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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A CIDADANIA E OS DESAFIOS DA QUALIDADE DE VIDA E DA EDUCAÇÃO

“Vida pessoal e empresarial
        No atual cenário, mais do que nunca, há a necessidade de as empresas se modernizarem e serem mais produtivas para se manterem competitivas, ao mesmo tempo em que variadas crises testam os limites e a longevidade das organizações. Manter custos competitivos, produtos inovadores, clientes leais e uma liderança inspiradora são desafios impostos pelo mercado. Os cenários prometem negócios crescentemente competitivos e instáveis. Ciclos cada vez menores de mudança ditam a necessidade de reorientação de visão. Para tempos incomuns, exigem-se ainda mais profissionais com sensibilidade para compreender o todo, propor soluções e agir. Em um tempo de pressão por resultados, o jogo intenso da rotina requer determinação, equilíbrio emocional e perspicácia. Diante desse cenário, como equilibrar uma vida profissional mais exigente com vida pessoal plena e feliz?
         Acredito que o ser humano tenha que olhar para tudo isso de forma integrada, sempre balanceando as questões pessoais. Tem que se dedicar ao trabalho e dar o melhor que puder, mas essa não pode ser a única dimensão de sua vida. Precisa conviver com a família, desfrutar o tempo com os amigos, manter a própria saúde, sem a qual não poderá fazer mais nada. Cuidar da sua espiritualidade e do seu interior. E não me refiro à religião, mas à própria individualidade, considerando a importância do autoconhecimento, da visão sistêmica e da ética. Todas essas são formas de assegurar o equilíbrio. As grandes doenças hoje estão ligadas ao estresse, ao lado psíquico desbalanceado. As próprias estatísticas e estudos da medicina mostram que o estresse é resultado da incapacidade das pessoas de equilibrar as várias dimensões da própria vida, gerando problemas em cascata. Harmonizar essas dimensões vai permitir ao indivíduo uma vida melhor. E buscar a felicidade em todas as suas interações. As empresas e as pessoas com uma visão amplificada ajudarão a construir uma relação que evolui continuamente para a busca do equilíbrio, sendo boa para os dois lados. A meu ver, à empresa cabe preparar líderes diferenciados, capazes de enxergar a diversidade em um tempo em que receitas prontas de gestão sucumbem diante da necessidade de flexibilidade, inovação e de uma única certeza: a mudança. Uma liderança inspiradora com profissionais que se autoconheçam, exercitem a visão sistêmica e se preocupem em manter o próprio equilíbrio antes de gerir uma equipe. O grande líder é que lidera pelo exemplo, ou seja, pelas suas ações. A capacidade do capital humano de uma empresa de otimizar recursos e, sobretudo, inovar só acontece em um clima organizacional que favoreça a criatividade, o trabalho cooperativo, a saúde e a segurança das pessoas. Um dos aspectos da liderança transformadora é conseguir adequar os interesses pessoais aos resultados organizacionais e acreditar no desenvolvimento permanente das pessoas.
         Aos demais profissionais, é preciso ter inteligência emocional para suportar os desafios que estão postos pela realidade contemporânea. E pensar sobre suas escolhas. Quem está realizado, satisfeito, vendo valor e sentido naquilo que faz, certamente estará mais atento à saúde, à segurança e à qualidade de vida em geral. Em tempos de crise como o atual, essa pode ser, também, oportunidade para uma reflexão sobre todos esses aspectos.”.

(RICARDO GARCIA. Vice-presidente de recursos humanos e tecnologia da informação da ArcelorMittal Américas Central e do Sul, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de agosto de 2015, caderno OPINIÃO, 
página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 17 de maio de 2008, mesmo caderno, página 13, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, presidente da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE), e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação com qualidade
        Graças à continuidade de uma política econômica adequada, à ampliação do mercado interno e ao crescimento mundial, o Brasil apresenta taxa de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de 30% nos últimos oito anos. Investimentos empresariais significativos geram empregos, ampliam a renda, elevam as exportações, o saldo de divisas beira US$ 200 bilhões e o país acaba de receber o grau de investimento internacional. O governo federal bate recordes sucessivos de arrecadação tributária, mesmo sem a CPMF e, ainda que gaste muito e mal, as contas públicas permanecem sob controle. Mas como está o Brasil? Aproveitou o bom momento para construir uma base sólida que garanta transformar o atual crescimento em desenvolvimento? Foram realizadas reformas visando transformar o país num Estado moderno? Em que situação se encontra a infra-estrutura (rodovias, ferrovias, energia, portos, aeroportos, saneamento)? E as pessoas, os jovens, cidadãos do futuro? Será que estamos na rota de nos tornarmos um país de Primeiro Mundo, numa nação? Lamentavelmente, a resposta é não.
         Na agende de mudanças essenciais, avançamos muito pouco. Além disso, não progredimos no fator crucial para a base sustentada de desenvolvimento, que é a formação de capital humano. Estão muito aquém do desejável a educação formal dos jovens na escola, o ensino de valores morais e princípios de cidadania, direitos e obrigações cultuados e respeitados, a família estruturada, o respeito ao outro, o desejo de servir, num ambiente onde as pessoas acumulem conhecimento e o transmitam para as próximas gerações. Esses temas estão negligenciados e fora da pauta dos governos e da própria sociedade. Desenvolvimento é um conceito mais amplo que o mero crescimento, representado pelos números frios da economia.
         Um dado revela a distância que estamos dos países desenvolvidos. O exame do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que é realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para medir o grau de conhecimento de jovens de 15 anos do mundo todo em idioma, matemática e ciências, revela que a posição dos brasileiros é muito ruim e encontra-se estagnada nas últimas posições entre as nações industrializadas. O país avançou na inclusão escolar. Hoje, 95% dos jovens de sete a 14 anos frequentam a escola, no entanto a qualidade do ensino ficou esquecida. Educação precede o desenvolvimento. Só é possível pensar em desenvolvimento com a principal matéria-prima, um povo educado, que tenha atitudes éticas, cidadania, respeito às leis e que esteja preparado para os desafios do futuro. Países que há pouco tempo eram considerados do Terceiro Mundo e que conseguiram sair dessa condição, como Japão e Coréia do Sul, só deram um salto de qualidade ao investir maciçamente em educação ao longo de décadas. O Brasil vai bem no aspecto econômico, mas a sociedade tem pressa. O ritmo dos nossos homens públicos não é compatível com a velocidade das mudanças que a sociedade precisa. As demandas são grandes e os recursos, limitados.
         Por esse motivo, é indispensável planejar, fazer escolhas prioritárias voltadas para o desenvolvimento efetivo. A Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE) fez sua opção há 77 anos, quando a entidade foi fundada na Bélgica por empresários preocupados quanto à situação de opressão e descaso com os trabalhadores. A instituição e todos aqueles que a integram hoje escolheram trabalhar em prol dos seres humanos, pela justiça social, pelo respeito à dignidade das pessoas. A sociedade também precisa fazer sua escolha e cobrar de seus representantes, os políticos, que optem pelo mesmo caminho, pois são eleitos para fazer o necessário pelo país e não o que é melhor para eles próprios. Que a opção principal seja pela educação, pois só assim o país poderá atingir a condição de desenvolvido e construir uma verdadeira nação. Os brasileiros têm características fantásticas, como alegria, flexibilidade, adaptabilidade, criatividade, sagacidade, inteligência, emotividade e fé. Quando tudo isso for alavancado pela educação formal e técnica e pela disseminação e assimilação de valores, aí, sim, poderemos dizer “ninguém segura este país”.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);

     b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em  junho a marca de 372,0% ao ano... e mais, em julho, o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 9,56%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c
     c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2015, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,356 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 868 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”  
  
            

 
    
   

         

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A CIDADANIA, A INTELIGÊNCIA EMPRESARIAL, A CRISE E A ÉTICA

“Inteligência empresarial

Muitas empresas ainda não se deram conta de que crescimento e prosperidade estão cada dia mais interligados a duas palavras: business intelligence (BI). Imprescindível para quem quer fazer a diferença, esse sistema, sendo bem utilizado, é capaz de otimizar ações, como o alinhamento de estratégias, o gerenciamento de crises, os planos de expansão, entre outras. O conceito surgiu há 12 anos, mas tem ganhado importância nos últimos cinco anos, pela sua capacidade de planejamento e de gerar conhecimento. No contexto atual, em que as companhias competem globalmente, essa habilidade de aprender com os próprios erros e corrigi-los a tempo se torna um instrumento de importante valor. Com sofisticados relatórios em mãos é possível, por exemplo, descobrir o comportamento dos clientes que ligam os call centers. Tendo a capacidade de unir situações tão abrangentes é possível visualizar melhor o cenário e traçar uma estratégia mais consistente.

