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sexta-feira, 27 de maio de 2011

A CIDADANIA, A PRESERVAÇÃO, A QUALIDADE E A SUSTENTABILIDADE

“Além de tudo, preservar é um bom negócio

Depois de mais de 30 anos estudando florestas no Brasil, José Roberto Scólforo, da Federal de Lavras, ganha um dos mais importantes prêmios da ciência no país, concedido pela Embrapa



O prêmio Frederico de Menezes Veiga, um dos mais importantes da ciência brasileira, este ano ficou para Minas Gerais. Grande vencedor da categoria, o pesquisador de florestas José Roberto Soares Scólforo, que também é professor e vice-reitor da Universade Federal de Lavras (Ufla), se dedica há mais de três décadas ao estudo de tecnologias florestais para a sustentabilidade de biomas. Concecido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o troféu é um reconhecimento ao conjunto de pesquisas desenvolvidas pelo professor ao longo desses anos. José Scólforo é um dos precursores na pesquisa com o cerrado brasileiro, além de ter cooredenado, entre outros estudos, o inventário florestal e o zoneamento econômico-ecológico.

A premiação ocorre no Ano Internacional das Florestas, comemorado em 2011 por indicação da Organização das Nações Unidas (ONU). A coincidência não poderia ser maior, ou melhor. Na verdade o trabalho de Scólforo, que na Universidade de Lavras teve início na década de 1980, aponta caminhos de convergência entre o interesse econômico e o meio ambiente, gerando, ao mesmo tempo, preservação das florestas, trabalho e renda para o país. Seus estudos indicam a preservação como chave de saída para o avanço socioeconômico. “A floresta não é um empecilho para o desenvolvimento, ela é aliada do agricultor, uma aliada da sociedade”, garante o pesquisador.

No amplo conhecimento produzido sobre os biomas, boa parte foi transformada em tecnologias que hoje dão sustentação a políticas públicas e à sociedade. Com o cerrado, Scólforo desenvolveu trabalhos de manejo de florestas nativas para uso múltiplo, uma resposta para o desbravamento que há 30 anos colocou à prova a resistência do bioma, ameaçado pelas fronteiras agrícolas. Também está entre suas importantes contribuições para o meio ambiente a elaboração do inventário florestal das espécies nativas e do reflorestamento de Minas Gerais. “Essa homenagem marca a carreira de um professor presquisador. É o reconhecimento de um trabalho de equipe, desenvolvido de forma multidisciplinar, envolvendo vários departamentos”, diz.

EXPERIÊNCIA COM A CANDEIA

No cerrado de Minas, as pesquisas identificaram quais espécies poderiam sofrer algum tipo de intervenção sem comprometer sua existência, criando possibilidades de exploração e ao mesmo tempo preservação em frentes múltiplas, como exploração da madeira, frutos, flora e usos medicinais do bioma. Um exemplo é o projeto, já em andamento, desenvolvido com a candeia, espécie bastante presente nas serras da Mantiqueira e do Espinhaço. Da madeira dessa espécie arbórea é retirado o alphabisabolol, produto amplamente usado pela indústria, como a de cosméticos, e que contribuía para pressionar as matas nativas. A tecnologia desenvolvida na Ufla e repassada a organizações não governamentais e ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas tem gerado renda complementar para dezenas de famílias, ao mesmo tempo que preserva os candeiais. Com o projeto, foram plantados 2 milhões de novas mudas e estabelecidas regras bem definidas para o corte, onde, quando e em qual a proporção ele pode ocorrer, o que garante vida à espécie

Quando a extração transpôs a barreira da clandestinidade para se transformar em atividade legal, os preços da madeira quadruplicaram, saltando de R$ 30 para R$ 120 o metro da candeia. “Com o tempo, a gente vai mudando, mas hoje esse é o projeto que mais gosto na vida”, confessa o professor. Apesar da certeza da declaração, esta é uma escolha difícil. As florestas de Minas foram inventariadas pela equipa da Ufla, que identificou tanto as espécies nativas quanto as áreas de reflorestamento por meio de mapeamento por imagem de satélite. A partir daí, passou a ser possível identificar que o desmatamento no estado, a despeito do desafio que representa para a sociedade, tem caído de forma sistemática. Entre 2003 e 2005, a devastação correspondia a 152 mil hectares. Entre 2007 e 2009, caiu para 100 mil hectares.

E não é só isso. No mesmo estudo, em um exaustivo trabalho de campo, foram catalogados no estado 780 mil árvores que representam mais de 2,4 espécies. “Um número absurdamente grande”, comenta Scólforo. Ele explica que dessa forma é possível conhecer e valorizar espécies, identificando tanto seu uso comercial quanto sua importância ambiental. A pesquisa também revela que Minas Gerais tem 33,5% de seu território com vegetação nativa, percentual acima da média nacional (excluindo a Amazônia), mas que preocupa pela disparidade. Enquanto no Vale do Jequitinhonha a vegetação nativa chega a 50% da cobertura do território, em regiões como o Vale do Rio Doce, no Leste de Minas, é inferior a 7%; no Triângulo, atinge 17%, percentuais, bem abaixo da média do estado.

Também foi desenvolvido pela equipe do pesquisador Scólforo o zoneamento ecológico-econômico do estado, ferramenta fundamental, utilizada como ponto de partida para elaboração de empreendimentos econômicos, e também pelo estado, no desenvolvimento de políticas públicas, já que traz uma completa radiografia das diversas regiões de Minas, e contempla características econômicas, sociais, ambientais e entre outras.

