quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A CIDADANIA, A JUVENTUDE, A EDUCAÇÃO, A ÉTICA E A DEMOCRACIA (29/31)

(Novembro = Mês 29; Faltam 31 meses para a COPA DO MUNDO de 2014)

“Educação, ética e democracia

Considerando haver a presidente Dilma Rousseff sancionado a lei que incluiu o nome do cidadão Pedro Aleixo na galeria dos que foram ungidos pela nação brasileira para a Suprema Magistratura”, faz-se oportuno relembrar as atitudes cívicas do homenageado e que inspiraram aquela decisão. Coerente com seus princípios republicanos, Pedro Aleixo tornou-se a única voz destoante na reunião do Conselho de Segurança Nacional a protestar contra a edição do famigerado AI-5, que se faz instrumento para perseguições políticas, prisões arbitrárias e mesmo torturas; por isso teve seu mandato cassado e chegou a ser preso por sustentar, perante os ministros militares da época, que, tendo oportunidade, revogaria o execrando instrumento legal. Toda sua vida foi uma constante de honestidade, absoluto zelo pela coisa pública e desapego às coisas materiais.

Esta a razão primordial que leva os diretores da Fundação Instituto Pedro Aleixo (Fipa), no zelo natural e indesviável de preservar o nome de seu patrono, à imperiosa necessidade de não admitir que sejam veiculadas notícias que possam de qualquer forma maculá-lo e espancar dúvidas ou meras suspeitas que possam comprometê-lo.

Lamentavelmente, foi divulgada notícia, alardeada com as cores vivas de escândalo, de que a fundação recebera vultosa importância proveniente de emenda parlamentar de deputado do Rio de Janeiro e que a mesma importância “viajara 400 quilômetros para financiar sua campanha naquele estado”, notícia que se provou falsa como, também, a de que tenha sido qualquer diretor da instituição procurado para esclarecimentos. Anote-se, por primeiro, que, se nada recebeu, nada poderia devolver. A diretoria da Fipa nunca recebeu um centavo que fosse proveniente de emendas parlamentares; ao reverso, pugna pela exclusão de tais procedimentos, que se prestam, quase sempre, para mascarar a compra de votos, o que, além de afrontar elementares valores éticos, constitui-se em caracterizada ação criminosa. No caso do deputado mencionado, o financiamento não poderia ocorrer, pois, além de violar as finalidades da fundação – veja-se o absurdo – , teria que contar com a anuência do Ministério Público, que, de tudo já foi cientificado pela direção da Fipa para tomar as medidas que entender cabíveis.

A Fipa tem por finalidade, exclusivamente, promover cursos, simpósios, conferências e publicações de formação cívica, política, democrática, pluralista e republicana, além de promover a educação, fornecendo bolsas d estudo e material didático, preferencialmente a estudantes necessitados e de bom desempenho, assim como patrocinar pesquisas e cursos de caráter político e divulgar trabalhos relevantes em conformidade com os objetivos do social cristianismo e nada mais! Assim, fiel a seus propósitos e considerando o atual quadro político nacional, faz a diretoria da Fipa registrar que desaprova, enfaticamente, o número absurdo de cargos públicos – cerca de 25 mil! – de livre escolha e nomeação do governo federal. Se as funções são essenciais, promova-se o concurso público para o seu preenchimento pelos mais capazes; caso contrário, sejam extintos.

Desaprova, da mesma forma, o surpreendente número de ministérios – cerca de 37! – a estimular, como no caso anterior, o fisiologismo, em que a disputa do acesso às verbas milionárias de seus orçamentos, dando causa a seguidos escândalos que espoucam a todo instante.

Por derradeiro, na busca da moralização dos costumes políticos, defende, ardorosamente, a aplicação da “ficha limpa” em todos os níveis, como único meio de sanear a vida pública, infestada pela presença de ineptos e ate condenados pela Justiça em cargos da maior responsabilidade. É tempo de se dar, a tudo isso, um definitivo basta.”
(MAURÍCIO ALEIXO, Presidente do Instituto Pedro Aleixo, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Diretor do máster em jornalismo, professor de ética e doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Juventude seqüestrada

O crescimento da Aids, o aumento da violência e a escalada das drogas castigam a juventude aqui e na velha Europa. A crise econômica, dramática e visível a olho nu exacerba o clima de desesperança. Para muitos jovens, os anos de adolescência serão os mais perigosos da vida. Desemprego, gravidez precoce, aborto, doenças sexualmente transmissíveis, Aids e drogas compõem a trágica equação que ameaça destruir o sonho juvenil e escancarar as portas para uma explosão de violência. A juventude não foi preparada para a adversidade. E a delinquência e, frequentemente, a manifestação visível da frustração.

