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sábado, 22 de fevereiro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS TRANSFORMADORAS DO ENSINO E O PODER DOS SONHOS E QUALIFICAÇÃO ÉTICA DA SOCIEDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Por uma educação pública de qualidade
        Os desafios da educação brasileira são muitos, e a desigualdade social nesse setor é cada vez maior. Promessas de melhorias de qualidade encabeçam as propostas de candidatos a governos, mas nada de concreto ocorre até hoje.
         De acordo com Priscila Cruz, presidente do movimento “Todos pela Educação”, não existe a menor possibilidade de o Brasil crescer e se desenvolver se não resolver a questão da educação pública.
         Outros especialistas em educação, como o professor Cláudio Moura e Castro, têm abordado exaustivamente o tema, alertando os governos do baixo nível da educação pública.
         Por outro lado, a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) estabelecem as responsabilidades dos governos federal, estaduais e municipais quanto ao papel de cada ente público.
         A Constituição Federal, em seu artigo 206, item VI, garante o ensino de qualidade para todos. Como oferecer e garantir a qualidade na educação? Essa questão não fica clara e vem gerando muitas dúvidas entre os envolvidos.
         No Estado de Minas Gerais, por exemplo, segundo consta, a Secretaria da Educação é responsável pelo ensino médio, cabendo à Secretaria de Ciências e Tecnologia cuidar da educação superior, do ensino técnico e do profissionalizante.
         Mas o que ocorre na realidade é que muitos municípios, que teriam que direcionar seus recursos para a educação básica, são levados a atender o ensino médio, sob pena de terem seus jovens alijados das escolas, já que faltam vagas no sistema.
         E se o município tivesse sob sua responsabilidade a gestão administrativa, financeira e pedagógica das escolas, assim como já ocorre em maior escala com o ensino infantil?
         Acredito que, no médio e longo prazos, a qualidade da educação possa apresentar uma melhoria, uma vez que esses recursos, com uma fiscalização competente, seriam canalizados para atender a demanda e os anseios da população local.
         O governo não consegue atender a demanda crescente da população por uma educação de qualidade, e faltam vagas principalmente naquelas escolas tidas como de excelência.
         Neste ano, por exemplo, vimos longas filas de pais para conseguir matricular seus filhos.
         Assim como nos tornamos intolerantes com relação à inflação alta e à corrupção, temos de ser intolerantes também com a baixa qualidade da educação no Brasil. Existem algumas ilhas, como escolas particulares e algumas universidades públicas, que oferecem um ensino de qualidade, mas grande maioria fica alijada desse processo.
         Haverá eleições municipais neste ano e, daqui a dois anos, eleições para presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais.
         Por isso, esse é o momento de cobrarmos compromissos de mudanças, fazendo pressão sobre os atuais e futuros governantes e parlamentares.
         Com empenho de todos, considero plausível reverter o quadro caótico do ensino público de hoje. A educação neste país não pode e nem merece ser tratada como um investimento supérfluo e sem retorno.”.

(Sebastião Alvino Colomarte. Diretor-presidente do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 22 de fevereiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 21 de fevereiro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Sonhos e resistências
        O papa Francisco, ao compartilhar seus quatro sonhos – social, cultural, ecológico e eclesial –, convida todos – Igreja e sociedade – a sonharem juntos, embora haja quem permaneça entrincheirado nas resistências. Alguns fazem parte da Igreja, sem se dar conta da viragem civilizatória que está ocorrendo em todo o mundo. Dentro dessas transformações em curso uma situação é preocupante: o fenômeno de um cristianismo torto, que se expande e se mistura com projetos políticos de poder, numa perigosa simbiose de interesses político-partidários, que envolve discursos e práticas mais ligados às manipulações do que à espiritualidade capaz de gerar mudanças a partir dos valores do evangelho. Todo esse fenômeno religioso-cultural, no Brasil, é emoldurado e alimentado pela condição viciada da política, suas instituições enfraquecidas, suas lideranças incapazes de sinalizar e encontrar novos rumos. Nesse descompasso se inscreve a pouca maturidade político-civilizatória da sociedade brasileira que, facilmente, trata líderes políticos como se fossem ídolos do mundo do esporte.