A ferramenta também pode reduzir os custos dos processos, tornando-os mais rentáveis. Isso sem contar que, com ela, a empresa provavelmente se tornará mais ágil na tomada de decisões. Esse mundo de possibilidades que se abre é conseqüência das informações obtidas pelas corporações, especialmente se forem novidades no mercado. De posse desses dados, os empresários têm a possibilidade de projetar rapidamente centenas de estimativas para subsidiarem seus projetos e programas de novos negócios. As chances de acerto crescem substancialmente, pois os cenários tornam-se muito mais complexos e transparentes para descobrir quais são as próximas tendências. Ou seja, a inteligência de mercado funcionando como matéria-prima principal para o crescimento empresarial. Mas é preciso fazer algumas considerações, que são fundamentais para o BI funcionar.

A principal é a qualificação do quadro profissional, a expertise humana. Sem ela, o sistema é um verdadeiro elefante branco. Se não houver pessoas que compreendam e analisem os dados para transformá-los em conhecimento, perde-se uma oportunidade de levar inovação para a empresa.

Outro fator é a necessidade de haver um planejamento eficaz, que dê sustentação durante todo o processo. É preciso uma coleta de dados sistemática durante um período de, em média, cinco anos.

Muitas companhias ainda têm resistência ao BI, pelo fato de os resultados não serem imediatos. O retorno apresentado é de médio e longo prazo e o investimento pode ser considerado alto. No entanto, aquelas que quiserem alcançar o diferencial competitivo devem buscar a inovação. Sem BI, e sem inteligência humana, poucas serão bem-sucedidas nesse aspecto.”
(FRANCISCO CASELLA, Manager da Informática Corporation e professor do MBA Executivo da Fundação Álvares Penteado (Faap), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de dezembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página11).

Merece ainda transcrição trecho de reportagem de RENATA TRANCHES, publicada no mesmo veículo, edição de 15 de dezembro de 2011, Caderno INTERNACIONAL, página 19, sob o título Lições de democracia:

“Time homenageia o manifestante

Nova York – Ao escolher a tradicional “personalidade do ano”, a revista norte-americana decidiu homenagear em 2011 a figura do “manifestante”. De acordo com a publicação, trata-se de um reconhecimento às pessoas de todo o mundo, especialmente do Oriente Médio e do Norte da África, que foram às ruas lutar por seus direitos. A capa traz a imagem de um jovem com a metade inferior do rosto coberta por um lenço. E traz estampada a frase “Da Primavera Árabe a Atenas, do ‘Ocupe Wall Street’ a Moscou”.

Ao anunciar a escolha no programa Today show, do canal NBC, o editor da revista Richard Stengel explicou que a decisão homenageia “os homens e as mulheres de todo o mundo, em particular do Oriente Médio, que derrubaram governos e levaram um sentido de democracia e de dignidade a pessoas que antes não os tinham”. “Essas são as pessoas que estão mudando a história e que mudarão a história no futuro”, completou Stengel. “Pensávamos que esses ditadores nunca seriam derrubados. E, então, essas pessoas arriscaram suas vidas, arriscaram suas casas, sua sobrevivência, para sair às ruas e provocar uma mudança que ninguém esperava. É realmente algo transformador, e acredito que está mudando o mundo para melhor.”

Entre os finalistas deste ano estavam Kate Middleton, mulher do príncipe William (do Reino Unido), e o almirante William McRaven, comandante do grupo Seal dos marines norte-americanos que mataram o terrorista Osama bin Laden em uma operação no Paquistão, em maio. O nome de Steve Jobs, um dos fundadores da Apple, também foi citado. Sua morte, este ano, causou comoção em todo o mundo. Mas Stengel explicou que seu nome foi descartado uma vez que 2011 não foi o ano em que transformou a indústria tecnológica.”

E, finalmente, mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE-MG), e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Crise e ética

O mundo e a economia mundial jamais serão os mesmos depois do movimento Ocupe Wall Street e de seu transbordamento pelos principais países europeus – Grécia, França, Espanha, Portugal e Itália – e, igualmente, depois da Primavera Árabe, que derrubou governos na Tunísia, Egito, Líbia, Iêmen e avança forte em direção à Síria. Em todos esses lugares, a mensagem do povo nas ruas é uma só: é hora de subordinar a política e a economia ao império de valores e princípios éticos que, de fato, façam da dignidade e do bem-estar das pessoas o centro de tudo.

Na economia, esses movimentos também querem dizer que o crescimento econômico não pode ser transformado em um objetivo que se esgote em si mesmo e que deve, antes, estar comprometido com a justa distribuição dos frutos do desenvolvimento. Na política, querem dizer que a população não mais admite conviver com o autoritarismo que sustenta governantes déspotas e irresponsáveis do ponto de vista das contas públicas, como se vê todos os dias no relato da imprensa.

São argumentos inquestionáveis. “Somos os 99%” é o principal slogan do Ocupe Wall Street e seus sucedâneos mundo afora, numa alusão clara ao fato de que o poder político e o poder econômico não podem estar a serviço de apenas pequena parte da população, concentrando riqueza e excluindo parcela significativa da sociedade mundial. Enfim, são muitos os recados e o principal deles é o de que assim como a economia e a crise econômica e financeira se globalizaram, a reação indignada da população também atinge escala mundial. Chegou a hora de reinventar o capitalismo.

A análise da crise e de suas origens mostra que faltou responsabilidade aos governantes e líderes empresariais, sobretudo do sistema financeiro, que perderam o sentido da sua verdadeira missão de fomentar o desenvolvimento provendo dinheiro a custos razoáveis, e, gananciosamente, se lançaram à busca desenfreada do lucro exorbitante, causando uma brutal transferência de recursos dos cidadãos e da economia real com o claro objetivo de auferir retorno muito superior ao dos demais setores da atividade econômica. Com a crise, estamos pagando um alto preço por esses desvios e equívocos de um sistema financeiro global mal regulado e que se sustenta em uma dinâmica própria, indutora da instabilidade sobre as economias e nações. Esse é um modelo que privilegia o setor financeiro e a prática da ciranda em nível mundial – com dinheiro podre e sub-prime, gerando riqueza artificial, desprezando a nobreza do trabalho. A inversão da ordem natural – trabalhar, produzir, acumular e depois construir – não poderia ter outro desfecho senão a catástrofe em que o mundo se meteu.

Puxando pela memória recente, vamos nos lembrar do espetacular comprometimento de recursos públicos envolvidos na crise 2008/2009, como tentativa de se restabelecer a confiança no mercado, desnudando a fragilidade do sistema financeiro, excessivamente liberalizado e supervisionado de forma displicente. Também, e principalmente, mostrou que a economia real tornou-se refém de um gigantesco sistema que produziu inovações cada vez mais complexas, opacas e controladas.

A crise mostra que esse é um modelo vencido. E essa é a mensagem que vem dos movimentos que ocupam as praças das principais capitais mundiais e que expressam a reação indignada da população diante do preço que lhe é cobrado para salvar agências hipotecárias, seguradoras, bancos e para restaurar o equilíbrio nas contas públicas de inúmeros países sob a forma do corte de empregos, de aposentadorias e de planos de saúde de milhões de pessoas para cobrir os rombos nas economias de seus países.

A lição que fica é clara: o mundo precisa reaprender a empreender tendo como compromisso fundamental a responsabilidade social empresarial que subordina o ato de produzir de forma competitiva à sustentabilidade econômica, social e ambiental. Essa é a crença que sustenta a atuação da ADCE. Acreditamos que o desenvolvimento econômico só será sustentável a longo prazo se for feito segundo os princípios da sustentabilidade, cuidando do ser humano, do meio ambiente e da atividade econômica.

A busca da competitividade responsável constitui princípio ético e valor primário dos quais não se pode abrir mão. Abdicar deles significa produzir desenvolvimento econômico não inclusivo e frágil na sua capacidade de promover o bem-estar geral. Liberdade, competitividade e responsabilidade se entrelaçam e precisam andar sempre juntas. Essa foi a principal conclusão do recente Congresso da Uniapac, entidade que reúne as ADCEs de todo o mundo, realizado em Guyaquil, no Equador, com a participação de mais de 300 empresários de 15 países. Quando dirigida como uma comunidade de pessoas que se unem para executar um trabalho alinhado com princípios e valores éticos, a empresa cria riqueza econômica e social e se transforma em fonte de esperança para a construção de uma nova sociedade – solidária, justa e mais feliz.”

Eis, pois, mais páginas contendo RICAS, ADEQUADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA necessidade de PROFUNDAS transformações tendentes a inserir o PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais DESENVOLVIDAS, LIVRES, SOBERANAS e DEMOCRÁTICAS, em perfeita sintonia com a plena CIDADANIA...

Assim, torna-se IMPRESCINDÍVEL e URGENTE a PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, na incessante busca de patamares CIVILIZADOS;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL, corroendo, principalmente, nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, às vezes em faces complexas, a consumir INCALCULÁVEIS somas;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, já atingindo o ASTRONÔMICO montante de R$ 200 BILHÕES anuais, a título de ENCARGOS e SERVIÇOS, o que requer uma urgente, transparente e qualificada AUDITORIA...

Afinal, diante de TANTA sangria, é inúltil lamentarmos a FALTA de RECURSOS que possam fazer frente às INÚMERAS e DIVERSAS carências, deficiências e necessidades, o que vem ALARGANDO o abismo das nossas já brutais DESIGUALDADES SOCIAIS e REGIONAIS...

