segunda-feira, 5 de novembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA ALIANÇA COMPROMISSO E RESULTADOS E AS ESCOLAS DOS GRAVES DESAFIOS DA PAZ NA SUSTENTABILIDADE (25/145)

(Novembro = mês 25; faltam 145 meses para a Primavera Brasileira)

“Compromisso e resultados
        Existe uma linha tênue que separa os admiráveis dos medíocres. Ambos podem alcançar resultados positivos, ocupar cargos de liderança e relativo sucesso, a depender do ponto de vista. Contudo, a forma ou o caminho para chegar aos resultados muito dirá sobre atitude, ética e determinação. O legado acontecerá claramente a partir da liderança pelo exemplo, do engajamento e da capacidade de inspirar cotidianamente pessoas para o trabalho com propósito. Tudo isso fará diferença ao longo do caminho percorrido e também no resultado final, que pode ser admirável ou medíocre.
         Nesse sentido, vale destacar aqui valores que parecem escassos nos dias de hoje. Um deles diz respeito à transparência e também à ética. Precisamos estar sempre atentos ao comportamento das pessoas e ao nosso próprio, levando em consideração que devemos fazer o certo, mesmo quando ninguém está vendo, dedicar-nos em tudo por propósito, e não esperando algo em troca; ser humildes para reconhecer e assumir erros; e ter coragem, respeito e resiliência para tentar novamente, ainda que o ambiente não seja favorável. Em suma, precisamos fazer sempre o nosso melhor e, assim, vamos investir no círculo virtuoso da influência positiva que começa por nós e que contagia. Afinal, quando você muda, tudo muda ao seu redor.
         O comprometimento individual ao comprometimento coletivo, que fará toda a diferença, seja no ambiente político corporativo ou familiar. Com isso, evidencio, aqui, especialmente nesse período decisivo que vivemos no Brasil, que precisamos estar atentos aos valores para as tomadas de decisão, levando em conta a responsabilidade, a democracia, a igualdade, a solidariedade, a preocupação pelo semelhante. Esses são valores do cooperativismo que almejamos que sejam mais comuns na sociedade. São os valores que pesarão muito para o futuro melhor que desejamos, mais plural, assertivo e de desenvolvimento.
         Em mais de 60 anos de cooperativismo, já passei por inúmeras situações, por vezes difíceis, e em todas elas posso confirmar que o que fez a diferença foi primeiro as pessoas, com seus valores e propósitos, e em segundo lugar a convicção de estar fazendo o melhor, mesmo quando o ambiente é adverso. Cada ambiente é único e cada situação também. Respeitar as individualidades e possibilitar um ambiente que promova o bem e a prosperidade talvez seja o caminho para a sustentabilidade no ambiente de negócios, reconhecendo talentos e os comportamentos que por vezes passam despercebidos pela mecanicidade das ações.
         O assunto foi abordado em uma das palestras que integraram a quarta edição do World Coop Management. O evento foi realizado em Belo Horizonte e contou com a participação de mais de 300 dirigentes do cooperativismo brasileiro, de 24 estados. Um dos palestrantes, o empresário e escritor Eduardo Tevah, falou muito sobre engajamento e o definiu como “proposito, foco no objetivo, comprometimento e resiliência”. É, de fato, disso que precisamos. Mais pessoas comprometidas, com proposito, foco no objetivo e resilientes. Isso é o que tornará os empreendimentos fortes para enfrentar desafios e alcançar melhores resultados, em qualquer que seja o contexto.
         A o ouvir isso, me lembrei de uma figura que teve extraordinário sucesso nos negócios, pois soube como nunca motivar e engajar as pessoas, tendo como propósito encantar funcionários e clientes. Walter Elias Disney, mais conhecido como Walt Disney, cofundador da The Walt Disney Company, uma das maiores empresas de entretenimento do mundo. Ele sabia que o sucesso não depende somente de uma grande ideia, e dos talentos e reconhecimentos do empreendedor, mas da capacidade de engajar pessoas. Ele acreditava que a melhor maneira de motivar as pessoas é dando a elas algo em que acreditar.
         E no cooperativismo é assim. Temos por propósito conectar as pessoas e atuar de forma sustentável, o que certamente tornará o setor cada dia mais reconhecido e admirado.”.

