A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA CRIATIVIDADE E NOVAS TECNOLOGIAS NA QUALIFICAÇÃO DO ENSINO E A TRANSCENDÊNCIA DA SOLIDARIEDADE E COOPERAÇÃO CRIANDO SEGURANÇA ALIMENTAR NA SUSTENTABILIDADE
“Como
a pandemia está afetando o campo educacional
A educação foi um dos
setores que sentiram os impactos da pandemia de forma imediata. Segundo dados
da Unesco, cerca de 1,5 bilhão de estudantes em todo o mundo foram afetados com
a suspensão das aulas ou transformações emergenciais no modelo de ensino. A partir
disso, iniciou-se uma corrida para realizar adaptações que permitissem a
continuidade das atividades escolares sem desrespeitar as orientações dos
órgãos de saúde.
A
primeira solução foi a adoção do Ensino a Distância (EaD). No entanto, por ter
sido uma situação atípica e inesperada, não houve tempo de planejar com
antecedência os pormenores da implantação desse modelo, que esbarrou em
problemas como falta de equipamentos, despreparo dos professores e dificuldades
de acesso por parte dos alunos.
Apesar
disso, a situação também trouxe aprendizados. Para muitas instituições, que já
flertavam com a implantação de um modelo de EaD ou híbrido, foi uma
oportunidade para fazer testes e identificar os pontos positivos e negativos.
Além disso, com o desafio de manter os alunos atentos, produtivos e engajados
mesmo com a distância física, os professores passaram a buscar metodologias
pedagógicas alternativas.
A
transição eficaz do presencial para o digital depende da criatividade e ainda
da utilização de ferramentas adequadas. A demanda por novas tecnologias neste
momento pode ter um efeito positivo sobre as empresas que atuam no setor, que
já vivenciavam um crescimento considerável antes da pandemia. Um estudo feito
em 2019 pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups) revelou que, em
dois anos, houve no Brasil um aumento de 23% no número de “edtchs”, ou seja,
startups voltadas para o desenvolvimento de soluções para o setor educacional.
Um
exemplo de tecnologia que vem sendo adotada durante a pandemia é a abordagem de
aprendizado conhecida como Vídeo Based Learning (VBL), que utiliza vídeos
interativos com conteúdos relacionados aos temas das aulas para atrair a
atenção dos alunos. O diferencial do método é a utilização de ferramentas
atrativas como: animações, infográficos e elementos de storyteling.
Outra
tendência que tem ganhado força pelo potencial de atrair e engajar alunos de
várias faixas etárias é a gamificação de conteúdos e a realidade aumentada. O
caso da startup MedRoom ilustra a aplicabilidade dessa tecnologia no âmbito
educacional. Ela desenvolveu um software que permite entrar no corpo de uma
paciente virtual e analisar detalhes de sua anatomia e fisiologia.
Apesar
de desafiadora, a adaptação das aulas para o ambiente virtual oferece oportunidades
e mostra que há muitas possibilidades a serem exploradas. Afinal, o ensino não
precisa estar limitado ao tradicional. Aliando criatividade à tecnologia, é
possível garantir a continuidade e a melhoria da educação.”.
(Matheus Vieira
Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo
Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de agosto de 2020, caderno OPINIÃO, página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 16 de
outubro de 2020, caderno opinião,
coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3,
de autoria de Rafael Zavala,
representante da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil; Claus Reiner, diretor de país do Fundo
Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) para o Brasil; Daniel Balaban, diretor do Centro de
Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil; e Christian Fischer, representante do
Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (Iica) no Brasil, e
que merece igualmente integral transcrição:
“Como
transformar nossos
sistemas alimentares?
Apesar de o direito
humano à alimentação adequada estar contemplado no artigo 25 da Declaração
Universal dos Direitos Humanos de 1948, a forme no mundo – considerada a partir
de uma estimativa do número de pessoas que não consomem calorias suficientes
para viver uma vida ativa e saudável – vem aumentando nos últimos anos.
Projeções
indicam que, até 2030, quase 67 milhões de pessoas serão afetadas por essa
situação, ou seja, cerca de 20 milhões a mais do que em 2019. Isso evidencia
que precisamos unir ainda mais nossos esforços e fazer mais. Transformar os
sistemas alimentares como um todo é fundamental para que possamos obter
melhores resultados e reverter esse quadro.
É
diante desse contexto desafiador que chegamos nesta sexta-feira (16) a mais uma
celebração do Dia Mundial da Alimentação. No Brasil, quatro agências das Nações
Unidas se reuniram para celebrar a data e promover novas e melhores formas de
produzir e consumir alimentos: o Centro de Excelência contra Fome do Programa
Mundial de Alimentos (WFP); o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola
(Fida); o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (Iica); e a
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Preservar
o acesso a alimentos seguros e nutritivos é – e continuará a ser – uma parte
essencial da resposta à Covid-19, particularmente para as comunidades mais
pobres e vulneráveis, que são as mais afetadas pela pandemia e pela crise
econômica. Agora, mais do que nunca, os sistemas das Nações Unidas e
Interamericano pedem solidariedade internacional para ajudar os mais
vulneráveis a se recuperarem e que os sistemas alimentares sejam fortalecidos
de forma mais sustentável e resiliente. A comida é a essência da vida e a base
de nossas culturas e comunidades.
Em um momento
como este, é importante reconhecer a importância daqueles heróis da alimentação
que, todos os dias, trabalham para que os alimentos cheguem até o prato dos
brasileiros, desde a produção até a distribuição e comercialização. Este é
também o momento de repensarmos nossos sistemas e ampliarmos o uso de práticas
agrícolas inteligentes e ecológicas que incorporem inovação e digitalização
para a redução da destruição do habitat, que contribui para surtos de doenças.
Portanto, a comunidade internacional precisa fechar a lacuna digital e garantir
que a tecnologia flutua para os países em desenvolvimento, incluindo também os
agricultores familiares.
Além
disso, empresas do setor privado ligadas ao setor de alimentos e varejo
precisam tornar as opções de alimentos sustentáveis atraentes, disponíveis e
financeiramente acessíveis. Todos nós precisamos fazer nossa parte para que
nossos sistemas alimentares sejam capazes de cultivar uma variedade de
alimentos para nutrir a população e preservar o planeta. Já os governos
precisam construir respostas de proteção social eficazes e políticas que
garantam condições seguras e rendimentos decentes pra pequenos agricultores e
trabalhadores da cadeia alimentar, além de adotar medidas que evitem a
volatilidade dos preços dos alimentos.
Para
conter os efeitos da Covid-19 entre as populações mais vulneráveis, deve haver
coordenação estratégica de políticas nas áreas de saúde, agricultura e proteção
social.
A crise
econômica, que se amplia em decorrência da pandemia, terá efeitos devastadores
sobre as populações mais vulneráveis. É preciso agir rapidamente, pois uma
resposta tardia pode criar efeitos colaterais globais. O melhor caminho para
isso é praticar a solidariedade e a cooperação como mecanismos para reconstruir
melhor, tornando os sistemas alimentares mais resistentes a impactos e mais
sustentáveis por meio da natureza e de soluções baseadas na ciência. Isso
significará o estabelecimento de medidas políticas e marcos legais que apoiem
sistemas alimentares sustentáveis.
Precisamos
começar a agir agora para garantir que esses avanços aconteçam no futuro. Mãos
à obra!”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a estratosférica marca de
310,20% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 112,59%; e já o IPCA, em
setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,14%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos
já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de
R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma
lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$
100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor
privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao
descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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