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sexta-feira, 17 de junho de 2011

A CIDADANIA, O APRENDIZ E A CULTURA QUE FAZ BEM À ECONOMIA

“Cultura que faz bem à economia

ENTREVISTA/CLÁUDIO SHIKIDA

‘Bons valores de uma sociedade contribuem para criar mercados fortes’

“Na área econômica, necessariamente não preciso responder apenas a perguntas sobre inflação, moeda e taxa de câmbio” É assim que Cláudio Shikida, pesquisador e professor do Ibmec-MG, começa a entrevista, deixando claro seu apreço pela economia aplicada. Em seu mais recente estudo sobre o assunto, “Why some states fail: the role of culture” (Por que alguns Estados falham: o papel da cultura, em tradução livre), desenvolvido com os economistas Ari Francisco Araújo Jr. e Pedro Sant’Ana, constata-se que a cultura de uma sociedade contribui para governos mais eficientes. Valores como respeito, tolerância, confiança e obediência foram usados como variáveis na pesquisa para analisar os impactos de instituições formais (governos e seus tipos) e informais (costumes) na economia. “Essa cultura que pesquisamos tem impacto muito positivo sobre o crescimento econômico. Uma sociedade com mais tolerância e respeito ao trabalho alheio é sinal de um Estado saudável, que não é obeso”, resume. O estudo analisou dados de 40 países e foi publicado recentemente nas áreas de economia e política. Para Shikida, a posição do Brasil não é confortável. “Ainda estamos longe de ser um Estado eficiente. O governo come muito dinheiro e cospe pouco serviço público de qualidade.”

O senhor poderia detalhar como é essa pesquisa que mede a influência da cultura na qualidade dos governos?

Queríamos fazer uma pergunta: será que a cultura é um fator importante na economia? Se é, nesse caso específico, melhora ou piora a qualidade dos governos? Na literatura econômica há um grande debate sobre a importância das instituições sobre o desenvolvimento. As instituições geralmente são entendidas com formais, ou seja a forma de governo de um país. Não tínhamos uma variável para medir instituições informais, que são os costumes de uma sociedade. A partir de 2005 é que se começou a medir valores da sociedade. Pegamos uma variável construída por Claudia Williamson (economista americana) para analisar vários países e observar se essa medida influenciava na qualidade dos governos, controlado, também por outros fatores que são importantes.

E qual foi a conclusão do estudo?

Quando se faz o trabalho econométrico do que influencia de fato a qualidade do Estado, o gasto do governo não é tão importante, o crescimento do PIB não é tão importante, as instituições formais não são tão importantes. Já a educação e a cultura, tal como medimos, são importantes. E nesse sentido, quanto maior o país está nesse indicador de cultura, melhor a qualidade do governo. O estudo analisou dados de 40 países. A cultura é uma medida que foi construída com quatro variáveis: controle, respeito, confiança e obediência. A variável obediência, que é vista como obediência incondicional, entra negativamente no indicador de cultura. Já a confiança, o respeito e a tolerância às pessoas entram positivamente. Essas quatro medidas – soma de três, menos a obediência – são substrato muito bom para que uma sociedade tenha respeito pelo trabalho dos outros, tolerância e muita troca econômica. Então, nesse sentido, o resultado na pesquisa é um Estado com qualidade melhor. Isso quer dizer Estados que não tributam excessivamente, que vão tributar de uma forma mais eficiente possível e, por outro lado, oferecer serviços públicos eficientes e de boa qualidade.

E como está o Brasil no ranking onde as instituições informais são mais fortes?

Nessas medidas, o Brasil está sempre no meio. No Índice de Falhas dos Estados, publicado pelo Fund for Pace, o Brasil alcançou 66,9 pontos e ocupa a 117ª posição. Nesse indicador, quanto mais próximo do primeiro lugar, mais o risco de o Estado falhar. Para ter ideia o Iraque está em primeiro lugar e o Sudão, em segundo. Nosso resultado é, quanto melhor a cultura da sociedade, melhor a qualidade do governo, ou seja, menos falido ele é. Na verdade, pelo lado da cultura, os países europeus estão sempre no alto do ranking. O Brasil está no meio do caminho. Posso afirmar que temos valores de tolerância bons e de respeito razoáveis porque a gente olha o que está acontecendo no país hoje não vê as pessoas se indignando com os excessos de políticos que, querendo ou não, fazem parte do governo. As pessoas não saem mais às ruas, como na década de 90. Tiramos um presidente (Collor) de maneira democrática, via Congresso. Atualmente, observamos casos de corrupção envolvendo valores até maiores, mas as pessoas não estão mais saindo às ruas, os sindicatos parecem estar anestesiados, não tem mais revolta popular. Parece que estamos mais tolerantes com a corrupção do que deveríamos estar.

