“Psicologia
na empresa
Falta de motivação,
problemas familiares, financeiros e de saúde são os principais fatores
responsáveis por tirar a concentração dos funcionários no trabalho. Isso aponta
um grave enigma interno: como gerir estrategicamente a equipe a fim de minimizar as interferências
externas, mas ainda compreendendo as necessidades pessoais de cada colaborador?
A resposta está na psicologia, que ultrapassa as salas de aula e os consultórios
clínicos para chegar aos escritórios como direcionamento social para as
organizações. A chamada psicologia organizacional vai muito além da otimização
de rotinas de recursos humanos e pouco se relaciona diretamente com
contracheques e tributos. Os princípios aplicados em sala de aula se estendem a
toda conduta de cultura interna da empresa, o que inclui a compreensão do
funcionário primeiramente como ser humano e não apenas como mão de obra. Essa
humanização das relações trabalhistas é um tendência mundial promovida pela
globalização e se contrapõe ao estigma de organizações preocupadas apenas com o
retorno financeiro, além de romper o limite pessoal-profissional e estreitar as
relações sociais.
Culturalmente, o setor
de gestão está muito ligado à apresentação de resultados. A psicologia vem para
romper essas barreiras burocráticas e apresentar as respostas no âmbito pessoal
de cada colaborador, levando em consideração o contexto social em que ele está
inserido. Há algumas décadas, a figura do psicólogo empresarial incluía apenas
rotinas de recursos humanos, como seleção, treinamento, análise ocupacional e
avaliações de desempenho. O aprimoramento e a amplitude da função do
especialista em psicologia se tornaram fundamentais no processo de inserção dos
valores emocionais da sociedade nas organizações, usando inclusive princípios
teóricos relativos à antropologia.
Se do ponto de vista
empresarial o complemento oferecido pela psicologia é significativo, do ponto
de vista econômico também há benefícios. Aqui, a afirmativa de que “funcionário
feliz trabalha melhor” é muito pertinente. E não só isso: a ampliação desse
mercado chama a atenção, já que, ao contrário do que se poderia imaginar, não
apenas os graduados em ciências humanas – leia-se psicólogos – aproveitam o bom
momento para negócios. O significativo aumento da procura por especialização é
notável também em profissões das mais diversas áreas, como na administração e
até operacional.
Contribuindo para esse
promissor cenário, a ampliação do mercado de ensino nos cursos específicos na
área também ganha cada vez mais destaque, com doutorado e pós-doutorado em
psicologia e psicologia social, inclusive em universidades argentinas e
espanholas. As salas de aula têm ficado cheias de profissionais graduados em
outras áreas, mas que atuam como gestores de recursos humanos, e que precisam
se especializar na função exercida no momento. Positivamente, a reavaliação de
valores e de conceitos através da psicologia promove na equipe o
desenvolvimento de habilidades e ainda permite trabalhar as insuficiências,
sendo útil na maleabilização de conflitos e na gestão de possíveis crises. A
partir da reconstrução individual e das mudanças produzidas no grupo, todo o
clima organizacional se torna mais aberto e passa a contribuir para uma gestão
mais eficiente, coesa e humana.”
(SARA
BERNARDES. Diretora-presidente da Escola Superior de Justiça e do Instituto
de Educação Superior Latino-americano, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de abril
de 2013, caderno OPINIÃO, página 9).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de LEONARDO
BORTOLETTO, que é diretor-presidente da Web Consult e vice-presidente-executivo
da Sucesu Minas, e que merece igualmente integral transcrição:
“O
livro eletrônico
A quantidade de bons
livros de autores brasileiros e estrangeiros disponíveis é imensa. Encontramos
livros de poesia, de ficção, de romance, didáticos, policiais, científicos e de
autoajuda. O estímulo à leitura é importante para nosso desenvolvimento e
formação e, por isso, foi criado o Dia Internacional do Livro (a ser comemorado
amanhã) como oportunidade de motivar o prazer da leitura e de reconhecer a
contribuição dos autores para a evolução social e cultural do país. Embora
entre os brasileiros não seja comum o hábito de ler livros, uma nova forma de
leitura está chegando e, aos poucos, deixa de ser promessa para virar
realidade: os livros eletrônicos, ou e-books.
