terça-feira, 20 de outubro de 2020

 A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA CRIATIVIDADE E NOVAS TECNOLOGIAS NA QUALIFICAÇÃO DO ENSINO E A TRANSCENDÊNCIA DA SOLIDARIEDADE E COOPERAÇÃO CRIANDO SEGURANÇA ALIMENTAR NA SUSTENTABILIDADE

“Como a pandemia está afetando o campo educacional

       A educação foi um dos setores que sentiram os impactos da pandemia de forma imediata. Segundo dados da Unesco, cerca de 1,5 bilhão de estudantes em todo o mundo foram afetados com a suspensão das aulas ou transformações emergenciais no modelo de ensino. A partir disso, iniciou-se uma corrida para realizar adaptações que permitissem a continuidade das atividades escolares sem desrespeitar as orientações dos órgãos de saúde.

          A primeira solução foi a adoção do Ensino a Distância (EaD). No entanto, por ter sido uma situação atípica e inesperada, não houve tempo de planejar com antecedência os pormenores da implantação desse modelo, que esbarrou em problemas como falta de equipamentos, despreparo dos professores e dificuldades de acesso por parte dos alunos.

          Apesar disso, a situação também trouxe aprendizados. Para muitas instituições, que já flertavam com a implantação de um modelo de EaD ou híbrido, foi uma oportunidade para fazer testes e identificar os pontos positivos e negativos. Além disso, com o desafio de manter os alunos atentos, produtivos e engajados mesmo com a distância física, os professores passaram a buscar metodologias pedagógicas alternativas.

          A transição eficaz do presencial para o digital depende da criatividade e ainda da utilização de ferramentas adequadas. A demanda por novas tecnologias neste momento pode ter um efeito positivo sobre as empresas que atuam no setor, que já vivenciavam um crescimento considerável antes da pandemia. Um estudo feito em 2019 pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups) revelou que, em dois anos, houve no Brasil um aumento de 23% no número de “edtchs”, ou seja, startups voltadas para o desenvolvimento de soluções para o setor educacional.

          Um exemplo de tecnologia que vem sendo adotada durante a pandemia é a abordagem de aprendizado conhecida como Vídeo Based Learning (VBL), que utiliza vídeos interativos com conteúdos relacionados aos temas das aulas para atrair a atenção dos alunos. O diferencial do método é a utilização de ferramentas atrativas como: animações, infográficos e elementos de storyteling.

          Outra tendência que tem ganhado força pelo potencial de atrair e engajar alunos de várias faixas etárias é a gamificação de conteúdos e a realidade aumentada. O caso da startup MedRoom ilustra a aplicabilidade dessa tecnologia no âmbito educacional. Ela desenvolveu um software que permite entrar no corpo de uma paciente virtual e analisar detalhes de sua anatomia e fisiologia.

          Apesar de desafiadora, a adaptação das aulas para o ambiente virtual oferece oportunidades e mostra que há muitas possibilidades a serem exploradas. Afinal, o ensino não precisa estar limitado ao tradicional. Aliando criatividade à tecnologia, é possível garantir a continuidade e a melhoria da educação.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de agosto de 2020, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 16 de outubro de 2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Rafael Zavala, representante da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil; Claus Reiner, diretor de país do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) para o Brasil; Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil; e Christian Fischer, representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (Iica) no Brasil, e que merece igualmente integral transcrição:

“Como transformar nossos

   sistemas alimentares?

       Apesar de o direito humano à alimentação adequada estar contemplado no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, a forme no mundo – considerada a partir de uma estimativa do número de pessoas que não consomem calorias suficientes para viver uma vida ativa e saudável – vem aumentando nos últimos anos.

          Projeções indicam que, até 2030, quase 67 milhões de pessoas serão afetadas por essa situação, ou seja, cerca de 20 milhões a mais do que em 2019. Isso evidencia que precisamos unir ainda mais nossos esforços e fazer mais. Transformar os sistemas alimentares como um todo é fundamental para que possamos obter melhores resultados e reverter esse quadro.

          É diante desse contexto desafiador que chegamos nesta sexta-feira (16) a mais uma celebração do Dia Mundial da Alimentação. No Brasil, quatro agências das Nações Unidas se reuniram para celebrar a data e promover novas e melhores formas de produzir e consumir alimentos: o Centro de Excelência contra Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP); o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida); o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (Iica); e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

          Preservar o acesso a alimentos seguros e nutritivos é – e continuará a ser – uma parte essencial da resposta à Covid-19, particularmente para as comunidades mais pobres e vulneráveis, que são as mais afetadas pela pandemia e pela crise econômica. Agora, mais do que nunca, os sistemas das Nações Unidas e Interamericano pedem solidariedade internacional para ajudar os mais vulneráveis a se recuperarem e que os sistemas alimentares sejam fortalecidos de forma mais sustentável e resiliente. A comida é a essência da vida e a base de nossas culturas e comunidades.

          Em um momento como este, é importante reconhecer a importância daqueles heróis da alimentação que, todos os dias, trabalham para que os alimentos cheguem até o prato dos brasileiros, desde a produção até a distribuição e comercialização. Este é também o momento de repensarmos nossos sistemas e ampliarmos o uso de práticas agrícolas inteligentes e ecológicas que incorporem inovação e digitalização para a redução da destruição do habitat, que contribui para surtos de doenças. Portanto, a comunidade internacional precisa fechar a lacuna digital e garantir que a tecnologia flutua para os países em desenvolvimento, incluindo também os agricultores familiares.

          Além disso, empresas do setor privado ligadas ao setor de alimentos e varejo precisam tornar as opções de alimentos sustentáveis atraentes, disponíveis e financeiramente acessíveis. Todos nós precisamos fazer nossa parte para que nossos sistemas alimentares sejam capazes de cultivar uma variedade de alimentos para nutrir a população e preservar o planeta. Já os governos precisam construir respostas de proteção social eficazes e políticas que garantam condições seguras e rendimentos decentes pra pequenos agricultores e trabalhadores da cadeia alimentar, além de adotar medidas que evitem a volatilidade dos preços dos alimentos.

          Para conter os efeitos da Covid-19 entre as populações mais vulneráveis, deve haver coordenação estratégica de políticas nas áreas de saúde, agricultura e proteção social.

          A crise econômica, que se amplia em decorrência da pandemia, terá efeitos devastadores sobre as populações mais vulneráveis. É preciso agir rapidamente, pois uma resposta tardia pode criar efeitos colaterais globais. O melhor caminho para isso é praticar a solidariedade e a cooperação como mecanismos para reconstruir melhor, tornando os sistemas alimentares mais resistentes a impactos e mais sustentáveis por meio da natureza e de soluções baseadas na ciência. Isso significará o estabelecimento de medidas políticas e marcos legais que apoiem sistemas alimentares sustentáveis.

          Precisamos começar a agir agora para garantir que esses avanços aconteçam no futuro. Mãos à obra!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)    a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a estratosférica marca de 310,20% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 112,59%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,14%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)    a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

         

 

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