sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS DESAFIOS DA INOVAÇÃO E DA EMPREGABILIDADE E A TRANSCENDÊNCIA DA IGUALDADE NA SUSTENTABILIDADE

“Inovação e empregabilidade
        Para criar é necessário equivocar-se. Contudo, para a maioria das empresas, erros continuam representando somente perdas. Por causa disso, a capacidade de inovar é diretamente proporcional à capacidade de tomar riscos. A manutenção desse modelo está se mostrando altamente perigosa para muitas organizações, à medida que concorrentes mais inovadores diminuem custos operacionais, satisfazem mais compradores e consumidores e aumentam sua participação de mercado e lucros. Empresas pouco preparadas para incorporar a transformação digital serão fatalmente excluídas do contexto competitivo. E isso inclui a definição de pessoas, estratégias e tecnologias que deverão compor a gestão nas próximas décadas.
         Sob a ótica da empregabilidade, existem muitos questionamentos sobre profissões do passado e do futuro. A redefinição de nossos trabalhos será resultado de como combinar inteligência humana com a inteligência artificial (IA). Assim, sistemas vão fazer muito do que os seres humanos fazem hoje, por isso as pessoas precisam se preparar para carreiras que ainda sequer existem. Carreiras não são mais estáveis. Nossa capacidade de continuarmos profissionalmente ativos dependerá da nossa capacidade contínua de aprendizagem. Desse modo, se faz urgente desenvolver mais habilidades comportamentais (soft skills) do que as técnicas (hard skills). Conteúdos como antropologia, psicologia, política, religião, neurociência e economia do comportamento são ainda mais importantes do que nunca.
         Aqui cinco dicas para inovar na prática.
         Seja a possibilidade, não a limitação. Quer um exemplo? Foi nos Jogos Olímpicos do México, em 1968, que Richard Fosbury resolveu romper com os padrões de salto em altura e decidiu que seria melhor fazer à sua maneira, de costas. O inconformismo lhe rendeu o ouro olímpico, além de uma página importante na história. Seu feito foi batizado como Fosbury Flop e passou a ser o novo estilo a ser praticado.
         Privilegie o comportamento humano. Defina uma estratégia sobre ele e use a tecnologia como recurso. A transformação digital deve privilegiar o ser humano. A tecnologia nunca deve ser o ponto de partida.
         Crie novos ecossistemas que propiciem a inovação. Imagino que podemos pensar em quatro alavancas rápidas e práticas. A primeira: é importante implantar ideias consideradas malucas e saber que elas podem falhar. A partir disso, a segunda alavanca é premiar a iniciativa e a experiência adquirida e nunca castigar os erros. A terceira, incentivar a cooperação coletiva, porque processos de inovação são coletivos e não surgem de ambientes homogêneos e concordantes. Por fim, garantir um clima que promova entusiasmo e reconhecimento, assim como estamos habituados a fazer com artistas, celebridades e esportistas (especialmente os jogadores de futebol).
         Estude pelo menos um dia por semana! Se hoje dedicamos, dos 4 aos 35 anos, 20% do nosso tempo para aprender e, após os 25,80% do tempo para trabalhar, temos que mudar esta correlação e fazer com que aprendizagem e trabalho sigam de maneira integrada e paralela.
         Desenvolva novas capacidades. Empatia e humanidade serão nossos  diferenciais enquanto seres humanos. Sob uma perspectiva de recursos humanos, há 10 anos as competências mais valorizadas eram dedicação e capacitação. Hoje, são valorizados empatia e resiliência. Nos próximos 10 anos, serão recompensados inovação, criatividade e aprendizagem mútua.”.

(EDMAR BULLA. CEO da Croma, empresa que oferece consultoria e pesquisa para inovação em negócios, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de fevereiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de GABRIELA BLANCHE, advogada, sócia e líder do escritório de advocacia Blanchet Advogados, e membro do IBDEE (Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial), e SAMUEL SABINO, fundador da consultoria Éticas Consultoria, filósofo, mestre em bioética e professor, e membro do IBDEE (Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial), e que merece igualmente integral transcrição:

