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sexta-feira, 17 de maio de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA CONFIANÇA E DO COOPERATIVISMO E O PODER E OS DESAFIOS DAS CIÊNCIAS NA SUSTENTABILIDADE


“Confiança e cooperativismo: um contexto de sucesso
        Vivemos um tempo em que as pessoas e a sociedade como um todo clamam por instituições, autoridades e gestões baseadas na transparência, na confiança e no bem comum. E esse é, justamente, o tripé de atuação do cooperativismo. Sempre falamos com orgulho sobre os valores, os princípios e a forma diferenciada de fazer negócios desse segmento. Mas, muito mais inda nos orgulha o fato de atuarmos no ambiente de cooperativas, que agregam tantas pessoas, tantos contextos e tantas realidades locais, tendo a confiança como base direcionadora.
         Confiança é um bem intangível e imensurável, que deve ser cultivado, preservado, levado adiante. Isso reverbera dentro do cooperativismo e vem, ano após ano, impulsionando o crescimento do número de cooperados e os resultados do setor. As pessoas confiam nas cooperativas e veem nelas a esperança para um futuro melhor, com mais igualdade, dignidade, autonomia e justiça social.
         O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, com frequência, reitera que o maior armazém que o cooperativismo tem não é para guardar grãos, nem cofres para guardar dinheiro, mas o grande e inabalável armazém do cooperativismo é o da confiança. Atuamos em um segmento que tem a capacidade de despertar a confiança das pessoas, mesmo em tempos tão difíceis, de individualismo e descrença.
         Essa é nossa maior conquista, o que mais nos enche os olhos e o que mais nos motiva. As cooperativas são empreendimentos que geram empregos, resultados positivos e que reúnem as melhores condições de negócios, aumentando a produtividade, contribuindo para o desenvolvimento da economia local, regional, nacional e mundial. Quanto orgulho temos por isso.
         De acordo com a Aliança Cooperativa Internacional, as 3 milhões de cooperativas na Terra cooperam para o crescimento econômico e sustentável, gerando serviços estáveis e de qualidade. Hoje, no mundo, elas empregam 280 milhões de pessoas, ou seja, 10% da população está empregada em algum empreendimento cooperativo, gerando um faturamento de US$ 2,1 trilhões, proporcionando a infraestrutura que a sociedade precisa para prosperar.
         Esses resultados existem porque temos uma visão de longo prazo para o crescimento, considerando a sustentabilidade para tudo e para todos. Estimulamos a cultura da confiança entre as pessoas, além de representarmos uma força de trabalho mais feliz e disposta para toda a sociedade. No cooperativismo, as atitudes simples, a competência das pessoas, a seguridade dos serviços e produtos, a transparência, o compromisso, a ética, o cumprimento de metas, a consistência nas ações e relações são a confirmação de que sim, é possível prosperar mesmo diante das incertezas, porque ainda temos e onde e em quem confiar. Disse João Paulo II: “a confiança não se consegue por meio da força; nem mesmo se obtém somente com declarações. Para construir a confiança são necessários gestos e fatos concretos”, como demonstrado cotidianamente pelo cooperativismo.”.

(RONALDO SCUCATO. Presidente do Sistema Ocemg, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de maio de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de ANTONIO BENEDITO LOMBARDI, médico e professor de medicina da PUC Minas Betim, professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, e que merece igualmente integral transcrição:

