sexta-feira, 15 de novembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA EMPATIA NA QUALIFICAÇÃO HUMANA E OS EDIFICANTES E EXIGENTES CAMINHOS DA PAZ NA SUSTENTABILIDADE


“O Museu da Empatia
        Recentemente, chegou ao Brasil, mais precisamente em São Paulo, o Museu da Empatia. Criado em Londres, o projeto tem como objetivo desenvolver a empatia das pessoas e fazê-las enxergar o mundo com os olhos dos outros. Através da mostra intitulada Caminhando em seus sapatos..., os visitantes têm a experiência de andar por alguns metros calçando sapatos de desconhecidos e ouvindo relatos sobre suas próprias histórias.
         Se a melhor definição sobre empatia é enxergar as coisas a partir dos sapatos dos outros, o museu captou exatamente essa ideia e criou esse projeto literalmente a partir dessa expressão popular. Os visitantes podem ouvir 25 depoimentos produzidos especialmente para proporcionar uma viagem empática e sensorial.
         Tudo isso ocorre dentro de uma instalação que faz referência a uma caixa de sapatos gigante, onde estão pares de calçados disponíveis acompanhados de histórias que abordam a diversidade do ser e seu pertencimento comum à humanidade.
         Enquanto caminha, é possível ouvir relatos que falam sobre temas como superação, diversidade, violência social e direitos humanos. Há ainda histórias que envolvem preconceitos, como LGTBfobia e gordofobia. É possível ouvir também opiniões sobre educação, cultura, acessibilidade e direito à cidade.
         Pesquisa científica revelou que 98% das pessoas têm a habilidade de criar empatia, mas são poucas as que conseguem alcançar o potencial completo. Isso porque nós vivemos em um mundo hoje tão individualista que a empatia tem sido deixada de lado. Estudos recentes mostram que os níveis de empatia nos Estados Unidos, por exemplo, caíram quase 50%.
         Essa iniciativa pela busca por empatia tem muito a ver com desing thinking, uma das metodologias mais usadas para inovação, atualmente. A técnica parte do pressuposto de que precisamos internalizar três valores básicos: empatia, colaboração e experimentação. É a partir desses conceitos que podemos criar ou ressignificar qualquer coisa ou situação.
         Basear-se nesses três valores significa mudar o modelo mental, levantar da cadeira, ir para a rua. O desing thinking estimula o trabalho em grupos, a cocriação. Ele destaca ainda que é preciso ouvir o outro, construir sobre a ideia dos outros e, é claro, arriscar e experimentar.
         A empatia é uma premissa básica e um conceito cada vez mais em ascensão. Contudo, embora seja muito falada, é pouco praticada. Isso porque ser empático não é fácil. Empatia significa se colocar no lugar da outra pessoa, compreender a perspectiva psicológica do outro como se fosse a sua. Vale a pena experimentar essa vivência.”.

(MARIO ROSA. Gerente de negócios da Echos – Laboratório de Inovação, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de janeiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 5 de janeiro de 2018, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Em busca da paz
        ‘Há homens e mulheres em busca da paz’, eis o horizonte que o papa Francisco indica em sua mensagem para a celebração do 51º Dia Mundial da Paz. Um mundo mais pacífico, aspiração profunda de todos, só pode ser alcançado quando cada ser humano, efetivamente, com sentimentos e ações, tornar-se coração da paz. Para isso, as muitas vulnerabilidades sociais não podem ser tratadas com indiferença. É preciso dedicar-se às várias situações de sofrimentos vividos por um número cada vez maior de pessoas.
         A humanidade padece com a falta de paz. Essa carência cresce com as injustiças, o avanço do terrorismo e de tantas outras formas de violência. Esse cenário alimenta o medo, motivando a construção de muros, o fechamento de portas e de corações. Investe-se no isolamento, encastela-se em busca de proteção. Porém, a primeira atitude para enfrentar as ameaças é buscar ter um coração da paz, emoldurando compromissos civis, cidadãos e governamentais com o sentido de respeito à integridade e aos direitos de cada pessoa. Nessa perspectiva, é importante reconhecer os cenários preocupantes e agir com solidariedade. Um exemplo: dos 250 milhões de migrantes mundo afora, 22 milhões são refugiados.
         Cruel realidade provocada pela violência que está aí a contracenar com tantas outras brutalidades presentes nas regiões metropolitanas do planeta e também na zona rural. Esses males são frutos da exclusão social, de descaso de líderes que, muitas vezes, se deixam contaminar pelo veneno da corrupção. Por isso, na busca pela paz, é imprescindível reconhecer as fadigas e os sofrimentos enfrentados por tantos grupos humanos, povos e culturas. Mas não basta enxergar toda essa dor, é preciso abrir o coração e as portas da própria casa, com espírito de misericórdia, para acolher quem foge da violência, da fome, dos sofrimentos e de tantos tipos de guerras. A realidade é cruel para pessoas constrangidas a deixar a própria terra e seus lares em razão de discriminações, perseguições, violências familiares, pobreza e degradação ambiental.
         Sublinha o papa Francisco que para dissipar o sofrimentos desses irmãos é urgente um empenho mais efetivo de cada cidadão e cidadã. O gesto de acolher o outro inclui, necessariamente, um compromisso concreto, desdobramento do sentimento de misericórdia. A cidadania e a vivência da fé exigem de cada indivíduo, particularmente de quem vive em condições mais favoráveis, que seja agente da paz nos lugares e na vida das pessoas que ainda não usufruem desse dom de Deus.
         Quem encontrou a paz tem o dever de, cotidianamente, promovê-la, fazê-la chegar a outros ambientes e pessoas. Se não o fizer, corre o risco de sofrer, cedo ou tarde, as consequências das degradações de todo tipo, a derrocada das próprias seguranças. A paz é uma herança a ser construída no dia a dia e precisa ser mantida com investimentos humanitários, educativos e solidários, todos os dias.
         As comunidades de fé, congregadas ao redor de projetos, bairros, condomínios, precisam investir na promoção da paz, despertando o sendo de solidariedade. Um sentido que se manifesta nas práticas simples e diárias. Reunidos, esses pequenos gestos podem consolidar uma nova cultura, alicerçada na satisfação de poder ajudar outras pessoas a ter uma vida mais digna. O empenho pela promoção da paz, tendo presente a realidade dolorosa de pobres, migrantes, refugiados, perseguidos e abandonados, é um caminho exigente e interpelante. Todos possam, com olhar de misericórdia, enxergar os rostos sofridos e as situações humanas de vulnerabilidade para, assim, com compaixão cidadã, tornar-se capaz de dar novo rumo à sociedade.
         Reações humanitárias e comprometidas com a justiça são fundamentais para promover as transformações sociais almejadas por todos. Sem essas bases, haverá muitas perdas e as próprias eleições que serão realizadas neste ano terão pouco impacto nos processos de mudança, pois, provavelmente, muitos eleitos repetirão erros e continuarão presos a interesses pouco nobres. A sociedade civil precisa reagir, comprometida com a verdade, com o bem e com a justiça, para conquistar avanços na busca da paz.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 307,82% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.







Nenhum comentário: