(Fevereiro
= mês 16; faltam 154 meses para a Primavera Brasileira)
“Transformação digital e as empresas
O que tem em comum uma
usina sucroalcooleira no Nordeste, um estaleiro do Rio de Janeiro e uma
indústria siderúrgica? A moldagem das chapas e bobinas de aço, a relação
climática envolvida em cada etapa do plantio e da colheita da cana-de-açúcar, a
montagem de megablocos que compõem as estruturas onde serão incorporadas as
tubulações, acessórios e equipamentos de grandes embarcações marítimas. Com
processos produtivos de natureza totalmente diversa, cada um desses ramos de
negócios, à sua maneira, maneja as peculiaridades e complexidades envolvidas em
aspectos referentes à produção e aos seus mercados. Enfim, essas organizações,
por maiores que sejam as diferenças de suas atividades, todas, sem exceção,
precisam superar os seus desafios mais específicos, incorporar inovações em
seus processos e produtos para aumentar a produtividade e a competividade. O
que existe em comum a todos os players dos mercados e o que será determinante
para o sucesso pode ser resumido a única palavra: gestão.
E
gestão, hoje, requer tecnologia. Não há como aumentar a eficiência e a
competitividade neste mercado global sem incorporar ferramentas empresariais,
algo que hoje já está além do conceito de ERP, como conhecido o software de
gestão. Os recursos de tecnologia estão aptos a conectar as organizações a um
mundo avançado e são capazes de trazer ao ambiente das organizações o poder de
tecnologias como big data, analytics, IoT, machine learning, a inteligência
artificial e a mobilidade com sua profusão de aplicativos. Para ter acesso a
este universo de tecnologias que pode proporcionar o grande salto no patamar de
gestão e eficiência, as empresas precisam contar com parceiros que, além de
entender as suas singularidades de negócios, façam a ponte com as tecnologias
mais avançadas do mercado mundial.
Existem
muitas consultorias no mercado dispostas a fazer este trabalho de transformação
digital, mas é preciso mais do que nunca saber escolher aquela que de fato
poderá prazer resultados efetivos para os negócios. Há quem se impressione com
as marcas famosas e queira escolher grandes companhias internacionais, mas este
caminho pode determinar o insucesso de um projeto que requeira, por exemplo,
maior personalização, flexibilidade, rapidez e viabilidade orçamentária. Se o
projeto for internacional, as consultorias globais podem fazer a diferença, mas
nos locais, as brasileiras conhecem com maior profundidade as questões e
regulamentações do nosso país.
É
fundamental que sejam consideradas na escolha do parceiro empresas que tenham conhecimento
técnico reconhecido pelos fornecedores de tecnologia. Existem consultorias
brasileiras com certificações elevadas, garantia de domínio tecnológico e
competência para levar adiante projetos bem complexos. No ecossistema de
atuação das plataformas tecnológicas líderes mundiais figuram algumas empresas
brasileiras, instaladas até mesmo fora dos grandes centros, com expertise muito
elevada. Consultorias nacionais com acesso aos conteúdos técnicos mais
atualizados e às recentes evoluções tecnológicas. Essas empresas contam até
mesmo com seus próprios laboratórios de testes que aplicam e testam as
ferramentas internacionais de TI ao ambiente de negócios brasileiro. Tudo isso
pode representar, hoje, um atalho muito seguro para que os clientes atinjam a
almejada inovação.
Portanto,
a TI está muito mais acessível a todo tipo de organização que deseje ser
moderna e competitiva. Não tem por que não lançar mão da transformação digital
que está afetando drasticamente e impactando a gestão de todos os setores
empresariais. São essas tecnologias inovadoras que estão moldando e aparelhando
as empresas para vencerem a competição acirrada dos mercados no novo modelo
econômico.”.
(LUCIANO
FERNANDES. Diretor de negócios da AdopTI, consultoria com portfólio
exclusivo e especializado na plataforma de gestão empresarial SAP, em artigo
publicado no jornal ESTADO DE MINAS,
edição de 23 de janeiro de 2018, caderno OPINIÃO,
página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência
Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 de
janeiro de 2018, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo
Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:
“Não
há paz sem justiça
Esta é uma verdade que
deve inspirar os horizontes do povo brasileiro na construção de uma nova ordem
social, econômica e política para se alcançar a paz: não há paz sem justiça.
