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sábado, 7 de março de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA TRANSPARÊNCIA E CREDIBILIDADE NA BOA GOVERNANÇA E AS SUPREMAS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA SINFONIA HUMANÍSTICA NA SUSTENTABILIDADE


“A importância de se adotar a transparência como valor
        Comunicar fatos desfavoráveis ao negócio é uma atitude que enfrenta resistência entre muitos empresários e gestores. Afinal, ninguém quer pôr sua imagem em risco. No entanto, muitas vezes essas fragilidades acabam sendo expostas contra a vontade da empresa, e a atitude de omiti-las pode ser interpretado como desonestidade. Por isso, a falta de transparência pode trazer grandes prejuízos para a imagem da organização.
         Deixar de se posicionar diante de um problema ou ocultar informações como resultados negativos e conflitos internos pode parecer uma ideia tentadora. No entanto, tal atitude pode tirar credibilidade da empresa perante os stakeholders, ou seja, fornecedores, investidores, clientes ou grupos de interesse de modo geral.
         A transparência empresarial é cada vez mais valorizada no mercado. De acordo com o relatório Social Media & Evolution of Transparency, realizado pela empresa de mídia social Sprout Social entre mil consumidores dos Estados Unidos, 86% deles consideram importante que a empresa seja transparente. A pesquisa perguntou ainda se os consumidores estariam dispostos a dar uma segunda chance a marcas transparentes depois de uma má experiência, e a resposta foi positiva para 85% dos entrevistados.
         O surgimento de problemas é natural em uma organização, sejam expectativas que não foram atendidas, imprevistos que impediram a concretização de planos anunciados anteriormente ou até mesmo acidentes. Porém, na maioria das vezes, o fator decisivo é a forma como a empresa se posiciona diante deles. Nesse momento, a transparência é importante não somente para superar esses obstáculos, mas também como uma oportunidade para demonstrar know-how, conquistar confiança dos stakeholders e adquirir credibilidade.
         Um exemplo de política de transparência utilizada de forma bem-sucedida foi a gestão de crise da Johnson&Johnson na década de 80, quando a empresa foi vítima de uma sabotagem. As decisões da diretoria diante do problema foram totalmente pautadas pela honestidade. Os produtos defeituosos foram recolhidos imediatamente, os atingidos foram devidamente indenizados, e as demandas da imprensa foram prontamente atendidas.
         Utilizando essa estratégia, a empresa conseguiu contornar a crise e resguardar seu legado, que dura até os dias atuais.
         No entanto, para usar a transparência a seu favor, é preciso planejamento e estratégia. É necessário ser capaz de visualizar os limites e distinguir as informações relevantes daquelas sensíveis e sigilosos. Saber agir de maneira honesta sem deixar de se preservar é uma características das empresas que são referência em governança corporativa, se desta no mercado e enxergam oportunidades nos problemas que surgem.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham­_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 7 de março de 2020, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 6 de março de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Vozes e profecias
        Vozes e profecias contracenam nos cenários que marcam circunstâncias da sociedade contemporânea. As vozes são muitas. Não poderia ser diferente, pois a contemporaneidade também se caracteriza pelo direito irrestrito de se expressar – uma necessidade e também um dever. Os diálogos são tecidos com os elos do que se diz. E as vozes são muitas, ante a autonomia, a necessidade e o dever de se expressar. Dessa realidade, surgem desafios para enunciar falas coerentes, sensíveis às muitas vozes que precisam se fazer ouvir. A escuta se torna, pois, uma exigência. Condição indispensável para o diálogo. Há, assim, a dicotomia entre os direitos de poder, de dever dizer, e a exigência de também saber escutar. Sem escuta, não há diálogo e, consequentemente, relações ficam prejudicadas, crescem radicalismos, polarizações, preconceitos e juízos inadequados.
