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segunda-feira, 8 de julho de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA E EXIGÊNCIAS DAS REFORMAS E PRODUTIVIDADE E A FECUNDA ALIANÇA DA POUPANÇA E INVESTIMENTO NA SUSTENTABILIDADE


“Reformar e aumentar a produtividade
        Estima-se que 2019 será o terceiro ano consecutivo em que cresceremos em torno de 1%, algo que choca quando se considera que essa sequência de crescimento medíocre sucede à maior contração do PIB desde o início do século 20. Ademais, a imagem do Brasil esteve sempre associada à dos países emergentes de melhor desempenho nessa área.
         Óbvio que não existe bala de prata para o país voltar a crescer. Mas há dois fatores cruciais: um é o ajuste das contas públicas com destaque para a Previdência, assunto que está ainda longe de ser equacionado, e sobre o qual continuarei divulgando minhas análises.
         O segundo é a retomada da produtividade, área na qual o país está também deixando muito a desejar. Sem aumento mais expressivo da produtividade, não há como o país voltar a crescer de forma satisfatória. No Fórum Nacional, entidade que hoje presido com o apoio central do BNDES e da Finep, entre outros entes que se dedicam a discutir e indicar soluções para o desenvolvimento brasileiro, o tema da estagnação da produtividade do trabalho tem merecido ênfase especial. Desde a primeira metade dos anos 90, a produtividade do trabalhador no Brasil vem crescendo, em média, apenas 0,7% ao ano, taxa claramente insatisfatória. E no centro da retomada da produtividade estão os investimentos em infraestrutura.
         Um exemplo gritante de como os investimentos em infraestrutura são capazes de aumentar dramaticamente a produtividade está na nossa experiência com portos. Nos anos 1990, o número de movimentações de contêineres era em torno de 10 por hora. Atualmente, graças a vultosos investimentos, alguns terminais chegam a movimentar até 120 contêineres por hora. Com isso, o tempo de atracação de um navio caiu de dois ou três dias para 10 horas. Esse ganho de produtividade permite redução do custo do frete para importadores e exportadores, bem como amplia a capacidade importação/exportação do país, com fortes ganhos para a nossa competitividade.
         Infelizmente, contudo, isso é mais a exceção do que a norma. Sabe-se que é necessário investir em infraestrutura pelo menos 4% do PIB, durante 20 anos, para alcançar qualidade compatível com a renda que queremos para o país. Atualmente, o investimento não chega a 2% do PIB, valor insuficiente para repor a depreciação. Diferentes estimativas mostram a necessidade de aumentarmos o investimento em infraestrutura em torno de R$ 200 bilhões anuais. Enquanto isso não ocorrer, figuraremos entre os países com pior oferta. De acordo com a pesquisa de competitividade do Fórum Econômico Mundial, a qualidade de nossa infraestrutura em 2017/2018 foi a 108ª pior em um grupo de 137 países...
         Dada a falência pública, a solução para o problema parece óbvia: investir mais, atraindo o setor privado para o setor. E também porque o investimento privado tende a ser mais eficiente. De acordo com a CNT, as 10 melhores rodovias do país são concessionadas. De acordo com a Antaq, os três portos mais produtivos são terminais de uso privado (TUP). Ademais, em portos públicos, como o de Santos, onde, nos últimos anos, houve importante entrada do capital privado na operação de terminais portuários, a produtividade aumentou substancialmente, com a movimentação média passando de 28 para 61 contêineres por hora entre 2010 e 2018.
         A grande questão é, por que o capital privado não investe mais em infraestrutura? Diante da abundância de recursos em escala mundial, o problema não parece ser falta de recursos, mas, sim, um ambiente regulatório pouco propício para a atração do capital privado. É verdade que houve avanços importantes nos últimos anos, principalmente na área de governança, mas ainda há muito a ser feito.
         As decisões das agências reguladoras são frequentemente questionadas por outros órgãos do governo, como os de fiscalização e controle ou de defesa da concorrência, que, muitas vezes, analisam a árvore sem enxergar a floresta, no caso, a política pública que se deseja implementar. O resultado é uma paralisia decisória e incerteza jurídica.
         No caso das rodovias, a rodada de concessões de 2013 resultou em fracasso por causa de um balanço inadequado de riscos e pouco disposição da agência reguladora de renegociar os contratos. No setor portuário, os TUPs não vêm tendo a liberdade de fixar preços que estava prevista nos contratos de autorização. Já os terminais privados instalados em portos organizados ficam reféns das decisões das respectivas autoridades portuárias, havendo casos, por exemplo, de não haver reajuste nos preços de alguns serviços desde 2006, afetando severamente a equação financeira dos investimentos.
         Há ainda o problema da morosidade na entrega das licenças ambientais e, no caso dos portos organizados, uma legislação trabalhista que precisa ser revista. Enfim, há uma enorme agenda para que possamos atrair mais capital privado para a infraestrutura, agenda essa que precisa ser adotada para que possamos crescer mais do 1% ano.”.