Os e-books começaram a
ser vendidos no Brasil em 2009. O número sempre foi baixo, se comparado aos
Estados Unidos, mas a situação está mudando. A chegada de grande grupos do
setor virtual é um forte indicativo de que o campo editorial brasileiro é um
dos mais visados. Em português, já existem mais de 10 mil livros digitais
disponíveis. As dez maiores editoras
brasileiras somam quase 4,1mil e-books e representam mais de 1/3 dos
e-books em português. Se considerarmos as 30 editoras que mais oferecem as
versões digitais, elas respondem por metade dos títulos.
Outro ponto positivo
para que os livros digitais avancem é o crescimento e a popularização dos
tablets e dos smarphones. Estudo realizado pela GFK Custom Research Brasil,
entre janeiro e agosto de 2012, mostrou que a comercialização de tablets teve
aumento de 267% e a venda de smarphones subiu 55% em relação ao mesmo período
de 2011. Para disseminar os e-books, o governo federal publicou edital para a
compra de 80 milhões de livros digitais didáticos. Além disso, serão adquiridos
mais de 600 mil tablets para professores. A encomenda é um passo decisivo para
organizar e impulsionar o mercado editorial eletrônico, visto que cerca de 30%
do setor vem de encomendas governamentais. Talvez seja o primeiro passo para
popularizar a leitura virtual e fazer com que o brasileiro comece a gostar de
ler com mais freqüência.
Como o mercado tem se
mostrado promissor quanto aos e-books, aos poucos, os e-readers começarão a
ganhar espaço. O leitor digital, como pode ser chamado, foi desenvolvido para
proporcionar o máximo de semelhança com o papel. A tecnologia do e-reader
reflete a luz como na folha, fazendo com que a leitura se torne mais agradável
aos olhos, diferentemente do tablet ou computador. Além disso, a média de preço
versão digital é, 30% mais baixa que o livro convencional.
Ainda é preciso
ultrapassar a resistência dos leitores apegados aos impressos. Com o dispositivo
certo, a leitura virtual é parecida com a de u livro de papel. Sem contar que é
possível armazenar vários títulos no e-reader, sem pesar a bolsa ou a mochila,
e ler em qualquer lugar e momento. Os e-books podem ser considerados uma
revolução, mesmo ainda em fase de testes no país, e espera-se que aumente o
número de leitores e de brasileiros que tenham prazer na leitura. Ler é
divertido e saudável. Para começar, basta escolher um título que mais agradar e
mergulhar na história.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes e
oportunas abordagens que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa
história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de
questões deveras cruciais como:
a) a
educação – universal e de qualidade, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado,
doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas;
b) o
combate, implacável e sem trégua,
aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente e
diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar
por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e
comprometimentos de variada ordem; III – o desperdício,
em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e
danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, veiculado pela imprensa:
“... o tempo de espera dos navios tem
sido em média de 65 dias, sendo que um dia parado nos portos implica custos de
US$ 25 mil por embarcação...”;
c) a
dívida pública brasileira, com
projeção para 2013, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e
intolerável desembolso de cerca de R$ 1
trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos
(apenas com esta rubrica, previsão de R$ 610 bilhões), a exigir uma imediata,
abrangente, qualificada e eficaz auditoria...
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tanta sangria que dilapida o nosso já combalido
dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais
cruel ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e
o amor à pátria, ao lado de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; saúde; saneamento ambiental (água tratada, esgoto
tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; assistência social; previdência social; segurança alimentar e
nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil;
logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; sistema
financeiro nacional; esporte, cultura e lazer; turismo; comunicações; qualidade
(planejamento – estratégico, tático e operacional –, eficiência, eficácia,
efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade);
entre outros...
São gigantescos desafios, e bem o sabemos, mas que,
de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela cidadania e
qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada,
qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que
possa partilhar suas extraordinárias e abundantes riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos
e que contemplam eventos como a Copa das Confederações em junho; a 27ª Jornada
Mundial da Juventude em julho; a Copa do Mundo de 2014; a Olimpíada de 2016; as
obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da
era da globalização, da internacionalização das empresas, da informação, do
conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um
possível e novo mundo da justiça, da
liberdade, da paz, da igualdade – e com
equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a
nossa fé, a nossa esperanças... e perseverança!...
O
BRASIL TEM JEITO!...