sexta-feira, 3 de junho de 2011

A CIDADANIA, A REALIDADE, AS CULTURAS E A MODERNIZAÇÃO

“Brasil precisa modernizar-se

Desenvolvido! Esse é o próximo patamar que o governo e toda a população desejam que o Brasil alcance nos próximos anos. Porém, sabemos que temos um árduo caminho a ser percorrido – nada que seja impossível. E conseguimos provar isso, pelo menos, nos últimos cinco anos. Economia estável, pouca influência com a crise financeira internacional e a conquista de poder realizar a Copa do Mundo de Futebol (2014) e os Jogos Olímpicos (2016) são alguns exemplos de que não somos mais o país do futuro, mas sim do presente.

Contundo, para termos um crescimento perene e mostrar que estamos preparados para nos igualarmos às nações de primeiro mundo, temos de nos modernizar. E não digo isso apenas com relação à tecnologia. A modernização tem de ser em todos os setores – da educação ao transporte, da saúde ao emprego. E isso não será uma tarefa fácil nem rápida.

Já estamos enfrentando alguns problemas para conseguir evoluir com isso. O primeiro ponto – e podemos dizer que é crucial – é a falta de mão de obra qualificada em quase todos os setores econômicos. Infelizmente, como a educação básica brasileira está muito aquém da ideal para um país em desenvolvimento tentando tornar-se de primeiro mundo, não conseguimos formar muitos profissionais qualificados, o que prejudica o nosso desenvolvimento.

Com relação ao transporte, acredito que essa seja a maior preocupação do brasileiro. Além de não conseguir atender à necessidade diária da população, receberemos dois megaeventos esportivos nos próximos anos. E essa carência é facilmente percebida em todos os setores – aéreo, ferroviário, rodovias e metrô.

A economia foi e está sendo a principal aliada para o desenvolvimento brasileiro. Enquanto numerosos países apresentam evolução ínfima ou até regressão do Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil registra expansão considerável. Em 2010, foi de 7,5% e a estimativa para 2011 é de 4,5%. E o mais importante: estamos conseguindo manter um crescimento sustentável. É claro que poderíamos estar muito melhor do que isso, se não fossem a altíssima carga tributária que enfrentamos e, agora, o receio da volta da inflação. Por falar em impostos, o Brasil precisa urgentemente ter uma reforma tributária, o que auxiliará ainda mais no seu processo de modernização.

Estamos no caminho certo. Temos, ao nosso alcance, todas as maneiras e ferramentas para fazermos este país ser de primeiro mundo. Precisamos apenas que os governantes e os grandes empresários lutem por melhores condições de modernização e de desenvolvimento.”

(RONI DE OLIVEIRA FRANCO, Sócio da Trevisan Outsourcing e professor da Trevisan Escola de Negócios, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 28 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7)


Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Realidade e culturas

O entendimento da realidade que configura a sociedade contemporânea, em todos os aspectos, tem na cultura (na verdade, nas culturas!) uma lupa importante como instrumento de decifração e interpretação. Sempre é oportuno retomar questões de base sobre os rumos da sociedade, suas prioridades e modos como se vive nas diferentes circunstâncias e cenários, no dia a dia. A cultura é o que tece esses rumos, define dinâmicas e influencia na eleição de prioridades para o modo de viver de todos. Trata-se de considerações com complexidades próprias. Embora seja uma abordagem complexa e trabalhada metodicamente, nos diferentes campos da ciência, é interessante e de grande importância incluir no debate cotidiano o indispensável entendimento a respeito da cultura (e das culturas) para se viver diferente, ensaiar mudanças mais profundas, interferir na realidade e configurá-la melhor nos parâmetros da cidadania, da civilidade e da dignidade própria do viver humano.

