quarta-feira, 13 de novembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DOS COLABORADORES NO ELEVADO DESEMPENHO DAS ORGANIZAÇÕES E A TRANSCENDÊNCIA DA CONTEMPLAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE


“Colaboradores como clientes
        Em 2006, a Best Buy, varejista norte-americana especializada em eletrônicos, criou uma rede social exclusiva para funcionários. Trata-se de uma plataforma digital chamada Blue Shirt Nation (BSN), que permite aos colaboradores trocar informações e experiências entre si. Uma iniciativa ambiciosa, que demandou um considerável investimento financeiro por parte dos gestores. Mas por que dedicar tamanho esforço a um projeto restrito ao público interno?
         A resposta está no conceito de endomarketing: estratégia de comunicação interna que visa à promoção da imagem da empresa perante o público interno, ou seja, os próprios colaboradores. A ideia é otimizar a produção por meio de ações que promovam engajamento e motivação, já que a produtividade do negócio tem relação direta com o nível de satisfação dos funcionários. Pessoas mais felizes formam uma equipe mais integrada e motivada e, consequentemente, apresentam resultados melhores. Trata-se de uma relação ganha-ganha, afinal a empresa e o colaborador crescem juntos.
         A estratégia pode parecer abstrata, mas sua concretização é possível por meio de ações pontuais, como o reconhecimento dos profissionais com bom desempenho, a promoção de treinamentos e capacitações, iniciativas de integração entre a equipe, oferecimento de benefícios complementares e estabelecimento de um plano de carreira. Além disso, é importante dar visibilidade a essas iniciativas. Uma prática comum, adotada atualmente, tem sido a produção de vídeos institucionais que contribuem para a geração de um sentimento de pertencimento.
         A utilização do endomarketing já é uma tendência entre as principais multinacionais do mercado. Empresas como Toyota e Golden Cross, por exemplo, são referências em iniciativas que visam promover funcionários a “embaixadores” das marcas. E os resultados positivos dessa estratégia vão além, uma vez que as práticas internas ecoam externamente.
         A criação de uma campanha de endomarketing demanda estratégia e criatividade, afinal deve ser direcionada para os objetivos específicos da organização. No caso da Best Buy, que tinha elevados índices de rotatividade de profissionais, a implantação da rede social corporativa foi um sucesso nesse sentido. Após a inauguração da BSN, o índice de turnover, que mede a rotatividade de colaboradores em uma empresa, foi reduzido em 50%. O resultado possibilitou economia e demonstrou uma melhoria valiosa do clima organizacional.
         O case da Best Buy comprova a tese de que a valorização do público interno e a comunicação com eles são características de uma gestão inteligente, focada em minimizar custos e aumentar a produtividade. É a certeza de que o colaborador também deve ser visto como um cliente.”.
(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Ancham-BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de novembro de 2019, caderno OPINIÃO, página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 08 de novembro de 2019, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Imagens e sons de cada dia
Imagens e sons configuram a memória – alicerce de experiências, armazém de valores e princípios que sustentam a vida; articulam as conexões que configuram o tecido ético-moral indispensável no exercício da cidadania. Com imagens e sons o mundo se faz e se refaz, recompõe-se e, também, lamentavelmente, se deteriora. Particularmente, a contemporaneidade se estreita entre os binários das imagens e dos sons de cada dia. As ciências especializadas e seus pesquisadores alertam sobre as perdas e os riscos provocados pela forma de se relacionar com as imagens e os sons do dia a dia – que sustentam ou abalam experiências. Uma singularidade interessante no complexo âmbito das imagens é o afã na produção de fotos. Observa-se que a facilidade tecnológica faz de todo mundo um fotógrafo. Muitos se posicionam atrás da câmera para registrar determinados momentos. E ao se dedicarem à captação da foto, perdem a essência do importante registro a ser feito pela memória, fundamental para subsidiar experiências determinantes.
É preciso analisar e calcular as perdas quando não se vive experiências e, consequentemente, deixa-se de apreender imagens nas sinapses cerebrais, por priorizar a tarefa de fotografar. Com foco na câmera, o olhar pode não fazer o giro experiencial que provoca novos entendimentos, com incidências nas emoções, capazes de qualificar as relações humanas. Quando busca somente fotografar, o ser humano faz registros, mas arrisca-se a perder a oportunidade de viver importantes experiências. E os prejuízos, naturalmente, são muitos, pois a privação da competência contemplativa, indispensável a todo processo de constituição da interioridade, leva à perda da qualidade de vida.
A rica e complexa teia das imagens de cada dia requer contemplação. Do contrário, a vida passa a ser vivida “do lado de fora”, sem alicerces interiores, o que constitui o risco suicida da desconexão com a realidade – certamente, uma das razões do crescimento de índices sobre as desistências de se viver. Outra consequência é a primazia de certa superficialidade, quando se faz ainda mais necessária uma sólida aptidão humana para lidar com os muitos desafios contemporâneos. A contemplação é, pois, indispensável para se alcançar as riquezas conduzidas pelas imagens de cada dia.
Faz-se necessário aprender a contemplar para que as incalculáveis imagens de cada dia, nos muitos cenários que compõem a jornada da humanidade, se desdobrem em sabedoria de vida, na competência para discernimentos e na produção do sentido que alimenta o viver. No educativo e amplo horizonte da ecologia integral, com indicações para o civilizado tratamento da Casa Comum, está incluída a orientação de reconhecer a Criação na beleza singular da natureza – o desenvolvimento de um olhar contemplativo. Trata-se de oportunidade para se qualificar na arte que produz sentido para amar e viver. Inscreve-se também na dinâmica dessa contemplação a aprendizagem para lidar com sons – ouvi-los e produzi-los. Preocupante é a patológica produção de barulhos que, certamente, escondem, ou ao menos disfarçam, ansiedades e angústias. Geram certas ilusões, a partir de sensações, mas são incapazes de superar o vazio existencial.
         O mundo contemporâneo é palco de muitos sons que, na verdade, são barulhos, causam perturbação e são sinais de pouca civilidade. Esses ruídos muitas vezes atrapalham o encontro de verdades que só se revelam no indispensável silêncio para o exercício da escuta. A humildade na avaliação pessoal e familiar, também na vida em sociedade, permite calcular os comprometimentos resultantes dos equívocos nas formas de lidar com imagens e sons. Ver muito e enxergar pouco, conviver com poluição sonora e ser incapaz de escutar são consequências.
Essa inadequada relação com sons e imagens contribui para consolidar indiferenças diante de graves situações, a exemplo de cenários em que pessoas esbanjam os bens, têm demais, e até por isso adoecem, enquanto tantas outras, feridas em sua dignidade, vivem de migalhas. A incapacidade para lidar com imagens e sons ajuda a perpetuar, desse modo, injustiças sociais e desigualdades. Por tudo isso, vale investir na aprendizagem da contemplação, importante caminho na qualificação humana, espiritual e cidadã.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 307,82% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.






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