“Um desafio para todas as ciências
        Não há como permanecer calado em relação a uma série de notícias polêmicas. É difícil até escolher por qual delas deve-se começar um reflexão. Vejamos, por exemplo, as notícias sobre a oferta de cursos de medicina e das ciências humanas e sociais. Durante algumas décadas fazendo pediatria, conheci muito de perto doenças infantis associadas às condições socioeconômicas. Posso citar a desnutrição, as gastroenterites, a desidratação, as pneumonias, as parasitoses intestinais, as doenças infectocontagiosas, entre elas, a tuberculose, a sífilis, o tétano, a difteria, a coqueluche, o sarampo, a paralisia infantil e muitas outras.
         Testemunhei, assim, como médico formado em 1975, que no último quarto do século passado os hospitais pediátricos viviam lotados. A mortalidade nos primeiros anos de vida era muito alta. Os transtornos emocionais, comportamentais e de aprendizagem também eram muito comuns, porém, se escondiam atrás das doenças prevalentes. Na maioria desses casos o pano de fundo era sempre o mesmo, ou seja, fatores sociais adoeciam e matavam milhares de crianças. Muitas vezes doenças associadas primordialmente com a indiferença humana sempre muito presente nesses cinco séculos da formação da sociedade brasileira. Leituras de história, geografia, sociologia, direito, filosofia me ajudaram nessa compreensão. Graças a elas descontruí paradigmas que norteavam o entendimento equivocado que tinha sobre o desenvolvimento humano neste país.
         Nessas décadas do século atual, diferentemente, os impactados já não são crianças pequenas e, sim, milhares de adolescentes e adultos jovens. Hoje, convivemos com o estresse, a obesidade, a depressão, a automutilação, o suicídio, o abuso de drogas, a violência, o aprisionamento, a mortalidade alta de adolescentes e de adultos jovens e com a dengue. Essencialmente, entretanto, os fatores causais continuam os mesmos.
         Isso ocorre porque falta neste país a aplicação consistente de medidas fundamentadas em conceitos de filosofia, como a razão e a lógica, a ética, a reflexão, da antropologia e sociologia, que orientam a organização e o funcionamento das sociedades humanas saudáveis; do direito, como os conceitos de justiça e de cidadania implícitos na Declaração Universal dos Direitos Humanos; das ciências da religião, como espiritualidade, fraternidade, solidariedade e, por fim, conceitos da psicologia e psicanálise relacionados à subjetividade, ao altruísmo, à compreensão das emoções básicas, à construção da personalidade e às origens da indiferença, da agressividade, da perversidade. São conceitos que uma vez garantidos na formulação dos textos das políticas públicas e na postura ética da governança (Executivo, Legislativo, Judiciário, e mais economia, agricultura, meio ambiente, educação, saúde, desenvolvimento social, justiça, segurança pública etc.) contribuem para melhorar os seres humanos e as sociedades. É tempo, portanto, da valorização da universidade e potencialização da produção dos conhecimentos e socialização perseverante dos mesmos até alcançar o cidadão onde ele estiver.
         Por fim, propositadamente, cabe aqui recorrer a uma história sobre crianças que, desesperadas, desciam continuamente rio abaixo lutando contra a correnteza. As pessoas consternadas procuram retirá-las do rio até que uma delas decidiu ir rio acima para tentar descobrir o que estava acontecendo. Na verdade elas estavam sendo jogadas no rio.
         Como na história acima, além de tentarmos cuidar das crianças e adolescentes, muitas vezes impactados biopsicossocialmente, que lutam cotidianamente contra as experiências adversas, é preciso erradicar as causas que levam a esse quadro preocupante. Certamente que essa não é uma missão unicamente das “ciências da saúde” e sim de todas as “ciências”, por meio das ações transdisciplinares e integradas a curto, médio e longo prazo.
         Há um abismo estarrecedor entre o ritmo das decisões políticas e a implementação das intervenções sociais. A tragédia social no Brasil é grave, não pode esperar mais, exige ações urgentes.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março a ainda estratosférica marca de 299,45% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 322,74%; e já o IPCA, em abril, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,94%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



   
  


segunda-feira, 5 de novembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA ALIANÇA COMPROMISSO E RESULTADOS E AS ESCOLAS DOS GRAVES DESAFIOS DA PAZ NA SUSTENTABILIDADE (25/145)

(Novembro = mês 25; faltam 145 meses para a Primavera Brasileira)