Enfim, sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A CIDADANIA, AS VIRTUDES REPUBLICANAS E O CAPITALISMO

“A solidez das virtudes republicanas
Houve um tempo, não muito distante, em que a palavra da moda, sobretudo na boca de alguns membros do governo, era “republicano”. Quando queriam defender o rigor na administração federal, diziam que a atitude ou a medida fora rigorosamente republicana.

A palavra república representa uma instituição romana e sua origem é latina: “res-publica” – coisa pública. Ao contrário, a cidade-Estado foi uma instituiçõ eminentemente grega, significando uma certa independência da cidade e uma fórmula de governo matriz da democracia direta, em que os cidadãos decidem os destinos da cidade, em votação nas praças públicas.

Em Roma, antes da instituição da República, havia o império, com imperadores recrutados entre os etruscos, cujo último foi Tarquínio. Os eleitos e eleitores eram exclusivamente os patrícios e os cidadãos romanos espalhados pelo império. A plebe e os escravos não votavam. Isso motivou uma guerra civil, que tem seu fim em 496 a.C., no monte Aventino, com a vitória da plebe, que introduziu no governo das cidades a figura do edil ou vereador.

Pelo próprio nome se vê que os edis, hoje vereadores, cuidavam dos edifícios, dos serviços públicos, das cidades. Os edis formavam as primeiras Câmaras Municipais, chamadas de “consilia plebis”, ou os “curatori urbis” na definição de Cícero. Essa assembleia hierarquicamente se submetia ao Senado.

É por isso que, até hoje, os serviços públicos de Roma são marcados com placa com as letras “S P Q R – O Senado e o Povo Romano”, “Senatus Populusque Romanus”. Isso leva à lembrança de todos que as obras públicas são feitas pelo povo, guiado pelo Senado.

Esse pequeno histórico nos dá uma dimensão da palavra “republicano”: significa compromisso com a coisa pública, austeridade.

Roma copiou também uma velha instituição grega, a “liturgia”; vale dizer, o serviço público não remunerado. O termo foi apropriado pela Igreja para designar os serviços de culto: a liturgia.

A defesa da moralidade como parte essencial da República foi feita por Cícero, em três memoráveis discursos no Senado, chamados “catilinárias”, pelas quais o velho tribuno condenava veementemente o cônsul Catilino, por sua conduta condenável e a ausência de ética pública: “Até quando, Catilino, abusará da nossa paciência?”.

O recurso ao tema “república” me veio à mente nesses tempos difíceis em que parece haver um verdadeiro assalto aos cofres públicos, à coisa pública por políticos que se apropriam do dinheiro coletivo, arrancado através de impostos do contribuinte.

Houve um tempo, neste país, em que os políticos morriam empobrecidos. Hoje, costumam fazer fortunas na vida pública, deixando ao morrer grandes patrimônios e pendurando os parentes e afilhados em polpudos empregos. Queira Deus a presidente Dilma Rousseff consiga sanear o país e diminuir ao mínimo o número de cargos de recrutamento amplo. Isso é inaugurar a República.”
(GERALDO MAGELA TEIXEIRA, Reitor do Centro Universitário Una, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de setembro de 2011, Caderno DEBATE, página 21).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de setembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE-MG), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Capitalismo solidário

Vivemos tempos preocupantes. No cenário mundial, a crise econômica que vem desde 2008 devasta inclusive economias consideradas sólidas, quebra países, como vemos ocorrer na Zona do Euro, indica uma recessão sem precedentes e sinaliza que o modelo de capitalismo vigente está exaurido precisa ser revisto. No Brasil, os recorrentes episódios de corrupção que resultam do conluio entre os setores público e privado parecem indicar que o país chegou ao fundo do poço no que se refere à mais absoluta ausência de princípios e valores éticos e denunciam o esgotamento do sistema político. Felizmente, a reação da presidente Dilma, pouco tolerante às atitudes antiéticas, ao afastar ministros e servidores, mostra que ainda há um fiapo de luz no fim do túnel e abre espaço para que a sociedade brasileira se mobilize para mudar o que precisa ser mudado, inclusive cassando pelo voto, democraticamente, políticos indignos dos cargos para os quais foram eleitos.

A Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE), fundada na Europa em 1931, com a denominação de Uniapac, e no Brasil, em 1961, portanto há exatos 50 anos, já fez a sua opção: atuar na formação dos dirigentes de empresas, mostrando a importância e as vantagens da adoção de valores e princípios cristãos, que também são valores humanos milenares, que tratam da ética e do respeito ao ser humano na prática diária dos negócios. É uma posição clara que prega, como contraponto ao capitalismo selvagem, o capitalismo solidário, no qual a rentabilidade visada pelas organizações empresariais deixa de ser apenas econômica e passa a também englobar a rentabilidade social.

A premissa é a de que a nova economia é principalmente humana – o conceito de sustentabilidade já não se restringe ao meio ambiente e assume uma dimensão mais ampla, incorporando as questões sociais e culturais. Desenvolvimento sustentável e responsabilidade social se transformam em questões estratégicas que devem ser conduzidas pelos líderes das organizações, incorporando valores fundados na dignidade, amor ao próximo, participação, transparência, ética, integridade e bem comum. É uma revolução na maneira de conduzir e fazer negócios, alinhada com as demandas do mundo atual e coerente com o que se antevê para o futuro.

O capitalismo selvagem mostra-se ineficaz para garantir o desenvolvimento justo e harmônico do planeta. É um modelo desumanizado, eivado de distorções que o homem do século 21 não aceita mais, uma vez que não abre mão da participação, da inclusão e da transformação social. É nesse contexto que vemos prosperar a proposta da ADCE, com ideias que representam uma evolução na direção de uma economia social de mercado, na qual o ser humano é colocado em primeiro lugar e deve ser considerado em todas as decisões e ações das entidades privadas e no governo.

Enfim, a gestão baseada em valores é a mais apropriada nos dias de hoje por alinhar visões de negócios dentro das organizações públicas e privadas, criar sentido e significado para o trabalho e estabelecer regras que se impõem como compromissos naturais – e não apenas em função de controle e fiscalização externos. Esse é o tipo de gestão que reduz os custos de transações, aumenta a transparência, cria vínculos com as equipes e com a sociedade, retém talentos e conquista o respeito da sociedade, fazendo com que a empresa seja mais sustentável, competitiva e socialmente responsável.

Todo cuidado ainda é pouco e toda vigilância é necessária. Não é mais possível viver indefinidamente em um país onde as empresas sejam bem-sucedidas enquanto a sociedade vai mal. A crise econômica e financeira, de escala mundial, e os escândalos recentes, no Brasil, comprovam, mais uma vez, que existem pessoas dispostas a usurpar o poder para se locupletar, acumpliciados com a iniciativa privada, esquecendo-se dos valores mais básicos – não roubar, por exemplo. Regras e leis são necessárias, mas só serão efetivamente cumpridas se os valores estiverem arraigados no DNA dos gestores, nas pessoas, nas organizações públicas e privadas. Esse é o principal desafio que a ADCE se propõe a enfrentar, semeando valores e princípios, regando-os diariamente para que cresçam, deem frutos, se alastrem e contagiem todos os ambientes de trabalho e de negócios. No mundo do século 21, mais que as empresas, as marcas das organizações, sua reputação pertencem também aos consumidores que as julgam conforme critérios que advém da percepção das atitudes corretas e coerentes e não mais em função de uma propaganda bonita e sedutora, mas descolada da boa prática empresarial. Para isso não há mais espaço, e quem quiser insistir pagará a conta.”

Eis, portanto, mais GRAVES, IMPORTANTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de SINCRONIA com os POSTULADOS colocados para superação das GRANDES e AVASSALADORAS e recorrentes CRISES que o mundo ATRAVESSA, exigindo em particular do nosso PAÍS, a PROBLEMATIZAÇÃO de QUESTÕES CRUCIAIS tais como:

a) a INDESVIÁVEL inserção da EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e ACURADA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, campeando por TODOS os setores da VIDA nacional;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, ultrapassando a barreira dos R$ 2 TRILHÕES com os seus monstruosos e DECORRENTES encargos.

São, e bem sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS que ainda mais, longe de ABATER o nosso ÂNIMO e ARREFECER o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL e MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013; a COPA DO MUNDO de 2104; a OLIMPÍADA DE 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A CIDADANIA, O DINHEIRO DA COPA, A DEMOCRACIA E A VERDADE

O dinheiro da Copa

As obras para a Copa o Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 podem custar muito mais caro ao país do que imagina quem vai pagar por elas, ou seja, o contribuinte. O governo quer compensar o tempo que perdeu até agora, por meio de um afrouxamento das regras de licitação de contratos, especialmente quanto aos projetos de infraestrutura de transporte e de estádios. Para isso, fará aprovar, o mais rapidamente possível, a Medida Provisória (MP) 521/10, que, originalmente nem tratava do assunto – tratava de remuneração de médicos residentes. Uma providencial emenda preparada pelo governo e aceita pela relatora da matéria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), acrescentou ao texto a criação e um arranjo denominado Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC). Por essa via, os rigores da legislação para o emprego de dinheiro público na contratação de obras e outros serviços serão perigosamente atropelados.

