segunda-feira, 11 de junho de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DOS VALORES PARA AS NOVAS SÍNTESES E A LUZ DOS APRENDIZADOS NOS PROTAGONISMOS DA SUSTENTABILIDADE


“Valores e sínteses em tempos difíceis
        Estamos passando por um período crítico. As antigas referências nos escapam. Temos a impressão de que estamos perdidos diante de tantos acontecimentos e comentários. Cada dia uma novidade. A pergunta é: o que vai resultar de tudo isso? A história nos dá algumas esperanças: quando visitamos determinados momentos de grande desencontro e crise no cenário mundial, percebemos que novas e boas perspectivas surgiram. Assim aconteceu em vários países da Europa. Quem sabe também aconteça conosco?
         A transformação de uma situação ruim para uma boa, entretanto, não é, a nosso ver, uma tendência natural. Há necessidade de movimentos, de esforços para que novas práticas aconteçam e sejam incorporadas social e culturalmente. A experiência dos momentos difíceis não gera, em si, aprendizados e transformações. Para que a experiência gere aprendizado e mudanças, ela necessita de reflexões e interpretações. Diríamos mais: é preciso buscar o sentido presente – e muitas vezes escondido – nos acontecimentos, tal como dizia o psiquiatra e psicanalista Viktor Frankl, e construir novos caminhos a partir de diferentes escolhas.
         É certo que em um país dividido política e emocionalmente como o nosso, está difícil achar um ponto comum, algo que, a despeito das nossas diferenças, nos una, nos agregue e nos assemelhe. Mas há. Acreditamos que os pontos de convergência entre nós, mesmo diante de posições tão divergentes e muitas vezes antagônicas, são representados pelos valores. Alguns poderão perguntar: quais valores?
         Esta pergunta faz sentido, porque nunca se falou tanto em valores como nos dias de hoje. E há colocações diferentes sobre o tema. O que é valor para uns pode não ser para outros. Podemos cair numa polêmica sem fim. Contudo, temos algumas referências que nos vêm – e que gostaríamos de destacar – das tradições humanistas. Elas nos remetem aos valores relacionados à dignidade humana (Declaração dos direitos humanos e Conferência Internacional sobre Bioética), à solidariedade, à justiça, à paz, ao respeito às pessoas e às diferenças, à compaixão, à tolerância, ao diálogo, entre outros, tão lembrados em diferentes espaços socioculturais e religiosos, políticos e econômicos.
         Estamos convencidos de que os valores devem nortear as transformações pretendidas em nível pessoal e coletivo. A sua interpretação poderá gerar a introdução de medidas diferentes nos contextos, mas, caso sejam escolhidos como norte e diretriz a ser seguida, permitirão uma possibilidade maior de acertos. Guiados por eles, seremos mais cuidadosos para com as pessoas e nossas cidades, o que significa, em termos práticos, a realização de pactuações respeitosas, relações de trabalho justas e éticas e reconhecimento da dignidade de cada cidadão.
         Ao deixarmo-nos guiar pelos valores, incorporaremos, paulatinamente, à nossa prática, atitudes mais coerentes e humanas. Isso nos permitirá construir novas formas de convivência em diferentes espaços. As leis são importantes, fundamentais. Precisamos delas para garantir a ordem, a tranquilidade, a segurança, entre outros. Todavia, em uma sociedade sem valores, elas poderão ser substituídas por outras que desconsideram os avanços humanísticos conquistados a duras penas.
         Não temos a menor dúvida de que as políticas públicas que promovem a justiça, a paz e o bem-estar social só se sustentam se fundamentadas e iluminadas pelos valores. Os saberes e técnicas das diferentes áreas do conhecimento humano precisam ser orientados por eles. E a convivência será mais humana e digna para a nossa geração e para as gerações futuras se não desistirmos deles.
         Nesses tempos difíceis, a vida nos traz o desafio de segurar com firmeza e fortalecer na nossa família, nas escolas, no trabalho e na política aquilo que nos é caro, precioso: os valores. Esse nos parece ser o caminho mais seguro para a nossa sociedade atual, que se perde aos poucos e corre o risco de deixar escapar a oportunidade de aprender com as experiências e construir novas sínteses.”.

