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quarta-feira, 27 de junho de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DO COMPLIANCE NA GESTÃO E A URGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS NA SUSTENTABILIDADE


“PREVENINDO ATIVOS PARA NÃO
REMEDIAR PASSIVOS
        Não é de hoje que a gestão empresarial é considerada uma desafio aos empresários. Isso porque diversos são os empecilhos rotineiramente enfrentados por profissionais da área para que o objetivo almejado pela companhia seja cumprido. Metas, planos de ação, estratégias e resultados são constantemente delegados aos funcionários de determinadas organizações, os quais devem envidar seus maiores esforços para atingi-las.
         Mas, o que necessariamente significa envidar seus maiores esforços quando lidamos com ativos e passivos de empresas?  Essa resposta é simples e ao mesmo tempo delicada. Simples, pois sob o contexto particular de cada colaborador há um limite, seja jurídico ou pessoal, de até onde se pode ir. Delicado, pois a saúde financeira da empresa depende do cumprimento de metas e da apresentação de resultados; logo, há uma cinzenta zona entre a prática do correto e do “quase correto” quando os trâmites operacionais refletem lucros ou prejuízos à empresa.
         Atualmente, o Brasil passa por uma significativa crise de credibilidade, a qual impactou, impacta e ainda impactará diversas empresas que depositaram em nosso país a confiança para aqui instalar os seus negócios. Os episódios recentemente vivenciados pelos brasileiros trouxeram à discussão um assunto antigo, mas, até então, pouco falado e aplicado no Brasil: o famigerado compliance.
         A palavra compliance é derivada do verbo inglês “to comply”. Que significa atuar em conformidade com as regras e procedimentos. Sua função está ligada ao fortalecimento dos controles internos definidos por uma instituição, com o objetivo de pulverizar as boas práticas da empresa e mitigar os riscos. Mas, afinal, qual é a importância da estruturação de um programa de compliance para as empresas?
         Em sua essência, o compliance empresarial pode ser considerado o reflexo dos princípios e valores de uma empresa. A sua estruturação deverá ter um papel educacional com o objetivo de fomentar as boas práticas da companhia, que deverão ser conhecidas, cultivadas e prezadas por todos os seus funcionários e colaboradores, incluindo a direção e presidência.
         As atribuições do programa de compliance buscam, portanto, implementar princípios éticos e normas de condutas na empresa; certificar e monitorar o seu conhecimento, cumprimento e aderência pelos respectivos colaboradores; promover a conscientização sobre a importância do cumprimento das políticas e controles internos da empresa; atualizar normas, procedimentos e regulamentos internos para futuros dissabores legais e/ou administrativos; evitar impactos no fluxo de caixa da empresa que sejam oriundos de atos fraudulentos e/ou ilegais.
         Tais medidas trazem maior segurança nas tomadas de decisão, reduzem os riscos de danos à imagem e à reputação da empresa e mitigam a ocorrência de fraudes, tudo com a intenção de preservar a receita e a atratividade da empresa perante seu mercado atuante.
         É relevante pontuarmos, por fim, que ao lidar com a estruturação de um programa de compliance não há um padrão predefinido nem um número mínimo de colaboradores para sua instituição, pois cada empresa tem suas próprias peculiaridades, que devem ser tratadas especificamente pelos agentes do compliance.”.

(LAURA ENGE DE WOLF. Advogada do escritório Novoa Prado Consultoria Jurídica, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de junho de 2018, caderno DIREITO & JUSTIÇA, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Mediocridade e mérito
        Apenas um nome não basta. Uma lista diminuta de referências também é insuficiente. A sociedade precisa de líderes. É preciso evitar perspectivas centralizadoras que remetem ao antigo coronelismo ou à ilusão de que determinada pessoa é insubstituível. Em vez disso, o que se espera é que surjam muitos novos líderes capacitados para gerenciar projetos e tornar realidade os sonhos do povo, em seus diferentes âmbitos – religioso, cultural, econômico e político. Pessoas qualificadas para atuar não apenas na esfera global ou nacional, mas também gente que se dedique a trabalhos nos contextos mais locais – nas cidades, nos bairros e nas ruas.