“Compromisso e resultados
        Existe uma linha tênue que separa os admiráveis dos medíocres. Ambos podem alcançar resultados positivos, ocupar cargos de liderança e relativo sucesso, a depender do ponto de vista. Contudo, a forma ou o caminho para chegar aos resultados muito dirá sobre atitude, ética e determinação. O legado acontecerá claramente a partir da liderança pelo exemplo, do engajamento e da capacidade de inspirar cotidianamente pessoas para o trabalho com propósito. Tudo isso fará diferença ao longo do caminho percorrido e também no resultado final, que pode ser admirável ou medíocre.
         Nesse sentido, vale destacar aqui valores que parecem escassos nos dias de hoje. Um deles diz respeito à transparência e também à ética. Precisamos estar sempre atentos ao comportamento das pessoas e ao nosso próprio, levando em consideração que devemos fazer o certo, mesmo quando ninguém está vendo, dedicar-nos em tudo por propósito, e não esperando algo em troca; ser humildes para reconhecer e assumir erros; e ter coragem, respeito e resiliência para tentar novamente, ainda que o ambiente não seja favorável. Em suma, precisamos fazer sempre o nosso melhor e, assim, vamos investir no círculo virtuoso da influência positiva que começa por nós e que contagia. Afinal, quando você muda, tudo muda ao seu redor.
         O comprometimento individual ao comprometimento coletivo, que fará toda a diferença, seja no ambiente político corporativo ou familiar. Com isso, evidencio, aqui, especialmente nesse período decisivo que vivemos no Brasil, que precisamos estar atentos aos valores para as tomadas de decisão, levando em conta a responsabilidade, a democracia, a igualdade, a solidariedade, a preocupação pelo semelhante. Esses são valores do cooperativismo que almejamos que sejam mais comuns na sociedade. São os valores que pesarão muito para o futuro melhor que desejamos, mais plural, assertivo e de desenvolvimento.
         Em mais de 60 anos de cooperativismo, já passei por inúmeras situações, por vezes difíceis, e em todas elas posso confirmar que o que fez a diferença foi primeiro as pessoas, com seus valores e propósitos, e em segundo lugar a convicção de estar fazendo o melhor, mesmo quando o ambiente é adverso. Cada ambiente é único e cada situação também. Respeitar as individualidades e possibilitar um ambiente que promova o bem e a prosperidade talvez seja o caminho para a sustentabilidade no ambiente de negócios, reconhecendo talentos e os comportamentos que por vezes passam despercebidos pela mecanicidade das ações.
         O assunto foi abordado em uma das palestras que integraram a quarta edição do World Coop Management. O evento foi realizado em Belo Horizonte e contou com a participação de mais de 300 dirigentes do cooperativismo brasileiro, de 24 estados. Um dos palestrantes, o empresário e escritor Eduardo Tevah, falou muito sobre engajamento e o definiu como “proposito, foco no objetivo, comprometimento e resiliência”. É, de fato, disso que precisamos. Mais pessoas comprometidas, com proposito, foco no objetivo e resilientes. Isso é o que tornará os empreendimentos fortes para enfrentar desafios e alcançar melhores resultados, em qualquer que seja o contexto.
         A o ouvir isso, me lembrei de uma figura que teve extraordinário sucesso nos negócios, pois soube como nunca motivar e engajar as pessoas, tendo como propósito encantar funcionários e clientes. Walter Elias Disney, mais conhecido como Walt Disney, cofundador da The Walt Disney Company, uma das maiores empresas de entretenimento do mundo. Ele sabia que o sucesso não depende somente de uma grande ideia, e dos talentos e reconhecimentos do empreendedor, mas da capacidade de engajar pessoas. Ele acreditava que a melhor maneira de motivar as pessoas é dando a elas algo em que acreditar.
         E no cooperativismo é assim. Temos por propósito conectar as pessoas e atuar de forma sustentável, o que certamente tornará o setor cada dia mais reconhecido e admirado.”.

