Mostrando postagens com marcador Master em Jornalismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Master em Jornalismo. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A CIDADANIA, OS JORNAIS SAUDÁVEIS E A QUALIDADE NA EDUCAÇÃO

“A saúde dos jornais

Algumas críticas ao jornalismo, amargas e corrosivas, têm a garra do pessimismo ou a mordida do cinismo. Irritam-se, alguns, com a força da mídia e vislumbram interesses espúrios no sucesso empresarial. O jornal, como qualquer outro negócio, não existe para perder dinheiro. A crítica procede de quem perdeu o bonde da história ou, pior que isso, não sabe o que é enfrentar o batente. Ganhar dinheiro com informação não é um delito. Estou cansado de repetir. É um dever ético. O lucro legítimo decorre da credibilidade, da qualidade do produto. E a qualidade é o outro nome da ética.

A ética informativa não é um dique, mas um canal de irrigação. A paixão pela verdade, o respeito à dignidade humana, a luta contra o sensacionalismo, a defesa dos valores, enfim, representam uma atitude eminentemente afirmativa. A ética, ao contrário do que gostariam os defensores de um moralismo piegas, não é um freio às justas aspirações de crescimento das empresas. Suas balizas, corretamente entendidas, são a mola propulsora das verdadeiras mudanças. O jornalismo de escândalo, ancorado num provincianismo aético, é cada vez mais freqüente. Recaídas ocasionais são objeto de críticas e discussões internas.

O jornalismo brasileiro, não obstante suas deficiências, tem desempenhado papel relevante. Ao lancetar os tumores da corrupção, cumpre um dever ético intransferível. A mídia, num país dominado por esquemas cartoriais, assume significativa parcela de responsabilidade. O Brasil, graças à varredura da imprensa, está mudando. Para melhor. Ministros caem como cartas de baralho. Reagem às denúncias com declarações do tipo “tudo não passa de armação da imprensa”, “sou vítima de linchamento moral”, “não sei”, “não vi”. A perseverança da mídia faz com que a força dos fatos acabe prevalecendo. E o governante vai para casa. Já é um grande avanço. Esperemos que chegue o dia em que o ônus político seja acompanhado da devolução do dinheiro público e da necessária punição criminal.

A “macdonaldização” dos jornais, no entanto, é um risco que convém evitar. A crescente exploração do entretenimento em prejuízo da informação de qualidade tem frustrado inúmeros consumidores de jornais. O público da mídia impressa não se satisfaz com o hambúrger jornalístico. Trata-se de uma fatia qualificada do mercado. Quer informação aprofundada, analítica, precisa e confiável.

É preciso investir na leveza formal. Sem dúvida. O recurso à infografia, o investimento em didatismo e valorização da fotografia (o arrevistamento das primeiras páginas tem provocado reações de surpresa e aprovação) são, entre outras, algumas das alavancas do crescimento. Mas nada disso, nada mesmo, supera a força do conteúdo. Qualidade editorial e credibilidade são, em todo o mundo, a única fórmula para atrair novos leitores e anunciantes. Outro detalhe: os jornalistas precisam escrever para os leitores. É preciso superar a mentalidade de gueto, que transforma o jornalismo num exercício de arrogância. Cadernos culturais dialogam consigo mesmo. O leitor é considerado um estorvo ou um chato.

O jornal precisa moldar seu conceito de informação, ajustando-o às necessidades do público a que se dirige. Outro detalhe importante, sobretudo em épocas de envelhecimento demográfico: a tipologia empregada pelos jornais tem de levar em conta os problemas visuais dos seus consumidores. Falando claramente: os jornais precisam trabalhar com letras grandes.

Apostar em boas pautas (não muitas, mas relevantes) é outra saída. É melhor cobrir magnificamente alguns temas do que atirar em todas as direções. O leitor pede, em todas as pesquisas, reportagem. Quando jornalistas, entrincheirados e hipnotizados pelas telas dos computadores, não saem à luta, as redações se convertem em centros de informação pasteurizada. O lugar do repórter é a rua, garimpando a informação, prestando serviço ao leitor e contando boas histórias. Elas existem. Estão em cada esquina das nossas cidades. É só procurar. O jornalismo moderno, mais do que qualquer outra atividade humana, reclama rigor, curiosidade, ética e paixão. É isso que faz a diferença.”
(CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Diretor do master em jornalismo, professor de ética e doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 28 de novembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 12 de novembro de 2011, Caderno PENSARBRASIL - DOSSIÊPRIORIDADE UM –, páginas 16 e 17, de autoria de EDDA CABRAL MARTINS DA COSTA, que é formada em letras pela UFMG e é professora da rede municipal de ensino de Belo Horizonte, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Saber é o caminho

Nos últimos 30 anos, o Brasil passou por uma transformação imensa. Saímos de uma época de inflação alta a estagnação econômica que marcou os anos 1980 e a metade dos anos 1990, para um novo período de euforia, algo semelhante aos anos dourados da era JK. Nos anos 80 e 90, a fome, o desemprego, a inflação alta e a falta de perspectivas corroíam nossos sonhos. Hoje, ocorre exatamente o contrário. Vivemos uma nova era de prosperidade e otimismo: sobram empregos, os indicadores de crescimento são sempre positivos, as pessoas, as pessoas estão tendo maior poder de compra; enfim, vivemos num Brasil que está farto de ofertas.

