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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA OBRA ESPIRITUAL E A TRANSCENDÊNCIA DO ESCOTISMO NA SUSTENTABILIDADE


“Como se manifesta uma obra de 
cunho espiritual na vida material
        Todo aquele que manifesta uma obra de cunho estritamente espiritual sabe que não é dela o autor. Do ponto de vista interno, e não acadêmico, uma obra verdadeira, qualquer que seja, não tem autor, mas uma fonte interna a inspirá-la. Um indivíduo ou um grupo atuam como canais no mundo material, para a sua construção externa.
         Cabe a uma obra espiritual refletir, em variadas proporções, a luz da sabedoria. O processo de manifestação de uma obra espiritual é delicado e vulnerável. Um erro muito frequente dos que se colocam disponíveis como canais é levarem ao público os frutos colhidos na união com o centro do próprio ser antes de terem seus contatos interiores aprofundados a ponto de não serem prejudicados por isso. A divulgação prematura desses frutos coloca em risco a continuidade do contato com as fontes internas, e os transforma em meio de realização pessoal e material, desvirtuando-se com a busca de prestígio, de reconhecimento, de apoio, e assim por diante. Se, ainda mais, a manifestação de uma obra espiritual entra no âmbito da especulação financeira, a fonte de inspiração retira-se, fazendo com que se transforme em “um corpo sem alma”.
         A verdade é que uma obra espiritual surge por si mesma. O “autor” é, portanto, mero instrumento e pode ser mais ou menos adequado para a tarefa. Porém, estar em harmonia com a essência que por seu intermédio deve emergir é um fator básico para a sua capacitação, e por isso é requerido dele humildade e entrega incondicional às fontes internas. Esses estados são praticamente desconhecidos da maioria dos homens, que se encontram em estágios meramente emocionais ou intelectuais, ainda sem um contato interno mínimo efetivado.
         Numa fase mais madura de um trabalho espiritual, a sua manifestação externa deve ser permeada pela doação e entrega de cada um nele implicado. Isso produz a abertura de novos caminhos e é uma das contribuições que a obra pode dar ao mundo em geral. Entretanto, para que se desenvolva na correta direção, o “autor” ou “autores” devem despreocupar-se dos resultados do serviço que possa estar sendo prestado.
         Nas palavras que compõem um texto desse tipo precisa haver o belo, o leve, o puro, e também o desconcertante e o inesperado. Por meio delas nada se deve pretender para que a energia possa reuni-las e compor a obra.
         Uma obra espiritual não é, portanto, fruto do querer humano, e os que forem instrumento de sua concretização já devem ter sido experimentados nas tarefas que ela própria inspira. Dessa maneira, a manifestação de uma obra espiritual será equilibrada.
         A Hierarquia Espiritual procura sempre manter a evolução da humanidade num ritmo ascendente. Assim, se uma obra consegue materializar-se, o impulso seguinte será mais potente – o que não significa que tenha de ser recebido pelos mesmo canais. As indicações para que um trabalho acompanhe esse ritmo sempre são dadas com clareza. Por isso, apesar da Hierarquia Espiritual poder contar com o homem como colaborador na execução de certas tarefas evolutivas, nunca se deve ambicionar o desenvolvimento espiritual, pois a vida fornece tudo que é preciso para que a consciência avance em direção ao porto que a aguarda, sem que necessite interferir nisso.
         Disse Morya, conhecido Mestre ascensionado: “O literato em letras só pode agir na superfície da Terra. O literato do espírito pode agir além de todos os limites”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de agosto de 2018, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de agosto de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de MAURÍCIO ANTÔNIO LOPES, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e membro voluntário do Grupo Escoteiro Gavião Real, e que merece igualmente integral transcrição:

“Escotismo no mundo em mudança
        Uma nova globalização está nascendo com a transformação digital, fenômeno que produz profundas mudanças na forma como a tecnologia é criada, gerenciada e consumida. O resultado é que estamos sendo surpreendidos por múltiplas rupturas, à medida que inovações como big data, inteligência artificial, realidade virtual, robótica, internet das coisas, entre muitas outras, alteram as formas de trabalho, com impactos para trabalhadores, fornecedores e clientes de todas as organizações, públicas ou privadas, em todos os cantos do globo. Esses fenômenos já estão derrubando velhos modelos de negócios e colocando em xeque as organizações que não conseguem se ajustar, anunciando uma nova era na história econômica, social e política.