(RAUL VELOSO, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 2 de julho de 2019, caderno ECONOMIA, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SHOTOKU YAMAMOTO, diretor da Sky Corte Laser e diretor conselheiro da Abimaq, e que merece igualmente integral transcrição:

“Poupança e investimento
        Para falar sobre o elevado nível de desemprego existente no país, é preciso distinguir dois importantes conceitos da economia, consumo e investimento. O primeiro é definido como a destruição de um bem ou serviço para satisfazer as necessidades humanas, enquanto que o investimento é a geração de nova riqueza. Portanto, a única medida que pode diminuir o nível de desemprego no Brasil é o aumento líquido dos investimentos, entendendo como tal a formação bruta de capital fixo menos a depreciação. Para o Brasil crescer, em torno de 4 a 4,5% ao ano, é preciso investir, aproximadamente, 25% do PIB, e isso só se concretizará se houver fontes de financiamento dos investimentos. Para o Brasil não ficar dependente de investimentos estrangeiros, é preciso gerar poupança de R$ 1,7 trilhão, considerando o PIB de 2018.
         A poupança nacional tem três fontes de geração:
         Poupança das famílias, que é a diferença entre a renda menos o consumo das famílias. O Brasil, nos últimos governos, tem estimulado o aumento do consumo por meio do financiamento de bens de consumo duráveis, sob o pretexto de aumentar a demanda agregada e, portanto, desestimulando o ato de poupar das famílias, sem falar no efeito colateral dos juros exagerados cobrados pelo sistema financeiro, que diminuiu a capacidade futura de consumo das famílias e, portanto, anulando aquele pretexto de aumentar a demanda e a produção futuras de bens de consumo.
         Poupança das empresas, que é o lucro líquido dos negócios empresariais que deve remunerar o capital ou o patrimônio líquido das empresas todos os anos, a uma taxa no mínimo igual ao rendimento do capital numa aplicação financeira. Tendo em vista que o governo, como foi dito acima, incentivou o consumo das famílias e o Banco Central, que tem como missão o controle da inflação, adotou uma política de valorização da nossa moeda para baratear as importações, de modo que as empresas brasileiras não pudessem repassar os aumentos nos preços dos insumos industriais, principalmente o custo da mão de obra, indexada com a inflação passada mais o aumento real sem correspondente aumento da produtividade. A consequência dessa política suicida não poderia ser outra, senão a recessão. Como resultado disso, as empresas não só pararam de obter lucros, como passaram a operar no vermelho e muitas quebraram. Tanto é verdade que a participação das indústrias de transformação na formação do PIB diminuiu para algo em torno de 11% em 2018, o que é pior, pagando 30% da arrecadação bruta de todos os impostos. Portanto, o lucro líquido das empresas, que é a poupança das empresas, principal financiador da formação bruta de capital fixo, também secou.
         Poupança do setor governamental, que é o superávit orçamentário dos três níveis de governo. Não é preciso falar muito a esse respeito, pois sé sobejamente conhecido que, há muito tempo, a União, os estados e os municípios, esses últimos com raras exceções, são deficitários. Ouço comentaristas de economia afirmarem que o Brasil está indo para o mesmo destino da Grécia, na minha opinião, uma grande ignorância. Se o Brasil, a exemplo da Grécia, renunciasse ao poder de emitir moeda, teria sido obrigado a fazer as devidas reformas há muitos anos. Aproveito para alertar aos contrários à reforma da Previdência de que o governo não vai deixar de pagar os aposentados exatamente porque tem o poder de emitir moeda e, se o governo recorrer a essa solução, irão rapidamente lembrar-se da inflação galopante de 2% ao dia. É preciso falar disso aos trabalhadores da iniciativa privada. Se a reforma previdenciária não for aprovada, só restam três alternativas: aumentar a carga tributária, que hoje já está em 34% do PIB – e como os impostos indiretos têm um peso significativo, o aumento da carga tributária prejudicaria, principalmente, os mais pobres. Portanto, uma péssima solução, além de injusta. Outra medida seria tomar dinheiro emprestado do sistema financeiro, em última análise, dos ricos, aumentando ainda mais a dívida bruta do governo geral, que, em fevereiro deste ano, alcançou o montante de R$ 5,3 trilhões, equivalentes a 77,4% do PIB. E, finalmente, a última solução seria emitir dinheiro para pagar os aposentados, como já foi mencionado. Portanto, analisando as três fontes de poupança interna, concluímos que não há geração de poupança suficiente para financiar os investimentos necessários. Essa é a razão por que o Brasil precisa atrair investimentos estrangeiros, aumentando a dívida externa brasileira, porque o Brasil é, tradicionalmente, deficitário em transações correntes com o resto do mundo, portanto, integrando o bloco dos devedores do planeta.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de 299,78% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 320,87%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,66%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.