         O convite aos quatro sonhos do papa Francisco é um remédio – jamais uma alienação e menos ainda uma iconoclastia, na contramão de princípios irrenunciáveis da rica tradição da Igreja Católica que tem marcado mundo afora, de modo positivo, há mais de dois mil anos, diferentes culturas, a partir de um diálogo que merece reverências e reconhecimentos. São incontestáveis a força e a riqueza da tradição cristã-católica na confecção do tecido cultual brasileiro. Tecido que sofre, na contemporaneidade, com a perda de suas raízes e, consequentemente, corre o risco de um colapso, provocado por efervescências religiosas que parecem portar a bandeira do cristianismo, mas se misturam com projeto de poder político. Uma realidade que requer posicionamentos assertivos, incidentes. E o convite a sonhar, feito pelo papa Francisco, na sua exortação depois do Sínodo da Amazônia, “Querida Amazônia”, é indicação sábia e luminosa desse caminho que precisa ser percorrido. Sem trilhá-lo, poderá se chegar a uma situação irreversível de prejuízos, manipulações e tortuosidade religiosa.
         As resistências que atingem as instâncias da Igreja, particular e injustamente ao papa Francisco, é “fogo amigo”, uma condição kamikaze dos que se dedicam aos ataques, por não perceberem que caminham na direção da derrota. Com os balizamentos preciosos dos quatro sonhos do papa Francisco, a sociedade brasileira precisa de uma contrarreação profética, qualificada e com força para reverter suas muitas situações preocupantes. O momento exige o cultivo do sentido de pertença para que, internamente, se corrija o que precisa ser reparado, livrando-se de estreitamentos próprios dos que se dedicam a agir como inimigos. Assim a sociedade brasileira pode ser salva das garras de um cristianismo tomado como prática religiosa obscurantista, atentado contra o patrimônio cultural, alinhado a interesses que buscam se disfarçar com a linguagem de milagre e de aceitação da pessoa de Jesus Cristo. A distância dos mais pobres, a falta de garra na luta pela transformação social e política, a carência de autenticidade no exercício de desempenhos comprova que esses interesses se apropriam da fé apenas para se camuflar.
         Não é, absolutamente, hora de praticar resistências demolidoras internas figadais, injustas e comprovadamente por interpretações de fatos e atos a partir de critérios distanciados do evangelho. Da Igreja Católica, requer-se uma contrarreação cristã, não por se impressionar com porcentagens estatísticas, mas em razão da fidelidade à vivência autêntica do evangelho de Jesus Cristo, para promover a vida – dom frequentemente negociado por quem desconsidera o seu real valor – e pela consciente tarefa de não deixar a nação sucumbir-se na mistura entre religiosidade e política, interesses de poder em contraposição ao bem comum.
         A sociedade brasileira está enterrada numa intrincada complexidade, agravada pelas colisões, pelo esvaziamento de uma diplomacia assentada em valores humanísticos. Isso atrasa e inviabiliza o encontro de respostas para os problemas atuais. Assiste-se a uma ameaçadora adesão aos interesses que colidem com o sonho social do papa Francisco, o que retarda mais o surgimento de uma economia capaz de combater exclusões sociais perversas, eliminar dinâmicas consumistas e imediatistas que esfacelam as raízes da ecologia integral é o único caminho para se conquistar a justiça.
         O sonho eclesial do papa Francisco não pode se tornar razão de resistências, poucos inteligentes. Urgente é encontrar caminhos novos, partir das indicações do papa e do comprometido empenho de todos os cristãos católicos, com a força da palavra de Deus, com a rica tradição da Igreja e suas práticas milenares, convincentes, dedicadas à caridade, incluindo o investimento na sua rede de comunidades. De maneira profética, é possível contribuir para livrar a sociedade brasileira de maiores e deletérios fracassos políticos, para conduzir o país rumo à novidade que todos almejam, com a luminosidade do que é antigo, mas, ao mesmo tempo, sempre novo: a fé cristã católica. Em lugar de resistências, desdobradas em ataques, todos devem sonhar, remédio para curar, transformar e edificar uma sociedade justa e solidária – buscar um genuíno compromisso com o anúncio do reino de Deus.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 318,85% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 302,48%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.