(RONALDO SCUCATO. Presidente do Sistema Ocemg, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de outubro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de outubro de 2018, mesmo caderno, página 3, de autoria de WILSON CAMPOS, advogado e presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade da OAB/MG, e que merece igualmente integral transcrição:

“A violência nas escolas
        O recrudescimento da violência nas escolas tem causado enorme preocupação à sociedade brasileira, notadamente nos últimos anos. O comportamento agressivo de alunos em sala de aula serve para alertar os pais quanto à sua responsabilidade na educação de berço, não se devendo transferir para o professor a missão de impor limites, posto que esta função seja família e não dos educadores.
         Se o aluno repete em sala de aula o mesmo que pratica em sua própria casa, banalizando a urbanidade e desrespeitando as regras civilizadas, o erro pode estar na criação, no mau exemplo ou na falta de diálogo nos lares. A rigor, a sociabilidade começa em casa, tendo por parâmetros a harmonia familiar.
         A escola não pode ser vista como um negócio pública ou privado. A escola precisa ser reconhecida pelos alunos e respectivas famílias como um ambiente de preparação intelectual necessário, como um porto seguro para as aspirações futuras, sendo, portanto, imprescindível manter canais abertos de diálogo entre as partes interessadas, na busca da construção de um vínculo forte de confiança e onde se possam encontrar soluções para os problemas porventura surgidos nessa convivência escolar ou familiar.
         De nada serve uma escola que não se importa com o bem-estar de seus alunos, sejam eles quietos, descontraídos, calados, falantes, comportados ou indisciplinados. A atenção do professor tem de estar além da lição e da lousa, notadamente no sentido de observar o quão perto ou distante esteja o aluno. Entretanto, isso não significa colocar o professor como um guardião da vida pessoal do aluno, mas como um amigo disposto a conversar, aconselhar e exercer a magnânima tarefa de ensinar.
         Professores e funcionários das escolas precisam estar atentos a ocorrências de bullying, brincadeiras absurdas e piadas preconceituosas entre os alunos. Isso faz parte da acuidade professoral e do mérito disciplinar intramuros, não se admitindo que agressores submetam a situações vexaminosas os colegas tímidos ou reservados.
         O aluno não pode, sob hipótese alguma, se armar de palavras e atos violentos para desmoralizar e humilhar o profissional da educação, independentemente de sua frágil formação ou da ausência de bons exemplos familiares. Ora, se esse aluno não aprende bons modos em casa, com certeza vai aprender a duras penas nas ruas, quando enfrentar alguém da mesma índole.
         Não é minimamente racional admitir agressões a professores em sala de aula, e uma forma de corrigir essas atitudes agressivas de alunos violentos é os colegas não valorizarem o ato danoso contra o professor. Ou seja, comportamento e atitudes assertivas por parte de colegas acabam tornando a ação do agressor cada vez mais sem sentido, antipática, desleal e absurdamente desnecessária. O agressor, sem plateia e sem gritos de incentivo, acaba por ficar deslocado, desprestigiado, desvalorizado, e reduz a sua sandice juvenil, para não cometê-la mais ou pensa-la cada vez menos.
         Diante desse quadro, as reuniões entre pais e mestres se fazem indispensáveis, cada vez mais. Negligenciar essa obrigação é contribuir para a progressão da violência e do desrespeito. A conscientização dos deveres da família há de ser lembrada e relembrada, haja vista a desnecessidade da coerção ou da punição do transgressor da norma, mas o aconselhamento. O trabalho em grupo (família e escola), de forma que o aluno agressivo aprenda que brigas, intrigas, abusos, socos e pontapés não são aceitos pela sociedade civilizada e muito menos saudáveis para o seguimento da vida.
         No ensino público, a responsabilidade do governo vai além do prédio da escola, dos professores e dos funcionários. Cabe ao governo prover as escolas de atividades que promovam o surgimento de colaboradores na formação da livre, democrática e proativa expressão cultural. Cabe ainda, ao governo, entre outras competências sociais e funcionais, zelar pela integridade física e moral dos alunos, dos professores e dos funcionários, além de cuidar da preservação do patrimônio público.
         Por fim, cabe a todos incentivar a prática da excelência na comunidade escolar, preferencialmente com o fortalecimento de vínculos fraternos entre família, escola, alunos, professores e funcionários, que, com certeza, contarão com o apoio incondicional da sociedade, que não quer injustiça professoral nem agressões a professores, mais justiça e reconhecimento aos bons educadores.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 274,0% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 303,19%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,53%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.





