“A
evolução da educação a distância
O mundo passa por
profundas transformações. Na Pré-história, o homem buscou se comunicar por meio
de desenhos feitos nas paredes das cavernas (pinturas rupestres). Trocavam
mensagens, passavam ideias e transmitiam desejos e necessidades. Os sumérios
cunhavam a escrita em placas de barro. Muito do que sabemos atualmente sobre
este período da história devemos às placas de barro. Em seguida, surgiu o
pergaminho e depois o livro. O fato comum entre esses períodos da história e os
dias atuais pode ser comparado com a educação presencial e a distância. A
conectividade, a universalização do conhecimento e a portabilidade da informação
mudaram nossa forma de comunicar, pensar e agir.
Estamos
em meio a mais uma quebra de paradigma. O ensino a distância (EAD) está sendo
levado a todos, democratizando o acesso à informação e à educação. Quarenta
anos atrás, as pesquisas eram feitas por meio de enciclopédias e os livros eram
muito caros. Um primeiro modelo de curso a distância já existia, através de
revistas periódicas, a exemplo do curso de corte e costura, que, após
conclusão, os alunos recebiam certificados técnicos. Eram, portanto, cursos a
distância, com recursos da época, principiando a evolução do ensino. Caminho
este sem volta, segundo minhas convicções.
A EAD
também é importante socialmente, pois democratiza a informação,
independentemente do poder aquisitivo. Universidades de todo o mundo
disponibilizam cursos gratuitos na rede. O mundo inteiro está indo nessa
conexão, ou melhor, já foi. Essa leitura, por exemplo, você pode acessá-la do
seu celular, tablete, relógio etc. E é assim que a educação vai chegar até sua
casa, no simples toque de um cursor.
A
educação a distância sempre teve tíquete médio mais baixo do que a presencial e
volta a ser opção neste momento em que a crise afetou a renda, e as condições
do Fies para os alunos se deteriorara. Em 2017, o Brasil deve chegar perto dos
2 milhões no ensino a distância.
Na
Faculdade Unimed, por exemplo, pelo fato de sermos uma instituição de ensino do
Sistema Unimed, atuamos em todo o Brasil a fim de capacitar dirigentes e
cooperados das 350 Unimeds espalhadas pelo país. Quanto menor a unidade e mais
distante, maior a dificuldade em formar turmas presenciais. Por isso, temos no
EAD um aliado. Por meio do ensino a distância, capacitamos dirigentes, médicos
cooperados e colaboradores. E para tornar o ensino mais atrativo, criamos um
núcleo de tecnologia na instituição, cuja missão é tornar os cursos virtuais
mais dinâmicos e interativos. Games e simuladores estão em fase de testes em
nossa plataforma.
Recentemente,
o Ministério da Educação chancelou o funcionamento da Faculdade Unimed e nossa
expectativa é oferecer cursos de graduação e pós-graduação tanto na modalidade
presencial quanto por meio do ensino a distância, ao mercado e a todo o Sistema
Unimed.”.
(JOÃO BATISTA
CAETANO. Presidente da Faculdade Unimed, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de janeiro
de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
2 de janeiro de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e
que merece igualmente integral transcrição:
“A
pegada do jornalismo
As virtudes e as
fraquezas dos jornais não são recatadas. Registram-nas fielmente os sensíveis
radares da opinião pública. Precisamos, por isso, derrubar inúmeros mitos que
conspiram contra a credibilidade dos jornais.
Um
deles, talvez o mais resistente, é o dogma da objetividade absoluta. Transmite,
num pomposo tom de verdade, a falsa certeza da neutralidade jornalística. Só
que essa separação radical entre fatos e interpretações simplesmente não
existe. É uma bobagem.
Jornalismo
não é ciência exata e jornalistas não são autômatos. Além disso, não se faz bom
jornalismo sem emoção. A frieza é anti-humana e, portanto, antijornalística. A neutralidade
é uma mentira, mas a isenção é uma meta a ser perseguida. Todos os dias. A
imprensa honesta e desengajada tem um compromisso com a verdade. E é isso que
conta.
Mas a
busca da isenção enfrenta a sabotagem da manipulação deliberada, a falta de
rigor e o excesso de declarações entre aspas.
O
jornalista engajado é sempre um mau repórter. Militância e jornalismo não
combinam. Trata-se de uma mescla, talvez compreensível e legítimo nos anos
sombrios do autoritarismo, mas que, agora, tem a marca do atraso e o vestígio
do fundamentalismo sectário.
O
militante não sabe que o importante é saber escutar. Esquece, ofuscado pela
arrogância ideológica ou pela névoa do partidarismo, que as respostas são
sempre mais importantes que as perguntas. A grande surpresa no jornalismo é
descobrir que quase nunca uma história corresponde àquilo que imaginávamos.
O bom
repórter é um curioso essencial, um profissional que é pago para se
surpreender. Pode haver algo mais fascinante? O jornalista ético esquadrinha a
realidade, o profissional preconceituoso constrói a história.
Todos
os manuais de redação consagram a necessidade de ouvir os dois lados de um
mesmo assunto. Trata-se de um esforço de isenção mínimo e incontornável. Mas
alguns desvios transformam um princípio irretocável num jogo de cena. A
apuração de faz-de-conta representa uma das maiores agressões à ética
informativa.
Matérias
previamente decididas em bolsões engajados buscam a cumplicidade da
imparcialidade aparente. A decisão de ouvir o outro lado não é sincera, não se
apoia na busca da verdade. É um artifício. O assalto à verdade culmina com uma
estratégia exemplar: a repercussão seletiva. O pluralismo de fachada convoca,
então, pretensos especialistas para declararem o que o repórter quer ouvir.
Personalidades entrevistadas avalizam a “seriedade” da reportagem. Mata-se o
jornalismo. Cria-se a ideologia.
É
necessário cobrir os fatos com uma perspectiva mais profunda. Convém fugir das
armadilhas do politicamente correto e do contrabando opinativo semeado pelos
arautos das ideologias.
Boa
parte do noticiário de política, por exemplo, não tem informação. Está dominado
pela fofoca e pelo declaratório. Não tem o menor interesse para os leitores.
A
precipitação e a falta de rigor são outros vírus que ameaçam a qualidade da
informação. A manchete de impacto, oposta ao fato ou fora do contexto da
matéria, transmite ao leitor a sensação de fraude.
O
leitor que precisamos conquistar não que o que pode conseguir na internet. Ele
quer algo mais. Quer o texto elegante, a matéria aprofundada, a análise que o
ajude, efetivamente, a tomar decisões. Conquistar leitores é um desafio
formidável. Reclama realismo, ética e qualidade.
A
autocrítica, justa e necessária, deve ser acompanhada por um firme propósito de
transparência e de retificação dos nossos equívocos. Uma imprensa ética sabe
reconhecer seus erros. Admitir a prática de atitudes de prejulgamento,
preconceitos informativos ou leviandade noticiosa exige coragem ética. Mas é
isso que reforça a credibilidade e a marca.
A
pegada do jornalismo não admite comportamento burocrático. Nossa profissão
enfrenta desafios, dificuldades e riscos sem fim. Só um sério investimento na
qualidade do conteúdo garantirá a fidelidade dos consumidores. Precisamos
mostrar que o jornal continua sendo útil, importante, um aliado na aventura da
vida.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação,
da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca
de 482,05% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial registrou históricos 330,65%; e também em
novembro o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a
lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso
específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e
que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão,
a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com
esta rubrica, previsão de R$ 946,4
bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além
de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do
século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da
informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da
sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da
paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...
Nenhum comentário:
Postar um comentário