“A
oração é um caminho que
provê a redenção da humanidade
A oração autêntica é um
estado de receptividade e aspiração ao contato com energias superiores. Pela
oração o indivíduo invoca essas energias e afirma a disposição de unir-se a
elas, no interior do ser. É um instrumento poderoso, mas pouco se conhece sua
efetividade, que se deve, em parte, aos seres humanos sempre terem praticado a
oração em favor de si mesmos e a estarem polarizados no nível emocional.
A
oração que visa ao bem pessoal ou ao de outrem é ação direcionada, tem
objetivos humanos, enquanto a oração desinteressada é abertura incondicional,
pura entrega e doação sincera à vontade da Consciência Suprema, que se espelha
na vontade do eu interior. Mobiliza as energias do indivíduo e leva-as ao nível
intuitivo ou além. Não engendra débitos cármicos, não cria vínculos nem o
prende a circuitos de retribuição. Suas próprias energias são reunidas; na
oração existe apenas a busca irrestrita da verdade. Construída no silêncio
interior, alicerça-se na fé e na vigilância. Projeta-se no mundo externo como
pacificação de desejos e de pensamentos e também como cessação de ações supérfluas.
Mesmo
sem o saber e sem nada direcionar, o indivíduo em oração estimula
transformações nos demais: irradia clareza e lucidez para a aura planetária. A
oração é, pois, instrumento de serviço ao mundo e, para ser eficaz, deve nascer
da humildade. Invisível, abnegada, é base para obras evolutivas.
Na
condição atual da superfície da Terra, é preciso indivíduos e grupos dedicados
ao Plano Evolutivo cumprirem o papel de intermediários entre a luz da
Hierarquia Espiritual e a vida terrestre, pois transmutações intensas são
requeridas para energias superiores penetrarem e agirem mais livremente nos
níveis concretos. É possível cultivar esse estado mesmo durante atividades
externas, doando-se ao que se apresenta como necessidade e oferecendo os frutos
do empenho à Consciência Suprema. Essa é uma forma de oração ativa, em que se
reconhece a presença divina em todas as coisas.
A
oração leva o indivíduo a descobrir e a compreender melhor o que de fato sustém
a vida. Todavia, os que se dedicam a atingir os graus mais elevados da oração,
a união interior, precisam transcender a tendência de querer ao mesmo tempo
conservar suas afeições, dado que esses dois movimentos não se coadunam.
A
vigília pode também ser considerada uma oração em horas reservadas ao descanso
e ao sono. Feita solitariamente, ou em companhia de outros, é válida também
como prece. Poder doar-se em oferenda elevada é uma graça do Pai. Seu mérito,
todavia, está na autêntica disposição de quem a realiza.
Cada
qual tem o seu modo de orar. A oração é para ser feita conforme é sentida.
Jamais deveria ser abandonada; é o fio condutor e insubstituível que nos une à
energia do Pai, aos níveis superiores de consciência.
“Permanentemente,
redescobri a oração. Ela deve ser o vosso principal alimento, a vossa luz, a
marca da vossa entrega. Quando a pureza e a transparência se implantam em um
indivíduo, não é mais possível a permanência nele de pontos obscuros. Assim,
orai quando perceberdes a necessidade de que algo seja purificado. Enviamo-vos
raios de bem-aventurança e bálsamos de proteção. Acordai para essa realidade.
Viveis um tempo de júbilo, pois estais finalmente retornando à Casa.
Alegrai-vos, pois o tempo é chegado.”.
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 18 de fevereiro de 2018, caderno O.PINIÃO, página 16).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado Na revista VEJA, edição 2564 – ano 51 – nº 2, de
10 de janeiro de 2018, páginas 86 e 87, de autoria de Heni Ozi Cukier, que é cientista político e professor de relações
internacionais da ESPM, e que merece igualmente integral transcrição:
“A
CACOFONIA DIGITAL
A
INTERNET APARECEU para o mundo como uma ferramenta sem
precedentes a favor da democracia. Ao permitir que qualquer um tivesse acesso à
informação, essa nova tecnologia daria um golpe na censura. As pessoas poderiam
conversar livremente umas com as outras, organizar-se, combinar manifestações
e, por que não, derrubar ditaduras.
O
problema dessa visão otimista é a sua falta de comprovação empírica,
principalmente com respeito aos seus efeitos na sociedade e na política. Uma
das consequências mais devastadoras da internet e das redes sociais tem sido o
enfraquecimento do diálogo, algo historicamente essencial para as democracias.
Desde
a Antiguidade – da pólis dos gregos em diante – a política democrática era uma
atividade aberta. Em Atenas, alguns cidadãos faziam parte de um conselho que
definia a agenda da Assembleia e, posteriormente, definiam as leis. Durante
muito tempo, acreditou-se que, em Atenas, todos os cidadãos se aglomeravam para
praticar uma forma direta de democracia. Na verdade, descobertas modernas
mostraram que a Pnyx – colina onde a Assembleia se reunia – abrigava somente 6
000 indivíduos, enquanto a população total era de 60 000 cidadãos. Os gregos,
portanto, escolhiam representantes por sorteio para lidar com a política. Eles
o faziam por meio de debates baseados em argumentos racionais e fundamentados
em informações verdadeiras.