         Interessante é recordar o dito popular: “Quem diz o que quer ouve o que não quer”. Sublinha-se, pois, o aspecto de que a liberdade de dizer não dispensa o compromisso ético com a verdade. Não é tarefa fácil. O ato de falar depende de determinada interpretação, pois há certa parcialidade que se evidencia com um olhar hermenêutico. São vozes e vozes que buscam se fundamentar na verdade, ao menos na verdade de seu território. A partir dessa premissa, quando se observa diferentes enunciados na contemporaneidade, constata-se que está em curso a consolidação de uma Babel, acirrada pelas estreitezas de diferentes interpretações dos que pensam possuir a verdade, quando, em vez disso, falam a partir de interesses dos lugares que ocupam.
         Nesta Babel de vozes está o enfraquecimento da capacidade profética do ser humano, seja feito pelo silêncio permissivo perante as injustiças ou pela incapacidade de escutar os diferentes clamores. As profecias gradativamente perdem espaço para as convivências e o ser humano torna-se incapaz de cultivar o sentimento de indignação frente a situações que precisam ser mudadas. Trata-se de um sinal da crise do compromisso comunitário. O que passa a valer hegemonicamente é o que está garantido no horizonte sedutor do consumismo, advindo a lógica mercantilismo e da sedução de um bem-viver egoísta, mesquinho. Essas lógicas e dinâmicas são tão traiçoeiras e cegam a tal ponto que não se consegue revestir discursos com a coerência de um testemunho revelado na própria conduta. Isso faz lembrar Jesus numa invectiva forte, contundente e atual, a respeito de seus contemporâneos: eles falam, mas não praticam o que pregam.
         Sem profecias, o mundo se perde. A voz profética incomoda, por tocar o âmago de feridas, com a assertividade sustentada pela indignação, aspecto que não pode faltar, sob pena de alimentar a indiferença e incapacitar para aquele olhar que gera a compaixão e disposição de cuidar. Por isso mesmo, as vozes múltiplas do tempo atual, quando é necessário construir novos entendimentos e formatar novos sistemas, são desafiadas a retornar e fazer renascer as profecias. Existem medos, desconfianças, titubeios, rigidez, disputas cegas contracenando com a demanda reprimida de vozes proféticas capazes de abrir caminhos, com lucidez, no horizonte dos anseios da humanidade.
         Os cidadãos estão desafiados a unir suas vozes, nos seus diferentes tons, por uma sintonia humanística que emoldure a caminhada da sociedade. Importante é deixar-se interpelar, esperançosamente, pelos sonhos do Papa Francisco, na sua recente Exortação Pós-Sinodal, “Querida Amazônia”, nos largos horizontes dos sonhos social, cultural, ecológico e eclesial. O primeiro passo da profecia será sempre reconhecer a própria condição de aprendiz, aberto a remodelações, correções e a novas práticas, particularmente pelo convencimento de que a hora exige um falar com força para desencadear transformações.
         Assim, a Igreja Católica, intrinsecamente fundamentada na profecia, pelas exigências irrenunciáveis do Evangelho de Jesus, vive agora interpelante desafio, com sua voz própria – sem empréstimo de outras vozes, mas contracenando, para que haja harmonia: contribuir para que os muitos “dizeres” constituam um coro profético, na contramão clara e corajosa de desmandos do conservadorismo político, de atentados insanos contra a democracia, de sandices contra a Constituição, cultivando indignação diante de qualquer ameaça às pessoas e aos direitos. Dessa forma, ajudar na consolidação de uma sociedade cada vez mais democrática, balizada em marcos civilizatórios que possibilitem a superação de atrasos e de descompassos, produzidos por lógicas perversas, alicerçadas na idolatria do dinheiro. Continuem as vozes, renasçam as profecias.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca de 316,79% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 165,60%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.





sábado, 22 de fevereiro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS TRANSFORMADORAS DO ENSINO E O PODER DOS SONHOS E QUALIFICAÇÃO ÉTICA DA SOCIEDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Por uma educação pública de qualidade
        Os desafios da educação brasileira são muitos, e a desigualdade social nesse setor é cada vez maior. Promessas de melhorias de qualidade encabeçam as propostas de candidatos a governos, mas nada de concreto ocorre até hoje.