Mas houve avanços ou não?

Em termos de qualidade do Estado, temos um governo que melhorou muito depois do Plano Real no sentido de combater a inflação e se preocupar em regular o mercado de uma maneira eficiente, de combater excessos, como poder de monopólio. E melhorou no governo Lula com o foco no combate à pobreza. Mas agora não se pode afirmar que o Estado está tão eficiente assim nessas duas dimensões. Porque uma coisa é dar Bolsa-Família e a outra é dar e avisar para o sujeito que uma hora isso vai acabar, que ele tem que ir melhorando de vida. O Estado brasileiro tem arrecadação muito alta comparado com qualquer país europeu e qualidade de serviço público muito baixa. Está longe de ser um Estado eficiente. Ele come muito dinheiro e cospe pouco bem público e serviço público de qualidade.

A educação na economia é lida como capital humano e agora até o setor produtivo reclama da falta de mão de obra qualificada. Isso pesa para que não tenhamos um governo mais eficiente?

Com certeza. A média de anos de estudos no Brasil é muito baixa. Mas os valores aqui também são muito importantes. Não adianta o cara ter uma educação excelente, ser Ph.D., mas achar que o dinheiro público, o dos impostos, é dele. Não adianta o cara ser um grande industrial e achar ainda que alguns cidadãos são de segunda categoria. Uma sociedade mais aberta, nesse sentido de tolerância e respeito ao trabalho alheio, não é sinônimo de um Estado fraco, é sinal de um Estado saudável, que não é obeso.

Mas a sociedade tem a sua parcela de participação?

A sociedade brasileira de maneira geral se comporta como o Estado sendo essencialmente paternalista. Se o governo já é ineficiente para mudar valores é como botar a raposa na frente do galinheiro, é perigoso. Quando se há cultura mais forte, há governos menos paternalistas. E isso impacta na economia, com mais crescimento e menos apelo populista. Ou melhoramos os valores da nossa sociedade ou vamos ter um crescimento econômico de muita má qualidade ou pior do que existe hoje.”
(TETÊ MONTEIRO, em entrevista publicada no jornal ESTADO DE MINAS, Caderno ECONOMIA, edição de 12 de junho de 2011, página 19).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 14 de junho de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de SOLANGE BOTTARO, Superintendente da Missão Ramacrisma, diretora da Fundamig, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Lei do Aprendiz

Um programa do governo federal que promove resultados extremamente significativos para os jovens é o Adolescente aprendiz. Em um momento crítico de suas vidas, em que a linha que separa o bem do mal é muito difusa e a pouca maturidade desde público não lhes permite determinar com clareza os valores e riscos presentes em cada lado, este projeto representa uma abertura de horizonte, uma nova perspectiva de vida que se delineia para eles. A Lei de Aprendizagem 10.097/2000 estabelece que todas as empresas de médio e grande porte são obrigadas a contratarem adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos. A cota de aprendizagem está fixada entre 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, por estabelecimento. Esta média é calculada com base no número total de empregados, cujas funções demandam formação profissional. A oportunidade de ingressar na empresa como aprendiz descortina um futuro concreto e define posssibilidades tangíveis a serem construídas.

Outro fator determinante para o futuro desses jovens é que ele deve estar matriculado e frequente à escola. Esta medida acarretou entre os jovens em situação de risco social, beneficiários prioritários desse programa, a elevação do nível de escolaridade para o ensino médio. No fim do programa, sua meta passa a ser a formação superior. O acompanhamento oferecido pela Missão Ramacrisma durante os 18 meses de duração da aprendizagem, que abrange a área pedagógica, com orientação nos estudos acadêmicos; acompanhamento do adolescente na empresa e o apoio familiar, cria um “casulo protetor” que fortalece o caráter dos jovens e os prepara para a vida adulta. Assim, eles têm a chance de desenvolver competências profissionais necessárias ao desempenho de suas funções, a disciplina, a responsabilidade, a capacidade de trabalhar em equipe e a de gerir seu próprio salário.

Conhecemos casos em que o adolescente é o único membro da família com carteira assinada e salário fixo. Isso é motivo de orgulho para a família e melhora seu status perante a comunidade. E, mais que isso, promove os familiares, que passam a desejar o aumento de sua escolaridade, se qualificar profissionalmente, buscar melhoria de vida. Por sua vez, os adolescentes ampliam sua visão de futuro e percebem a importância de buscar uma formação superior para consolidar sua carreira profissional. Lastimável que as empresas não percebam a importância de aderirem ao programa espontaneamente, precisando ser autuadas pela Superintendência Regional do Trabalho, para então promover essa transformação com resultados fantásticos para toda a sociedade, melhorando a escolaridade das comunidades do seu entorno e também com a possibilidade de apoiar os filhos de seus funcionários na estruturação de sua iniciação profissional. Considero essa ação das empresas um investimento para a diminuição da evasão escolar (o adolescente deve necessariamente estar estudando para participar do programa), redução da violência, do tráfico de drogas, da gravidez, prostituição das adolescentes e da desestruturação familiar.