“Igualdade no mercado de trabalho
        A melhor maneira de se iniciar este artigo é deixando claro o conceito de discurso de gênero, uma vez que as propostas para a discussão sobre o gênero do ser humano (sim, somos todos seres humanos!) são diversas, seja aqui no Brasil, seja em qualquer outro lugar do mundo.
         Alguns tratam o gênero a partir de um viés mais científico, geralmente adotado por médicos, cientistas, biólogos, os quais distinguem o gênero masculino do gênero feminino a partir das características físicas do ser humano. Outros partem de uma linha mais metafísica, geralmente adotada por psicólogos que entendem ser o gênero masculino ou feminino formado a partir de suas experiências de vida e vivências sociais.
         O fato é que todos, independentemente do gênero, são seres humanos, cujo fato real da existência é a busca da preservação da dignidade, e, consequentemente, a valorização da vida com o fim último de alcançar a felicidade em todos os campos da vida, o que inclui, a felicidade no âmbito profissional.
         Especificamente no que se refere à busca da felicidade no campo profissional, nos surge uma pergunta: por que existe tanta disparidade entre os gêneros masculino e feminino quando se fala em realização profissional? Ou seja, por que os homens são mais felizes do que as mulheres quando se fala na busca da felicidade como profissional? Por que há mais homens que mulheres no topo das carreiras de liderança e destaque no mercado de trabalho?
         Considerando que todos, independentemente de gênero, são seres humanos com as mesmas capacidades intelectuais, qual a razão da existência desta falta de igualdade? O que se faz necessário para o alcance da igualdade ideal no mercado de trabalho?
         Nesse sentido, questionamos se o discurso de gênero seria mesmo eficiente para galgarmos essa mudança nas estatísticas que mostram um abismo enorme entre o papel do homem e da mulher no mercado de trabalho. Afinal, não estamos falando de guerra dos sexos! Pelo contrário, para que haja essa mudança o papel do homem é fundamental!
         O ponto central da discussão neste artigo é a vida, o fato real da existência do ser humano, dotado de dignidade. Ora, mantida a dignidade do ser humano, não há desrespeito, não há ação segregativa e há uma valorização das reais competências de cada ser. É preciso, portanto, olhar para o ser humano e suas competências e qualidades independentemente do gênero.
         Para o alcance da igualdade ideal no mercado de trabalho, faz-se necessária uma mudança profunda de paradigma. O discurso de gênero, como vem sendo discutido pela sociedade, tem uma visão conceitual e metafísica, que não está ligada ao sexo masculino e feminino como seu reflexo, mas sim a diversos conceitos que são históricos e culturais. Esse discurso, portanto, apenas julga valores, como: melhor, pior, frágil, ruim, bom, forte, fraco, mais detalhista, mais objetivo, não sendo suficiente para combater os estereótipos do masculino e feminino construídos ao longo da história, arraigados culturalmente, e, inconscientemente, na mente dos seres humanos.
         Há séculos, criou-se um discurso de gênero que enaltece e supervaloriza o masculino e subestima o feminino, principalmente no âmbito profissional. Esqueceu-se do ser humano. Ora, quem disse que o homem era melhor do que a mulher no passado não estava observando o ser humano, estava observando seus valores individuais e querendo trazê-los para a realidade.
         Em algumas sociedades matriarcais antigas, o papel do homem era rebaixado e isso só mudou quando outro discurso de gênero foi criado. Ou seja, em uma análise mais fria, o discurso de gênero pode até buscar compensar erros passados em alguns pontos, mas pode trazer como consequência potenciais de radicalismo, e até mesmo de preconceito.
         Não há dúvida de que o discurso de gênero busca a igualdade, mas o risco é que tal discurso se torne ligado a valores pessoais de grupos específicos de seres humanos, o que o torna insuficiente. É portanto, uma medida paliativa, e não uma medida final.
         O problema é o modo como o ser humano pensa a ideologia. Sempre se está atrás de culpados, de se aliar aos semelhantes e afastar o diferente. Para acabar com isso de vez, é preciso mudar o modo como o ser humano enxerga a si mesmo e ao próximo. Tornar seu olhar objetivo, fazer dele algo pautado na realidade e não pensamento puro.
         Assim, para se alcançar a igualdade ideal, na hora de avaliar competências, para uma posição profissional, por exemplo, há que se considerar as competências e a capacidade individual de cada ser humano como ponto de partida, independentemente do gênero.
         Esse é o caminho para se construir uma sociedade melhor e mais igualitária. Esse é o caminho para que os cargos de liderança e destaque no mercado de trabalho sejam ocupados por seres humanos competentes e de fato merecedores de ocuparem aquele posição.
         Devemos começar mudando o modo como se olha para cada ser humano, entendendo que mesmo diferentes, ou melhor, de “gêneros diferentes”, somos todos iguais, e, merecemos a mesma vida, com dignidade e felicidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro/2017 a ainda estratosférica marca de 334,55% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,01%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,85%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.






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