         Sem novos líderes, as instituições permanecem sacrificadas, pois se tornam reféns de pessoas que exercem suas responsabilidades aprisionadas na mediocridade. Oportuno lembrar que uma instituição depende dos exercícios de liderança para se renovar e conseguir ajustar-se às necessidades contemporâneas. Mais uma vez, é importante ressaltar: isso não significa depositar toda a esperança em um nome. Ao contrário, espera-se a articulação de diferentes líderes que se dediquem, permanentemente, à qualificação de seus desempenhos e instituições.
         Essa realidade torna-se distante quando pessoas buscam organizações estatais, religiosas, privadas e tantas outras apenas para ocupar um lugar que garanta comodidades e benesses. Com frequência, muitos almejam ser pouco exigidos em suas atribuições. Realizam-se, assim, com os resultados pífios de suas próprias atuações. A sociedade, consequentemente, vai-se moldando a uma dinâmica cultural em que se aceitam as barganhas para conquistar apenas benefícios pessoais. Em segundo plano ficam a inventividade e a coragem audaciosa para agir de modo proativo, protagonizando processos de mudança.
         A carência de pessoas comprometidas com a promoção do bem comum é consequência da falta de uma consistente formação humanística, que capacite os indivíduos a orientar suas ações a partir de princípios éticos. Sem qualificada formação humana, corre-se sempre o risco de se deixar conduzir por princípios duvidosos e se envolver na corrupção. Assim, a ausência de uma formação humanística consistente leva as pessoas a uma estreita visão de mundo, contentando-se em alcançar certa comodidade, mesmo que isso signifique agir com mesquinhez ou indiferença.
         Desse modo, consolidam-se as mediocridades, tornando comum nas instituições a presença de pessoas incapazes de oferecer soluções para os mais diferentes problemas. Passam a se destacar aqueles que se contentam com a mediocridade, em vez de serem valorizados os méritos, prevalecendo a acomodação. As pessoas ocupam-se mais com a tarefa de esconder as próprias fragilidades, de conservar as vantagens, esquecendo-se dos trabalhos capazes de promover o bem. Uma situação que inviabiliza o surgimento de líderes, perpetua atrasos, alimenta mediocridades e se agrava com a ausência de autocrítica.
         É importante ressaltar: quem é medíocre não consegue, muitas vezes, perceber as próprias limitações. Candidata-se a cargos estratégicos, com grandes responsabilidade, sem a real condição de exercê-los. Atua de modo bem diferente se comparado aos que, de fato, têm capacidade. As pessoas verdadeiramente qualificadas são hábeis no exercício da autocrítica, qualidade imprescindível para conduzir os líderes à inovação e às intuições criativas. O desafio é, precisamente, identificar pessoas competentes, que reconhecem a necessidade de se buscar o bem comum e a paz social.
         Nesse caminho, há de se vencer apatias, pois ninguém pode se dar por satisfeito ao fazer o mínimo. As instituições precisam de novos líderes para se renovar. E os contextos institucionais, por sua vez, necessitam de novas dinâmicas, com a superação de práticas obsoletas, para favorecer o surgimento de pessoas capazes de exercer a liderança. Entre as dinâmicas institucionais a serem superadas estão as que acirram disputas internas e que contribuem para a propagação de maledicências, consolidando ambientes propícios à mediocridade.
         O desafio de desarticular o habitual jeito medíocre de agir, que contamina diferentes lugares, é grande. Superá-lo exige de cada pessoa que se reconheça como agente de transformação, capaz de impulsionar avanços. Mas esse processo requer que todos se dediquem à autocrítica, ao compromisso de se fazerem escolhas bem fundamentadas. Quem ajam com coragem e audaciosamente no exercício das próprias responsabilidades, especialmente em contextos organizacionais. Assim, não serão favorecidos aqueles que buscam ocultar a própria mediocridade para se tornar líderes de um grupo, ou mesmo de um povo. É urgente substituir a mediocridade pelo mérito, um movimento inteligente e inovador, dedicado à vida, à paz e à justiça.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 331,57% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 320,96%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,86%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.