Infelizmente, as companhias destinam grandes somas de recursos para a segurança de seu patrimônio e de seus colaboradores. Mas, com a participação no programa Adolescente aprendiz, com um investimentos menor, vai apresentar resultados a curto, médio e longo prazo de transformação social. Esse jovem, acolhido pela empresa hoje, se tornará um cidadão responsável, produtivo e sua ação terá reflexos em sua família e também na comunidade. Participando do Adolescente aprendiz, a empresa desenvolverá ações de responsabilidade social efetivas, com alto impacto de transformação social, associando seu nome a uma política pública reconhecida nacionalmente.”

Eis, portanto, mais páginas que acenam a GRAVE e URGENTE necessidade de se PONTIFICAR a EDUCAÇÃO, e sua irmã siamesa, a CULTURA, como PRIORIDADE ABSOLUTA de GOVERNO e da SOCIEDADE, como condição BASILAR para o ingresso do PAÍS no SELETO rol dos DESENVOLVIDOS...

Sabemos, e bem, que JUNTO a OUTROS, são GIGANTESCOS DESAFIOS que mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVINTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A CIDADANIA E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

“Gestão do terceiro setor

Transparência, sustentabilidade, gestão profissional. São palavras muito usadas ultimamente quando falamos em organizações sociais. Há poucos anos o parceiro principal das organizações sociais eram as pessoas físicas. Ainda hoje, grupo significativo de pessoas de bom coração continua apoiando as mais diversas atividades e organizações. Essas pessoas se davam por satisfeitas em acompanhar os resultados de seu apoio, por meio de cartas de agradecimento e visitas esporádicas. Ao lidar com empresas e poder público, surgiu a necessidade dos relatórios de atividades e das prestações de contas financeiras. A transparência passou a ser uma necessidade e, mais que isso, um aval para a organização de sua boa administração. Há muito tempo é público e notório que as instituições sociais trabalham com grupo restrito de pessoal e resultados superlativos. Que com pouco recurso, trabalho dedicado e comprometido obtêm impactos relevantes em suas atuações.

Agora, com as ferramentas de gestão, toda essa expertise adquirida se tornou reconhecida e muitas vezes premiada. A otimização no uso dos recursos, os indicadores usados para medir com clareza o impacto resultante das ações executadas junto ao público atendido e a toda a comunidade têm possibilitado a ampliação do número de parceiros. A Fundação Dom Cabral, a sexta melhor escola de negócios do mundo, se aliou às organizações sociais e está criando uma metodologia para aplicar as ferramentas utilizadas no mundo empresarial, de acordo com a necessidade e a linguagem do terceiro setor. Atitude louvável, que permitirá às instituições consolidar suas práticas administrativas por meio da experiência de um grupo de profissionais altamente qualificados.

Acompanhando as novas ferramentas de gestão, busquemos a qualificação continuada dos profissionais que atuam no terceiro setor, ainda um ponto crítico para nós e que muitas vezes dificulta tanto a administração quanto a execução eficaz dos projetos. Não basta apenas uma boa formação acadêmica. É necessário um olhar diferenciado, pois os resultados que geramos são vidas transformadas, comunidades mais proativas e sustentáveis. Prevemos um novo tempo, quando potencializaremos nosso saber fazer com muito amor, respeito humano, dedicação e comprometimento, utilizando instrumentos especialmente desenvolvidos para promover o desenvolvimento das comunidades vulneráveis, formadas por pessoas que necessitam apenas de uma oportunidade para mostrar seu valor.”
(SOLANGE BOTTARO, Superintendente da organização social Missão Ramacrisna, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de dezembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 26 de dezembro de 2010, Caderno MEGACLASSIFICADOSTRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, Coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2, de autoria de JÚLIO CÉSAR VASCONCELOS, Consultor organizacional & professional coach, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Desenvolvimento sustentável

Recentemente, tive a oportunidade de tomar conhecimento da missão de uma grande multinacional brasileira, estampada de maneira brilhante em seu site na internet: “Transformar recursos minerais em riqueza e desenvolvimento sustentável”. Belíssimo! Parabéns aos responsáveis! Mas, surgiram-me então algumas perguntas que quiseram se calar: afinal, o que significa desenvolvimento sustentável? Será que esse conceito está realmente internalizado por essa e outras empresas que o estampam em letras garrafais em outdoors nas avenidas e nos portões das fábricas? Vale a pena refletir um pouco sobre o assunto para o estabelecimento de uma visão crítica embasada.

