sexta-feira, 10 de julho de 2009

AS LIÇÕES DE EINSTEIN PARA A CIDADANIA

“Não se pode dizer pelas aparências como as coisas vão caminhar. Algumas vezes, a imaginação faz as coisas parecerem muito piores do que são – ainda que, sem imaginação não se pode fazer muita coisa. As pessoas que são imaginativas vêem mais perigos do que estes talvez existam, certamente vêem sempre muito mais do que acontece e, assim, devem também rezar para que lhes seja dada uma coragem extra para lidar com toda essa imaginação.

Mas para todos, certamente, pelo que atravessamos neste período – e eu estou me referindo à escola – certamente neste período de dez meses a lição é: jamais ceder, jamais ceder, jamais, jamais, jamais, jamais – em nada, seja grande seja pequeno, amplo ou trivial – jamais ceder exceto a convicções de honra e bom senso”.

(WINSTON CHURCHILL, em 29 de outubro de 1941, quando de visita à escola onde estudou – Escola Harrow, Londres).

É exatamente em busca dessa CORAGEM EXTRA, quando vislumbramos a grande porta para as grandes transformações do BRASIL através da MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE que encontramos mais uma INESTIMÁVEL contribuição vinda de artigo do jornalista OTACÍLIO LAGE, publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 08 de julho de 2009, no Caderno OPINIÃO, página 9, que nos impõe a transcrição na ÍNTEGRA:

“Lições de Einstein

Ele formulou a teoria da relatividade, estabeleceu a base da matemática da estrutura do universo e substituiu a Teoria da atração gravitacional, de Isaac Newton, pela Teoria de um campo de gravitação no contínuo espaço de tempo. Mas nem por isso deixou de dar atenção às coisas simples., de ser feliz, amigo de todos; amava as crianças e era capaz de passar horas tocando violino à cabeceira da cama de uma tia doente. Dava valor extremo à conduta humana, tanto que repetia sempre que “sem cultura moral não haveria nenhuma saída para os homens”. Nasceu em 14 de março de 1879 em Wurtttemberg, Sul da Alemanha, e morreu em 18 de abril de 1955, aos 76 anos, em Princeton, Nova Jersey, Estados Unidos.

Albert Einstein, alemão de origem judaica, refugiado nos EUA desde 1935, fugindo da perseguição de Adolf Hitler, é o cara. Para o mundo, a imagem que ficou dele foi aquela em que aparece com a língua de fora, feita quatro anos antes de morrer, em 1951, no aniversário de 72 anos. Além de violino, Einstein tocava piano e era muito religioso, sem, contudo, professar religião alguma. Para o genial matemático, “a paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos”. Era, acima de tudo, um místico, pois, intuitivamente, ele tirava da sintonia que tinha com o universo cósmico muitas respostas para suas constantes indagações. “Eu penso 99 vezes e nada descubro. Deixo de pensar e mergulho no silêncio; e eis que a verdade me é revelada”, dizia sempre. Para Einstein, Deus era a lei, a voz da natureza.

Desde jovem, revelava ojeriza às autoridades. Então, já cinqüentão, ao ser forçado a deixar a Alemanha, ficou ainda mais incisivo, tanto que questionava sempre a razão de os religiosos e os governos não dizerem a verdade sobre Deus, o mundo e o homem. “Quais as intenções secretas que eles tinham para manter o homem na ignorância?, questionava Einstein, que insistia que “meditar não é pensar, mas esvaziar os canais de toda substância oriunda dos nossos sentidos e colocar-se diante da Fonte”, segundo ele, a realidade, a imaginação de Deus. “Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece”, reforçava.

Quando estudava em Princeton, o filósofo brasileiro Humberto Rohden, catarinense de Tubarão, escreveu sobre o colega Albert: “Lá estava um homem cujo corpo ainda vivia na Terra, mas cuja mente habitava as mais remotas plagas do Cosmo”. Realmente, Einstein era desprendido, desgarrado das coisas mundanas. Certa vez, sua empregada encontrou um cheque de
US$ 1,5 mil, recebido por ele há meses, marcando a leitura de um livro. Era comum ele não se lembrar se já havia almoçado, nem sequer sabia o número do telefone de casa, onde vivia com a mulher e dois filhos. Sobre a Teoria da relatividade, o matemático revelou que ela lhe veio por intuição, pois sabia que a certeza intuitiva era anterior a qualquer prova.

