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quarta-feira, 24 de abril de 2013

A CIDADANIA, A PSICOLOGIA NO TRABALHO E O LIVRO ELETRÔNICO



“Psicologia na empresa

Falta de motivação, problemas familiares, financeiros e de saúde são os principais fatores responsáveis por tirar a concentração dos funcionários no trabalho. Isso aponta um grave enigma interno: como gerir estrategicamente  a equipe a fim de minimizar as interferências externas, mas ainda compreendendo as necessidades pessoais de cada colaborador? A resposta está na psicologia, que ultrapassa as salas de aula e os consultórios clínicos para chegar aos escritórios como direcionamento social para as organizações. A chamada psicologia organizacional vai muito além da otimização de rotinas de recursos humanos e pouco se relaciona diretamente com contracheques e tributos. Os princípios aplicados em sala de aula se estendem a toda conduta de cultura interna da empresa, o que inclui a compreensão do funcionário primeiramente como ser humano e não apenas como mão de obra. Essa humanização das relações trabalhistas é um tendência mundial promovida pela globalização e se contrapõe ao estigma de organizações preocupadas apenas com o retorno financeiro, além de romper o limite pessoal-profissional e estreitar as relações sociais.
Culturalmente, o setor de gestão está muito ligado à apresentação de resultados. A psicologia vem para romper essas barreiras burocráticas e apresentar as respostas no âmbito pessoal de cada colaborador, levando em consideração o contexto social em que ele está inserido. Há algumas décadas, a figura do psicólogo empresarial incluía apenas rotinas de recursos humanos, como seleção, treinamento, análise ocupacional e avaliações de desempenho. O aprimoramento e a amplitude da função do especialista em psicologia se tornaram fundamentais no processo de inserção dos valores emocionais da sociedade nas organizações, usando inclusive princípios teóricos relativos à antropologia.
Se do ponto de vista empresarial o complemento oferecido pela psicologia é significativo, do ponto de vista econômico também há benefícios. Aqui, a afirmativa de que “funcionário feliz trabalha melhor” é muito pertinente. E não só isso: a ampliação desse mercado chama a atenção, já que, ao contrário do que se poderia imaginar, não apenas os graduados em ciências humanas – leia-se psicólogos – aproveitam o bom momento para negócios. O significativo aumento da procura por especialização é notável também em profissões das mais diversas áreas, como na administração e até operacional.
Contribuindo para esse promissor cenário, a ampliação do mercado de ensino nos cursos específicos na área também ganha cada vez mais destaque, com doutorado e pós-doutorado em psicologia e psicologia social, inclusive em universidades argentinas e espanholas. As salas de aula têm ficado cheias de profissionais graduados em outras áreas, mas que atuam como gestores de recursos humanos, e que precisam se especializar na função exercida no momento. Positivamente, a reavaliação de valores e de conceitos através da psicologia promove na equipe o desenvolvimento de habilidades e ainda permite trabalhar as insuficiências, sendo útil na maleabilização de conflitos e na gestão de possíveis crises. A partir da reconstrução individual e das mudanças produzidas no grupo, todo o clima organizacional se torna mais aberto e passa a contribuir para uma gestão mais eficiente, coesa e humana.”
(SARA BERNARDES. Diretora-presidente da Escola Superior de Justiça e do Instituto de Educação Superior Latino-americano, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de abril de 2013, caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de LEONARDO BORTOLETTO, que é diretor-presidente da Web Consult e vice-presidente-executivo da Sucesu Minas, e que merece igualmente integral transcrição:

“O livro eletrônico

A quantidade de bons livros de autores brasileiros e estrangeiros disponíveis é imensa. Encontramos livros de poesia, de ficção, de romance, didáticos, policiais, científicos e de autoajuda. O estímulo à leitura é importante para nosso desenvolvimento e formação e, por isso, foi criado o Dia Internacional do Livro (a ser comemorado amanhã) como oportunidade de motivar o prazer da leitura e de reconhecer a contribuição dos autores para a evolução social e cultural do país. Embora entre os brasileiros não seja comum o hábito de ler livros, uma nova forma de leitura está chegando e, aos poucos, deixa de ser promessa para virar realidade: os livros eletrônicos, ou e-books.
Os e-books começaram a ser vendidos no Brasil em 2009. O número sempre foi baixo, se comparado aos Estados Unidos, mas a situação está mudando. A chegada de grande grupos do setor virtual é um forte indicativo de que o campo editorial brasileiro é um dos mais visados. Em português, já existem mais de 10 mil livros digitais disponíveis. As dez maiores editoras  brasileiras somam quase 4,1mil e-books e representam mais de 1/3 dos e-books em português. Se considerarmos as 30 editoras que mais oferecem as versões digitais, elas respondem por metade dos títulos.
Outro ponto positivo para que os livros digitais avancem é o crescimento e a popularização dos tablets e dos smarphones. Estudo realizado pela GFK Custom Research Brasil, entre janeiro e agosto de 2012, mostrou que a comercialização de tablets teve aumento de 267% e a venda de smarphones subiu 55% em relação ao mesmo período de 2011. Para disseminar os e-books, o governo federal publicou edital para a compra de 80 milhões de livros digitais didáticos. Além disso, serão adquiridos mais de 600 mil tablets para professores. A encomenda é um passo decisivo para organizar e impulsionar o mercado editorial eletrônico, visto que cerca de 30% do setor vem de encomendas governamentais. Talvez seja o primeiro passo para popularizar a leitura virtual e fazer com que o brasileiro comece a gostar de ler com mais freqüência.
Como o mercado tem se mostrado promissor quanto aos e-books, aos poucos, os e-readers começarão a ganhar espaço. O leitor digital, como pode ser chamado, foi desenvolvido para proporcionar o máximo de semelhança com o papel. A tecnologia do e-reader reflete a luz como na folha, fazendo com que a leitura se torne mais agradável aos olhos, diferentemente do tablet ou computador. Além disso, a média de preço versão digital é, 30% mais baixa que o livro convencional.
Ainda é preciso ultrapassar a resistência dos leitores apegados aos impressos. Com o dispositivo certo, a leitura virtual é parecida com a de u livro de papel. Sem contar que é possível armazenar vários títulos no e-reader, sem pesar a bolsa ou a mochila, e ler em qualquer lugar e momento. Os e-books podem ser considerados uma revolução, mesmo ainda em fase de testes no país, e espera-se que aumente o número de leitores e de brasileiros que tenham prazer na leitura. Ler é divertido e saudável. Para começar, basta escolher um título que mais agradar e mergulhar na história.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes e oportunas abordagens que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, veiculado pela imprensa: “... o tempo de espera dos navios  tem sido em média de 65 dias, sendo que um dia parado nos portos implica custos de US$ 25 mil por embarcação...”;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2013, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e intolerável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 610 bilhões), a exigir uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tanta sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais cruel ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; saúde; saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; sistema financeiro nacional; esporte, cultura e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São gigantescos desafios, e bem o sabemos, mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e abundantes riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa das Confederações em junho; a 27ª Jornada Mundial da Juventude em julho; a Copa do Mundo de 2014; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das empresas, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperanças... e perseverança!...

O BRASIL TEM JEITO!...