Em primeiro lugar, precisamos entender o conceito de stakeholders, visto que este está diretamente relacionado ao conceito de sustentabilidade. Stakeholders são todos os públicos que se relacionam com uma empresa, ou seja, acionistas, empregados, comunidade, igrejas, entidades de classe, ONGs etc. Empresas que realmente investem em desenvolvimento sustentável são fortemente preocupadas com o impacto que geram sobre esses atores nas regiões onde estão localizadas e tomam ações efetivas para eliminar ou amenizar esses impactos.

Em segundo lugar, é necessário resgatar outro conceito, denominado Triple Botton Line, lançado pelo consultor britânico John Elkington em 1998, fundador da conceituadíssima ONG Sustainability. O Triple Botton Line está embasado na tese de que qualquer organização que persiga o desenvolvimento sustentável tem que se pautar em três pilares fundamentais: o econômico, o social e o ambiental, formando assim uma espécie de tripé da sustentabilidade. A inexistência de qualquer um desses pilares radicalmente incorporado na filosofia da organização a desclassifica como uma empresa que pratica a sustentabilidade.

Para entender melhor o conceito, reflitamos sobre os três pilares. Comecemos pela questão econômica. Contrariamente ao que muitos pensam, o objetivo principal de uma empresa, na sua essência, não é gerar lucros para seus proprietários, por mais que insistam os administradores financeiros, mas sim contribuir para o bem-estar social dos seus stakeholders no meio onde está localizada. Gerar lucro, embora estritamente necessário para a sobrevivência de qualquer empresa, não é e não pode ser seu objetivo principal.

Vejamos como isso deve funcionar na prática. Uma instituição de ensino, por exemplo. Sua missão não pode ser simplesmente gerar retorno financeiro para seus proprietários, e sim contribuir sistematicamente para o desenvolvimento cultural da sociedade. Certamente, com essa missão, o lucro automaticamente surgirá como resultado. Instituições que trabalham com salas superlotadas, com uma péssima infraestrutura e sem a mínima preocupação com a qualidade do ensino ofertado não podem ser consideradas sustentáveis. E olhem que tenho vistos muitas por aí com belíssimas missões estampadas.

Na mesma linha, a missão de uma empresa de mineração ou indústria, qualquer que seja, tem que estar relacionada à melhoria da qualidade de vida da sociedade. Evidentemente, sem excluir com isso a necessidade de sua lucratividade. Empresas que colocam seus empregados convivendo com péssimas condições de trabalho, baixos salários, sonegam, poluem e degradam o meio ambiente, com certeza não podem ser chamadas de sustentáveis. E olhem que, infelizmente, tenho também visto muitas por aí subindo no pódio e se proclamando como sustentáveis...

Na verdade, os três pilares do Triple Botton Line têm que caminhar juntos. Por mais que queiram provar em contrário os ecologistas e humanitários extremados, foco somente nos aspectos ambientais e sociais, sem o foco nos aspectos econômicos, é sinal de falência, desemprego, desastre social na prática. Por sua vez, foco somente nos aspectos econômicos e ambientais, sem foco nos aspectos sociais, é sinal de miséria, impacto negativo nos resultados. Finalmente, foco somente nos aspectos econômicos e nos sociais, sem preocupações ambientais, é sinal de catástrofe, autodestruição de maneira gradativa e irretornável.

Trabalhar com o foco nos aspectos econômicos, sociais e ambientais não é só uma questão de legislação, mas de crenças e valores internalizados, de consciência da importância desses fatores para a própria sobrevivência e da humanidade. A mídia nos traz informações várias comprovando de maneira concreta este enunciado. Recentemente a British Petroleum viu suas ações despencarem violentamente na Bolsa de Valores depois da catástrofe ambiental no Golfo do México e está correndo o risco de ser fechada. A Mina de Ouro San Esteban no Chile, que teve seus mineiros soterrados por questões de falta de segurança e péssimas condições de trabalho, corre o mesmo risco e está sendo publicamente execrada. A Usina Ajkai Timfoldgyar, da empresa MAL Rt., na Hungria, após o estouro de uma barragem de lama tóxica, está com seus dias contados...

Uma verdade inconveniente está no ar!...esperemos que a consciência, a sabedoria e a lucidez alcancem os píncaros e possamos em breve mudar essa nossa dura realidade.”

Eis, pois, mais páginas eivadas de PONDERAÇÕES e REFLEXÕES acerca da IMPERIOSA necessidade de MUDANÇA RADICAL no nosso modo de SER e TER, o que nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...