“O
ilimitado, iluminante e
revelador mundo dos sonhos
A vida durante os
sonhos e mais importante do que à primeira vista pensamos. Se lhe dermos
atenção, se cuidarmos dela, usaremos melhor boa parte de nossa estada na Terra,
já que passamos aproximadamente um terço dela dormindo.
Vejamos
por que é importante.
Primeiro,
porque por meio dela o subconsciente se desbloqueia de tudo aquilo que fica reprimido
durante o dia. Enquanto despertos, mantemos um autocontrole natural sobre
nossas ações, pensamentos e sentimentos. Porém, abaixo do nível da consciência
de desperto, vários movimentos, maneira de sentir e formas de pensar latentes
ficam reprimidos, retidos, e o sonho constitui uma oportunidade para a sua
liberação. De modo geral somos mais livres nos sonhos, exatamente porque não
exercemos controle sobre eles, embora seja possível, numa etapa mais avançada,
conduzi-los ao desfecho pretendido.
Logo
que passei a interessar-me por sonhos, oportunidades abriram-se para estudá-los
a fundo, e as circunstâncias de minha vida começaram a mudar a fim de que a
concentração nesse assunto fosse possível e nenhum obstáculo terreno
permanecesse entre o meu ser e a realidade que devia descortinar-se.
Lembro-me
de que era outono e de que eu subia pela avenida arborizada até o local onde
regularmente estudava sonhos. Naquela tarde, à medida que me aproximava daquele
lugar, via-o como se fosse novo. Era como se estivesse ali pela primeira vez.
Bati à porta e, assim que me foi aberta, cheguei até a sentir um aroma nunca
antes percebido. Tudo era novo, em todos os níveis.
Quando
entrei no estúdio, lugar mágico para mim, logo vi um quadro recém-pintado, com
tintas reluzentes e ainda frescas. Meus olhos não puderam deixar de se deter
naquela cena, durante alguns momentos. “Quando você o criou?”, perguntei ao
pintor. “Hoje de manhã”, foi-me respondido. “Vi-o em meditação e em sonhos.”
Fiquei ali parado, recebendo aquela impressão, e um sentido de
responsabilidade, uma nova visão, tocou-me inteiro. Sentei-me, indaguei dele o
que nos esperava. Respondeu-me que dependia da humanidade, de como ela
reagisse; se a humanidade despertasse para a sua verdadeira tarefa sobre a Terra,
o que estava profetizado no quadro se realizaria apenas parcialmente; mas se
não despertasse o suficiente, aquelas cenas poderiam acontecer. Na parte
superior do quadro, como que vinda do céu, uma luz branco-azulada fluía
amorosamente e permeava tudo o que fora expresso com pincel e tintas. A luz
estava ali, de modo incondicional, fosse qual fosse a escolha dos homens.
No
quadro via-se uma terra dividida ao meio por um rio avermelhado. De um lado,
alguns homens, curvados e sem energia, não conseguiam passar para a outra
margem. Do outro, as pessoas tinham porte ereto e se ocupavam de afazeres
grupais, ou seja, de uma obra de salvamento. Havia fendas abertas no chão, de
ambos os lados do rio. Um fumo escuro saía da terra e descia do céu. Mas a ação
construtiva continuava, apesar do árido deserto em formação. O trabalho era
feito em todos os níveis e era possível, para as mesmas personagens, participar
de vários deles. Havia mais trabalho que pessoas disponíveis.
Em
primeiro plano, quase a margem do rio, uma figura humana, retratada de forma
especial, ajudava outra que estava desfalecendo. Do conjunto emanava energia
curativa, que se espargia indistintamente para todos, fosse qual fosse o
destino que cada um escolhesse.”.
(TRIGUEIRINO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de junho de 2017, caderno O.PINIÃO, página 20).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de junho
de 2017, caderno OPINIÃO, página 7,
de autoria de MARIO VON ZUBEN,
Diretor-Executivo da Andef e organizador do Fórum de Sustentabilidade e
Inovação de Defensivos Vegetais, e que merece igualmente integral transcrição:
“Inovação
no agronegócio
No mês passado, o
Brasil teve uma das melhores notícias dos últimos dois anos, frente a tudo o
que tem acontecido na nossa economia: estima-se que o país saia da recessão em
2017, tenha crescimento de 0,5% e inflação abaixo de 4%, de acordo com
projeções do Banco Central. Apesar da profunda crise política que traz um alto
grau de incerteza a estas projeções, e possível afirmar que o setor do
agronegócio será o salvador da pátria, mais uma vez, por representar metade da
expansão do PIB neste ano. Quando dizemos “mais uma vez”, não agimos com
prepotência ou arrogância, mas, sim, porque dados do último ano mostram que o
setor de agropecuária –, englobando insumos, indústria e serviços dentro da
cadeia, teve seu PIB 4,48% maior do que em 2015.
