“Lições da gestão corporativa para a carreira política
O número de empresários e
executivos de sucesso que decidiram ingressar na carreira política tem crescido
nos últimos anos. Apenas em terras mineiras, já é possível encontrar muitos
exemplos, como o governador Romeu Zema, vários prefeitos e candidatos atuais e
o ex-secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do
governo Bolsonaro Salim Mattar. Sem falar de um dos cargos de maior destaque do
mundo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ao que parece, esse
movimento tem se configurado com uma tendência, que pode ser interessante e
positiva, quando conseguem aplicar as melhores práticas do contexto privado à
gestão pública.
Isso
porque o líder é a figura-chave em qualquer organização, seja no ambiente
corporativo das companhias privadas, sejam em cargos dos Poderes Executivo e
Legislativo. Ele é visto como referência para dar suporte aos liderados,
portanto necessita reunir algumas características que envolvam questões
técnicas, intelectuais, políticas e morais. No setor público, isso se torna
ainda mais relevante. Afinal, o impacto desse tipo de liderança abrange um
número expressivo de pessoas (cidades, Estados e países inteiros).
O líder
político opera diretamente na execução de estratégias e de planejamentos
governamentais, a fim de garantir melhor qualidade dos produtos e serviços
prestados aos cidadãos. E, atualmente, é possível perceber, na administração
pública, a adoção crescente de conceitos, discursos e práticas gerenciais
típicas do mundo corporativo – criatividade, postura empreendedora, inovação
gerencial, gestão por resultados e por competências, além de contratos de
gestão. Esses termos, paulatinamente, aderem ao vocabulário e às ações do
cotidiano das diversas instâncias, em todas as esferas.
Além
disso, vale destacar sete categorias de atuação presentes nas empresas privadas
bem-sucedidas às quais o gestor público precisa dar atenção e aprimorar suas
competências e habilidades para tal; gerenciamento das relações; cultura de
performance; valorização da equipe interna; uso da tecnologia; gestão de prazos
e orçamentos; perspectiva global; ética e transparência. Esses aspectos são
fundamentais, uma vez que a liderança política deve ter em mente que deverá
atingir um resultado final em prol da população. Dessa forma, planejar ações
com eficiência e eficácia é fundamental para que o dinheiro público seja
investido de forma assertiva.
Por
fim, é importante salientar que tudo tem mudado de forma acelerada no mundo
atual, e não será diferente na gestão pública. Inclusive, os eleitores têm
apostado, cada vez mais, em novas escolhas. Logo, assim como os empresários, é
imprescindível que as lideranças políticas tenham um mindset global e estejam
sintonizadas com as mudanças que possam gerar impactos (positivos) em sua
gestão. Promover tal abertura mental, a busca de melhores práticas e a
integração de ações com os demais setores é muito interessante para a criação
de sinergias e a promoção de resultados consistentes. Isso é trabalhar de
maneira comprometida e preparada tecnicamente para fazer com que o Estado
cresça de forma eficiente e sustentável.”.
(David Braga.
CEO, board advisor e headhunter da Prime Talen, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 12 de
outubro de 2020, caderno OPINIÃO,
página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 13 de
outubro de 2020, caderno opinião,
coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3,
de autoria de Marcelo Thomé da Silva de
Almeida, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia, é
coordenador do Fórum Mundial Amazônia + 21, iniciativa com o apoio da
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e de federações das indústrias da
Amazônia Legal, e que merece igualmente integral transcrição:
“Os
caminhos para uma Amazônia maior
Desde a Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, em 1992, no Rio de
Janeiro, o meio ambiente, os recursos naturais e a urgência pela preservação
dos nossos biomas nunca estiveram como agora. A região amazônica está no centro
da agenda de debates, nacional e internacionalmente. Isso é fundamental. Para
buscarmos as melhores respostas para novas e velhas questões é preciso manter
um diálogo aberto e contínuo. Mas queremos sair do campo da opinião, do “eu
acho”. E esse vem sendo o exercício que praticamos há meses nos preparativos
para o Fórum Mundial Amazônia + 21, que acontecerá em novembro próximo.
O fórum
é uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), da
Agência de Desenvolvimento de Porto Velho e da Prefeitura de Porto Velho, com
apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do governo do estado de
Rondônia.
Historicamente,
percebemos que qualquer tentativa de discutir o desenvolvimento da Amazônia
esbarra em percepções – muitas vezes equivocadas – de que os interesses do
país, da indústria e dos investimentos são predatórios e ameaçam os recursos
naturais da região. Essa resistência inevitavelmente teve – e ainda tem –
impactos no crescimento econômico dos nove estados da Amazônia Legal (Acre,
Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e
na vida das pessoas que vivem aqui. Temos que desconstruir essa imagem de que a
Amazônia não pode ser um destino de negócios e investimentos, que não é capaz
de gerar e distribuir riqueza para seus mais de 23 milhões de habitantes. Nada
mais falso.
Nossa
proposta é ajudar a construir caminhos para encontrarmos novas e complementares
formas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, a partir de suas
riquezas e de suas vocações. Estamos falando de uma retomada de investimentos
sob uma nova visão de desenvolvimento. Falamos de biociência e bioeconomia, de
manejo florestal, de concessões de florestas públicas, de fontes limpas de
energia, de títulos verdes, de cadeias inteligentes e responsáveis de produção.
Logo, estamos falando de ciência, pesquisa e inovação. De uma Amazônia 4.0, na
educação, na indústria e no conhecimento.
O Fórum
Mundial Amazônia + 21 aponta caminhos para desenvolvermos iniciativas de
governos que incentivem novas trilhas traduzidas em políticas públicas e
fomento inteligentes e permanentes, que tragam segurança jurídica, social e
ambiental. Estamos falando, portanto, de novos modelos de educação, capazes de
preparar as mais de 9 milhões de meninas e meninos da região para empregos
verdes e para o empreendedorismo sustentável.
Mas
estamos mais que faltando. Estamos, sobretudo, ouvindo. Autoridades, pesquisadores,
lideranças indígenas, empresários do Brasil e do mundo nos dizem: deixar a
Amazônia paralisada economicamente não é o caminho para cuidarmos da floresta,
dos rios e das pessoas.
Somos
23 milhões de brasileiros, 772 municípios, contamos com excelentes
universidades e centros de pesquisa, temos dezenas de exemplos de indústrias
com processos e produtos sustentáveis, totalmente aderentes à última geração de
sustentabilidade em seus três pilares: econômico, social e ambiental. Temos
muito a contar.
Por
isso, ao reunir a gente da região, do Brasil e do mundo em prol de uma nova
visão para a Amazônia e sua população, o fórum nos traz a certeza de que
existem caminhos para uma floresta ainda maior, mais inovadora, justa,
conectada e produtiva.
Quem
conhece de verdade a Amazônia, ali trabalha e produz, vê sua gente e aprende a
partir das muitas formas e conhecimento que dispomos: somente trazendo para a
região o que há de mais excelente no século 21 será possível proteger o bioma,
melhorar a vida das pessoas, nos integrarmos ao Brasil e ao mundo a partir do
que a Amazônia tem de específico e tem de melhor. Vamos juntos.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras
e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das
potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas,
soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente
desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a estratosférica marca de
310,20% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 112,59%; e já o IPCA, em
setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,14%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de
R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma
lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$
100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor
privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia,
ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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