         De acordo com Priscila Cruz, presidente do movimento “Todos pela Educação”, não existe a menor possibilidade de o Brasil crescer e se desenvolver se não resolver a questão da educação pública.
         Outros especialistas em educação, como o professor Cláudio Moura e Castro, têm abordado exaustivamente o tema, alertando os governos do baixo nível da educação pública.
         Por outro lado, a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) estabelecem as responsabilidades dos governos federal, estaduais e municipais quanto ao papel de cada ente público.
         A Constituição Federal, em seu artigo 206, item VI, garante o ensino de qualidade para todos. Como oferecer e garantir a qualidade na educação? Essa questão não fica clara e vem gerando muitas dúvidas entre os envolvidos.
         No Estado de Minas Gerais, por exemplo, segundo consta, a Secretaria da Educação é responsável pelo ensino médio, cabendo à Secretaria de Ciências e Tecnologia cuidar da educação superior, do ensino técnico e do profissionalizante.
         Mas o que ocorre na realidade é que muitos municípios, que teriam que direcionar seus recursos para a educação básica, são levados a atender o ensino médio, sob pena de terem seus jovens alijados das escolas, já que faltam vagas no sistema.
         E se o município tivesse sob sua responsabilidade a gestão administrativa, financeira e pedagógica das escolas, assim como já ocorre em maior escala com o ensino infantil?
         Acredito que, no médio e longo prazos, a qualidade da educação possa apresentar uma melhoria, uma vez que esses recursos, com uma fiscalização competente, seriam canalizados para atender a demanda e os anseios da população local.
         O governo não consegue atender a demanda crescente da população por uma educação de qualidade, e faltam vagas principalmente naquelas escolas tidas como de excelência.
         Neste ano, por exemplo, vimos longas filas de pais para conseguir matricular seus filhos.
         Assim como nos tornamos intolerantes com relação à inflação alta e à corrupção, temos de ser intolerantes também com a baixa qualidade da educação no Brasil. Existem algumas ilhas, como escolas particulares e algumas universidades públicas, que oferecem um ensino de qualidade, mas grande maioria fica alijada desse processo.
         Haverá eleições municipais neste ano e, daqui a dois anos, eleições para presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais.
         Por isso, esse é o momento de cobrarmos compromissos de mudanças, fazendo pressão sobre os atuais e futuros governantes e parlamentares.
         Com empenho de todos, considero plausível reverter o quadro caótico do ensino público de hoje. A educação neste país não pode e nem merece ser tratada como um investimento supérfluo e sem retorno.”.

(Sebastião Alvino Colomarte. Diretor-presidente do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 22 de fevereiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 21 de fevereiro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Sonhos e resistências
        O papa Francisco, ao compartilhar seus quatro sonhos – social, cultural, ecológico e eclesial –, convida todos – Igreja e sociedade – a sonharem juntos, embora haja quem permaneça entrincheirado nas resistências. Alguns fazem parte da Igreja, sem se dar conta da viragem civilizatória que está ocorrendo em todo o mundo. Dentro dessas transformações em curso uma situação é preocupante: o fenômeno de um cristianismo torto, que se expande e se mistura com projetos políticos de poder, numa perigosa simbiose de interesses político-partidários, que envolve discursos e práticas mais ligados às manipulações do que à espiritualidade capaz de gerar mudanças a partir dos valores do evangelho. Todo esse fenômeno religioso-cultural, no Brasil, é emoldurado e alimentado pela condição viciada da política, suas instituições enfraquecidas, suas lideranças incapazes de sinalizar e encontrar novos rumos. Nesse descompasso se inscreve a pouca maturidade político-civilizatória da sociedade brasileira que, facilmente, trata líderes políticos como se fossem ídolos do mundo do esporte.
