quarta-feira, 6 de novembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA HUMANIDADE NAS TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS E AS RIQUEZAS DA SABEDORIA NA SUSTENTABILIDADE


“Transformação digital
        A tecnologia deve servir ao ser humano, e não o contrário. A frase pode soar clichê, mas é uma ideia extremamente necessária para aqueles que trabalham e desenvolvem tecnologias. Sem o ser humano no centro, a transformação digital simplesmente perde sua razão de existir. Afinal, toda inovação tem como objetivo atender às necessidades humanas.
         Um assunto recorrente no mundo da tecnologia é a internet das coisas (IoT), que conecta dispositivos a fim de permitir ou facilitar processos. A IoT nada mais é que o uso efetivo das informações e dados disponíveis para que o potencial dos equipamentos ou máquinas seja aproveitado ao máximo.
         Existe um grande equívoco, que é bem comum, em achar que uma tecnologia como a IoT tira o protagonismo do ser humano nos processos. Por exemplo, o sistema de reconhecimento facial presente em diversos aeroportos espalhados pelo mundo. Um ser humano desenvolve o algoritmo que vai definir todo o sistema. Que tipo de critérios será utilizado para identificar quem deve ou não passar na fila da alfandega? Aparência? Com base em quê? São perguntas que trazem à tona toda uma discussão sobre a ética, mas que mostram como todo o poder ainda está nas nossas mãos.
         As informações e tecnologias já estão disponíveis e podem ser ainda mais desenvolvidas. O que falta é uma predisposição das pessoas a mudar de cultura. Se o ser humano não aceitar, por exemplo, que suas informações sejam utilizadas por sistemas de IoT para oferecer novos serviços e experiências, a tecnologia não vai se desenvolver. Tudo está em nossas mãos.
         Isso vale para outras tendências, como machine learning e inteligência artificial. São tecnologias que não vão substituir o ser humano, mas apenas aumentar o potencial das informações disponíveis e, com isso, tornar os processos mais eficientes. A mudança está na ordem do processo: cada vez mais o ser humano vai se ocupar de atividades em posições mais estratégicas dentro das empresas, e menos no operacional.
         Isso ocorre em meio a uma grande transformação cultural no mundo hiperconectado. O consumidor está menos disposto a lidar com intermediários. Para fazer um passeio pela cidade, por exemplo, um aplicativo de transporte pode mediar a sua relação com o motorista, sem grandes burocracias. Para fazer uma transferência de dinheiro, o blockchain dá a possibilidade de realizá-la sem depender de um banco.
         Trazer o ser humano para o centro da transformação é essencial não só para as empresas e negócios, mas para que a tecnologia cumpra devidamente o seu papel, que é facilitar a vida das pessoas.”.

(Leandro Laporta. Diretor de arquitetura de soluções e parcerias da Orange Business Services, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 3 de novembro de 2019, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLE, e que merece igualmente integral transcrição:

“A riqueza de todos
        Gente suando por mais riqueza, títulos, poder e honras, sem tempo para olhar as estrelas, a natureza, as crianças, a vida que escorre em vão. Gente pisando na grama, atropelando a vida, arrancando flor pela raiz.
         Riqueza que faísca e parece felicidade. Riqueza acima do necessário, riqueza arrancada dos outros. Para quê?
         Ansiedade, afã, luta, suor, sangue. Ter mais, mais do que o vizinho, mais do que tudo.
         Riqueza sem meta, sem fim, sem rumo, deitada sobre um monte de vítimas; riqueza para pagar guarda-costas e advogados; exposta, vulnerável, sequestrável. Riqueza exposta aos malandros, à queda da Bolsa, à desvalorização cambial, ao assaltante comum. Riqueza monumental que ficará fora do caixão, que será gasta por outra marionete do destino. Um atrevido, um perdulário, um dissoluto, um bobo, um trapaceiro ou talvez um santo, um místico que não saberá o que fazer e se livrará dela como de um peso.
         Riqueza que aquieta ou aflige, que mexe com a alma. A mesma alma que dela um dia se libertará.
         E que dizer ao homem que não tem pão, incapaz de conseguir saciar o seu estômago? Homens diferentes. Ricos e pobres. Duas humanidades e um único Deus. Quem tem muito não tem tempo nem sossego. Quem nada tem morre de fome.
         Riqueza? Para o rei Salomão é Sabedoria. Dela diz com entusiasmo: “É mais que a saúde e a beleza. Gozei dela mais do que a claridade do sol, porque a claridade que dela emana jamais se apaga”. Lindo!
         E mais: “Há na sabedoria um espírito inteligente, penetrante, puro, claro, inofensivo, inclinado ao bem, agudo, livre, benéfico, benévolo, estável, seguro, sem inquietação, que pode tudo, que cuida de tudo... É ela uma efusão da luz eterna, um espelho sem mancha da atividade de Deus e uma imagem de Sua bondade”.
         “Eu a amei e procurei desde a juventude, me esforcei para tê-la por esposa...” “Por meio dela obterei a imortalidade... Recolhido em minha casa, sem medo, descobridor da minha eternidade, repousarei junto dela...”
         Sabedoria: riqueza imperecível; grandeza com humildade; justiça com misericórdia; força com doçura; inteligência com amor. Tudo.
         Tirada de Si por Deus, gerando o homem “à Sua imagem e semelhança”.
         Não sente falta de nada. É tudo. É de quem a ama e a quer.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 307,82% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,89%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




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