“Inovação
e empregabilidade
Para criar é necessário
equivocar-se. Contudo, para a maioria das empresas, erros continuam representando
somente perdas. Por causa disso, a capacidade de inovar é diretamente
proporcional à capacidade de tomar riscos. A manutenção desse modelo está se
mostrando altamente perigosa para muitas organizações, à medida que
concorrentes mais inovadores diminuem custos operacionais, satisfazem mais
compradores e consumidores e aumentam sua participação de mercado e lucros.
Empresas pouco preparadas para incorporar a transformação digital serão
fatalmente excluídas do contexto competitivo. E isso inclui a definição de
pessoas, estratégias e tecnologias que deverão compor a gestão nas próximas
décadas.
Sob a
ótica da empregabilidade, existem muitos questionamentos sobre profissões do
passado e do futuro. A redefinição de nossos trabalhos será resultado de como
combinar inteligência humana com a inteligência artificial (IA). Assim,
sistemas vão fazer muito do que os seres humanos fazem hoje, por isso as
pessoas precisam se preparar para carreiras que ainda sequer existem. Carreiras
não são mais estáveis. Nossa capacidade de continuarmos profissionalmente
ativos dependerá da nossa capacidade contínua de aprendizagem. Desse modo, se
faz urgente desenvolver mais habilidades comportamentais (soft skills) do que as técnicas (hard skills). Conteúdos como antropologia, psicologia, política,
religião, neurociência e economia do comportamento são ainda mais importantes
do que nunca.
Aqui
cinco dicas para inovar na prática.
Seja a
possibilidade, não a limitação. Quer um exemplo? Foi nos Jogos Olímpicos do
México, em 1968, que Richard Fosbury resolveu romper com os padrões de salto em
altura e decidiu que seria melhor fazer à sua maneira, de costas. O
inconformismo lhe rendeu o ouro olímpico, além de uma página importante na
história. Seu feito foi batizado como Fosbury Flop e passou a ser o novo estilo
a ser praticado.
Privilegie
o comportamento humano. Defina uma estratégia sobre ele e use a tecnologia como
recurso. A transformação digital deve privilegiar o ser humano. A tecnologia
nunca deve ser o ponto de partida.
Crie
novos ecossistemas que propiciem a inovação. Imagino que podemos pensar em
quatro alavancas rápidas e práticas. A primeira: é importante implantar ideias
consideradas malucas e saber que elas podem falhar. A partir disso, a segunda
alavanca é premiar a iniciativa e a experiência adquirida e nunca castigar os
erros. A terceira, incentivar a cooperação coletiva, porque processos de
inovação são coletivos e não surgem de ambientes homogêneos e concordantes. Por
fim, garantir um clima que promova entusiasmo e reconhecimento, assim como
estamos habituados a fazer com artistas, celebridades e esportistas
(especialmente os jogadores de futebol).
Estude
pelo menos um dia por semana! Se hoje dedicamos, dos 4 aos 35 anos, 20% do
nosso tempo para aprender e, após os 25,80% do tempo para trabalhar, temos que
mudar esta correlação e fazer com que aprendizagem e trabalho sigam de maneira
integrada e paralela.
Desenvolva
novas capacidades. Empatia e humanidade serão nossos diferenciais enquanto seres humanos. Sob uma
perspectiva de recursos humanos, há 10 anos as competências mais valorizadas
eram dedicação e capacitação. Hoje, são valorizados empatia e resiliência. Nos
próximos 10 anos, serão recompensados inovação, criatividade e aprendizagem
mútua.”.
(EDMAR BULLA.
CEO da Croma, empresa que oferece consultoria e pesquisa para inovação em
negócios, em artigo publicado no jornal ESTADO
DE MINAS, edição de 21 de fevereiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de GABRIELA
BLANCHE, advogada, sócia e líder do escritório de advocacia Blanchet
Advogados, e membro do IBDEE (Instituto Brasileiro de Direito e Ética
Empresarial), e SAMUEL SABINO,
fundador da consultoria Éticas Consultoria, filósofo, mestre em bioética e
professor, e membro do IBDEE (Instituto Brasileiro de Direito e Ética
Empresarial), e que merece igualmente integral transcrição:
“Igualdade
no mercado de trabalho
A melhor maneira de se
iniciar este artigo é deixando claro o conceito de discurso de gênero, uma vez
que as propostas para a discussão sobre o gênero do ser humano (sim, somos
todos seres humanos!) são diversas, seja aqui no Brasil, seja em qualquer outro
lugar do mundo.
Alguns
tratam o gênero a partir de um viés mais científico, geralmente adotado por
médicos, cientistas, biólogos, os quais distinguem o gênero masculino do gênero
feminino a partir das características físicas do ser humano. Outros partem de
uma linha mais metafísica, geralmente adotada por psicólogos que entendem ser o
gênero masculino ou feminino formado a partir de suas experiências de vida e
vivências sociais.