Sem esse entendimento, haverá um recrudescimento das diferentes formas de
violência. A sociedade se transformará em um campo de guerras, de todo tipo,
corroendo, cada vez mais, as riquezas do tecido cultural e histórico que
caracterizam o país. A nova ordem a ser buscada exige o fim da inaceitável
situação de injustiça que se escancara na forma de desigualdades sociais, se
desdobrando em miséria, desemprego e indiferença com os que sofrem.
Conviver
com a desigualdade social e tantos outros males, que são frutos da injustiça, é
particularmente vergonhoso para uma nação que tem “recursos de sobra”, bem mais
que o suficiente para edificar e manter uma sociedade justa. Diante de tantas
possibilidades, percebe-se que a grave situação atual, de desigualdade, não é
“obra do acaso”. As análises históricas mostram que é opção deliberada,
emoldurada pela incompetência de muitas pessoas. E o resultado é a injustiça,
que compromete a paz.
Assim,
eis a tarefa ética que é da Igreja e de todos os que vivem os compromissos da
fé: cada pessoa precisa guiar a própria vida a partir dos ensinamentos de Jesus
Cristo com a urgente e laboriosa missão de não se omitir diante dos problemas
sociopolíticos atuais. A desigualdade social e outros males evidenciam a
carência generalizada de iluminação ética. Por isso, muito além de interesses
partidários e grupais, o que deve ser priorizada é a dimensão ético-moral.
Cuide-se, assim, para que igrejas não se tornem instrumentos para ações de
partidos políticos. Em vez disso, devem contribuir substantivamente para as
indispensáveis transformações necessárias neste momento.
A
Igreja é desafiada, sempre à luz de princípios do Evangelho, a auxiliar os
diferentes segmentos sociais na adoção de critérios mais consistentes na
elaboração de planejamentos, iniciativas e reformas. Daí a necessidade de debates,
reflexões, para qualificar projetos e possibilitar escolhas inteligentes,
capazes de impulsionar a sociedade rumo a um futuro melhor. A história mostra
que não é possível avançar quando se tem apenas propostas demagógicas, como
tantas que já induziram a população a opções ruinosas. Por isso, temas de
reconhecida importância para o país precisam ser debatidos, com abertura, para
alcançar entendimentos, a partir da participação de todos.
Esse
exigente e complexo processo requer um sentido pleno de justiça, alcançado a
partir da conduta cidadã que deve nortear cada pessoa, em todas as instâncias –
de governos e parlamentos ao mundo empresarial, das instituições religiosas aos
campos da cultura, arte, ciência e tecnologia. Afinal, em construção está a paz
que é tão preciosa para a sociedade. E essa construção é uma obra de justiça e
de amor.
O
compromisso com a justiça é caminho que leva ao integral restabelecimento da
ordem moral e social, tão ferida. Diz o projeta Isaías, apontando caminhos
novos para o povo, que a paz é obra da justiça. E há de se reconhecer que a
justiça é uma virtude moral, a garantia legal que vela sobre o respeito a
direitos e deveres. Essa virtude é enfraquecida quando posturas ideológicas
contaminam interpretações, pessoas passam a considerar somente o que interessa
aos seus próprios grupos. Por isso, importante e urgente é fazer com que a
prática da justiça seja mais abrangente. Ultrapasse a dinâmica comum aos
tribunais para se tornar compromisso cotidiano de cada cidadão. Quando atitudes
– simples ou com impacto mais amplo no contexto social – são pautadas pelos
parâmetros da justiça, há uma efetiva contribuição para o restabelecimento da
ordem social e política que equilibra as relações de um povo.
O
brasileiro convive com uma lista enorme de metas e compromissos a serem
efetivados. Entre as necessidades está a urgente responsabilidade de debelar a
miséria. Essa situação triste e tantas outros igualmente lamentáveis são
produto da injustiça, alimentada pela ganância sem limites e pela mesquinhez.
Combater a pobreza é, pois, um compromisso determinante que precisa da força da
justiça – capaz de equilibrar o exercício dos direitos e deveres.
Somente
a justiça, instrumento para a construção da paz, pode reconfigurar
fundamentalmente as posturas que geram desequilíbrio social e submetem grande
parte da população a agressões à sacralidade da vida humana. Assim, a
inteligência normativa que busca garantir o funcionamento justo da sociedade
precisa ser fecundada pela lucidez de princípios sólidos, não imediatistas e
utilitaristas. Investir na justiça é imprescindível para a conquista da paz.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro/2017 a ainda estratosférica
marca de 334,55% nos últimos doze meses,
e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,01%; e já o
IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,95%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura,
além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências
do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações,
da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da
sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da
paz, da solidariedade, da igualdade
– e com equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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