A situação é reflexo de uma cachoeira de equívocos e de uma montanha de omissões. O novo perfil da delinquência é o resultado acabado da crise da família, da educação permissiva e do bombardeio de setores do mundo do entretenimento que se empenham em apagar qualquer vestígio de valores. Tudo isso, obviamente, agravado e exacerbado pela crise econômica e a ausência de expectativas.

Se a crescente falange de adolescentes criminosos deixa algo claro é o fato de que cada vez mais pais não conhecem os próprios filhos. Não é difícil imaginar em que ambiente afetivo se desenvolvem os integrantes das gangues juvenis. As análises dos especialistas esgrimem inúmeros argumentos politicamente corretos. Fala-se de tudo. Menos da crise da família. Mas o nó está aí. Se não tivermos a firmeza de desatá-lo, assistiremos, acovardados e paralisados, a uma espiral de violência sem precedentes.

Certas teorias no campo da educação, cultivadas em escolas que fizeram uma opção preferencial pela permissividade, também estão apresentando um amargo resultado. Uma legião de desajustados, crescida à sombra do dogma da educação não traumatizante, está mostrando sua face criminosa. Ao traçar o perfil de alguns desvios da sociedade norte-americana, o sociólogo Christopher Lach (autor do livro A rebelião das elites) sublinha as dramáticas consequências que estão ocultas sob a aparência da tolerância: “Gastamos a maior parte da nossa energia no combate à vergonha e à culpa, pretendendo que as pessoas se sentissem bem consigo mesmas.” O saldo é uma geração desorientada e vazia. A despersonalização da culpa e a certeza da impunidade têm gerado uma onde de superpredadores.

O inchaço do ego e ao emagrecimento da solidariedade estão na origem de inúmeras patologias. A forja do caráter, compatível com o clima de verdadeira liberdade, começa a ganhar contornos de solução válida. A pena é que tenhamos de pagar um preço tão alto para redescobrir o óbvio.

O pragmatismo e a irresponsabilidade de alguns setores do mundo do entretenimento estão na outra ponta do problema. A era do mundo do espetáculo, rigorosamente medida pelas oscilações do Ibope, tem na violência uma de suas alavancas. A transgressão passou a ser a diversão mais rotineira de todas. A valorização do sucesso sem limites éticos, a apresentação de desvios comportamentais num clima de normalidade e a consagração da impunidade têm colaborado para o aparecimento de mauricinhos do crime.

A transformação da internet num descontrolado espaço para a manifestação de atividades criminosas (a pedofilia, o racismo e a oferta de drogas, frequentemente presentes na clandestinidade de alguns sites, desconhecem fronteiras, ironizam e ameaçam o Estado de direito democrático) está na origem de inúmeros comportamentos patológicos.

É preciso ir às causas profundas da delinquência. Ou encaramos tudo isso com coragem ou seremos tragados por uma onda de violência jamais vista. O resultado final da pedagogia da concessão, da desestruturação familiar e da crise da autoridade está apresentando consequências dramáticas na Europa. Escarmentemos em cabeça alheia. Chegou para todos a hora de falar claro. É preciso pôr o dedo na chaga e identificar a relação que existe entre o medo de punir e os seus efeitos antissociais.”

Eis, pois, mais páginas contendo GRAVES, PERTINENTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para as grandes TRANSFORMAÇÕES em curso no PAÍS e no mundo, a desafiar TODAS as nossas ESTRUTURAS tanto EDUCACIONAIS, como INSTITUCIONAIS, SOCIAIS, POLÍTICAS, de SAÚDE, ECONÔMICAS, AMBIENTAIS, de SEGURANÇA PÚBLICA, SEGURANÇA ALIMENTAR e NUTRICIONAL, de EMPREGO, TRABALHO e RENDA, de ASSISTÊNCIA SOCIAL...

São, portanto, GIGANTESCOS DESAFIOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a COPA DO MUNDO DE 20124, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE – e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

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