“A
promoção da cidadania
Cuidar do seu capital
humano faz parte da cultura de qualquer empresa que busque a sustentabilidade.
Nesse sentido, a existência do Serviço Social da Indústria da Construção Civil
no Estado de Minas Gerais (Seconci-MG) torna-se uma referência no exercício da
responsabilidade social empresarial e traduz o esforço da iniciativa privada mineira
para melhorar a qualidade de vida do seu trabalhador, realizando ações que
concorrem para a elevação de sua cidadania.
Praticar
responsabilidade social requer investimentos contínuos em estrutura de
atendimento e compromisso coerente com ações de promoção da cidadania. É
preciso estar atento aos indicadores que revelam áreas de vulnerabilidade e
dimensionar o impacto social de determinada ação, tendo sempre em conta que as
melhores práticas e decisões devem estar alinhadas com o respeito aos valores éticos
nas relações de trabalho.
Há 25
anos, o Seconci-MG, braço social do Sindicato Patronal da Construção Civil
(Sinduscon-MG), promove ações sociais, de saúde e segurança do trabalho para
trabalhadores do setor e seus familiares. São quase dois milhões de
atendimentos prestados nessas áreas, contabilizando um lucro social
inestimável, principalmente por mobilizar empresários, parceiros, gestores e
profissionais que acreditam na transformação social, ambiental e cultural. Este
sim, é o maior valor compartilhado, na medida em que viabiliza ações de impacto
positivo no segmento da construção civil, transformando ações e projetos
sociais em iniciativas sustentáveis, revestidas de um viés educativo.
Desde
sua criação, o Seconci-MG prima pela qualidade dos serviços que oferece e pela
presteza no atendimento às principais demandas de seus usuários. Quando a
entidade detectou a importância, para o trabalhador, de poder incluir suas
famílias entre os beneficiários do atendimento recebido, estendeu essa
possibilidade aos dependentes deste. Uma decisão arriscada, que impacta a
administração dos recursos que garantem sua sobrevivência e manutenção, bem
como sua dinâmica de funcionamento, mas que atende à expectativa do empregado
de ver também sua família assistida, partilhando a maioria dos benefícios que
lhes são disponbibilizados.
São
muitas as vertentes que atravessam a rotina das organizações que exercem
responsabilidade social. Mas só existe um propósito que as motiva em buscar a
forma mais eficiente de exercê-la: melhorar a vida daqueles que empregam.
Nestes 25 anos de muito trabalho, empenho e credibilidade, o Seconci-MG é a
prova de que a construção civil avança nas questões sociais, prestando seu
quinhão de contribuição ao desenvolvimento sustentável do país.”.
(DANUZA PRATES
OCTAVIANI BERNIS MOHALLEM. Presidente do Serviço Social da Indústria da
Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Seconci-MG), em artigo publicado no
jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12
de janeiro de 2018, caderno OPINIÃO,
página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de DOM
WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e
que merece igualmente integral transcrição:
“Canteiros
da paz
Um olhar sobre os
acontecimentos ao redor do mundo indica que é urgente superar a violência,
transformando as famílias, as cidades e as instituições todas em canteiros onde
se cultive a paz. É preciso contribuir para que as dinâmicas capazes de criar a
harmonia e a fraternidade prevaleçam no cotidiano de todos. O primeiro passo é
fortalecer a paz no próprio coração, compromisso inadiável para reverter um
preocupante cenário: o recrudescimento da violência. O consequente medo
provocado por essa situação faz com que as pessoas se distanciem umas das
outras, causando uma indiferença generalizada. Esse comportamento não contribui
para semear a paz. Alimenta ainda mais a violência.
Em vez
de buscar segurança no isolamento, acentuando distâncias, a humanidade precisa
qualificar o modo como vê o mundo, indica o papa Francisco. A percepção da
realidade deve ser iluminada pela sabedoria da fé, permitindo que todos se
reconheçam como parte de uma grande família. Assim, cada pessoa vai compreender
que o outro também tem direito às riquezas da Terra. A fé contribui para que
haja a saudável alegria em ver o outro feliz. Alimento o compromisso com a
vivência da solidariedade – partilhar com quem precisa de ajuda.
O olhar
contemplativo à luz da fé faz brotar a consciência indispensável para ser
verdadeiramente cidadão – operário que semeia diferentes canteiros da paz.
Imagine uma cidade compreendida como um canteiro da paz. E cada indivíduo, no sem
campo de ação, no exercício de suas tarefas, agindo como operário que cultiva a
paz. O resultado será o compromisso efetivo com a solidariedade, a fraternidade
e o gosto pelo bem, pela verdade e pela justiça. Para alcançar esse cenário
ideal, uma certeza precisa ser aprendida e vivenciada: a reverência a Deus tem
força educativa, com incidência transformadora em mentalidades e corações.
Corrige descompassos terríveis que têm raízes na delinquência presente em toda
parte.
Singular
experiência, cultivar um olhar contemplativo, à luz da fé, é investir na
capacidade para discernimentos e intuição de caminhos novos. Permite superar o
marasmo que enjaula, na mediocridade, os responsáveis pela construção da
sociedade. Esses descompassos é que contaminam discernimentos, fazendo com que
sejam priorizados interesses contrários ao bem comum e à justiça. A falta do
olhar que ultrapassa as superficialidades cristalizadas, possibilitando
enxergar a própria interioridade, é que diminui, inclusive, a possibilidade de surgirem
novos líderes. Sem clareza, habitua-se à ganância sem limites, busca-se apenas
ajuntar para si.
Ver para
além das aparências, graças à luz que se propaga com a presença amorosa de
Deus, permite encontrar respostas para os enormes desafios que ameaçam a paz
neste momento da história. Não bastam as considerações políticas, as
estratégias adotadas com o objetivo de alcançar determinados números.
Capacitar-se para ter um olhar contemplativo, experiência humana e espiritual é
uma necessidade. Abrir mão ou relativizar essa experiência significa adiar ou
banir do horizonte a possibilidade de se conquistar uma competência
indispensável para se buscar a cultura da paz.
A paz é
também uma ciência com gramática específica, a ser aprendida, ensinada e
testemunhada. Ela não “cai do céu”. É, pois, uma construção que exige o
engajamento permanente de todos no irrestrito e incondicional dever de promover
e respeitar direitos. Sem esse compromisso, perde-se a possibilidade de
alcançar a verdadeira paz. O olhar contemplativo, que pressupõe a luz da fé e
se desdobra no irrestrito respeito aos direitos de cada pessoa, deve inspirar
atitudes nos diversos contextos sociopolíticos e culturais. Todos unidos,
trabalhando para fazer com que as cidades, as famílias, instituições e outros
ambientes sejam canteiros da paz.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia,
da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca
de 307,82% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,89%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas,
oportunidades e potencialidades com todas
as brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além
de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do
século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da
informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da
sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da
paz, da solidariedade, da igualdade
– e com equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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