Até mesmo na educação as coisas tomaram um novo rumo. Há escola para quase todos. O governo federal ampliou o acesso às universidades públicas. Ao mesmo tempo, houve um aumento considerável no número de vagas em instituições particulares de ensino superior. E, cada vez mais, a escolaridade tem sido colocada como condição para que as pessoas possam ter ascensão na carreira ou mesmo o acesso ao primeiro emprego.

Em resumo: o Brasil de hoje está farto de ofertas; empregos, escolas, oportunidades. Vivemos a era da quantidade. Porém, o Brasil, por mais que esteja em evidência no cenário mundial, ainda é um país que está por ser feito. Temos cidades, indústrias, hospitais, aeroportos, escolas. Mas temos favelas, produtos com baixa produtividade, filas em hospitais públicos e um sistema educacional que precisa ser aprimorado. E muito.

Um produto sem competitividade não encontrará mercado; em hospitais com filas, as pessoas padecerão para conseguir o atendimento. Com aeroportos cheios, as pessoas e cargas não chegarão ao seu destino no tempo preciso. E sem uma educação de qualidade? Sem uma educação de qualidade, nosso salto em direção ao futuro irá morrer no primeiro passo. Estaremos cegos. Iremos viver apenas para o presente. Não teremos como projetar escolas, hospitais, estradas. Tampouco poderemos pesquisar medicamentos ou processos que melhorem a saúde de nosso povo ou lhe deem mais conforto. Não haverá como projetar o futuro.

Nos anos 1980 e 1990, a educação brasileira deu um passo importante ao garantir vagas para todas as crianças e jovens em idade escolar. Ou seja, todos foram colocados para dentro da escola. Agora, precisamos pensar um novo modelo de educação, no qual a qualidade seja o principal objetivo a ser perseguido. Além da valorização do professor, é fundamental que haja uma mudança de paradigma na relação entre o aluno e a escola.

De modo geral, no Brasil, as escolas são boas no que se refere à sua infraestrutura. Porém, é importante que a relação paternalista seja substituída por um outro modelo, no qual o aluno também seja cobrado para que forneça sua contrapartida àquilo que lhe é dado. Qualidade rima com responsabilidade. Acredito que o Brasil depende muito dos cidadãos comuns para alavancar este crescimento. Por isso, devemos apostar na capacidade do cidadão comum de, a partir do que lhe é ofertado, construir o futuro com responsabilidade e habilidade.

Mirem-se no exemplo da Coreia, que hoje nos abastece com seus automóveis e televisores de avançada tecnologia. A Coreia tem uma economia que triplica de tamanho a cada 10 anos. Desde os anos 60, sua renda per capita cresceu 19 vezes. Lá, praticamente não há mais analfabetismo e 82% dos jovens chegam à universidade. No embrião da revolução coreana está o investimento maciço em um novo modelo de educação. Um modelo que oferece, mas cobra resultados. Que garante ao aluno todas as condições de que precisa para o seu pleno desenvolvimento, mas também cobra desempenho. Isto é substituir um modelo de educação centrado na quantidade por um outro, que privilegie a qualidade. O grande salto em direção ao futuro promissor que hoje vislumbramos no horizonte passa pela educação com qualidade.”

Eis, pois, mais páginas contendo RICAS, PEDAGÓGICAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA necessidade de PROBLEMATIZARMOS questões CRUCIAIS para a inserção do PAÍS no rol das POTÊNCIAS mundiais DESENVOLVIDAS, entre outras:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, em razão mesmo das DINÂMICAS da SOCIEDADE;
c) a CORRUPÇÃO, que CAMPEIA sem freios por TODAS as esferas da vida NACIONAL;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, a consumir também MONSTRUOSAS somas de RECURSOS;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, que já atinge o INSUPORTÁVEL montante de R$ 2 TRILHÕES e seus decorrentes ENCARGOS e SERVIÇOS na mesma proporção e, também, a exigir uma ESTRITA, TRANSPARENTE, QUALIFICADA e urgente AUDITORIA...

Neste mister, salta-nos ainda, de caráter imprescindível, a RELEVÂNCIA e OPORTUNIDADE também da “saúde dos jornais”...

Sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS os DESAFIOS mas, NADA, NADA mesmo, ABATE o nosso ÂNIMO nem ARREFECE o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, SOBERANA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTIAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2104, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das INSTITUIÇÕES, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVA TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...