       

sexta-feira, 27 de abril de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA SOLIDARIEDADE E A FORÇA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA SUSTENTABILIDADE


“Um convite à solidariedade
        Sem a utopia de uma sociedade perfeita e talvez inalcançável pela via política, mas conscientes do poder transformador do cooperativismo, acreditamos em um mundo mais justo, com pessoas mais felizes. Estimulado a cumprir essa missão, o Sistema Ocemg concebeu, em 2009, o Dia de Cooperar, projeto que foi abraçado pelas cooperativas mineiras e hoje une todo o Brasil em torno da causa do voluntariado.
         Como cooperativistas, nosso compromisso é com as pessoas, e o Dia C fortalece esse propósito por meio de ações contínuas, intercooperativas e engajadas com o bem-estar. Alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), demonstramos para a sociedade que o segmento realiza mais que negócios – potencializa, valoriza e cuida das pessoas por meio de iniciativas solidárias, que ganham visibilidade no primeiro sábado de julho, Dia Internacional do Cooperativismo, quando as cooperativas promovem eventos simultâneos de celebração da campanha junto à comunidade.
         Com o incentivo do Sistema OCB, entidade nacional do cooperativismo, o Dia C cresceu e se fortaleceu tanto que alcançou status de movimento. Em 2017, os 26 estados e o Distrito Federal foram contemplados pelas ações do Dia de Cooperar, campanha que abrangeu 936 municípios, com a realização de 1.200 projetos por mais de 12.08 cooperativas brasileiras, envolvendo 102 mil voluntários em benefício de 1,6 milhão de pessoas.
         Em Minas Gerais, há 10 anos fazemos o primeiro convite para as cooperativas registradas junto ao Sistema Ocemg e hoje podemos dizer que 254 delas elaboram projetos de responsabilidade socioambiental e engajam funcionários, familiares e a comunidade nesse grande corrente do bem que é o Dia de Cooperar. Ainda podemos crescer muito mais. Principalmente, se olharmos para a dimensão territorial de Minas, para a quantidade de cooperativas que ainda não aderiram ao movimento e para o número de pessoas que ainda não alcançado pelas ações transformadoras do voluntariado.
         O Dia C materializa o sexto e o sétimo princípios do cooperativismo, de “intercooperação” e “interesse pela comunidade”, e reforça valores como a solidariedade, que tanto motiva e encanta os voluntários. Ser voluntário é também atitude de pessoas comprometidas com o futuro e com a sustentabilidade. Não por acaso, as nações mais desenvolvidas são também as que têm maior número de voluntários e projetos sociais.
         A propósito, o Dia de Cooperar foi efusivamente reconhecido pelo papa Francisco e pela Organização das Nações Unidas (ONU), que no ano passado convidou o presidente do Sistema OCB para falar sobre o tema, durante audiência em Nova York. Também em 2017, fui convidado para apresentar o Dia C para dirigentes de mais de 95 países presentes na Assembléia Geral da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), em Kuala Lumpur, na Malásia.
         Diante de tamanha representatividade e da importância alcançada pelo Dia C, a partir deste ano será promovido o Prêmio Sescoop-MG de Voluntariado, que reconhecerá e premiará os melhores projetos durante o Seminário de Responsabilidade Social das Cooperativas Mineiras, em dezembro.
         Temos o desafio de ampliar a participação das cooperativas no Dia C para que mais voluntários integrem as ações de maneira que seja possível beneficiar ainda mais pessoas nesse movimento tão aplaudido. Vamos mostrar para o mundo que nós cooperativistas sabemos como ninguém ser voluntários e unir as pessoas em torno de um objetivo comum – a solidariedade.”.

