sábado, 17 de outubro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA GESTÃO CORPORATIVA PARA A BOA GOVERNANÇA E A TRANSCENDÊNCIA DO FÓRUM MUNDIAL AMAZÔNIA + 21 NA SUSTENTABILIDADE

“Lições da gestão corporativa para a carreira política

       O número de empresários e executivos de sucesso que decidiram ingressar na carreira política tem crescido nos últimos anos. Apenas em terras mineiras, já é possível encontrar muitos exemplos, como o governador Romeu Zema, vários prefeitos e candidatos atuais e o ex-secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do governo Bolsonaro Salim Mattar. Sem falar de um dos cargos de maior destaque do mundo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ao que parece, esse movimento tem se configurado com uma tendência, que pode ser interessante e positiva, quando conseguem aplicar as melhores práticas do contexto privado à gestão pública.

          Isso porque o líder é a figura-chave em qualquer organização, seja no ambiente corporativo das companhias privadas, sejam em cargos dos Poderes Executivo e Legislativo. Ele é visto como referência para dar suporte aos liderados, portanto necessita reunir algumas características que envolvam questões técnicas, intelectuais, políticas e morais. No setor público, isso se torna ainda mais relevante. Afinal, o impacto desse tipo de liderança abrange um número expressivo de pessoas (cidades, Estados e países inteiros).

          O líder político opera diretamente na execução de estratégias e de planejamentos governamentais, a fim de garantir melhor qualidade dos produtos e serviços prestados aos cidadãos. E, atualmente, é possível perceber, na administração pública, a adoção crescente de conceitos, discursos e práticas gerenciais típicas do mundo corporativo – criatividade, postura empreendedora, inovação gerencial, gestão por resultados e por competências, além de contratos de gestão. Esses termos, paulatinamente, aderem ao vocabulário e às ações do cotidiano das diversas instâncias, em todas as esferas.

          Além disso, vale destacar sete categorias de atuação presentes nas empresas privadas bem-sucedidas às quais o gestor público precisa dar atenção e aprimorar suas competências e habilidades para tal; gerenciamento das relações; cultura de performance; valorização da equipe interna; uso da tecnologia; gestão de prazos e orçamentos; perspectiva global; ética e transparência. Esses aspectos são fundamentais, uma vez que a liderança política deve ter em mente que deverá atingir um resultado final em prol da população. Dessa forma, planejar ações com eficiência e eficácia é fundamental para que o dinheiro público seja investido de forma assertiva.

          Por fim, é importante salientar que tudo tem mudado de forma acelerada no mundo atual, e não será diferente na gestão pública. Inclusive, os eleitores têm apostado, cada vez mais, em novas escolhas. Logo, assim como os empresários, é imprescindível que as lideranças políticas tenham um mindset global e estejam sintonizadas com as mudanças que possam gerar impactos (positivos) em sua gestão. Promover tal abertura mental, a busca de melhores práticas e a integração de ações com os demais setores é muito interessante para a criação de sinergias e a promoção de resultados consistentes. Isso é trabalhar de maneira comprometida e preparada tecnicamente para fazer com que o Estado cresça de forma eficiente e sustentável.”.

(David Braga. CEO, board advisor e headhunter da Prime Talen, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 12 de outubro de 2020, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 13 de outubro de 2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Marcelo Thomé da Silva de Almeida, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia, é coordenador do Fórum Mundial Amazônia + 21, iniciativa com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e de federações das indústrias da Amazônia Legal, e que merece igualmente integral transcrição:

“Os caminhos para uma Amazônia maior

       Desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, em 1992, no Rio de Janeiro, o meio ambiente, os recursos naturais e a urgência pela preservação dos nossos biomas nunca estiveram como agora. A região amazônica está no centro da agenda de debates, nacional e internacionalmente. Isso é fundamental. Para buscarmos as melhores respostas para novas e velhas questões é preciso manter um diálogo aberto e contínuo. Mas queremos sair do campo da opinião, do “eu acho”. E esse vem sendo o exercício que praticamos há meses nos preparativos para o Fórum Mundial Amazônia + 21, que acontecerá em novembro próximo.

          O fórum é uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho e da Prefeitura de Porto Velho, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do governo do estado de Rondônia.

          Historicamente, percebemos que qualquer tentativa de discutir o desenvolvimento da Amazônia esbarra em percepções – muitas vezes equivocadas – de que os interesses do país, da indústria e dos investimentos são predatórios e ameaçam os recursos naturais da região. Essa resistência inevitavelmente teve – e ainda tem – impactos no crescimento econômico dos nove estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e na vida das pessoas que vivem aqui. Temos que desconstruir essa imagem de que a Amazônia não pode ser um destino de negócios e investimentos, que não é capaz de gerar e distribuir riqueza para seus mais de 23 milhões de habitantes. Nada mais falso.

          Nossa proposta é ajudar a construir caminhos para encontrarmos novas e complementares formas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, a partir de suas riquezas e de suas vocações. Estamos falando de uma retomada de investimentos sob uma nova visão de desenvolvimento. Falamos de biociência e bioeconomia, de manejo florestal, de concessões de florestas públicas, de fontes limpas de energia, de títulos verdes, de cadeias inteligentes e responsáveis de produção. Logo, estamos falando de ciência, pesquisa e inovação. De uma Amazônia 4.0, na educação, na indústria e no conhecimento.

          O Fórum Mundial Amazônia + 21 aponta caminhos para desenvolvermos iniciativas de governos que incentivem novas trilhas traduzidas em políticas públicas e fomento inteligentes e permanentes, que tragam segurança jurídica, social e ambiental. Estamos falando, portanto, de novos modelos de educação, capazes de preparar as mais de 9 milhões de meninas e meninos da região para empregos verdes e para o empreendedorismo sustentável.

          Mas estamos mais que faltando. Estamos, sobretudo, ouvindo. Autoridades, pesquisadores, lideranças indígenas, empresários do Brasil e do mundo nos dizem: deixar a Amazônia paralisada economicamente não é o caminho para cuidarmos da floresta, dos rios e das pessoas.

          Somos 23 milhões de brasileiros, 772 municípios, contamos com excelentes universidades e centros de pesquisa, temos dezenas de exemplos de indústrias com processos e produtos sustentáveis, totalmente aderentes à última geração de sustentabilidade em seus três pilares: econômico, social e ambiental. Temos muito a contar.

          Por isso, ao reunir a gente da região, do Brasil e do mundo em prol de uma nova visão para a Amazônia e sua população, o fórum nos traz a certeza de que existem caminhos para uma floresta ainda maior, mais inovadora, justa, conectada e produtiva.

          Quem conhece de verdade a Amazônia, ali trabalha e produz, vê sua gente e aprende a partir das muitas formas e conhecimento que dispomos: somente trazendo para a região o que há de mais excelente no século 21 será possível proteger o bioma, melhorar a vida das pessoas, nos integrarmos ao Brasil e ao mundo a partir do que a Amazônia tem de específico e tem de melhor. Vamos juntos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)    a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a estratosférica marca de 310,20% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 112,59%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,14%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)    a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

         

         

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