         O convite aos quatro sonhos do papa Francisco é um remédio – jamais uma alienação e menos ainda uma iconoclastia, na contramão de princípios irrenunciáveis da rica tradição da Igreja Católica que tem marcado mundo afora, de modo positivo, há mais de dois mil anos, diferentes culturas, a partir de um diálogo que merece reverências e reconhecimentos. São incontestáveis a força e a riqueza da tradição cristã-católica na confecção do tecido cultual brasileiro. Tecido que sofre, na contemporaneidade, com a perda de suas raízes e, consequentemente, corre o risco de um colapso, provocado por efervescências religiosas que parecem portar a bandeira do cristianismo, mas se misturam com projeto de poder político. Uma realidade que requer posicionamentos assertivos, incidentes. E o convite a sonhar, feito pelo papa Francisco, na sua exortação depois do Sínodo da Amazônia, “Querida Amazônia”, é indicação sábia e luminosa desse caminho que precisa ser percorrido. Sem trilhá-lo, poderá se chegar a uma situação irreversível de prejuízos, manipulações e tortuosidade religiosa.
         As resistências que atingem as instâncias da Igreja, particular e injustamente ao papa Francisco, é “fogo amigo”, uma condição kamikaze dos que se dedicam aos ataques, por não perceberem que caminham na direção da derrota. Com os balizamentos preciosos dos quatro sonhos do papa Francisco, a sociedade brasileira precisa de uma contrarreação profética, qualificada e com força para reverter suas muitas situações preocupantes. O momento exige o cultivo do sentido de pertença para que, internamente, se corrija o que precisa ser reparado, livrando-se de estreitamentos próprios dos que se dedicam a agir como inimigos. Assim a sociedade brasileira pode ser salva das garras de um cristianismo tomado como prática religiosa obscurantista, atentado contra o patrimônio cultural, alinhado a interesses que buscam se disfarçar com a linguagem de milagre e de aceitação da pessoa de Jesus Cristo. A distância dos mais pobres, a falta de garra na luta pela transformação social e política, a carência de autenticidade no exercício de desempenhos comprova que esses interesses se apropriam da fé apenas para se camuflar.
         Não é, absolutamente, hora de praticar resistências demolidoras internas figadais, injustas e comprovadamente por interpretações de fatos e atos a partir de critérios distanciados do evangelho. Da Igreja Católica, requer-se uma contrarreação cristã, não por se impressionar com porcentagens estatísticas, mas em razão da fidelidade à vivência autêntica do evangelho de Jesus Cristo, para promover a vida – dom frequentemente negociado por quem desconsidera o seu real valor – e pela consciente tarefa de não deixar a nação sucumbir-se na mistura entre religiosidade e política, interesses de poder em contraposição ao bem comum.
         A sociedade brasileira está enterrada numa intrincada complexidade, agravada pelas colisões, pelo esvaziamento de uma diplomacia assentada em valores humanísticos. Isso atrasa e inviabiliza o encontro de respostas para os problemas atuais. Assiste-se a uma ameaçadora adesão aos interesses que colidem com o sonho social do papa Francisco, o que retarda mais o surgimento de uma economia capaz de combater exclusões sociais perversas, eliminar dinâmicas consumistas e imediatistas que esfacelam as raízes da ecologia integral é o único caminho para se conquistar a justiça.
         O sonho eclesial do papa Francisco não pode se tornar razão de resistências, poucos inteligentes. Urgente é encontrar caminhos novos, partir das indicações do papa e do comprometido empenho de todos os cristãos católicos, com a força da palavra de Deus, com a rica tradição da Igreja e suas práticas milenares, convincentes, dedicadas à caridade, incluindo o investimento na sua rede de comunidades. De maneira profética, é possível contribuir para livrar a sociedade brasileira de maiores e deletérios fracassos políticos, para conduzir o país rumo à novidade que todos almejam, com a luminosidade do que é antigo, mas, ao mesmo tempo, sempre novo: a fé cristã católica. Em lugar de resistências, desdobradas em ataques, todos devem sonhar, remédio para curar, transformar e edificar uma sociedade justa e solidária – buscar um genuíno compromisso com o anúncio do reino de Deus.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 318,85% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 302,48%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

                         

          


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E OS INESTIMÁVEIS ENCANTOS E POTENCIALIDADES DA AMAZÔNIA NA SUSTENTABILIDADE


“Insight sobre a carreira profissional
        A taxa de desemprego fechou 2019 em 11,9%, atingindo 11 milhões de pessoas, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em tempos incertos, para se ter acesso a uma oportunidade para trabalhar, com base na própria experiência de vida, é preciso combinar decisões complexas e cotidianas, tendo o domínio sobre tecnologias, sem esquecer a versatilidade de comportamentos e habilidades.
