilômetros. Mesmo sem muito interesse, eu era levado a acompanhar o passo a passo da sua preparação, já que, diariamente, fotos eram postadas. No dia do evento, foram inúmeros cliques durante o início da prova, mas, para minha surpresa, nenhum clique no final. Tempos depois, eu soube que a prova não havia sido concluída por motivos físicos.
Então, me pergunto: por que só o lado feliz e vencedor é mostrado nas redes sociais e também na vida? Por que não mostrar, também, quando não alcançamos o que queríamos, apesar de todo o esforço, e que assim estaremos prontos para uma nova tentativa, a fim de superar ou mostrar, sem medo ou receio, que somos humanos e propensos a erros e insucessos?
         Humildade é mostrar sua vulnerabilidade, que nem tudo está sempre tão bem assim. Humildade, também, é sinal de inteligência, unindo os indivíduos, ao contrário do orgulho. Sendo humilde e ajudando os demais, a chance de um dia você ser ajudado passa a ser maior, pois lembre-se de que todos nós precisamos de algum tipo de ajuda em algum momento da vida.
         “Para o orgulhoso, a humildade é uma humilhação”. (Eclesiástico 13,20)
         Esperar o tempo da vida para as respostas que queremos de imediato é outro sinal de humildade. Lembrar que, por mais que sejamos bem-sucedidos profissionalmente, tenhamos conhecimento ou posição social, não somos nada mediante os acasos da vida e do tempo. Que nunca saberemos com quem realmente estamos falando, pois todos têm suas bagagens, suas histórias e, consequentemente, seus valores.
         Não queira estar sempre certo, apenas os tolos estão sempre corretos, os sábios procuram estar atentos a novos conhecimentos, aceite críticas e não fique melindrado com elas.
         Antes de ser um excelente profissional, seja um bom ser humano, procurando ter a consciência de quem se é, que somente um ser humano pode salvar a vida de outro e aí, talvez, um dos maiores exemplos de humildade seja confessar a outro ser humano precisar dele para existir. “O dinheiro faz homens ricos, o conhecimento faz homens sábios e a humildade faz grandes homens.” (Gandhi).”.