Especialistas ouvidos pelo Estado de Minas alertam para o fato e que o afrouxamento previsto na MP não será apenas uma porta aberta para o superfaturamento e o desvio de verbas. A dispensa de algumas exigências na fase e exame das propostas concorrentes pode colocar em risco não apenas o cronograma da obra como até mesmo a qualidade do produto final. Um dos graves inconvenientes patrocinados pela MP é o regime de contratação integral, que na iniciativa privada é conhecido como turn key. Nas contratações públicas esse sistema permite a seleção da empresa vencedora da licitação sem a apresentação o projeto básico e do projeto de execução. Será aceito apenas um anteprojeto, espécie de estudo preliminar que, segundo especialistas do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), não permite avaliar corretamente qual a melhor proposta.

Além dessa avaliação deficiente quanto à qualidade técnica do projeto e, portanto, da própria obra, o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), alerta para para a ampliação do risco de desvio de verbas. É que o anteprojeto não exige um orçamento detalhado da obra. Esclarece o Sinaenco que no detalhamento dos projetos é comum surgirem divergências entre o que está sendo realizado e o previsto. Não foi, portanto, sem motivo que o Ministério Público Federal (MPF) preparou documento em que desaconselha esse tipo de contratação e alerta para os graves riscos e desvio de verbas públicas. Parecem ter razão tantos especialistas, quando advertem que, preocupado com a celeridade das obras, para não dar o vexame de não ter preparado minimamente a infraestrutura que lhe cabe para a Copa, o governo está correndo risco ainda maior de gastar em excesso e mesmo assim o país não ter os benefícios e forma duradoura. Avisos não faltaram de que o governo estava ficando só nos discursos, enquanto o tempo corria contra o país da Copa. Mas nem esse atraso, nem a urgência que dele resultou, podem justificar a falta e cuidado com o dinheiro público. O verdadeiro desafio não é afrouxar a lei, mas cumpri-la. O Brasil ainda pode fazer bonito no megaevento, mas, para isso, precisa optar pela eficiência e abrir mão do jeitinho.”

(Editorial do jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 e maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 10).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e caderno, edição de 9 de maio de 2011, página 9, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE-MG), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Democracia e verdade

Uma palavra poderosa marcou a passagem do presidente Barack Obama pelo Brasil: democracia. Em todos os seus pronunciamentos, foi a palavra e ordem, repetia quase como um mantra, em todas as suas conotações: democracia nas relações bilaterais entre países, políticas e comerciais, e, também, entre governantes e governados – aqui ele se referia naturalmente aos acontecimentos no Oriente Médio, que neste momento atingem o seu momento mais agudo. Com sua fala, o presidente norte-americano nos oferece a oportunidade de acrescentar que transparência é um dos principais instrumentos da democracia. Nas sombras, nas trevas, na desinformação e, sobretudo, na manipulação da informação, a democracia

Esta constatação nos remete ao fenômeno Wikileaks, que, recentemente, colocou ao alcance da população mundial informações cuidadosamente escondidas por governos e empresas nos quatro cantos o mundo. A resposta foram reações iradas contra a ONG Wilileaks, seu temido site e seu gestor, Julian Assange, por aqueles que têm medo da verdade. São reações absolutamente sem sentido – afinal quem não deve não teme e, portanto, só deve se preocupar com o Wikileaks quem tem culpa no cartório, tenha o rabo preso com falcatruas e infrações de pequenas ou grandes dimensões. Que não se tomem tais conclusões como um defesa incondicional de Assange, certamente um personagem polêmico, mas premiado internacionalmente, mais de uma vez, pelo jornalismo investigativo que patrocina na defesa e governos abertos, liberdade de imprensa e contra a censura.

Na verdade, neste começo de século 21, o que importa é que vivemos a era da sociedade industrial e tem como principal característica a circulação irrestrita e instantânea e informações: seja pela internet potencializada pelos computadores de mão, tipo smartphones e tablets, ou pela mudança de comportamento das pessoas que se dispõem a escancarar sua privacidade e a compartilhar suas vidas por meio das redes sociais, como o Orkut, Facebook, Twitter e muitas outras plataformas ; seja pelo trabalho importante a chamada mídia tradicional, de massa, da qual este jornal é um exemplo importante. Muitos são os episódios recentes na história brasileira – o impeachment do presidente Collor, no começo dos anos 90, a CPI dos Anões do Orçamento, o Mensalão, o Mensalão do DEM. Como fatos mais marcantes, o caso da deputada flagrada recebendo maços de dinheiro, em Brasília, e o escândalo em uma Prefeitura do interior mineiro, noticiado pelo Estado de Minas e que revelou a espúria coalizão da última eleição municipal, envolvendo o conluio entre o prefeito eleito, dirigentes de partidos que o apoiaram e o loteamento de cargos públicos.

Felizmente, como se vê, não há mais a possibilidade e varrer atitudes erradas para debaixo do tapete, com o objetivo de manter escondidos atos e fatos que afrontam a ética e a moralidade, valores majoritários na sociedade mundial e brasileira, quer seja na vida pública ou na vida privada. No mundo empresarial, a marca de uma empresa não pertence mais apenas a ela ou ao seu controlador, assim como a marca de um governo não pertence mais ao governante. Estão todos expostos à avaliação permanente dos consumidores/eleitores, que trocam informações a todo instante, relatam suas experiências e uso e consumo, espalham notícias nas redes, transmitem em tempo real, pela web, para qualquer parte do planeta as impressões que tiveram, sejam elas positivas ou negativas.

Na era do conhecimento e da informação democrática, como proteger a reputação de marcas, de governos, de empresas e de pessoas? A resposta é o que preconiza ADCE: a prática permanente, consistente e coerente de atos corretos, que respeitem valores e princípios universais, amplamente incorporados pela sociedade, como ética e integridade, respeito e amor ao próximo, a busca do bem comum nas relações cotidianas. No mundo das empresas, a nova forma para diferenciar e fidelizar parceiros passa, necessariamente, por atributos antes desprezados, como a credibilidade, confiança, o atendimento permanente das expectativas. Enfim, o significado e a relevância que a empresa tem para a sociedade são proporcionais ao rastro de felicidade e bem-estar que ela deixa como legado para as gerações futuras.

Transparência é o nome do jogo, com informação democratizada. Nesse sentido a presidente Dilma deu exemplo de maturidade política ao descartar propostas extemporâneas do Plano Nacional dos Direitos Humanos (PNDH) que previam controle da imprensa. Há, no ar, um ideal democrático, que como um rastilho informativo e transparente se alastra nas novas mídias digitais e também na mídia tradicional. Quem não for capaz de percebê-lo acabará virando manchete.”

Eis, portanto, mais SÉRIAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que apontam para o ZELO e COMPROMISSO para com a condução do GOVERNO e SOCIEDADE de forma a CONQUISTAR – em DEFINITIVO e para o todo do MUNDO – CREDIBILIDADE, CONFIANÇA, RESPEITABILIDADE, TRANSPARÊNCIA, e, SOBRETUDO, amor à PÁTRIA, à VERDADE, à ÉTICA e ao LEGADO às GERAÇÕES FUTURAS...

São GIGANTESTCOS DESAFIOS, que, contudo, mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PERMITIR a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014 - que seja a COPA DA CIDADANIA e da ÉTICA -, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do século 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A CIDADANIA, A ÉTICA EMPRESARIAL E A ISO 26000

“Reconciliar a cultura da ética com a cultura do direito

Uma ética que tivesse por ambição apenas despertar alguns sentimentos caritativos e que ignorasse a necessidade de construir um novo estado de direito, um planeta de direito, não teria nenhuma chance de ter influência sobre as forças que escrevem a História. A ética reclama o direito, ela não o substitui e deve até mesmo proclamar sua primazia.

Os direitos devem ser reconhecidos antes de qualquer consideração de eficácia econômica. A competitividade das empresas deve, com efeito, ser enquadrada legalmente, a menos que se permita o aumento das desigualdades na inevitável corrida à licitação social e ambiental: nada mais rentável, para uma empresa, do que explorar gratuitamente o domínio público e abusar dos trabalhadores, concedendo-lhes salários de miséria. Sabe-se que a escravidão é, desse ponto de vista, um excelente sistema, mas que é superado por um outro, típico do Nordeste brasileiro: os latifundiários não assumem nenhum dos encargos necessários à reprodução da força de trabalho que utilizam e aproveitam um trabalho mal remunerado, pago por dia em um contexto de subemprego e, se necessário, vigiado por brigadas patronais à espreita de qualquer tentativa ou de qualquer veleidade de organização sindical. E, acima de todos os sistemas mais ou menos produtivos, há o sistema do assalto puro que, numa situação de inexistência de regras e impunidade, permite aos donos de armas ou chefes de bandos privar qualquer passante, vizinho, vilarejo ou região ou região, de seus ou dos frutos de seu trabalho.