         É um experimento de muitas emoções e racionalidade caminhando juntos. Ante uma decisão desse porte, chega a hora de fazer a si perguntas e buscar respostas. Saber mais de você e ter a sensação de escolha.
         É impossível falar de carreira sem olhar para o propósito, a intencionalidade. Uma carreira de sucesso é definida por cargos, remuneração, promoções e privilégios? É preciso fazer algo fora de você para estar apto a responder por uma demanda com efetividade?
         O futuro chega velozmente, de sobressalto, oriundo de boatos ou previsões, exigindo respostas rápidas que surpreendem e demandam, de pronto, a presença de novas habilidades. Ainda não há aptidão para responder por novos e, até mesmo, não conhecidos desafios? Com certeza ée preciso confiança para reconhecer que a mudança é interna e que sempre haverá imagens e sonhos que, intimamente, não refletem o caminho. A carreira, de fato, é definida por habilidades e competências, e por como são usadas.
         Cabe uma nota sobre o “mindsete”, lembrando que, segundo a pesquisadora Carol Dweck, trata-se da atitude mental com que encaramos a vida. Existe o “mindset fixo”, em que a inteligência, assim como certas características da personalidade, não pode mudar, e o “mindset em crescimento”, em que o nível de inteligência pode ser aumentado, e suas características de personalidade, transformadas.
         Dentro do exposto, não são somente o talento, as habilidades e os recursos que garantem o êxito. as competências de inteligência emocional como a autoestima, capacidade de realização e a resiliência se fazem presentes. Tudo vai ao encontro, também, da originalidade, que ressalta como os inconformistas mudam o mundo.
         A situação é simples! Você busca e sente-se feliz com o contentamento dos clientes em relação ao seu trabalho. Importa-se com as suas experiências individuais e sempre busca se superar. Existem preparações no cotidiano que podem proporcionar prosperidade em tempos incertos. As habilidades e competências são adquiridas e ganham força no dia a dia. Nada de milagres que acontecem fora de você.
         Acredite firmemente que você é dono e responsável por sua carreira, assim como por sua vida, pois dessa forma terá a total capacidade de se moldar e superar mais do que qualquer outra pessoa.
         A mensagem é simples. Crie uma imagem mental construtiva e flexível de si mesmo. Construa, assim, o seu futuro. Acredite, faça e realize. A marca de uma grande carreira é que cada decisão tomada tem um propósito e que somente você é o ator.”.

(Efigência Vieira. Chief executiv officer da Upside Group, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de fevereiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 14 de fevereiro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Alinhados com os sonhos de Francisco
        ‘Sonho com uma Amazônia que lute por direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida. Sonho com uma Amazônia que preserve a riqueza cultural que a caracteriza e na qual brilha de maneira tão variada a beleza humana. Sonho com uma Amazônia que guarde zelosamente a sedutora beleza natural que a adorna, a vida transbordante que enche os seus rios e as suas florestas. Sonho com comunidades cristãs capazes de se devotar e encarnar de tal modo a Amazônia, que deem à Igreja rostos novos com traços amazônicos” – é o que partilha, sábia e corajosamente, o papa Francisco na exortação apostólica Querida Amazônia.
         Fruto esperançoso do abençoado Sínodo dos Bispos para a Amazônia, a exortação apostólica, com sua linguagem sapiencial, poética e profética, tem força de convocação: todos são desafiados a seguir o percurso indicado em suas linhas, para promover a vida e ser fiel à missão de toda a Igreja. Cada pessoa, especialmente os evangelizadores, se comprometa a cultivar um novo modo de viver no horizonte intocável do Evangelho de Jesus Cristo. Assim a Igreja inteira assume o compromisso de dedicar-se, sempre mais, à Amazônia, que se apresenta aos olhos do mundo com todo o seu mistério, o seu esplendor e o seu drama.