(RONALDO SCUCATO. Presidente do Sistema Ocemg, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de outubro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de outubro de 2018, mesmo caderno, página 3, de autoria de WILSON CAMPOS, advogado e presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade da OAB/MG, e que merece igualmente integral transcrição:

“A violência nas escolas
        O recrudescimento da violência nas escolas tem causado enorme preocupação à sociedade brasileira, notadamente nos últimos anos. O comportamento agressivo de alunos em sala de aula serve para alertar os pais quanto à sua responsabilidade na educação de berço, não se devendo transferir para o professor a missão de impor limites, posto que esta função seja família e não dos educadores.
         Se o aluno repete em sala de aula o mesmo que pratica em sua própria casa, banalizando a urbanidade e desrespeitando as regras civilizadas, o erro pode estar na criação, no mau exemplo ou na falta de diálogo nos lares. A rigor, a sociabilidade começa em casa, tendo por parâmetros a harmonia familiar.
         A escola não pode ser vista como um negócio pública ou privado. A escola precisa ser reconhecida pelos alunos e respectivas famílias como um ambiente de preparação intelectual necessário, como um porto seguro para as aspirações futuras, sendo, portanto, imprescindível manter canais abertos de diálogo entre as partes interessadas, na busca da construção de um vínculo forte de confiança e onde se possam encontrar soluções para os problemas porventura surgidos nessa convivência escolar ou familiar.
         De nada serve uma escola que não se importa com o bem-estar de seus alunos, sejam eles quietos, descontraídos, calados, falantes, comportados ou indisciplinados. A atenção do professor tem de estar além da lição e da lousa, notadamente no sentido de observar o quão perto ou distante esteja o aluno. Entretanto, isso não significa colocar o professor como um guardião da vida pessoal do aluno, mas como um amigo disposto a conversar, aconselhar e exercer a magnânima tarefa de ensinar.
         Professores e funcionários das escolas precisam estar atentos a ocorrências de bullying, brincadeiras absurdas e piadas preconceituosas entre os alunos. Isso faz parte da acuidade professoral e do mérito disciplinar intramuros, não se admitindo que agressores submetam a situações vexaminosas os colegas tímidos ou reservados.
         O aluno não pode, sob hipótese alguma, se armar de palavras e atos violentos para desmoralizar e humilhar o profissional da educação, independentemente de sua frágil formação ou da ausência de bons exemplos familiares. Ora, se esse aluno não aprende bons modos em casa, com certeza vai aprender a duras penas nas ruas, quando enfrentar alguém da mesma índole.
         Não é minimamente racional admitir agressões a professores em sala de aula, e uma forma de corrigir essas atitudes agressivas de alunos violentos é os colegas não valorizarem o ato danoso contra o professor. Ou seja, comportamento e atitudes assertivas por parte de colegas acabam tornando a ação do agressor cada vez mais sem sentido, antipática, desleal e absurdamente desnecessária. O agressor, sem plateia e sem gritos de incentivo, acaba por ficar deslocado, desprestigiado, desvalorizado, e reduz a sua sandice juvenil, para não cometê-la mais ou pensa-la cada vez menos.
         Diante desse quadro, as reuniões entre pais e mestres se fazem indispensáveis, cada vez mais. Negligenciar essa obrigação é contribuir para a progressão da violência e do desrespeito. A conscientização dos deveres da família há de ser lembrada e relembrada, haja vista a desnecessidade da coerção ou da punição do transgressor da norma, mas o aconselhamento. O trabalho em grupo (família e escola), de forma que o aluno agressivo aprenda que brigas, intrigas, abusos, socos e pontapés não são aceitos pela sociedade civilizada e muito menos saudáveis para o seguimento da vida.
         No ensino público, a responsabilidade do governo vai além do prédio da escola, dos professores e dos funcionários. Cabe ao governo prover as escolas de atividades que promovam o surgimento de colaboradores na formação da livre, democrática e proativa expressão cultural. Cabe ainda, ao governo, entre outras competências sociais e funcionais, zelar pela integridade física e moral dos alunos, dos professores e dos funcionários, além de cuidar da preservação do patrimônio público.
         Por fim, cabe a todos incentivar a prática da excelência na comunidade escolar, preferencialmente com o fortalecimento de vínculos fraternos entre família, escola, alunos, professores e funcionários, que, com certeza, contarão com o apoio incondicional da sociedade, que não quer injustiça professoral nem agressões a professores, mais justiça e reconhecimento aos bons educadores.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 274,0% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 303,19%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,53%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.





       

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