O fato
é que todos, independentemente do gênero, são seres humanos, cujo fato real da
existência é a busca da preservação da dignidade, e, consequentemente, a
valorização da vida com o fim último de alcançar a felicidade em todos os
campos da vida, o que inclui, a felicidade no âmbito profissional.
Especificamente
no que se refere à busca da felicidade no campo profissional, nos surge uma
pergunta: por que existe tanta disparidade entre os gêneros masculino e
feminino quando se fala em realização profissional? Ou seja, por que os homens
são mais felizes do que as mulheres quando se fala na busca da felicidade como
profissional? Por que há mais homens que mulheres no topo das carreiras de
liderança e destaque no mercado de trabalho?
Considerando
que todos, independentemente de gênero, são seres humanos com as mesmas
capacidades intelectuais, qual a razão da existência desta falta de igualdade?
O que se faz necessário para o alcance da igualdade ideal no mercado de
trabalho?
Nesse
sentido, questionamos se o discurso de gênero seria mesmo eficiente para
galgarmos essa mudança nas estatísticas que mostram um abismo enorme entre o
papel do homem e da mulher no mercado de trabalho. Afinal, não estamos falando
de guerra dos sexos! Pelo contrário, para que haja essa mudança o papel do
homem é fundamental!
O
ponto central da discussão neste artigo é a vida, o fato real da existência do
ser humano, dotado de dignidade. Ora, mantida a dignidade do ser humano, não há
desrespeito, não há ação segregativa e há uma valorização das reais
competências de cada ser. É preciso, portanto, olhar para o ser humano e suas
competências e qualidades independentemente do gênero.
Para o
alcance da igualdade ideal no mercado de trabalho, faz-se necessária uma
mudança profunda de paradigma. O discurso de gênero, como vem sendo discutido
pela sociedade, tem uma visão conceitual e metafísica, que não está ligada ao
sexo masculino e feminino como seu reflexo, mas sim a diversos conceitos que
são históricos e culturais. Esse discurso, portanto, apenas julga valores,
como: melhor, pior, frágil, ruim, bom, forte, fraco, mais detalhista, mais
objetivo, não sendo suficiente para combater os estereótipos do masculino e
feminino construídos ao longo da história, arraigados culturalmente, e,
inconscientemente, na mente dos seres humanos.
Há
séculos, criou-se um discurso de gênero que enaltece e supervaloriza o
masculino e subestima o feminino, principalmente no âmbito profissional.
Esqueceu-se do ser humano. Ora, quem disse que o homem era melhor do que a
mulher no passado não estava observando o ser humano, estava observando seus
valores individuais e querendo trazê-los para a realidade.
Em
algumas sociedades matriarcais antigas, o papel do homem era rebaixado e isso
só mudou quando outro discurso de gênero foi criado. Ou seja, em uma análise
mais fria, o discurso de gênero pode até buscar compensar erros passados em
alguns pontos, mas pode trazer como consequência potenciais de radicalismo, e
até mesmo de preconceito.
Não há
dúvida de que o discurso de gênero busca a igualdade, mas o risco é que tal
discurso se torne ligado a valores pessoais de grupos específicos de seres
humanos, o que o torna insuficiente. É portanto, uma medida paliativa, e não
uma medida final.
O
problema é o modo como o ser humano pensa a ideologia. Sempre se está atrás de
culpados, de se aliar aos semelhantes e afastar o diferente. Para acabar com
isso de vez, é preciso mudar o modo como o ser humano enxerga a si mesmo e ao
próximo. Tornar seu olhar objetivo, fazer dele algo pautado na realidade e não
pensamento puro.
Assim,
para se alcançar a igualdade ideal, na hora de avaliar competências, para uma
posição profissional, por exemplo, há que se considerar as competências e a
capacidade individual de cada ser humano como ponto de partida,
independentemente do gênero.
Esse é
o caminho para se construir uma sociedade melhor e mais igualitária. Esse é o
caminho para que os cargos de liderança e destaque no mercado de trabalho sejam
ocupados por seres humanos competentes e de fato merecedores de ocuparem aquele
posição.
Devemos
começar mudando o modo como se olha para cada ser humano, entendendo que mesmo
diferentes, ou melhor, de “gêneros diferentes”, somos todos iguais, e,
merecemos a mesma vida, com dignidade e felicidade.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro/2017 a ainda estratosférica
marca de 334,55% nos últimos doze meses,
e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,01%; e já o
IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,85%);
II – a corrupção, há séculos, na
mais perversa promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção
mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício,
em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e
danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no
artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança
das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos,
quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas
de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar
uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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