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quarta-feira, 6 de maio de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA AFETIVIDADE NA QUALIFICAÇÃO HUMANA E AS EXTRAORDINÁRIAS DIMENSÕES E EXIGENTES CUIDADOS NA TRAVESSIA DA PANDEMIA NA SUSTENTABILIDADE


“Relações afetivas
        As medidas de emergência que vêm resultando na reclusão das pessoas em suas casas podem ter influência sobre o casal e sobre as relações familiares. Isso poderá contribuir para o fim de um relacionamento ou o início de um vínculo mais profundo e maduro, dependendo de como investiremos esse tempo. Que o estresse, a tristeza, a ansiedade e o medo pelo momento poderão vir, isso é certo. Devemos aceitar essas sensações e, apenas, cuidar para que não fiquem numa intensidade alta que possam causar adoecimento físico e emocional.
         O momento atual, que nos obriga a nos fecharmos para o mundo externo, ao mesmo tempo nos deixa frente com o nosso mundo interno, e quem não tolera esse contato e até agora se refugiava em todos os afazeres do dia a dia, terá muitas dificuldades. Se não sabemos lidar com as nossas próprias angústias e emoções, o risco nas relações é acharmos que o outro deverá fazer algo para nos acalmar. Isso não vai acontecer.
         Nosso parceiro poderá contribuir sendo aquela pessoa com quem possamos compartilhar pensamentos e sentimentos, mas as aflições são individuais, e o caminho só nós mesmos poderemos encontrar.
         O respeito pelas diferenças, pelo tempo e pelo espaço do outro já é um desafio da vida. Agora, no momento de confinamento, isso se tornar bem maior. Se sabemos de algo que incomoda extremamente o nosso parceiro e se não nos custar fazer algo para contribuir, por que não? Precisamos lembrar também que ninguém tem bola de cristal. É preciso falar sobre o nosso incômodo.
         Outra dica é estabelecermos uma rotina e colocar coisas que fazem sentido para nós individualmente, por exemplo, cozinhar, escutar música, organizar material de trabalho, ler e desapegar de vestuários. Além disso, tirar um tempo para o casal. Sim, os parceiros podem fazer algo que os dois gostem juntos. É a vida mais uma vez falando sobre o equilíbrio, como foi muito bem colocado por Leandro Karnal, historiador brasileiro e professor: “Quem não sabe ficar sozinho tem problema. Quem não sabe ser acompanhado tem problema também”.
         Por fim, não vamos esquecer que todos nós estamos vivendo potencialmente uma situação difícil. Vamos aproveitar o tempo para olharmos para o que está acontecendo com nós mesmos? Arrumar desculpas e culpar o outro é sempre o caminho mais fácil, mas continuarão sendo posturas imaturas e pouco evoluídas, que não ajudam na construção de nada. O momento agora é de aproveitar para construir e crescer de uma forma mais humanizada. Do jeito que estávamos, não daria para continuar mais.”.

(Camila Ribeiro Lobato. Psicóloga e terapeuta sistêmica, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 10 de abril de 2020, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 4 de maio de 2020, caderno A.PARTE, página 10, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“As dimensões da onda
        A pandemia, até o presente momento, chegou a Minas Gerais com intensidade menor em relação a São Paulo e Rio de Janeiro. Os dois estados vizinhos já enfrentam a saturação dos hospitais, apesar de terem recorrido a unidades de campanha e realizado adequações extraordinárias, com o aumento de centenas de novos leitos.
         Os casos de Covid-19 continuam em expressivo aumento em todo o Brasil.
         No Norte e Nordeste, especialmente no Amazonas, Amapá, Ceará, Pernambuco, a capacidade da rede hospitalar esgotou-se. Os óbitos dispararam, e as notificações de complicações das funções respiratórias e de AVC escondem a letalidade do novo coronavírus.
         Não existem testes laboratoriais em quantidade suficiente para revelar o contágio, anula-se com isso não só a realidade das estatísticas, mas a capacidade de separar os contagiados e conceder-lhes tratamento adequado.
