segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DO ECONEGÓCIO NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E AS LUZES DA SOLIDARIEDADE, CLARIVIDÊNCIA E ESPERANÇA NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Econegócio: uma realidade econômica e social

        A adoção de práticas mais sustentáveis nas organizações vai além da proteção ao meio ambiente. A geração de energia limpa e outras medidas podem trazer benefícios econômicos e, principalmente, mais valorização para as marcas, já que o consumidor considera, cada vez mais, a responsabilidade social, o cuidado e a postura “verde” adotada pelas empresas.

         Em função disso, as companhias estão priorizando a transparência, gerenciando seus recursos de maneira responsável e se posicionando conforme seus propósitos. Segundo pesquisa deste ano da ONG Akatu, que desenvolve projetos que levam ao consumo consciente, 63% das pessoas entrevistadas no Brasil estão dispostas a pagar mais por produtos que melhoram a sociedade e o ambiente. Um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. O que reforça o quanto o consumidor vem priorizando marcas responsáveis ambientalmente.

         Um estudo da Nielsen aponta que até 2021, somente nos Estados Unidos, os consumidores terão gastado até US$ 150 bilhões com sustentabilidade. No Brasil, os lares que declaram ter hábitos e atitudes nessa mesma linha já somam mais de 7 milhões, conforme o levantamento.

         O econegócio, segmento que propõe solucionar problemas ambientais ou explora recursos naturais com base em critérios de sustentabilidade, ainda é recente no Brasil, mas já há avanços significativos. Como, por exemplo, o fato de o país ser o único da América Latina a ter empresas listadas no ranking 2020 da Corporate Knights, que divulga as cem companhias mais sustentáveis do mundo. A classificação é promovida pelo Fórum Econômico Mundial.

         Um estudo de 2019 da Agência Internacional de Energia (IEA) previu que 2020 seria um ano recorde para a geração de energia renovável, mas com isolamento social, estima-se que o crescimento será de apenas 6%. No ano passado, por exemplo, 78% da capacidade de geração global foi em energia eólica, solar, biomassa e resíduos, geotérmica e pequenas hidrelétricas, conforme relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). O dado mostra como investir em energia limpa pode ser benéfico para as empresas e o meio ambiente.

         Mas qual o caminho para o sucesso do econegocio?

         Algumas iniciativas, partem, por exemplo, da otimização de processos e de práticas como: coleta seletiva, metas de redução de energia e outros. Um case é o da Nike, que revisou sua cadeia de produção e passou a usar o algodão cultivado em um raio de 300 km do seu centro industrial. Com isso, além de reduzir as emissões de dióxido de carbono, minimizou os custos com transporte e acelerou sua produção.

         O econegócio ainda não é a solução para os problemas ambientais, mas é um passo para a produção de bens e serviços de forma mais responsável e, principalmente, cada vez mais valorizada pelos consumidores.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de novembro de 2020, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 04 de dezembro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Tempo de esperançar

        O profeta Isaías, pelos idos do século VIII antes de Cristo, quando o povo enfrentava realidade adversa, investe, fortemente, na arte de esperançar. Ele compreende algo que é incontestável: a desesperança constitui um fosso de derrotas e fracassos. O profeta, no exercício de sua missão educativa, trabalha para devolver ao povo a esperança perdida por várias razões. Contribui, assim, para despertar nas pessoas a força capaz de recuperar clarividências civilizatórias, recompor a identidade e encontrar rumos na construção da própria história. Esperança é pilar de uma sociedade com incidência na vida de cada cidadão.

         Desiste de lutar quem está desesperançado, pois carece de uma luz e de uma força que conferem sentido ao viver. As catástrofes, pandemias e descompassos do dia a dia e da história não podem ser superados sem a virtude da esperança, que nunca deve ser confundida com sentimentos efêmeros ou promessas inexequíveis. Essa confusão também leva a fracassos e prejuízos. Vale se lembrar da palavra proclamada pelo profeta Isaías, conhecido por sua rica e poética literatura, para reconhecer a força restauradora da genuína esperança. Ele anuncia ao povo que “um broto vai surgir do tronco seco de Jessé, das velhas raízes, um ramo brotará”. É educativo estabelecer reflexão sobre esse anúncio de esperança no contexto atual, quando uma pandemia se abate sobre a vida do planeta e todos aguardam por uma vacina.

         O caminho deste tempo desesperador, incerto e inquietante desafia a existência humana nos seus alicerces. A falta de uma indicação sobre o rumo a seguir esvazia o sentido da vida, aproximando a humanidade da morte. Torna-se, pois, ainda mais necessária uma prática reconfortante e restauradora oferecida pela fé cristã a cada pessoa: prestar atenção, ouvir e se deixar interpelar pelos percursos das quatro semanas do tempo do Advento, preparação para o Natal do Senhor, iluminados pela Palavra de Deus.

         O broto de esperança é uma pessoa. Seu nome é Jesus Cristo, o Salvador da humanidade, o único que valida a inexorável esperança fidedigna. Deve-se prestar atenção ao anúncio do profeta Isaías, compreendê-lo para restaurar a própria interioridade e, assim, fortalecer o alicerce que sustenta a vida e qualifica a cidadania. O profeta Isaías, reacendendo luzes de esperança, anuncia: “O povo que andava na escuridão viu uma grande luz, para os que habitavam as sombras da morte uma luz resplandeceu”. Na esperança cristã o povo encontra força para reconstruir seus rumos e conquistar novo tecido sociocultural. Cada pessoa que a cultiva a esperança cristã é capaz de adotar um estilo de vida renovado.

         A esperança cristã tempera e impulsiona uma concretização política qualificadora da civilização que nenhuma ideologia partidária tem competência para alcançar. Alicerça a vida de um povo sobre parâmetros humanísticos indispensáveis para vencer este momento de luto e perdas. Alimenta estratégias que possibilitam conquistas a partir do princípio da solidariedade – grande remédio para vencer desastres de todo tipo. No ar está uma inquietante pergunta quando se fala em esperança: o que se pode esperar? Essa interrogação existencial, humana e social, para ser respondida, exige humildade para reconhecer a centralidade da pessoa que é a esperança fidedigna. Oportuno, nesse caminho, dedicar-se aos versos de Thiago de Mello, em Memória da Esperança:

“Na fogueira do que faço por amor me queimo inteiro. Mas, simultâneo renasço para ser barro do sonho e artesão do que serei. Do tempo que me devora me nasce a fome de ser. Minha força vem da frágil flor ferida que se entreabre resgatada pelo orvalho da vida que vivi. Qual a flama que darei para acender o caminho da criança que vai chegar? Não sei. Mas, sei que já dança, canção de luz e sombra na memória da esperança”.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 317,48% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 112,91%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,31%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

  

 

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