Levantar a questão da competitividade em um mundo desregulado leva ao absurdo social, ambiental e, ainda por cima, pois essa competitividade destrói o capital, promove produções predatórias e, em última análise, impede, impede qualquer perspectiva de desenvolvimento econômico.

A desregulação na economia é o mesmo que o doping no mundo do esporte. O doping é, evidentemente, benéfico para um esportiva cuja esportividade vai-se encontrar, com que por milagre, consideravelmente aumentada. Mas que futuro o aguarda? Que valor pode ter sua vitória? Quanto tempo ele poderá gozar dessa vantagem em um contexto de escalada do doping, que não deixa nunca de acontecer?

Seja como for, é preciso parar de dizer que, numa situação de competição, o interesse individual constrói o interesse geral. O interesse geral deve preexistir e ser reconhecido por todos os competidores antes que os interesses individuais se imponham e se oponham: as regras do jogo antes do jogo.

Deve-se, ao contrário, proclamar a primazia do direito, trabalhar pelo advento de um estado de direito na escala da economia, ou seja, hoje em dia, na escala mundial. Longe de frear o desenvolvimento do mundo e dos diferentes e dos diferentes continentes, o estado de direito constitui um quadro necessário a qualquer processo de desenvolvimento e um ponto de partida para qualquer tentativa de relançamento das economias regionais.

Tornar indiscutíveis os direitos fundamentais (os direitos humanos, mas também os direitos ambientais, sociais e culturais), fazem com que as declarações sobre o tema, a começar pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, deixem de ser exercícios declamatórios sem conseqüências, lutar contra os territórios à margem da lei (paraísos fiscais ou zonas de tolerância em matéria de experimentação científica, por exemplo) são imperativos que devem levar os governos a definir normas, a produzir direito nacional e os meios para fazer com que seja respeitado.”
(HENRI ROUILLÉ D’ORDEUIL, in Economia cidadã:alternativas ao neoliberalismo; tradução de Patrícia Chittoni Ramos. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2002, páginas 156 e 157).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de fevereiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas de Minas Gerais (ADCE-MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Ética empresarial


Depois de ser responsabilizada pela morte de 11 pessoas, amargar um prejuízo estimado em mais de US$ 20 bilhões, ver o valor das suas ações cair pela metade e sofrer danos quase irreparáveis à sua imagem, a British Petroleum (BP), empresa inglesa responsável pelo maior vazamento de óleo da história americana em abril do ano passado, no Golfo do México, promete fazer tudo diferente de agora em diante. O novo presidente da empresa, Robert Dudley, que assumiu no lugar do anterior, que não resistiu às repercussões negativas do acidente, faz uma mea-culpa admitindo os erros cometidos: os funcionários da BP não estavam suficientemente capacitados, não havia um plano para o gerenciamento de crises do gênero e não havia tecnologia disponível para enfrentar imprevistos, ou seja, a ânsia pela produção e pelo lucro se sobrepunha a tudo.

Episódios como este sempre trazem lições importantes e a maior delas é a de que a forma mais eficaz de evitá-los é a prática da responsabilidade verdadeira, o que, certamente, faltou à British, como também faltou às autoridades envolvidas na recente tragédia ocorrida na Região Serrana do Rio, que deixou quase 1 mil mortos, ou ainda, no caso da Enron, empresa de energia americana que faturava mais de US$ 100 bilhões antes de falir em 2001 depois de flagrada em fraudes contábeis e fiscais que encobriam um rombo de US$ 13 bilhões, arrastando para o buraco a conivente Arthur Andersen, uma das maiores empresas de auditoria do mundo. A boa notícia é a de que há luz no fim do túnel: o tema responsabilidade social está avançando e acaba de ganhar um aliado de peso – a ISO 26000, norma internacional cujo objetivo é estabelecer recomendações de práticas social e ambientalmente responsáveis para empresas, associações, instituições governamentais e não governamentais.

No longo trabalho que culminou com a criação da ISO 26000, o Brasil teve papel de destaque. Em 2005m o Conselho Mundial da ISO, entidade internacional que redige e edita normas, constituiu um grupo de trabalho reunindo mais de 600 especialistas de cerca de 100 países, e confiou a presidência deste comitê ao engenheiro brasileiro Jorge Cajazeira, profissional experiente nesta área por sua participação anterior na construção da norma ISO 14001, voltada para a gestão ambiental. Depois de cinco anos de intensos trabalhos e de discussões acirradas entre as delegações dos diversos países em função de interesses econômicos e das diferenças culturais, a redação da nova norma foi concluída em meados do ano passado e o lançamento mundial ocorreu em novembro. No Brasil, foi lançada na virada do ano.

O que se espera é que a ISO 26000 ajude a construir uma nova relação entre as organizações públicas e privadas e a sociedade, contribuindo para a construção de um mundo socialmente mais justo e sustentável. Estes são, igualmente, os objetivos da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE), que, no plano mundial, é representada pela União Internacional Cristã (Uniapac), entidade fundada por empresários católicos na Europa em 1931, e que, portanto, está completando 80 anos de existência. A Uniapac se inspira na encíclica Rerum novarum (Das coisas novas), de 1891, com a qual o papa Leão XIII inaugurou a história da Doutrina Social da Igreja e, corajosamente, denunciou as falhas dos sistemas econômicos que se implantavam no mundo: o capitalismo, que prometia liberdade, mas se revelava extremamente injusto ao submeter homens e mulheres a condições vergonhosas de trabalho; e o marxismo, que se apresentava como a solução das injustiças do capitalismo, mas, por meio da ilusória proposta da sociedade igualitária, subtraía do homem o mais precioso dos seus direitos – a liberdade.

Mais de um século depois, a ISO 26000 nasce para ajudar a corrigir distorções na relação das empresas com a sociedade, nos aspectos social, ambiental e econômico. Pela importância do tema, no almoço mensal que a ADCE realiza em parceira com a Fiemg, o palestrantes convidado neste mês foi exatamente o engenheiro Jorge Cajazeira, um dos idealizadores da ISO 26000. No encontro de trabalho, os empresários mineiros tiveram a oportunidade de conhecer, discutir a nova norma e, também, constatar a importância da responsabilidade social no mundo contemporâneo e para o ambiente de negócios no Brasil. É uma demanda inexorável dos tempos modernos, que veio para ficar e traz ameaças e oportunidades para as empresas. É preciso saber discernir, como aliás, alerta o presidente da British Petroleum, pois de nada adianta ficar repetindo que uma empresa é socialmente responsável, pois é imperativo mostrar esse comportamento de fato, na prática cotidiana. É neste nível que a ADCE trabalha, educando os dirigentes para valores, conscientizando os executivos de que as empresas devem, primeiro, atender o ser humano e depois o lucro. A ISO 26000 é apenas um guia, mas o fundamental é a mudança de atitude, de filosofia de gestão e na forma de se fazer negócios e de se relacionar com o mundo. É como diz um velho ditado: à mulher de César não basta ser honesta; é preciso parecer honesta. No caso da responsabilidade social empresarial, é o inverso: não basta apenas dizer e fazer marketing; é preciso ser.”

Eis, pois, mais páginas que CLAMAM por ÉTICA, INTEGRIDADE e expressa RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL e ECONÔMICA que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A CIDADANIA, O GOVERNO E A ÉTICA

“Basta de descalabro

Segundo noticiário da imprensa, deputados e senadores aprovaram aumento de 61,8% no próprio salário. Já o presidente da República, vice e ministros terão reajuste de 133,96% a 148%. Conforme denunciou o EM (14/12) o impacto é estimado em R$ 1,8 bilhão por ano. Estamos diante de descalabro que, como bem frisou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), “aprofunda o abismo entre a sociedade e o parlamento”. É chegada a hora dos que têm o poder de influenciar a opinião pública, sobretudo a imprensa, de capitanear grande movimento neste país, para sustar a ganância de nossos homens públicos, insensíveis à realidade de miserabilidade em que vivem 40% de nossa população e as agruras de nossa classe média.

É de fazer um apelo, no mínimo, ao bom senso de todos quantos prezam a cidadania, para que clamem contra a insensatez de nossos governantes. Gostaria que esse clamor chegasse aos ouvidos da nossa presidente eleita, a mineira Dilma Rousseff. Para reforçar esse clamor já público, seria mais do que oportuno que a sociedade refletisse sobre a PEC de julho de 2008, proposta pelo então deputado Clodovil Hernandes (já falecido). Sintetizando-a: reduzir o número de deputados de 513 para 250 e na mesma proporção o de senadores. Segundo o texto, nenhuma unidade federativa teria menos de quatro nem mais de 35 representantes. Hoje, a que tem menor número chega a oito e a maior, a 70. Naquela época, se a PEC passasse , para a atual legislatura, com o corte de 263 deputados teríamos uma economia bastante significativa. Basta dizer que, segundo a ONG Transparência Brasil, o custo de cada deputado é de R$ 6,6 milhões e o de cada senador é de R$ 33,1 milhões por ano. Se aquela PEC passasse, a economia no Legislativo seria de R$ 3,1 bilhões.