(ANDRE CASTRO. Dentista com especialização em odontopediatria e MBA em gestão em planos de saúde, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de fevereiro de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 18 de fevereiro de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de JANGUIÊ DINIZ, mestre e doutor em direito, fundador e presidente do conselho de administração do grupo Ser Educacional, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação brasileira diante do espelho
        Vivemos em um país enorme cujas fronteiras delimitam muito mais do que território. Delimitam populações com culturas, tradições e desafios tão diversos que não há quem questione o fato de termos diversos “brasis” dentro do Brasil.
         Em um contexto tão amplo e diversificado, desenvolver políticas públicas que atendam a todos de forma indistinta, como preconiza a nossa Carta Magna, não é uma tarefa simples. Qualquer recorte que se pegue envolve milhões de pessoas. Por exemplo, apenas no universo da educação superior, o país tem mais de 8,2 milhões de estudantes, quase a população de Israel, nação que se destaca por sua capacidade de inovação e que tem 8,4 milhões de habitantes.
         A realização de ações e programas voltados para um público tão grande e distinto não seria possível sem o amparo de dados e análises de qualidade. São necessárias informações que apontem o norte na busca pela melhoria do bem-estar da população e do progresso do país como um todo.
         Nesse cenário, o trabalho desenvolvido pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) tem sido de extrema relevância. Hoje, sabemos exatamente quantos alunos estão nas salas de aula e o perfil deles; quantas e onde estão as instituições de educação superior brasileiras; a quantidade e o grau de formação dos nossos docentes; e outros diversos dados.
         São números que, associados a muitos outros, nos permitem não só conhecer a realidade, mas ir além. Por meio deles é possível dimensionar desafios e necessidades que estão apresentados, mas que muitas vezes ficam escondidos entre um dado e outro. Uma análise detalhada dos dados nos convida a extrair deles soluções ou alternativas capazes de contribuir para o equacionamento da relação entre demanda e oferta; entre anseios e possibilidades; entre onde estamos e aonde queremos chegar.
         Por exemplo, dados recentes do IBGE mostra que pessoas com educação superior completa têm rendimento médio aproximadamente três vezes maior do que o daquelas com ensino médio completo. Apesar disso, apenas 17% dos jovens adultos brasileiros, com idade entre 25 e 34 anos, têm graduação.
         As estatísticas que relevam esse cenário também indicam o quanto estamos distantes de atingir as metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação. Para alcançar a taxa bruta de matrículas estipulada na meta 12, é preciso que o número de novas matrículas cresça 4,8% ao ano, até 2024. Para atingir a taxa líquida, o desafio é ainda maior: sem o crescimento de 8,1%, ao ano, nas matrículas, não conseguiremos garantir 33% da população de 18 a 24 anos matriculada na educação superior.
         A transformação de números aparentemente frios em análises que permitam confrontar a realidade com as necessidades, mapear tendências, e discutir políticas públicas é algo que contribui não só para a elaboração de ações necessárias e adequadas à realidade do país, mas também para a abertura de caminhos que podem ser trilhados por setores estratégicos, como o particular de educação superior, de modo a cooperarem para o êxito da política governamental.
         Nesse sentido, em evento recente realizado na sede da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), o Inep confrontou as instituições particulares de educação superior com estatísticas do Censo 2017 associadas a resultados da educação básica em avaliações de desempenho e do censo desse nível educacional.
Em síntese, a intersecção de dados feita pelo instituto evidenciou a relação entre o baixo desempenho dos estudantes da educação básica com a carência de professores formados para atuar na disciplina que lecionam. Nos últimos anos do ensino fundamental, apenas 62,5% dos professores de língua portuguesa e 50% dos docentes de geografia são graduados nas respectivas áreas.
         Diante dessa realidade, o Inep provocou as instituições de educação superior a ofertarem mais vagas em áreas específicas da literatura, o que exclui pedagogia. Entretanto, na contramão dessa necessidade, está a realidade enfrentada cotidianamente por professores, que precisam superar obstáculos, que vão desde baixas remunerações até a falta de material para trabalhar e o desrespeito por parte dos alunos.
         Pesquisa realizada em 35 países pela Varkey Foundation constatou que o Brasil é a nação que menos prestigia seus docentes. Aqui, apenas 9% das pessoas acham que os alunos respeitam os educadores em sala de aula e 88% consideram a profissão de professor como sendo de “baixo status”.
         Enquanto esse for o cenário que aguarda profissionais que dedicam três ou quatro anos de sua vida a uma graduação, o setor particular de educação superior pode ofertar quantas vagas forem que o problema não será resolvido. O entrave não está na oferta, mas na demanda.
         A carência de professores qualificados para atuarem em sala de aula não é novidade. Há tempos os dados evidenciam essa realidade, assim como tantas outras. Apesar disso, nas últimas décadas, pouco foi efetivamente feito para mudar esse panorama.
         Como afirmei antes, dados estatísticos descortinam cenários ocultos, mas também jogam luz sobre realidades e necessidades que muitas vezes relegamos a segundo plano. Entretanto, como evidenciam os números apresentados pelo Inep e tantos outros que ajudam a mapear o nosso país, se governos e sociedade civil não construírem soluções conjuntas, não existirão saídas possíveis.
         O setor particular de educação superior nunca se furtou a trabalhar de forma conjunta com o governo, de modo a contribuir para a construção da nação mais educada e desenvolvida que todos almejamos. Entretanto, nesse caso específico, a solução exige que antes de qualquer coisa sejam desenvolvidas políticas públicas de estímulo à carreira docente. Só assim será possível equalizar a relação entre oferta e demanda por professores nas escolas brasileiras. Não há alternativa.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 285,4% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 312,6%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em janeiro, chegou a 3,78%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