         Enquanto isso, laboratórios e atravessadores lucram fortunas com preços abismais e se destacam como os aproveitadores da desgraça.
         Embora derretam ao calor de Manaus as previsões como aquela da suposta relação do vírus com o frio invernal, consolida-se a teoria de que, a uma disseminação rápida e explosiva, registra-se queda e superação com a mesma velocidade.
         Disso o cuidado de diluir no tempo e de alongar a “curva” do contágio, para o sistema de saúde ter como atender com pontualidade e qualidade.
         A pandemia já está em todo o território nacional e não deixará fora nenhum Estado. Os impactos menores serão nas áreas que conseguirem uma curva mais alongada e dimensionada conforme a capacidade de hospitalização dos pacientes da Covid-19.
         Os Estados que registram uma curva menor e mais achatada provavelmente superarão a pandemia num lapso de tempo maior.
         Na Netflix está disponível o primeiro episódio de uma série que documenta a evolução da Covid-19 e traça gráficos esclarecedores.
         Pode, também, servir ao entendimento uma análise dos relatórios de ontem do Ministério da Saúde da Itália. Nele se apresenta que 75% dos contagiados estavam em isolamento domiciliar, cerca de 23,5% estão internados em leitos hospitalares clínicos, e 1,5%, em leitos de terapia intensiva. A Itália tem 60,4 milhões de habitantes; ontem havia 100.704 com contágio em evolução, 17.534 hospitalizados em leitos clínicos e 1.539 pacientes em leito de UTI. Foram notificados ontem 192 falecimentos, bem menos que os 784 num só dia registrados no ápice da crise.
         À luz das últimas notícias, o que precisarão Minas e a região metropolitana de Belo Horizonte, a área mais adensada do Estado, com seus 5,9 milhões de habitantes, distribuídos em 50 municípios? E se a onda se abater por aqui como ocorreu na Itália, o que precisamos fazer?
         Analisando os dados de regionalização da pandemia na Itália, encontra-se recorde de incidência de contágio nas cidades e nos Estados mais ricos do Norte. O Estado da Lombardia tem o maior número de casos e de perdas humanas, seguido por Piemonte, Ligúria e Emilia-Romagna. Já na área central, o Lazio, com a capital Roma, registra ainda uma curva bem mais achatada, mas ainda ascendente. Outros Estados ficam alinhados em sua maioria com a evolução de Lazio.
         É possível, se me permitem, um paralelo das situações de São Paulo e Rio de Janeiro com a da Lombardia, e a de Minas, ainda às margens da onda, com a do Lazio.
         Pois bem, Minas na pior hipótese, pode evoluir para uma intensidade sofrida pela Emilia-Romagna e, na melhor, pelo Lazio. Apesar de ser muito improvável cair no desastre da Lombardia, podemos traçar três cenários: A) gravíssimo; B) grave; C) de média intensidade. Se tivermos sorte, serão abaixo de médio, e é isso que queremos.
         O caso A representaria uma necessidade hospitalar de 12 mil leitos clínicos e de 1.000 leitos de UTI para Minas inteira. No caso B, demandaria 9.000 leitos clínicos e 800 leitos de UTI. Na hipótese C, seriam 5.000 leitos clínicos e 440 de UTI. Esta última pode ser a mais provável.
         Temos esses leitos? Como estão distribuídos?
         Tenha-se presente que um número adequado de leitos clínicos com atendimento precoce reduz a necessidade de leitos de UTI, decorrentes de agravamento por atraso.
         A ministração rápida de medicamento resulta eficaz, enquanto a demora pode ser desastrosa especialmente para os pacientes com patologias como hipertensão, diabetes e pneumopatia.
         A distribuição menos adensada da população no interior leva a um prognóstico de menor intensidade de contágio, já a região metropolitana, mesmo abrigando 29% da população mineira, sofre riscos maiores de três a quatro vezes. Disso a necessidade de cuidados diferenciados.