Como bem lembrou o EM, o dinheiro resultante do atual aumento do Legislativo poderia ir para a educação, saúde e segurança. Lembremos que a poupança embutida na proposta da referida PEC corresponde a R$ 17 por habitante. Por ironia, a verba destinada hoje à saúde corresponde a R$ 0,64. Nossos governantes, não apenas os legisladores, deveriam refletir seriamente sobre suas decisões, sobretudo as que ultrapassam o limite do bom senso e atingem a região da insensatez. Na cabeça de cada um importa ter sempre presente a frágil resistência de nosso sofrido povo. Mas o fraco encurralado por muito tempo pode tornar-se agressor violento. A revolta das massas, tanto quanto a violência dos morros, costuma eclodir diante do descalabro de seus governantes. Penso que esse comportamento dos deputados e senadores em abusar de seu poder para fazer leis em causa própria em nada difere da atitude que leva os homens públicos a se corromper. O aumento injustificado dos próprios salários é inquestionavelmente expressão de imoralidade e corrupção.

Nunca é demais relembrar a principal causa da Revolução Francesa. Justamente os desmandos da corte de Luís 16 diante da situação de miserabilidade do povo – emblematicamente expressa pelo “tumulto do pão” – foram a gota d’água para derrubar a monarquia. Tenho para mim que, se nossos responsáveis pela imprensa de todo tipo e matiz tomarem a si essa causa, em breve daremos um basta à ousadia sem peias de nossos governantes, a começar por nossos legisladores. Não esqueçamos: nossa omissão, nosso conformismo têm dado força aos que abusam do poder a eles delegado.”
(DÉLCIO VIEIRA SALOMOM, Professor da UFMG (aposentado), em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de dezembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 26 de dezembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 13, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa/ADCE-MG, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Governo e ética

O Brasil tem avançado no campo da ética e dos valores, embora ainda muito lentamente. Apesar das malufadas de última hora, a Lei da Ficha Limpa é o exemplo mais recente e apresenta saldo positivo, mas ainda é pouco diante dos descaminhos que se veem no país. Nos últimos dias de 2010, uma série de acontecimentos pouco edificantes coloca a sociedade em posição de alerta: a tentativa de legalização dos bingos e de recriação da CPMF, o aumento superior a 60%, que se autoconcederam deputados e senadores, e a divulgação de pesquisa que aponta o Brasil como campeão da cobrança de impostos no mundo. No caso dos parlamentares, registre-se que passam a ganhar mais que seus pares de países desenvolvidos – quinze por cento mais que parlamentares dos Estado Unidos, cuja economia é 10 vezes maior que a brasileira. De outro lado, o Brasil se consolida como o país emergente que mais cobra impostos em todo o mundo – em 2010, a carga tributária chegou a 34,5% do Produto Interno Bruto (PIB), superior à praticada em países como Espanha, Suíça, Estados Unidos, Chile, México e Reino Unido, como pelo menos duas diferenças fundamentais: na maioria desses países, o nível de serviços que o Estado oferece é muito superior ao vigente no Brasil; e, neles, também a qualidade do gasto público é melhor, não ocorrendo despesas questionáveis como, por exemplo, a compra de um novo avião para servir à Presidência da República.

Na verdade, a ineficiência e a ganância tributária no setor público começam pela forma como ocorrem as tratativas para a composição das equipes de governo, como vimos ocorrer este ano. O modelo utilizado no preenchimento dos cargos públicos no Brasil explica os descaminhos que caracterizam a ineficiência da gestão pública, ainda farta em exemplos de corrupção. Nesse processo, lamentavelmente, o que menos conta é a competência e o mérito dos escolhidos. É compreensível que alianças e composições façam parte da política, mas os partidos têm o dever de apresentar nomes honrados, que tenham predicados e espírito público para ocupar seus postos. O que estamos assistindo é ao exercício do toma lá, dá cá. Todos querem o controle sobre grandes orçamentos, que ofereçam potencial para barganhas políticas. A contrapartida é a formação da base aliada no Congresso, que assegura apoio incondicional na apreciação de propostas do poder central, independentemente de sua importância para o país. As consequências são deletérias: anula-se a oposição na sua capacidade e missão legislativa de fiscalizar o Executivo, transforma-se o Congresso Nacional em mera extensão do Executivo e elimina-se o contraditório, o que, quase sempre, leva a decisões de má qualidade, desconectadas dos reais interesses da sociedade.

Nunca é demais lembrar que membros do Executivo e do Legislativo são eleitos para servir ao povo, não para servirem a si mesmos, quase sempre mutuamente, numa relação simbiótica e espúria, do tipo é dando que se recebe. Só que na política brasileira, em vez de representar doação gratuita e amorosa da oração de São Francisco, a expressão se traduz em benesses, privilégios e trocas interesseiras de favores. Este é um tema absolutamente pertinente, uma vez que celebramos, no começo do mês, o Dia Mundial de Combate à Corrupção, quando a ONG Transparência Internacional lançou o indicador Barômetro da Corrupção: a constatação é a de que para 64% dos brasileiros a corrupção aumentou no país nos últimos três anos (somente 9% viram redução nos índices). E a revista inglesa The Economist, divulgou o índice de democracia, no qual o Brasil caiu seis posições no ranking mundial entre 2008 e 2010.

Não há alternativa: a reversão desse cenário, com a transformação do país, começa com cada um de nós. Compete a cada um, e a todos, dar o exemplo de ética e retidão, de se indignar com os descalabros de agir e demonstrar, claramente, a insatisfação. Compete a nós, igualmente, atuar para influir nas decisões que nossos representantes no Poder Legislativo tomam no dia a dia. Para isso, na composição da equipe de governo, o primeiro compromisso deve ser formar quadros capazes de conduzir com ética e responsabilidade a coisa pública, além de zelar pelo bem-comum, pressupostos que se destacam na doutrina social cristã na qual se inspira a ADCE. A presidente Dilma Rousseff enfrenta o desafio da boa escolha. É importante que ela se lembre de que o apoio majoritário que obteve nas urnas vale também para lhe assegurar independência na formação e na manutenção da equipe de governo.”

São estas, pois, mais ADEQUADAS e PERTINENTES abordagens e REFLEXÕES que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM na grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A CIDADANIA E A LUTA POR UMA NOVA ORDEM NO CUSTO DE OBRAS PÚBLICAS

“[...] HONESTIDADE – A PRIMEIRA EXIGÊNCIA

Com o passar do tempo, os filhos crescem, avançam nos estudos e boa parte se forma em engenharia civil, seguindo o exemplo dos pais. As obras em regiões remotas exigem a presença de pessoas confiáveis, que se dediquem integralmente no dia a dia, dispostas a enfrentar condições de trabalho e de moradia bastante adversas. É importante destacar que, por tais motivos, o principal atributo que os três fundadores buscavam nas pessoas que iam trabalhar em posições-chave nas obras era a honestidade, não se preocupando tanto com a formação acadêmica e com a experiência anterior.

Formado recentemente e casado com a filha mais velha de Alberto, meu pai foi enviado, em 1944, para comandar as obras do ramal ferroviário que ligava Rio e São Paulo, próximo a Guararema. Era uma das maiores obras de engenharia do Brasil, com mais de 2 mil operários, grandes volumes de terraplanagem, túneis e bueiros enormes.

Meu pai relata um fato que comprova o comportamento diferenciado que tinham em relação aos concorrentes. Naquela época, não eram usuais as licitações, e as empresas eram convidadas segundo o currículo de obras. Tampouco havia um valor predefinido para o serviço, que era calculado pelas comissões de medição e classificação, compostas pelos diretores e fiscais dos órgãos públicos, que percorriam a cavalo o trecho, examinando e definindo o tipo de material escavado, o que determinaria o valor a ser recebido pelos empreiteiros. Cada empresa tinha suas práticas para tentar conseguir as melhores classificações e o maior faturamento.

No acampamento da Asamar, a casa principal abrigava a família do engenheiro-chefe, cuja esposa era a filha do dono da empresa. Nas ocasiões de medição, a comitiva oficial era acolhida para um almoço preparado com esmero e, por vezes, até para pernoite. Enquanto isso, nos acampamentos vizinhos, a casa principal era utilizada exclusivamente como local de encontro, com mulheres trazidas da capital para as noitadas de farra, com bebidas importadas e banquetes preparados por maîtres dos hotéis mais famosos do Rio e de São Paulo, tudo isso em honra dos fiscais do governo, com o objetivo que o leitor pode bem imaginar. Talvez aí se encontre a origem da lamentável prática das obras superfaturadas.

