quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A CIDADANIA E O DOCE OFÍCIO DO SABER

“A voz do povo

A grande e benfazeja novidade das eleições de outubro é a Lei da Ficha Limpa. Sua idealização, por iniciativa popular, e sua tramitação no âmbito dos poderes do Estado – Legislativo, Executivo e Judiciário – explicitam aspectos emblemáticos. Ao se mobilizar em todas as regiões do país, coletando mais de 1,6 milhão em apoio à proposta agora transformada em lei, a sociedade brasileira assumiu as rédeas da sua própria vontade e mandou um claro recado a todos aqueles que se omitem diante de sua missão prioritária de bem representar a vontade da população. O projeto Ficha Limpa representa um importante avanço, mas é apenas o começo.

A aprovação do projeto no Congresso Nacional, sua sanção pelo presidente da República e a imediata regulamentação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que os atores envolvidos nesse processo histórico entenderam a mensagem. Apesar de inadmissíveis focos de resistência corporativa e fisiológica, sobretudo no âmbito do Legislativo, a lei está em vigor e já começa a produzir resultados. De imediato, a Ficha Limpa cumprirá a saudável missão de impedir que maus políticos, condenados pela Justiça em segunda instância por práticas irregulares e até criminosas, continuem denegrindo a imagem do Parlamento e afrontando a maioria da nossa sociedade, que aspira a uma nação que funcione corretamente, com respeito às regras estabelecidas, comprometida com a moral e a ética.

É, com certeza, o início de uma nova era na política brasileira. As organizações da sociedade aprenderam que têm poder para fazer valer sua vontade nas urnas, por meio da democracia representativa, e, mais ainda, que podem mudar o rumo do país, pela democracia participativa fazendo leis como a da Ficha Limpa, ou removendo um governador do cargo, como foi o caso recente de Brasília. Sempre que o Legislativo vacilar no cumprimento de anseios legítimos da sociedade, os cidadãos têm à sua disposição a possibilidade de utilizar o instrumento previsto na Constituição de 88, que regulamenta a criação de leis por iniciativa popular. [...]”
[SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE-MG), em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de julho de 2010, Caderno OPINIÃO, página 1].

Mais uma IMPORTANTE e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 3 de outubro de 2010, de autoria de ELIMAR SILVA MELO, Educador, coordenador administrativo e financeiro das Instituições Arnaldo Janssen, que merece INTEGRAL transcrição:

“Doce ofício do saber

Creio que uma das melhores oportunidades que uma pessoa pode ter na vida e ter um bom professor. Afinal, quem de nós não se lembra de um rosto ou um nome de uma professora, ou professor, que lhe foi marcante na infância ou adolescência? Na maioria das vezes, sequer lembramos a matéria que ele (ou ela) lecionava, mas não esquecemos de um sorriso, um alento, uma punição ou piada que escutamos. A vida de cada um de nós tem a marca daqueles que nos educaram. Primeiro a marca da família, que está inclusive em nosso nome, ou melhor, no sobrenome. Depois vem a marca da escola e dos educadores que nelas tivemos. Não são raras as pessoas que têm na primeira professora uma referência forte, onde a criança deposita confiança e atenção, antes só dedicada à mãe. No dia a dia, convivendo com as pessoas, podemos perceber como somos influenciados por nossos educadores. Como trazemos “impressas” em nossa personalidade as características de nossas famílias e professores.

Ao pensar um pouco mais a esse respeito, constato a importância da figura do professor na sociedade desde o início dos tempos. Sem delongar e trazer uma infinidade de comprovações para esta afirmação, direciono a reflexão para a responsabilidade desses profissionais junto a nossa sociedade. No mês em que se comemora a existência desta ocupação de educar, simbolizada pelo Dia do Professor (15/10), cabe a todos nós educadores, professores ou não, a seguinte pergunta: exerço o meu trabalho com prazer e realização? Essa questão poderá responder se sou um bom educador ou não, um bom pai ou não, um bom professor ou não. Prazer rima com aprender. E não é um só num verso, mas, sim, no cotidiano. Por isso, é tão importante respondermos se temos mesmo prazer em ser educadores (pais, mães, professores etc.). A sua ausência pode revelar muitos de nosso insucessos neste “doce ofício” de educar. A outra parte da questão é a realização. Nesse aspecto, poderíamos imaginar se estamos alcançando nossas metas pessoais e profissionais, realizando nossos sonhos no exercício de nossas funções e fazendo com que os aprendizes saibam mais e mais a cada dia. Contudo, a pergunta vai um pouco além da realização. Afinal, o educador se realiza na felicidade do educando. O que explicita e materializa o efeito do trabalho de um educador é a felicidade de quem a recebe.

Vale lembrar que felicidade vai além de alegria provisória e das “miragens” de felicidade que aparecem, mas que são em sua maioria efêmeras e frágeis. Quando me refiro à felicidade, busco valores permanentes, sólidos e nobres. Por muitas vezes, o educador cerceia as vontades, os impulsos e desejos do educando, provocando nele a sensação de frustração e tristeza. Mas, o educador sabe que essas medidas são necessárias para que a verdadeira felicidade ocorra. É ainda na resposta a essa questão que nos revelamos, nos avaliamos e podemos formular novas perguntas, que levam a outras reflexões. Por meio delas, podemos encontrar respostas individuais e coletivas para melhorar cada vez mais o processo educativo. O exercício prazeroso realizador de qualquer profissão ou vocação é o que a maioria das pessoas almeja. E é por esse motivo que temos que estar em constante indagação e reflexão sobre esses elementos em nosso cotidiano. Pois, sendo o educador uma referência para o educando, podemos estar equivocados no processo e realizando mal a nossa missão de auxiliar a felicidade deles.”

Estamos, pois, diante de mais páginas que tratam com CLAREZA e PROPRIEDADE da questão basilar da nossa formação – a EDUCAÇÃO – que, por isso mesmo, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

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