         Caso esses números se revelem perto da realidade, a rede hospitalar privada, que cobre um terço da população da Grande BH, precisará (caso se repita a intensidade do Lazio) dispor de 1.700 leitos clínicos, e a rede pública, de 3.300. Nem uma, nem a outra rede os têm. Já os leitos de UTI, seguindo a evolução italiana, deverão ser 250 unidades, 80 da rede privada e 170 da rede pública. Contudo, a insuficiência de leitos clínicos (para terapia não invasiva) pode ampliar a gravidade dos pacientes, a pressão e, exponencialmente, a necessidade de leitos de UTI.
         Espero estar errado e que Minas passe pelo caso do Estado da Sicília, o menor atingido, e assim, com 1.000 leitos, possa dar conta da epidemia.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março a estratosférica marca de 326,4% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 130,0%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,30%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




quarta-feira, 3 de maio de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ NO SERVIÇO EVOLUTIVO E A URGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DO ENSINO NA SUSTENTABILIDADE

“Os servidores que se autoconvocam ao plano evolutivo
        O autoconvocado é um ser que optou por estar encarnado durante um período para servir ao Plano Evolutivo e atuar como fator de equilíbrio no atual processo de transição pelo qual a Terra está passando. Internamente, os autoconvocados têm consciência da real situação da Terra, que se aproxima de um caos incontrolável do ponto de vista social, político e econômico, acompanhado por reações geológicas e climáticas.
         Essa situação extrema, previsível ao se verificarem os rumos que a civilização foi tomando no decorrer dos tempos, era há muito esperada e há dois mil anos tem sido claramente anunciada.
         Como muitos autoconvocados ainda mantêm em suas vidas fortes vínculos materiais com o planeta, a opção por responder de maneira positiva aos impulsos ascensionais vai-se reconfirmando nas situações e provas que surgem a cada momento para eles. Tendo alcançado certos patamares evolutivos, os autoconvocados precisam tornar-se instrumentos efetivos de serviço e equilíbrio e colaborar para que essa transição atinja as metas às quais se dirige. Cada um tem sua tarefa que pode ser reconhecida com clareza nos seus níveis mais profundos. Porém, dada a densidade do mundo terrestre, nem todos adquirem consciência dela. Todavia, existem muitas maneiras de servir e ao buscador cabe descobri-las, à medida que avança em sua trajetória evolutiva, pois cada indivíduo encontra o seu modo de ser aproximar da Luz. Para que seja autêntico, é necessário que no ser exista uma intenção tão sincera que por nada desanime de alcançar a Fonte de seus ideais.
         O próprio servidor do Plano Evolutivo tem de encontrar os degraus que o levarão a penetrar os níveis espirituais de existência. Para isso, a oração é de grande ajuda. Ele tem de descobrir sua própria forma de orar e diligentemente dedicar-se a ela. Momentos de silêncio, manifestações que expressem impulsos internos, atividades que louvem a Vida – todos esses meios são válidos, porém, ele deve descobrir o que é mais adequado naquele momento. Isso é percebido com o aquietamento, com a entrega, com a devotada em conhecer o sublime Amor. É um erro estabelecer padrões generalizados para o trabalho de oração. Para uns o caminho é o do recolhimento; para outros, o da atividade concentrada em uma tarefa externa positiva, pois todas têm igual valor perante a Hierarquia Espiritual, que guia a humanidade. Porém, cabe aos homens assumi-las com sabedoria.
         Quando o ser se dedica à necessidade, silenciam os clamores dos seus corpos, dissipam-se as suas ilusões e ele pode, então, aproximar-se do sagrado autoesquecimento. Esse é o início da trilha que o conduzirá à Verdade. O trabalho cura a mente habituada a devaneios e fantasias, levando-a ao exercício da concentração. O trabalho evolutivo equilibra: ao materialista, traz o imaterial; aos místicos imaturos, a realidade concreta. Se assim não for – se ele utilizar métodos artificiais, copiados dos outros – a qualquer momento pode sair da trilha que o conduz, pois ainda não a conhece realmente.