Em
escala mundial, a produção ainda precisa crescer para dar conta da demanda.
Esse mercado em expansão é uma oportunidade de bons negócios, mas é,
principalmente, um grande desafio – produzir mais sem destruir o planeta no
caminho, trazendo mais inovação e sustentabilidade para o segmento.
A
sustentabilidade deve ser vista, portanto, em três dimensões: social, ambiental
e econômica. Tanto quanto a necessidade por alimentos, nas últimas décadas
observou-se um aumento significativo das pressões em prol de causas ambientais,
em praticamente todo o mundo.
Segundo
estimativa da ONU, será necessário alimentar mais de nove bilhões de pessoas
até o meio deste século. Para evitar uma crise alimentar em escala mundial,
conforme estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação (FAO), é necessário aumentar a produção em 70%. Neste cenário, a
inovação, em conjunto com práticas sustentáveis no campo, não será apenas
lucrativa, mas necessária para a prosperidade da humanidade. Para isso, a humanidade
conta com a sua habilidade inventiva.
A
tecnologia empregada nos defensivos agrícolas ajudou a aumentar a produção
agrícola brasileiras nas últimas décadas, mas a inovação é, por definição,
dinâmica e, portanto, precisa incessantemente de pesquisas. As novas
tecnologias que estão no papel, agora, farão com que o Brasil aumente ainda
mais a produtividade agrícola nos próximos anos.
O
Brasil, um dos maiores produtores agrícolas do mundo, usou 18,5% da produção
mundial de defensivos, ou fitossanitários, em 2015. Nos últimos cinco anos,
esse consumo cresceu 14%, mas, no mesmo período, a produção de grãos aumentou
40%. Sobre os defensivos agrícolas, precisamos manter a responsabilidade para
com o ambiente. O produto precisa ser inofensivo, tanto para o produtor quanto
para o consumidor final.
Pequenas
propriedades rurais conseguem alta produtividade, em pouco espaço, graças a um intenso
esforço para desenvolver técnicas e defensivos. Quando aplicado nas lavouras de
forma consciente, ao proteger de pragas, doenças e ervas daninhas, os
defensivos aumentam a produção, sem necessitar ampliar a área de plantio.
Segundo
Johan Schot e Frank W. Geels (2008), da Universidade de Tecnologia de
Eindhoven, o desenvolvimento sustentável requer mudanças técnicas e sociais,
por elas estarem profundamente relacionadas. O Relatório da Comissão Mundial
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento definiu o desenvolvimento sustentável
como aquele que “atende às necessidades da geração atual, sem comprometer a
capacidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades”.
No
Brasil, a inclinação à inovação ainda é tímida. Uma parcela relevante da nossa
competitividade internacional é fundamentada em uma produção que faz uso de
recursos naturais.
Sobre
os investimentos públicos, 0,61% do PIB brasileiro são destinados ao
desenvolvimento de tecnologia, número um pouco abaixo do 0,69% investido, em
média, pelos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico). Pela iniciativa privada, a diferença entre o Brasil e outros países
é ainda maior: apenas 0,55% do PIB é aplicado em pesquisa e desenvolvimento. A
Coreia do Sul, por exemplo, investe 2,68%.
Atualmente,
o incentivo do governo aos investimentos para a inovação chega, principalmente,
por meio de renúncia fiscal, a chamada Lei do Bem (Lei 11.196/05). No mundo,
esse modelo se mostrou bem-sucedido no longo prazo.
Apesar
de a inovação ser palavra-chave do novo milênio, temos carência na produção
tecnológica. É preciso compreender que ampliar a capacidade competitiva do país
via investimentos em inovação acarretará em vantagens sociais e ambientais.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em maio/2017 a ainda estratosférica marca
de 345,10% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial registrou históricos 301,45%; e já o IPCA
também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 3,60%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida
observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan
Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de
corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem
mostrando também o seu caráter transnacional;
eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos
borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um
verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque,
rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim,
é crime...); III – o desperdício, em
todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos,
indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O
Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança
das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos,
quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas
de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão,
a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com
esta rubrica, previsão de R$ 946,4
bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...
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