Muitos contemporâneos de Einstein, de vários segmentos da sociedade, questionavam por que ele falava tanto com Deus, apesar de os teólogos de então acharem que era ateu. Ele não admitia um Deus pessoal, mas um Deus Supremo, onipresente e onisciente, que está no centro de todos os lugares e de todas as coisas, como já intuíra Santo Agostinho, fazendo Einstein sentir-se em meio a uma grande fraternidade universal. Em suma, para ele, Deus não era uma personalidade capaz de premiar ou punir, mas a invisível realidade do Universo, o que fazia o cientista pensar 99 vezes até que a resposta lhe chegasse intuitivamente, resultando na perfeita sintonia com a Fonte, “o silêncio dinâmico onde tudo já está pronto e acabado”. O matemático era um religado – religião significa religação do homem com o poder infinito. Frisava sempre: “O homem pode não achar Deus, mas Deus o achará, se o homem, naturalmente, não se esconder Dele”.

Sobre o conhecimento, era direto: “A leitura, depois de certa idade, distrai excessivamente o espírito humano de suas reflexões criadoras. Todo homem que lê demais e usa o cérebro de menos adquire preguiça de pensar. A imaginação é mais importante do que o conhecimento”. Einstein tinha forte atração pelo mistério. Segundo ele, o homem que desconhece esse encanto, incapaz de sentir admiração e estupefação, já está, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos. “A emoção é fundamental e está na raiz de toda ciência e arte”, dizia.

Quanto à fama, tinha resposta curta: “Ela é para o homem como os cabelos – crescem depois da morte, quando já lhe é de pouca serventia”. Tinha com ele que não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável, e não uma personalidade. É necessário que ele adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser compreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto.

Pouco antes de morrer, Einstein preconizou: “Nossa era deveria ser a do Paraíso na Terra. A humanidade nunca teve, como agora, melhor ensejo de ser feliz. Quando o Instituto de Estudos Superiores de Princeton foi organizado e Einstein se dispôs a ser um de seus membros, veio a questão salarial. A direção pediu a ele uma proposta de remuneração. O Conselho Diretor da instituição, em resposta, acentuou que pelos seus padrões havia fixado o salário do cientista numa quantia adequada, três vezes maior ao proposto pelo matemático, autor da equação E = mc2 (A massa de um corpo é uma medida do seu conteúdo de energia).

“O meu ideal político é a democracia, na qual seja cada homem respeitado como um indivíduo; e ninguém idolatrado”, pontuava. Bom seria se os homens de hoje que detêm o poder, financeiro e político, tivessem um pouco de humildade e se espelhassem no cientista que esquecia cheque ao portador dentro de livros; que detestava mesquinharia, brutalidade, militarismo e guerra; que primava pela ética e que tinha a certeza e que estava sempre falando com Deus. A utopia, às vezes, vale a pena.”

São páginas como essas que nos FORTALECEM na FÉ e na ESPERANÇA de enfrentarmos os DESAFIOS que estão colocados e, principalmente, com vistas ao BRASIL 2014, promovermos a MOBILIZAÇÃO de todo o POVO brasileiro, fazendo VALER o império da ÉTICA, da DECÊNCIA, do ESPÍRITO PÚBLICO, da TRANSPARÊNCIA, da EFICIÊNCIA e AUSTERIDADE na aplicação de CADA CENTAVO dos BILIONÁRIOS INVESTIMENTOS que estão previstos para os próximos cinco anos.

Ao final, que tenhamos como resultado uma GRANDE NAÇÃO: JUSTA, LIVRE, PRÓSPERA e SOLIDÁRIA, inteiramente do SÉCULO XXI.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quem dera tívessemos no Congresso, em assembléias, prefeituras tantos e tantos Einsten, que além da intelegência fossem éticos e desapegados ao dinheiro (principalmente aquele que não deles)e se preocupassem realmente e verdadeiramente com o povo e o crescimento do país. Que a lição de Einstein fique para nós que podemos com o voto decidir o rumo de nosso país.