         Regras e fórmulas pouco podem auxiliar o indivíduo no caminho interior e no serviço evolutivo. O que se mostra adequado para um ser ou uma situação raramente o é em outro caso. Por isso é positivo aprender a escutar continuamente as indicações dos níveis internos, que levam em conta tudo o que está incluído em cada conjuntura vivencial nesta Terra.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 30 de abril de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de maio de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de EMIRO BARBINI, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), e que merece igualmente integral transcrição:

“Qualidade para superar a crise
        A sociedade brasileira passa por um momento profundo de crise. Poucas vezes as instituições de nosso país estiveram tão desacreditadas quanto o presente. Um reflexo do conturbado momento político e econômico que passa o nosso estado nacional e a crise, que atinge os mais diversos setores da sociedade, culmina com o aumento do desemprego. O IBGE mostra que nos últimos dois anos mais de 7,5 milhões de pessoas perderam seus postos de trabalho – um número de difícil recuperação em um cenário global. Com a perda dos empregos, diminuição no poder de compra e insegurança com o futuro, os chefes de família se veem obrigados a mexer naquele que é um dos últimos itens na hora de listar o corte de gastos: a educação. Naturalmente, primeiro cortam gastos supérfluos, depois vão para o essencial. A escola particular do filho costuma ser o último corte. Quando isso acontece é porque todas as outras medidas para economizar já foram tomadas.
         Em sua palestra de abertura do XIV Encontro Mineiro de Educação, o educador Leandro Karnal ressaltou com maestria que a educação dos filhos é o melhor investimento em longo prazo que se pode existir. Quando tudo estiver em cinzas, a capacitação e educação serão responsáveis por reerguer e recolocar as coisas no trilho. Ainda assim, é compreensível que o caráter emergencial da crise explique a evasão das escolas particulares ter aumentado nos últimos anos.
De fato, constatamos que esse número é alto, mas que reflete a situação de instabilidade brasileira. Da mesma forma que as escolas perdem alunos, também vemos a complexidade de contornar o problema e um crescente desligamento de colaboradores também dos quadros escolares. Fato é que a gestão escolar também passa por crise, o que intensifica os abalos externos sofridos pelo atual momento no Brasil.
No Sinep-MG, trabalhamos para que as gestões administrativas e pedagógicas dos estabelecimentos de ensino não se distanciem neste momento. Não se pode ter dois núcleos gestores isolados dentro de uma escola. O gestor pedagógico precisa ter noções qualificadas de gestão administrativa para que a escola supere os momentos de dificuldade. Ou seja, números precisam andar de braços dados com o objetivo principal das escolas particulares: um ensino de qualidade.
Pessoalmente, acredito que o ato de educar não pode ser feito pela metade. Ou você educou, ou você falhou na sua missão principal. Portanto, as escolas particulares só podem existir se efetivamente tiverem qualidade no principal serviço que oferecerem. Se não, não há nenhum sentido existir instituições dessa complexidade. Não pode haver meio termo, se o pai não enxergar valor naquilo que ele paga a mensalidade, para que ele vai continuar entregando seu filho para aquela escola? Se ele não sente um valor na sua escola, ele vai para outra. Assim fazemos em nossas vidas: quando algo não é bom, nós trocamos. Para que essas situações não ocorram, nós todos temos obrigação de melhorar nossa gestão e estamos investindo nisso. A ver que esse é o tema principal de nossos debates dentro do Sinep-MG em 2017, assim como foi do Encontro Mineiro de Educação no início de abril.
Tudo na vida, por pior que seja, tem uma parte positiva, um aprendizado. Não é fácil enxergar positividade numa crise que deixa milhões em emprego e ataca o cerne de uma sociedade civilizada, que é a educação. Mas acredito que a lição que podemos aprender é do aprimoramento. As escolas urgem priorizar a qualidade na educação. Esse será nosso pilar quando ventos mais tranquilos passarem por aqui.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica marca de 490,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,57%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...