(ARISTIDES JOSÉ VIEIRA CARVALHO. Médico e professor, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de junho de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de LUCAS FONSECA, palestrante motivacional formado em administração de empresas, com especialização em coaching, fundador do Instituto Lucas Fonseca e criador da metodologia MAP – Mindset de Alta Performance, e que merece igualmente integral transcrição:

“Recomeçar depois do fracasso
        O termo fracasso, por si só, já causa arrepio em muita gente. Fracassar é algo que gera temor, vergonha, tristeza e até revolta. Contudo, antes de se recolher sob esse rótulo, é preciso analisar friamente a situação em que julgamos ser fracassada. Muitas vezes, uma perda, de qualquer ordem, pode ser interpretada como um livramento. Assim como um prejuízo pode significar um belo aprendizado, daqueles que a gente vai carregar como lição para a vida toda.
         O fato é que nós não podemos mudar o passado, mas podemos dar um novo sentido a ele. Aliás, é bem mais inteligente fazer isso do que ficar se remoendo, punindo ou lastimando sobre algo que já foi. Todos os dias, quando acordamos, ganhamos um “presente”, que é estar vivo. Se formos capazes de acreditar em nós mesmos, investir a conspirar a nosso favor. Não é simples ou fácil, mas é poderoso.
         Eu mesmo sou um bom exemplo de que é possível dar a volta por cima, ressignificar o nosso passado e escrever um novo futuro. Nasci numa pequena cidade do interior do Espírito Santo. Só conheci energia elétrica quando tinha 14 anos. Fui alfabetizado numa escola rural e só retomei os meus estudos, em supletivo, aos 16 anos. Eu poderia me sentir um fracassado, uma vítima do mundo, da sociedade. Mas não, rompi com o ciclo do “coitadismo”, arregacei as mangas e fiz o melhor que pude com o que a vida que tinha. Iniciei meus estudos e, até a universidade, que parecia um sonho tão distante para alguém com a minha história, eu consegui concretizar.
         Me apaixonei pelas pessoas e pelo potencial transformador que cada um tem dentro de si. Uma noite sonhei com um treinamento capaz de transformar pessoas, fazer com elas vissem o que é realmente importante e pudessem ir atrás das melhores versões de si mesmas. Assim nasceu o MAP – Mindset de Alta Performance, que vem ganhando cada vez mais adeptos. Meu objetivo é fazer com todos descubram o vencedor que há dentro de si.
         Infelizmente, a nossa cultura prega a felicidade contínua. Como se a dor devesse ser evitada, a qualquer custo. Mas costumo dizer que todos nós temos a nossa cobertinha da amargura. Precisamos nos recolher embaixo dela, permitindo-nos sentir a dor, experimentá-la, em vez de simplesmente fingir que ela não existe. É preciso ser honesto com os seus próprios sentimentos. E entender que, por pior que seja, tudo vai passar. E passa, mesmo. Vivemos num mundo regido pela da impermanência. Nada é para sempre. Tudo está sempre em transformação.
         Um dos exercícios que sugiro em meus treinamentos é o “ponte para o futuro”. Nele, proponho que as pessoas busquem tomar contato com situações prazerosas, vislumbradas num futuro próximo. Esse bem estar proporcionado pelas emoções positivas dão força para superar um momento de dor ou fracasso. As pessoas passam a entender que não são vítimas do mundo, apenas estão passando por um momento difícil que, assim como os bons, também vai passar.
         Outro ponto interessante em relação a esse tema é que, algumas vezes, o fracasso é consequência das nossas próprias atitudes ou escolhas. Um casamento falido, um emprego ruim. No entanto, em outras situações, o fracasso é advindo de uma situação externa, algo que eu não tenho controle. A morte de uma pessoa querida, um acidente, um prejuízo material. Existe uma teoria muito interessante, chamada 90x10. Ela demonstra que apenas 10% do meu tempo é gasto com situações específicas. Ou outros 90% é como lidamos com elas. Ou seja, temos o poder de escolher se vamos lidar com tranquilidade ou resistência.
         Nesse sentido, é muito importante exercer a autoresponsabilidade. Eu sou o autor da minha história, mesmo quando lido com situações que não dependem exclusivamente de mim. É preciso criar estratégias para enfrentar as adversidades. Escolher a forma como vou reagir. Assumir o protagonismo da sua própria vida é o único caminho para a superação verdadeira. Fracassado é quem desiste. Quem luta será sempre um vencedor.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 331,57% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 320,96%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,76%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




  
 
  

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