         É, pois, imperativo que pensemos nas nossas crianças e jovens diante dessa realidade de transformações profundas que vive a sociedade. A indústria 4.0, baseada na proliferação de dispositivos inteligentes e interconectados nas cadeias de produção e de logística, chega avassaladora e ninguém consegue antever quantos empregos serão perdidos ou criados à medida que robôs e algoritmos ganham espaço no nosso dia a dia. Que impactos terão na formação e na motivação das novas gerações as insistentes notícias de que a inteligência artificial e a automação destruirão empregos ao redor do mundo? Teremos, nós, a capacidade de alcançar um futuro tecnológico que nos sirva, em vez de nos escravizar?
         O pesquisador da Universidade Harvard David Deming nos traz um alento com o estudo A crescente importância de habilidades sociais no mercado de trabalho, publicado em 2017, que demonstra, ao contrário de muitas previsões catastróficas, aumento na oferta de empregos para funções que requerem alto grau de interação humana. Ele mostra ser pouco provável que softwares e sistemas inteligentes se tornem mais capazes que nós, humanos, na execução de tarefas que envolvam relações complexas e dependam de empatia, como ensinar, aconselhar e cuidar, por exemplo. E mesmo as profissões baseadas na transformação digital, na inteligência artificial, na robótica e afins exigirão habilidades de relacionamento e cooperação cada vez mais sofisticadas e necessárias ao trabalho em equipes, que, por sua vez, serão cada vez mais diversificadas.
         Portanto, será fundamental que os jovens tenham a mente aberta e busquem ser muito bons no trabalho coletivo e na colaboração com outras pessoas. Um enorme desafio na direção inversa, com crescente número de jovens que dedicam cada vez mais tempo aos computadores, TVs e smartphones que às relações e interações diretas com outras pessoas. E, pior, muitos têm sido capturados pela polarização e pelos embates, muitas vezes agressivos, que emergem da internet e das mídias sociais.
         Sebastian Gallander, que é diretor-executivo da Fundação Vodafone, na Alemanha, organização dedicada a fortalecer a coesão social na era digital, destaca o Movimento Escoteiro por se constituir em um caminho para o fortalecimento das habilidades dos novos jovens, em especial as aptidões que não são inatas e precisam ser adquiridas e desenvolvidas desde a mais tenra idade. Interessantemente, escolas inglesas já desenvolvem programas-piloto que buscam sinergia e complementaridade com o Movimento Escoteiro, com resultados muito positivos, como melhoras na liderança, na comunicação e no relacionamento geral dos alunos com a escola.
         O Movimento Escoteiro foi fundado em 1907 pelo general inglês Baden-Powell, que, sem incorporar a rigidez militar ao movimento, aproveitou os elementos positivos de fomento à camaradagem, iniciativa, coragem e autodisciplina para consolidar um movimento juvenil mundial, sem fins lucrativos e fortemente fundado na educação e no voluntariado. Por meio desse movimento, meninos e meninas aprendem o que importa na vida em geral, de que maneira se organizar em pequenos grupos, como lidar com conflitos e ajudar os outros, práticas que conduzem a compreender e gradualmente incorporar valores como solidariedade, perseverança e resiliência, essenciais numa sociedade em transformação, repleta de desafios.
         Trata-se, na verdade, de um fenômeno global, como demonstram os números antecipados para o seu próximo encontro – denominado Jamboree Mundial – a ser realizado em julho/agosto de 2019, nos EUA. Ali, estarão reunidos 50 mil jovens de mais de 160 organizações escoteiras nacionais, representando mais de 200 nações e territórios, em uma celebração única de intercâmbio cultural, compreensão mútua, paz e amizade. No Brasil, o Movimento Escoteiro conta com mais de 105 mil participantes – entre jovens e cerca de 25 mil adultos voluntários, em mais de 600 cidades.
         O escotismo é, portanto, um dos melhores exemplos de esforço coletivo para promover habilidades sociais e emocionais nas nossas crianças e jovens. A palavra “escoteiro” significa “explorador”, o que vai na frente, o que dá a notícia do que está para acontecer, de modo similar aos muitos pioneiros que contribuíram para a construção da nossa história. Neste momento de mudanças profundas que a sociedade vive, é fundamental valorizar e jogar luz nessas experiências exitosas que contribuem para a formação e crescimento das nossas crianças e jovens, que precisam ser norteados a se tornar cidadãos ativos e agentes de mudança positiva neste mundo mutável e desafiador à nossa frente.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 291,88% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 304,94%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,48%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.