O
primeiro pensador a defender o valor do debate público e das justificativas
racionais das escolhas de leis entre cidadãos foi Aristóteles (384 a.C.-322
a.C.). Na atualidade, o principal articulador dessa ideia é Jürgen Habermas. O
filósofo alemão propôs um sistema em que a legitimidade da decisão democrática
deve preceder uma deliberação autêntica. Isso requer a existência de um espaço
público que permita um debate racional, transparente e inclusivo.
O
papel da democracia deliberativa é oferecer uma boa base para lidarmos com
diferenças morais na política. Ela permite reconhecer o mérito do argumento do
seu oponente de argumentação e contra-argumentação ajuda os debatedores a
aprender uns com os outros.
A
forma como cada cidadão lida com as diferenças de opinião, que são endêmicas na
vida política, é uma questão central. Como as decisões não são consensuais, o
debate é contínuo, dinâmico e não pressupõe uma conclusão definitiva sobre as
divergências políticas. Esse aspecto provisório contribui para que se mantenham
abertas as possibilidades de diálogo e incentiva o exercício da prudência na
discordância, essencial para o respeito mútuo e a tolerância. Ao apresentar as
razões das próprias escolhas e expor-se à discussão, uma pessoa acaba
encontrando justificativas que minimizam as diferenças com seu oponente. Dessa
maneira, engajamento, concessões e tolerância estão ancorados na experiência
pessoal da diversidade política e dependem do processo deliberativo.
Ninguém
espera que as plataformas digitais tenham a obrigação de eliminar os conflitos
e divergências políticas, mas também não deveriam execerbá-las ou debilitar a
capacidade deliberativa. Infelizmente, nós estamos sendo silenciados pela
tecnologia. Existe uma confusão entre conectividade e diálogo. Vivemos na era
da conexão, e não do diálogo. Estar conectado é acessar uma infinidade de
pessoas e informações. O ambiente tecnológico faz com que estejamos sempre nos
“comunicando”. Receber trinta mensagens pode até transmitir uma sensação de
pertencimento devido à quantidade de interações ocorridas com tão pouco
esforço. A comunicação, dessa forma, não precisa ter sentido nem transmitir
informações. Basta estabelecer uma conexão. É um erro. Estamos claramente
misturando quantidade com qualidade.
Pesquisas
mostram que aqueles que mais usam as mídias sociais têm dificuldade em
compreender as emoções humanas, inclusive as próprias. Um estudo elaborado por
Clifford, revela que a tecnologia não facilita a compreensão das emoções e que
a mídia social deixa a vida emocional mais difícil. A interação on-line conduz
à perda de empatia e à diminuição da capacidade de reflexão. Por outro lado, o
contato visual olho no olho é o mais poderoso caminho para estabelecer conexões
humanas e criar empatia com o outro. A comunicação on-line não permite o uso da
linguagem não verbal (linguagem corporal e facial), do tom de voz e de outros
aspectos essenciais para uma comunicação efetiva.
Os
desafios tratados pela política sempre serão sensíveis e complexos, seja uma
crise de refugiados causada por uma guerra civil sectária profunda, seja uma
crise fiscal resultante de um sistema previdenciário insustentável. O diálogo
no mundo digital reduz questões complexas a opções binárias. A comunicação
digital não abre espaço para nuances, e não é por acaso que a política em todo
o mundo está sem centro e polarizada. Não existe democracia se as pessoas não
entendem o que está sendo debatido e não forem capazes de articular justificativas
racionais em vez de fazer generalizações coletivas.
Se as
tecnologias de comunicação continuarem desumanizando, despersonalizando e
coletivizando a interação humana, correremos o risco de replicar as mesmas
ideologias destrutivas do último século que levaram a ondas massivas de
violência. Não podemos esquecer que as ferramentas de comunicação que eram
novas naquela época – como cinema e rádio – fortaleceram a narrativa do regime
nazista. Os soviéticos também usaram novas tecnologias, e Stalin investiu no
desenvolvimento de um cinema em 3D com equipamentos ópticos de ponta para
aperfeiçoar sua propaganda. Temos de refletir seriamente sobre como criar
códigos de conduta ou regras de etiqueta capazes de amenizar esses efeitos
nocivos e colaterais, para o bem da política e, principalmente, da
democracia.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro/2017 a ainda estratosférica marca
de 334,55% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,01%; e já o IPCA,
em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,85%); II – a
corrupção, há séculos, na mais
perversa promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando
a justiça, a verdade, a honestidade e
o amor à pátria, ao lado de abissais
desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes
necessidades de ampliação e modernização
de setores como: a gestão pública; a
infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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