          

        
       

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS EXIGÊNCIAS DOS PROCESSOS EVOLUTIVOS E OS DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO (12/158)

(Outubro = mês 12; faltam 158 meses para a Primavera Brasileira)

“Requisitos para a pura entrega 
do ser para a evolução de todos
        Não se pode assegurar que ao começar a colaborar com o Plano Evolutivo o ser seja de imediato canal para manifestação de leis superiores em sua vida. Porém, a possibilidade de essas leis se expressarem em fatos positivos por seu intermédio existe, e nelas está fundamentada a reestruturação da Terra.
Em geral, grande é a distância entre o que se passa nos níveis internos de um ser e o que ele exprime externamente. A tarefa dos que assumem a senda evolutiva é reduzir essa distância para que um canal direto de comunicação entre o mundo interior e o exterior se firme com pureza e cristalinidade.
         A fim de que o contato do ser com as leis suprafísicas se estenda a sua vida diária e ao seu serviço, é preciso ausência de julgamento e de críticas. É necessário também um coração puro. Isso significa reconhecimento e vivência da fé, preciosa energia emanada pelo espírito e dinamizada pela alma. Aquele que se doa ao Plano Evolutivo, ao reconhecer o valor e a importância dessas atitudes, torna-se capaz de remover de si e dos seus semelhantes os obstáculos à realização interior. Isso ele faz pela silenciosa prática das leis espirituais e pela própria disponibilidade ao serviço.
         Nesta época, em que as energias de síntese se fazem tão presentes e atuantes na Terra, não são necessárias complexas disciplinas para se atingir o controle do pensamento. O indicado é a decidida atenção ao centro do ser, dirigir-se com firme querer para o núcleo interno da consciência.
         A concentração excessiva nos níveis materiais da vida torna-se obstáculo ao verdadeiro serviço à ascensão do ser. Esses níveis serão curados, redimidos, transformados e transmutados pela atuação de energias sobrenaturais, pela intercessão de forças cósmicas de potência inimaginável.
         Cada vez que com pura entrega um ser humano se volta para o próprio interior, uma energia curadora aproxima-se dos estratos materiais e os permeia com maior intensidade. A cada instante da sua vida é-lhe facultado aderir a essa energia ou renegá-la. Pode contatá-la e irradiá-la para o mundo, ou pode afastá-la de si. Por isso a vigilância é imprescindível aos que percorrem a senda do serviço e da libertação.
         Àqueles que buscam servir é pedido simplesmente entrega, despojamento de si e cumprimento imediato das tarefas evolutivas que lhes forem dadas, por pequenas e humildes que sejam.
         Para que o serviço tenha qualidade, é bom que a pessoa renuncie às próprias tendências humanas, preferências e até boas intenções. Fazer o melhor significa cumprir fielmente o que lhe é transmitido a partir do interior. Suas limitações e suas qualidades são conhecidas por Aqueles que guiam nos níveis internos da vida, e já estão levadas em conta quando uma tarefa lhe é atribuída. Portanto, não há razão para que se oferta ao serviço preocupar-se consigo mesmo; é preciso, sim, que se dedique de corpo e alma à realização da parcela que lhe cabe no Plano Evolutivo.
         A premência desta época reflete-se no grau de aspiração do servidor e na sua presteza em colaborar na realização do propósito evolutivo. Seu esforço está em manter acesa a chama que o impulsiona a expressar as qualidades da Vida Divina. O verdadeiro colaborador do Plano é fiel a essa Vida, que silenciosamente verte suas energias sobre o planeta. Para isso deve manter firme a decisão de prosseguir e lembrar-se de que já não está em tempos normais.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de outubro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de setembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de ADEMAR PEREIRA, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), e que merece igualmente integral transcrição:

“Alfabetizar em qual idade?
        Durante a finalização do processo de revisão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), observamos um impasse quanto à questão da idade certa para a alfabetização de nossas crianças. O Conselho Nacional de Educação (CNE), responsável por analisar e aprovar o documento, defende o atual critério no qual o término do ciclo de alfabetização se dá ao final do 3º ano, fase em que as crianças têm 8 anos. Já o Ministério da Educação (MEC) propôs a antecipação desse limite para o 2º ano, quando os alunos estão com 7 anos. Mas, afinal, o que é o melhor para as nossas crianças? Quando os alunos devem estar alfabetizados?
         A revisão da BNCC tem sido discutida no CNE e em audiências públicas nos estados, e a previsão é de que o novo documento seja finalizado até novembro deste ano. O acordo para tal impasse seria de que o ciclo de alfabetização se mantenha em três anos, mas garantindo que o letramento seja em dois. O MEC deverá fazer a avaliação nacional de alfabetização ao final do 2º ano, e não no 3º, como é atualmente. Como não há base nacional no Brasil, os padrões estão estabelecidos pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNA-IC) e pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelecem a conclusão da alfabetização das crianças até o fim do 3º ano do ensino fundamental, em escolas públicas e privadas. O MEC acertou ao tentar adiantar o fim do ciclo de alfabetização para o segundo ano, mas o ideal seria que isso ocorresse ainda no primeiro ano. Assim, em cinco anos teríamos reduzido drasticamente o número de analfabetos funcionais no Brasil.
         A decisão de antecipar o término do ciclo de alfabetização do terceiro para o segundo ano nos remete a uma posição realista, do ponto de vista social, indo além da questão apenas educacional. Ocorre que as crianças devem ser alfabetizadas no primeiro ano, e as poucas que não conseguem atingir a alfabetização precisam ser mantidas nesse processo de aprendizagem para que amadureçam. Nessa idade – com um bom trabalho na educação – teremos, ao fim do primeiro ano, não mais do que 10% de estudantes que chegam sem ler a esta fase. Deste pequeno percentual, temos crianças que, em sua maioria, são imaturas, ou nascidas no final do ano. E, ainda, temos de considerar alguns casos em que já é possível identificar manifestação de alguma das mais de 25 síndromes ou transtornos humanos.
         O grande problema social da educação básica que enfrentamos é que, com o término do ciclo de alfabetização ao final do terceiro anos, temos aumentado significativamente o número de analfabetos funcionais, pois as avaliações têm demonstrado que aproximadamente 50% dos nossos estudantes chegam ao 5º ano do ensino fundamental sem conseguir ler um texto de cinco linhas e contar o que entendeu. Aí residem as consequências desta decisão de se deixar para depois, de empurrar todas as crianças para as séries seguintes, mesmo que sem condições e despreparadas para assumir a nova fase escolar. Fundamentalmente, passar o aluno do primeiro para o segundo ano, sem que ele esteja devidamente alfabetizado, é uma desumanidade com o futuro das nossas crianças, pois com essa atitude comprometemos a vida escolar de um grande número de estudantes.
         Além do analfabetismo funcional como consequência desse adiamento da alfabetização, temos de observar que, na segunda etapa do ensino fundamental, temos um grande número de abandonos. E a explicação é muito simples! Nessa etapa, em todas as disciplinas, os conhecimentos são apresentados em forma de problema ou enunciado. Para compreender o que se pede, o estudante precisa, necessariamente, saber ler e interpretar. Entretanto, como mais de 50% não estão devidamente alfabetizados, as escolas acabam minimizando a profundidade dos conteúdos e conhecimentos, para não ter um grande número de reprovação, acima do aceitável. Com isso, prejudicamos todos os estudantes com este nivelamento inferior, e mantemos o “pacto da mediocridade” na nossa educação.
         Soma-se a isso o grande medo de prefeitos e governadores de que não conseguem manter – ou de terem diminuídas – as médias (que já são baixas) de suas regiões nas avaliações de ensino. Então, notamos que é mais fácil manter as aparências, e continuamos empurrando nossa juventude para a escuridão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica marca de 397,44% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 2,46%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!...