         Dedicar-se à Amazônia exige abertura para o diálogo, escutando especialmente os que mais entendem da realidade desse território, os povos amazônicos e, assim, ajudar de maneira mais qualificada os pobres, excluídos, indígenas, quilombolas, ribeirinhos e migrantes. “Deus queira que toda a Igreja se deixe enriquecer e interpelar por este trabalho; que os pastores, os consagrados, as consagradas e os fiéis leigos da Amazônia se empenhem na sua realização e que, de alguma forma, possa inspirar todas as pessoas de boa vontade”, eis o primeiro sonho do papa Francisco apresentado na exortação apostólica Querida Amazônia.
         A exortação apostólica, além de indicar a necessidade do cuidado com a Amazônia, orienta a Igreja e o mundo a aprender com o próprio território amazônico, escola de experiências, sabedorias e lições, para mudar dinâmicas e possibilitar vivências coerentes com os ensinamentos de Jesus Cristo. Particularmente, a Amazônia pode ajudar a Igreja de Cristo na exigente tarefa de percorrer caminhos novos e encontrar novas respostas. Consequentemente, contribuir, sempre mais, para que o mundo contemporâneo se aproxime dos valores atemporais do Evangelho. Na exortação apostólica, o papa Francisco convida a Igreja a sonhar. E os sonhos partilhados pelo Santo Padre, se acolhidos como meta e lição, terão propriedade para se tornar realidade na Igreja, no território da Amazônia e em todos os lugares. São quatro sonhos indicados pela papa Francisco: um sonho social, um sonho cultural, um sonho ecológico e um sonho eclesial.
         No coração pulsante de cada uma das aspirações indicadas na exortação apostólica estão interpelações norteadoras. Sonhos que, acolhidos como se espera, reconfiguram juízos e escolhas, fortalecendo a Igreja. Desmontarão, assim, o que já não tem força missionária e reaviverá a nova profecia – a ser anunciada na voz da Igreja – para interpelar o mundo a estar no horizonte e a caminho do Reino de Deus, possibilitando novas lógicas de organização e governos, mais fraternidade, justiça e paz para todas as sociedades. Esse caminho leva ao verdadeiro desenvolvimento integral, com novos hábitos, práticas e lógicas.
         O papa Francisco, em seu sonho social, detalha uma Amazônia que deve integrar e promover todos os seus habitantes, para que possam consolidar o “bem viver”, com a força de um grito profético e um árduo empenho dedicado aos mais pobres. Para isso, são necessárias atitudes que façam frente às injustiças e aos crimes cometidos, aos que ferem o meio ambiente e seus povos. No âmbito cultural, o papa Francisco sonha com ações que busquem cuidar das tradições. Nas raízes do povo amazônico está a força para se contrapor “à visão consumista do ser humano, incentivada pelos mecanismos da econômica globalizada, que a homogeneizar as culturas e a debilitar a imensa variedade cultural, que é um tesouro da humanidade”. O sonho ecológico do papa trata da oportunidade para se conquistar a libertação das escravidões a partir de nova aprendizagem. Se o cuidado com as pessoas é inseparável da dedicação aos ecossistemas, isso se torna ainda mais evidente na realidade amazônica. Sobre o sonho eclesial, o papa indica o desafio da Igreja na busca de novos caminhos, por sábia e profética enculturação, do ministério e na liturgia, assegurando serviços pródigos a todos. A Igreja deve valorizar sempre e mais a religiosidade dos povos e procurar, continuamente, novos modos de servir, para que todos sejam contemplados com os dons dos sacramentos, especialmente a Eucaristia. O sacerdócio seja capaz de oferecer novas respostas e a Igreja se configure, cada vez mais, como Casa da Palavra de Deus, a partir da força vivificante das mulheres, com práticas criativas, inovadoras, autênticas respostas às demandas de evangelização.
         No coração de cada pessoa esteja a força interpelante dos sonhos partilhados pela papa Francisco e, assim, aprendidas as lições da exortação apostólica Querida Amazônia.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 318,85% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 302,48%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.