(RONALDO SCUCATO. Presidente do Sistema Ocemg, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de abril de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de ENEIAS RONCARATI, professor de gestão de pessoas da FGV/Faculdade IBS, e que merece igualmente integral transcrição:

“Tecnologia e o futuro do trabalho
        Caso sua vocação esteja alinhada com as áreas de ciência e tecnologia, sugiro especial atenção a estas linhas. A automação genérica de processos de trabalho (pela massificação do uso de algoritmos, softwares e aplicativos de última geração), combinada com a robotização de atividades fabris e corporativas, experimenta novas etapas cada vez mais intensas de inovações disruptivas, o que está gerando mudanças importantes nos perfis de mandados de colaboradores.
         De início, os aspirantes devem ser assertivos na busca e processamento incessante de informações e conhecimento. Devem também ser curiosos, adaptáveis e questionadores, antenados às metodologias científicas de planejamento e trabalho, facilitando processos de criação e inovação constantes. Espera-se, ainda, que sejam capazes de trabalhar e interagir em grupos multiculturais e em equipes multidisciplinares; e, por fim, que disponham de um background de educação formal de nível superior e de pós-graduação, preferencialmente com graduação em cursos superiores das chamadas hard sciences, tais como matemática, estatística, física, química ou engenharia, ou com ênfase nas ciências da computação, em especial o software, envolvendo habilidades específicas como programação, desenvolvimento de algoritmos e criação de aplicativos.
         Assim, em paralelo com a demanda brasileira por profissionais da área de tecnologia da informação (sempre com vagas ociosas por falta de mão de obra qualificada), as oportunidades atuais apresentam-se em setores específicos desta área de C&T. Na chamada indústria 4.0, a digitalização segue remodelando processos e cortando custos. Novas máquinas impressoras em 3-D e novos materiais para impressão, por exemplo, permitem fazer desde peças customizadas, como próteses e peças biomecânicas, a produtos finais maiores.
         Há a inteligência artificial, com ferramentas tecnológicas acessórias, tais como deep learning e machine learning, que são novas metodologias e tecnologias usadas para ensinar às máquinas o trabalho humano ou criar softwares específicos de recursos financeiros na rede ao próprio fluxo de informações, pois a tendência é movermos dinheiro pela internet com cada vez mais facilidade, com a tecnologia blockchain. Há que se lembrar, também, do big data, que é a capacidade corporativa de acumular e correlacionar imensas quantidades de dados e informações, e do data analytics, que possibilita transformá-los em conhecimento útil para finalidades específicas.
         Já a internet of things é a internet conectada com os aparelhos e apetrechos mais diversos. Entre as novas tecnologias digitais, lembremos da realidade virtual e da realidade aumentada, que permitem, respectivamente, experimentar ambientes e situações imaginários, ou experimentar a realidade cotidiana acrescida de mais informação (como no caso de o cliente obter informação sobre um restaurante apontando para ele a câmera de seu mobile phone).
         A computação em nuvem é a capacidade corporativa de poder dispor de todas as facilidades da computação a distância. Já a segurança digital é uma área essencial em C&T, pois é a capacidade corporativa de prover uma experiência digital segura para seus clientes. Vale lembrar a criação de games e de processos de gamificação de atividades corporativas (para aumentar a produtividade do trabalho, por exemplo); e, finalmente, a eclosão e o desenvolvimento de novas tecnologias digitais, metodologias de pesquisa e avanços científicos em áreas como as de energias renováveis, agronegócios, biofarmacêutica, além de engenharia genética, aeroespacial, química e de novos materiais (a exemplo de nanotecnologias e nanomateriais), com aplicações diversas e que ensejam a abertura de novos negócios tipo startups e scaleups.
         Um especialista em big data, em começo de carreira, pode ter salário de até R$ 4 mil, podendo chegar aos R$ 30 mil no caso de cargos como engenheiro de big data, ou head de big data. Para melhor subsidiar a criação de novos negócios em C&T, são altamente recomendáveis conhecimentos específicos sobre temas como empreendedorismo, planos e modelos de negócios ou gerenciamento de projetos, além de finanças corporativas, gestão estratégica, pesquisa de mercado, marketing e assuntos afins, de forma a permitir a criação de um robusto e durável modelo de negócios, além da fidelização da clientela e aumento das vendas e lucros.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.