A presença da segunda geração no comando das obras foi importante para o desenvolvimento da empresa. Mesmo não tendo experiência profissional, conheciam a técnica e eram pessoas de inteira confiança. Com o passar dos anos e a evolução natural da vida, os filhos dos fundadores se casaram, constituíram famílias e, aos poucos, retornaram para a sede da empresa no Rio ou para os escritórios regionais em São Paulo, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte, para assumir posições estratégicas e proporcionar mais conforto e educação aos filhos. Engenheiros não ligados às famílias, profissionais de mercado, foram contratados para gerenciar as obras, mas sem alterar a forma de se conduzir os negócios, prevalecendo o respeito para com as pessoas, a atuação ética e a qualidade das obras. [...]”
(SÉRGIO CAVALIERI, em artigo publicado em Liderança baseada em valores: caminhos para a ação em cenários complexos e imprevisíveis / Carmen Migueles & Marco Túlio Zanini (organizadores); Angela Fleury... [et al.]. – Rio de Janeiro: Elsever, 2009, páginas 174 e 175).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de dezembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de ALDO DÓREA MATTOS, Graduado em engenharia civil e em direito, autor de livros sobre o tema, que merece INTEGRAL transcrição:

“Custo de obras públicas

Notícias de sobrepreço em licitações de obras públicas e acusações de malversação de recursos nos órgãos que contratam serviços de engenharia são comuns nos meios de comunicação, criando a impressão de que o mundo da construção reúne o que há de pior em termos de empresários e gestores públicos. Dada a freqüência de tais notícias, deve-se fazer uma reflexão sobre o que realmente constitui um preço abusivo. A constatação de que uma proposta de preços tem valor alto depende de um parâmetro que permita a comparação. Na engenharia, essa referência são os custos-padrão dos bancos de dados oficiais. Então, se o preço apresentado por uma construtora for mais elevado do que o orçado pela administração pública, só pode haver três motivos para essa discrepância: a ganância do construtor, que embute no preço uma alta lucratividade; a utilização de custos referenciais incompatíveis com o serviço que será executado; e preços defasados no banco de dados oficial.

Se a ganância do construtor for a fonte do desvio entre o preço-base estimado pelo órgão licitante e o preço ofertado, não há muito o que dizer. Cada proponente é livre para decidir qual margem de lucro deseja obter e assume nessa ação o risco de não ganhar a concorrência. Com a Lei das Licitações (8.666/93) prevê mecanismos de desqualificação de propostas com valor absurdo, uma construtora que saia vencedora do certame não pode ser acusada de ter conquistado um contrato por um montante despropositado. Muito comum é que, ao orçar obras, os órgãos públicos se deparem com serviços que não são propriamente iguais aos que constam de seus bancos de dados. Nessa hora, os orçamentistas do governo adotam algum serviço de descrição aproximada, mas obviamente não equivalente, ou fazem alguma composição de custos ad hoc.

A contratação de serviços similares, ainda que seja o recurso mais acessível para o agente público que orça a obra, gera distorções bárbaras. Por mais que um metro cúbico de concreto tenha seus insumos identificáveis e quantificáveis, é de notar que fazer esse concreto numa obra de ferrovia em Goiás não equivale a fazer o mesmo metro cúbico numa refinaria em Pernambuco. Há que se levar em conta a produtividade em cada caso, o tipo de peça que se está moldando e que uma obra pode ter farta disponibilidade de brita e a outra precisar importar esse insumo de uma pedreira a 50 quilômetros.

Esses casos são comuns e sua repetição confere contornos sérios ao problema. Se os funcionários da administração são forçados pela lei a se valer de seus bancos de composição de custos, não têm como proceder senão agindo dessa maneira. Simplificar, para fins de orçamento-padrão, um serviço como escavação de rocha, por exemplo, é querer reduzir todo e qualquer material rochoso, equipamento de perfuração e tipo de explosivo àqueles usados na confecção do custo referencial. Ao simplificar demasiado a amplitude de seus preços-base, a administração pública pode sacrificar a proposta feita por uma construtora seguindo a boa técnica orçamentária e conduzida com rigor e destreza. Ao comparar banana com laranja, foge-se a um dos princípios basilares da Lei das Licitações: a do julgamento objetivo.

Se os bancos de dados referenciais não podem pretender se antecipar aos avanços tecnológicos da construção, é preciso que se crie um mecanismo ágil e confiável de que as novas técnicas construtivas sejam avaliadas para integrar os cadernos de preços mais rapidamente. Quando pensamos em pré-sal, Copa (2014), Olimpíada (2016), construções sustentáveis e tantas novidades, talvez seja a hora de montar comitês multissetoriais compostos pela cadeia produtiva e por entidades públicas para dar à luz uma metodologia que permita ao governo saber qual o preço justo dentro de parâmetros que permitam comparar banana com banana – evitando assim pôr no mesmo patamar o complicado exoesqueleto de um estádio da Copa com o feijão com arroz da estrutura metálica de um galpão industrial.”

Eis, pois, páginas com adequadas REFLEXÕES a respeito do JUSTO, COMPETENTE, ÍNTEGRO e TRANSPARENTE – e por tudo isso ÚNICO - tratamento a ser dado à aplicação do DINHEIRO PÚBLICO, que é, ao mesmo tempo, SAGRADO e ESCASSO, que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A LICENÇA SOCIAL E O PODER DO CIDADÃO (17/43)

(Novembro = mês 17; Faltam 43 meses para a COPA DO MUNDO DE 2014)

“Governança corporativa

[...] Entendemos que as corporações do século 21, que darão as cartas no mundo globalizado, estarão atentas às “novas condicionantes” do planeta. Os conselhos de administração precisam se posicionar estrategicamente e monitorar a forma como esses temas vêm sendo tratados em suas organizações. Também as diretorias executivas precisam focar na otimização de resultados, para diminuir as externalidades negativas já existentes e cuidar para que a sua gestão não acelere ações de curto prazo que possam gerar outras externalidades negativas no médio e longo prazo. O nosso ponto de vista passa pelo racional: consciência de ser versus consequência de não ser. Na primeira perspectiva, a sociedade, como um todo, entende a importância da sustentabilidade como legado e valor a ser garantido às próximas gerações. Já a consequência de não ser sustentável será sentida em todas as dimensões, por meio do aumento do número das regras/leis que poderão ficar a cada mais fortes, punitivas, cerceadoras e impeditivas da atividade empresarial. Nesse caso, a sociedade se transformará em testemunha passiva e conivente no processo de destruição do planeta.

O rompimento desse repetido vício passa pelo desapego do atual modus operandi, que já se mostrou totalmente ineficaz, ultrapassa a questão do consenso ou eleição do mais votado, indo na direção da busca legítima da sociedade por uma maneira diferente de entender e atuar. Isso significa inovação e discussão, fatores determinantes para a chegada de um tempo em que, nas empresas, o lucro máximo possa ser substituído pelo lucro ótimo, para que a harmonização de interesses de todos os stakeholders (partes afetadas pelo mundo empresarial) esteja, de certa forma, legitimamente contemplada, por meio da qual a competência técnica específica possa ser ampliada pela aquisição de outras competências e vivências em outros setores. A única certeza é que a resposta passa pelo interesse legítimo, colaboração, persistência e firmeza de propósitos, a partir dos principais atores da sociedade.”
(ADRIANA ANDRADE, Professora convidada da Fundação Dom Cabral-MG, e ROSSANO BASTOS, Arqueólogo do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de outubro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 26 de outubro de 2010, Caderno OPINIÃO, página7, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas de Minas Gerais (ADCE-MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Poder do cidadão

Da era industrial à sociedade do conhecimento, o mundo percorreu um longo caminho e continuará mudando aceleradamente, impondo a todos, em todos os segmentos da sociedade, uma postura contemporânea do século 21. No mundo empresarial e dos negócios, não é diferente: empresários, executivos, dirigentes de empresas e empregados devem se acostumar aos novos padrões, bem diferentes daqueles vigentes até há pouco tempo. Nas asas e nas ondas da tecnologia da informação que viabiliza a comunicação em tempo real, os fatos e a sua divulgação ocorrem simultaneamente. Turbinados pelas redes sociais, que asseguram conexões e interconexões, todos tomam conhecimento de tudo, ao mesmo tempo. Todos têm noção clara de seus direitos e deveres e estão cada vez mais dispostos a fiscalizar seu cumprimento.

Felizmente, não dá mais para esconder nada, nem há espaço para varrer malfeitos para debaixo do tapete. É desse cenário que está emergindo a sociedade do século 21, com um novo perfil, com ideais, valores e princípios, consciente de seus direitos. Se a China prende e isola o Prêmio Nobel da Paz, expõe-se à execração pública mundial e paga com a mesma moeda de sua imagem perante o mundo. Se o Chile se mobiliza em vigília para salvar os 33 mineiros soterrados a 700 metros de profundidade no Deserto de Atacama, o mundo aplaude e comemora junto. Na Hungria, o presidente da empresa responsável pelo vazamento de lama tóxica de uma indústria de alumínio está preso e a empresa foi desapropriada até todas as falhas sejam corrigidas.