ÁRVORES DE BH

Belo Horizonte vai ganhar um moderno inventário, que vai catalogar as cerca de 300 mil árvores da cidade. Todas as ruas, avenidas e praças serão rastreadas. O conteúdo encontrado irá alimentar um sistema de tecnologia da informação. A partir daí, serão apontadas quais espécies são adequadas ou inadequadas para uma região, calçada, rua, praça ou parque. A ação é mais uma pesquisa que será coordenada pelo professor José Roberto Scólforo. “O objetivo é planificar as ações para atender melhor a população”, explica o pesquisador. A documentação das árvores, os pesquisadores das árvores, os pesquisadores vão sair às ruas com um tablet (computador de mão) onde todas os espécimes serão catalogados , fotografados e contarão com um banco de dados trazendo seu histórico. “Devemos encontrar em Belo Horizonte de 700 a 900 espécies”, calcula Scólforo. Segundo ele, o grande diferencial da ferramenta é que a administração municipal terá o inventário sempre atualizado. Cada vez que uma das árvores for substituída, podada ou passar por qualquer intervenção, o técnico da prefeitura fará as atualizações diretamente no tablet. “Basta seguir corretamente o script e o inventário estará sempre atualizado”, acrescenta.”


(MARINELLA CASTRO, em reportagem publicada no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de maio de 2011, Caderno CIÊNCIA, página 20).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 23 de maio de 2011, Caderno AGROPECUÁRIO, página 2, de autoria de MAURILIO SOARES GUIMARÃES, Presidente da EMATER-MG, que merece INTEGRAL transcrição:

“Produção com qualidade e sustentabilidade

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), na busca pelo desenvolvimento sustentável, promove ações levando em conta as necessidades das gerações atuais e a capacidade de atender às futuras gerações. Sendo assim, cada vez mais, a empresa incentiva, por meio de seus trabalhos, o equilíbrio entre o crescimento econômico e respeito ao meio ambiente. É preciso harmonizar a tecnologia de produção rural com as exigências ambientalistas. Não existe produção sustentável sem a proteção do meio ambiente. Degradada, a natureza perde o seu potencial produtivo e se transforma em deserto. E, muitas vezes, o produtor rural não dedica a necessária atenção a esse tema por falta de recursos financeiros ou de conhecimento.

É a Emater-MG a ponte entre a produção de conhecimento e a produção agropecuária, com os seus extensionistas levando ao produtor rural, principalmente aos de pequeno porte, meios para que ele incorpore ao seu dia a dia a evolução desenvolvida na universidade e na indústria. A empresa atua reforçando o uso de tecnologias compatíveis com o ambiente e os recursos das propriedades rurais.

Atuando para o fortalecimento do setor rural, os trabalhos da extensão alcançam toda a sociedade, contribuindo para a redução das desigualdades sociais, a recuperação e a preservação ambiental, para criar, enfim, um ambiente de confiança e condições favoráveis para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

E os conhecimentos que a Emater leva aos produtores também são fundamentais para assegurar uma produção com mais qualidade e valor agregado. É dever da empresa assessorar os agricultores, para que eles consigam inserir seus produtos no mercado formal, cumprindo as exigências legais, tais como critérios trabalhistas, previdenciários, fiscais e ambientais, e também assegurando qualidade para o consumidor. Um exemplo é o café. A empresa orienta os cafeicultores para as exigências dos mercados, estimulando a agregação de valor à produção, por meio da melhoria contínua dos sistemas produtivos, e para as normas de certificação. Em 2010, o Certifica Minas Café, programa estruturador do governo do estado, certificou 1.294 propriedades em várias regiões.

As fazendas inscritas no programa têm acompanhamento de técnicos da Emater-MG em cada etapa da produção, o que garante o rigor na aplicação das normas de certificação e, assim, uma produção de qualidade, adequada às exigências do mercado internacional, com melhor remuneração para os produtores e conquista de novos mercados.

Os produtores de café cadastrados no Certifica Minas recebem orientações gratuitas da Emater-MG para adequar as propriedades às normas de certificação. São cerca de 90 itens que devem ser obedecidos para se obter a aprovação, que cobram desde a adequação à legislação trabalhista ao uso correto e controlado de agrotóxicos e rastreabilidade do produto final, o que significa identificação registrada de todo o café produzido. No fim do processo, uma certificadora de reconhecimento internacional faz uma auditoria nas propriedades para aprovar as fazendas que seguiram corretamente os critérios estabelecidos. São mais de 1 mil propriedades cafeeiras certificadas, de 2.553 cadastradas em 150 municípios nas regiões Sul, Matas de Minas e Cerrado.

Também para levar mais informações e as novidades sobre as boas práticas de cultivo, manejo, beneficiamento e comercialização aos cafeicultores, é realizado o Circuito Mineiro de Cafeicultura, com palestras e visitas a estandes de empresas de tratores, máquinas e insumos utilizados na atividade cafeeira. O circuito é realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e suas vinculadas Emater-MG, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), além da Universidade Federal de Lavras, com apoio de prefeituras e outras instituições públicas e privadas ligadas ao setor cafeeiro. A última etapa acontecerá em Varginha, em 27 de outubro. Ao todo serão 26 etapas.”

Eis, pois, mais OPORTUNAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para o INDESVIÁVEL caminho do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, ao lado de, especialmente, uma TRÍPLICE aliança: QUALIDADE – ECONOMICIDADE e PRODUTIVIDADE, exigências dos modernos negócios COMPETITIVOS...

São mais GIGANTESCOS DESAFIOS, onde PONTIFICA a PRIORIDADE ABSOLUTA – A EDUCAÇÃO, que ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL em 2012 (RIO + 20), a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...