Vale, então, referência a um entendimento conceitual de cultura, para facilitar a reflexão e permitir juízos, entendida essa enquanto maneira particular como em determinado povo os homens cultivam sua relação com a natureza, entre si e com Deus. Trata-se, na verdade, do estilo de vida comum, apontando a pluralidade de culturas. Assim entendida, a cultura refere-se ao conjunto de valores que animam a totalidade da vida de um povo, bem como evidencia “desvalores” que o enfraquecem, formando determinada consciência coletiva, definindo costumes, configurando instituições e seus funcionamentos, moldando práticas e dinâmicas da convivência social. Há de ter sempre presente o conjunto rico, complexo e desafiador que a cultura significa, enquanto se tem em conta a experiência histórica e vital dos povos de uma sociedade específica. Pode-se calcular o que isso significa para cada indivíduo – pensada a cultura como realidade história e social –, considerando-se sua localização e desenvolvimento no seio da sociedade, condicionado ou enriquecido por ela. É um exemplo ilustrador considerar a cultura de massa para sublinhar o próprio de sua qualidade, tais como espetáculos de revistas, telenovelas, histórias em quadrinhos, e até música popular, balizando uma vida marca por superficialidade, repetição de situações óbvias e seja pensada especialmente – em razão da seriedade – a exploração dos gostos mais banais do público.

Essa consideração e de outros âmbitos explicitam o quanto é importante o entendimento da realidade à luz da cultura com suas dinâmicas. De posse dessa resumida abordagem conceitual a respeito da cultura, vale retomar a realidade na qual estamos inseridos para a vivência em cidadania, para avaliar processos e desdobramentos, sem deixar de levar em conta o peso sobre as costas de todos, em especial, sobre a dos mais pobres e dos fracos. É oportuno localizar sob essa luz a avalanche de questões que incomodam a sociedade brasileira e nela perpetuam atrasos, mesmo emolduradas por oportunidades singulares quanto ao crescimento econômicos, até nas nebulosidades presentes, a existência de clarividências políticas. Há uma antífona cantada em todos os cantos do país a respeito dos retardamentos quanto à infraestrutura para que o Brasil hospede, de forma adequada, grandes eventos como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas, em 2016. Também, necessidades na infraestrutura para a vida de hoje e de amanhã do povo brasileiro gritam urgências quando se pensa em aeroportos, estradas e outras demandas básicas como a lucidez na política habitacional para responder à defasagem dos sem-casa, dos que vivem em situação de risco e de desrespeito à dignidade. Há uma burocratização congênita que inviabiliza respostas e impede o usufruto de oportunidades de desenvolvimento compartilhado para mudar cenários sociais, incompatíveis com conquistas do próprio Estado.

A lucidez de gestores e de governantes tem sido empacada pela falta de escalões capazes de avançar nas oportunidades deste tempo e nesta sociedade. É interessante – para mostrar o quanto a realidade está vinculada, impulsionada ou amordaçada pela cultura – ouvir nas conversas, mesmos nos estratos populares, perguntas como: por que os japoneses já refizeram em tempo recorde as estradas mais danificadas pelo tsunami acontecido há poucos meses, e aqui é preciso muitos meses para fazer uma ponte. Por se adiam, várias vezes, a inauguração de um viaduto e outras obras? Não menos graves são os entendimentos que pautam o proceder no cartorialismo, nas barganhas, ou ainda, na cultura de mexer os pauzinhos, esconder a verdade e solapar propostas, indicando o quanto é preciso mudanças na cultura para alavancar mudanças urgentes na realidade.”

Eis, portanto, mais RICAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que nos mostram, de forma CLARA e CONTUNDENTE, a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de uma REVOLUÇÃO BRANCA, que nos leve a de fato, e em profundidade, PROBLEMATIZAR e ENFRENTAR questões CRUCIAIS como a eleição da EDUCAÇÃO como PRIORIDADE ABSOLUTA de ação do GOVERNO e da SOCIEDADE, o IMPLACÁVEL e INCANSÁVEL combate à INFLAÇÃO, à CORRUPÇÃO, ao DESPERDÍCIO, à DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA – hoje, chegando aos ASSOMBROSOS R$ 2 TRILHÕES –, e como ENFATIZADO num dos textos acima, a PRECARIZAÇÃO da nossa INFRAESTRUTURA: RODOVIAS, PORTOS, AEROPORTOS, ENERGIA, COMUNICAÇÃO, MOBILIDADE URBANA, SEGURANÇA PÚBLICA, SAÚDE, SANEAMENTO AMBIENTAL, LOGÍSTICA, ABASTECIMENTO, EMPREGABILIDADE e mais a alongar a relação...

Porém, NADA, NADA mesmo, ABATE o nosso ÂNIMO e o nosso ENTUSIASMO, e ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM diante de GIGANTESCOS DESAFIOS nesta grande CRUZADA NACIONAL, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDADES SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

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