A verdade é que a era do conhecimento democratiza a informação e, via de consequência, confere maior poder aos cidadãos, tornando-os sujeitos do seu próprio destino. A forma como as pessoas e grupos passaram a enxergar o mundo e a expressar livremente suas convicções, suas posições, suas expectativas, suas aspirações e suas demandas mudou drasticamente, como reflexos inexoráveis na política, na economia e nas empresas. Em tempo de plena informação, as exigências sobre as empresas e seus líderes se ampliaram significativamente. A vigilância da sociedade, clientes, funcionários, fornecedores, concorrentes, governo e das comunidades é permanente e severa.

Não há mais espaço para atitudes que ignorem padrões éticos e morais que contrariem o bem comum, atentem contra a vida presente ou futura e agridam o meio ambiente. Um exemplo: hoje, a concessão de licenças para funcionamento de empreendimentos deixou de ser exclusividade de instâncias de governo, como prefeituras, órgãos ambientais, Corpo de Bombeiros e tantos outros; são fortemente e cada vez mais influenciadas pela vontade dos grupos de interesses que interagem com o negócio – os chamados stakeholders. Pelo elevado nível de conhecimento de que dispõem, pela consciência que têm de seus direitos e por sua enorme capacidade de mobilização, podem, em poucos minutos, insurgir-se contra a empresa, influenciar seus clientes e consumidores, levando-os a refletir sobre sua importância econômica e social. Não são raros os episódios em que empresas foram levadas a fechar as portas por não corresponder às expectativas das comunidades nas quais estão inseridas. Enfim, neste começo de século, as licenças administrativas oficiais para instalação e operação de empreendimentos se curvam sob a força prevalente da licença social – aquela que vem da própria sociedade, do conjunto dos cidadãos, e não mais apenas dos órgãos públicos normatizadores e fiscalizadores.

Nesse novo contexto, que referencia as relações entre pessoas, entre pessoas e empresas, entre empresas e governo – enfim, entre todos, o tempo todo – , a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE) e a Uniapac, entidade que congrega ADCEs do mundo inteiro, propõem que, sem abrir mão das ferramentas mais modernas de gestão, o empresário contemporâneo incorpore os conceitos que sustentam a gestão baseada em valores e como foco nas pessoas. Afinal, quando as mudanças são intensas, constantes e rápidas, a resposta que a empresa precisa dar ao mercado também deve ser ágil, como um organismo vivo que reage ao menor sinal de ameaça. Para que isso seja possível, é preciso delegar, assegurar que o poder esteja nas pontas, como as equipes de frente. Não há mais tempo nem espaço para estruturas verticalizadas, hierarquizadas, paquidérmicas.

Na verdade, em um mundo no qual tudo ocorre ao vivo, também as respostas devem ser ágeis e em tempo real. Para que o gestor tenha a garantia de que sua equipe saberá responder e corresponder autonomamente às demandas da comunidade com a qual interage, dentro de padrões de comportamento que não coloquem em risco a imagem e a reputação da sua empresa, é indispensável que prevaleçam, como paradigmas permanentes, os valores e os princípios fundamentais que dizem respeito ao caráter, moral, ética, verdade, honestidade, o discernimento entre o certo e o errado. Afinal, na era do conhecimento, a nova fronteira da administração de empresas é a lastreada em valores. O resto é commodity.”

São, portanto, mais páginas com APROPRIADAS e CONCISAS ponderações e ADVERTÊNCIAS a exigir sério APROFUNDAMENTO em torno dos rumos requeridos a nova SOCIEDADE, que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A CIDADANIA E O DOCE OFÍCIO DO SABER

“A voz do povo

A grande e benfazeja novidade das eleições de outubro é a Lei da Ficha Limpa. Sua idealização, por iniciativa popular, e sua tramitação no âmbito dos poderes do Estado – Legislativo, Executivo e Judiciário – explicitam aspectos emblemáticos. Ao se mobilizar em todas as regiões do país, coletando mais de 1,6 milhão em apoio à proposta agora transformada em lei, a sociedade brasileira assumiu as rédeas da sua própria vontade e mandou um claro recado a todos aqueles que se omitem diante de sua missão prioritária de bem representar a vontade da população. O projeto Ficha Limpa representa um importante avanço, mas é apenas o começo.

A aprovação do projeto no Congresso Nacional, sua sanção pelo presidente da República e a imediata regulamentação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que os atores envolvidos nesse processo histórico entenderam a mensagem. Apesar de inadmissíveis focos de resistência corporativa e fisiológica, sobretudo no âmbito do Legislativo, a lei está em vigor e já começa a produzir resultados. De imediato, a Ficha Limpa cumprirá a saudável missão de impedir que maus políticos, condenados pela Justiça em segunda instância por práticas irregulares e até criminosas, continuem denegrindo a imagem do Parlamento e afrontando a maioria da nossa sociedade, que aspira a uma nação que funcione corretamente, com respeito às regras estabelecidas, comprometida com a moral e a ética.

É, com certeza, o início de uma nova era na política brasileira. As organizações da sociedade aprenderam que têm poder para fazer valer sua vontade nas urnas, por meio da democracia representativa, e, mais ainda, que podem mudar o rumo do país, pela democracia participativa fazendo leis como a da Ficha Limpa, ou removendo um governador do cargo, como foi o caso recente de Brasília. Sempre que o Legislativo vacilar no cumprimento de anseios legítimos da sociedade, os cidadãos têm à sua disposição a possibilidade de utilizar o instrumento previsto na Constituição de 88, que regulamenta a criação de leis por iniciativa popular. [...]”
[SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE-MG), em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de julho de 2010, Caderno OPINIÃO, página 1].

Mais uma IMPORTANTE e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 3 de outubro de 2010, de autoria de ELIMAR SILVA MELO, Educador, coordenador administrativo e financeiro das Instituições Arnaldo Janssen, que merece INTEGRAL transcrição:

“Doce ofício do saber

Creio que uma das melhores oportunidades que uma pessoa pode ter na vida e ter um bom professor. Afinal, quem de nós não se lembra de um rosto ou um nome de uma professora, ou professor, que lhe foi marcante na infância ou adolescência? Na maioria das vezes, sequer lembramos a matéria que ele (ou ela) lecionava, mas não esquecemos de um sorriso, um alento, uma punição ou piada que escutamos. A vida de cada um de nós tem a marca daqueles que nos educaram. Primeiro a marca da família, que está inclusive em nosso nome, ou melhor, no sobrenome. Depois vem a marca da escola e dos educadores que nelas tivemos. Não são raras as pessoas que têm na primeira professora uma referência forte, onde a criança deposita confiança e atenção, antes só dedicada à mãe. No dia a dia, convivendo com as pessoas, podemos perceber como somos influenciados por nossos educadores. Como trazemos “impressas” em nossa personalidade as características de nossas famílias e professores.

Ao pensar um pouco mais a esse respeito, constato a importância da figura do professor na sociedade desde o início dos tempos. Sem delongar e trazer uma infinidade de comprovações para esta afirmação, direciono a reflexão para a responsabilidade desses profissionais junto a nossa sociedade. No mês em que se comemora a existência desta ocupação de educar, simbolizada pelo Dia do Professor (15/10), cabe a todos nós educadores, professores ou não, a seguinte pergunta: exerço o meu trabalho com prazer e realização? Essa questão poderá responder se sou um bom educador ou não, um bom pai ou não, um bom professor ou não. Prazer rima com aprender. E não é um só num verso, mas, sim, no cotidiano. Por isso, é tão importante respondermos se temos mesmo prazer em ser educadores (pais, mães, professores etc.). A sua ausência pode revelar muitos de nosso insucessos neste “doce ofício” de educar. A outra parte da questão é a realização. Nesse aspecto, poderíamos imaginar se estamos alcançando nossas metas pessoais e profissionais, realizando nossos sonhos no exercício de nossas funções e fazendo com que os aprendizes saibam mais e mais a cada dia. Contudo, a pergunta vai um pouco além da realização. Afinal, o educador se realiza na felicidade do educando. O que explicita e materializa o efeito do trabalho de um educador é a felicidade de quem a recebe.

Vale lembrar que felicidade vai além de alegria provisória e das “miragens” de felicidade que aparecem, mas que são em sua maioria efêmeras e frágeis. Quando me refiro à felicidade, busco valores permanentes, sólidos e nobres. Por muitas vezes, o educador cerceia as vontades, os impulsos e desejos do educando, provocando nele a sensação de frustração e tristeza. Mas, o educador sabe que essas medidas são necessárias para que a verdadeira felicidade ocorra. É ainda na resposta a essa questão que nos revelamos, nos avaliamos e podemos formular novas perguntas, que levam a outras reflexões. Por meio delas, podemos encontrar respostas individuais e coletivas para melhorar cada vez mais o processo educativo. O exercício prazeroso realizador de qualquer profissão ou vocação é o que a maioria das pessoas almeja. E é por esse motivo que temos que estar em constante indagação e reflexão sobre esses elementos em nosso cotidiano. Pois, sendo o educador uma referência para o educando, podemos estar equivocados no processo e realizando mal a nossa missão de auxiliar a felicidade deles.”

Estamos, pois, diante de mais páginas que tratam com CLAREZA e PROPRIEDADE da questão basilar da nossa formação – a EDUCAÇÃO – que, por isso mesmo, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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