“As competências para os líderes em 2022
Mal
comparando, liderar é quase como surfar, pois a cada dia as ondas se apresentam
de formas diferentes, o que requer uma adaptação constante. A rotina de um
gestor é exatamente assim: imprevistos acontecem, e os líderes precisam estar
preparados para se adaptar às novas ondas, pois, caso contrário, correm o risco
de afundar. O ano passado e este 2021 foram períodos de muita instabilidade, e,
por isso, os líderes foram bastante exigidos para que tivessem mais agilidade,
mais inteligência emocional e mais criatividade para lidar com os diversos
desafios que apareceram.
Com o
retorno das atividades presenciais, muitas empresas e líderes já se questionam
como se preparar para o próximo ano e quais são as tendências que os gestores
precisam acompanhar para ter sucesso e recuperar a economia das organizações. A
Amcham Brasil, por meio do webinário de liderança: “Jogo dos negócios: Como
surfar em 2022?”, que teve a participação de grandes nomes do surfe, como
Flávio Teco Padaratz, e de gestores, destacou alguns pontos de atenção para que
os líderes possam estar preparados e navegar em 2022 em um mar bem mais calmo.
A
agilidade e a capacidade de adaptação são competências que vieram com a pandemia
e serão requisitos no próximo ano. Mesmo com um bom planejamento, imprevistos e
problemas podem ocorrer. Um bom exemplo é o mar, que está sempre mudando, e a
calmaria de um dia pode se transformar rapidamente em uma tempestade. É nesse
momento que o surfista ou o líder deve estar preparado para revisar os planos,
adaptar-se e manter o andamento das atividades sem muitos sobressaltos. Em um
país com tantas instabilidades como o Brasil, ter essas habilidades é
fundamental para o gestor ter sucesso.
Além
disso, para o próximo ano espera-se que os líderes desenvolvam a flexibilidade
e a empatia. A pandemia trouxe um grande impacto emocional para todos, algo que
ainda afetará a produtividade dos funcionários. Nesse sentido, a liderança deve
se mostrar compreensiva, não focar apenas o resultado, mas também o bem-estar
dos colaboradores. Uma pesquisa feita em julho de 2021 pela Universidade da
Califórnia mostra que um trabalhador feliz é, em média, 31% mais produtivo. Por
isso, a liderança que investe no desenvolvimento e na satisfação dos seus
funcionários tem grandes chances de alcançar melhores resultados.
Vale
ressaltar que a flexibilidade não é uma característica necessária só para
interagir com as equipes. Os líderes também precisam dessa habilidade para
lidar com as mudanças. O líder tradicional, ou seja,, aquele que atua sempre da
mesma forma já perdeu muito do seu espaço no meio corporativo, o que deverá
continuar acontecendo no ano de 2022.
A
inteligência emocional também é um requisito que se tornou essencial para
qualquer gestor. O líder precisa saber como equilibrar suas emoções e a razão.
Com essa capacidade, poderá tomar decisões humanizadas e, ao mesmo tempo,
eficazes.
O
próximo ano ainda será de instabilidades econômicas e políticas. Por isso, é
fundamental que os líderes desenvolvam as habilidades que o mercado atual exige
e, dessa forma, possam surfar com tranquilidade pelas águas do próximo ano.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de novembro de 2021, caderno OPINIÃO,
página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 30 de dezembro de
2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de
autoria de Caio Penido, presidente do Grupo de Trabalho da Pecuária
Sustentável (GTPS), e que merece igualmente integral transcrição:
“Os serviços ambientais
e
o pacto agroambiental
Estamos todos, independentemente de ideologia, crenças
e ou valores, cansados de escutar que o Brasil é o país do futuro, que a
Amazônia precisa ter mais valor de pé do que derrubada e por aí vai... Mas como
transformar isso em realidade de forma disruptiva?
A
pressão promovida na última década pela conservação de nossos recursos
naturais, o visível avanço das negociações internacionais envolvendo créditos
de carbono e a recente aprovação na Câmara e no Senado do PL 312/15, que cria a
Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais, podem representar
indícios de virada histórica e definitiva que todos estamos aguardando.
Passadas
algumas catarses ambientais, motivadas pelo aumento de desmatamento, queimadas
e discursos polarizados de todos os lados, é hora de fazer um balanço de nossos
ativos destinados à produção e conservação para traçarmos novas estratégias. A
unanimidade em torno da importância da floresta amazônica mostra-nos a
relevância do Brasil e de sua biodiversidade no contexto mundial. Sendo um
estoque de carbono, berço de rara biodiversidade, regulador dos fluxos de água
e do clima global e prestador de outra infinidade de serviços ambientais, é
preciso reconhecer que nossos biomas não estão inertes e conferir valor
monetário a eles, com o objetivo de conciliar sua conservação, tendo em vista
as legítimas aspirações dos que lá residem e de toda a sociedade brasileira.
A parte
do rural mais arcaico precisa assumir que existem problemas, compreender a
inevitabilidade dessa nova agenda e se modernizar na direção da regularização.
Já o rural moderno e sustentável deve assumir o protagonismo nos diálogos
internacionais e desenvolver campanhas baseadas em dados confiáveis, que fortaleçam
sua imagem.
Alguns
ambientalistas, também arcaicos, precisam se modernizar e sair da zona de
conforto, abandonando a antiga estratégia de apenas difamar o setor produtivo
sem mostrar os pontos positivos, às vezes manipulando a opinião pública em nome
da conservação.
Os mais
antenados já qualificam esse debate, indicando claramente esse cenário de
impunidade, descolando a imagem do setor produtivo da onda de desmatamentos
ilegais, motivados em um primeiro momento por grilagem de terras públicas, comércio
ilegal de madeira e especulação imobiliária. Esses dois setores devem apoiar o
poder público, nas instâncias federal, estadual e municipal, no combate firme a
crimes ambientais e, juntos, anunciarem a boa nova: somos detentores da maior
floresta tropical do planeta!
Segundo
Nasa, Embrapa e Map Biomas, destinamos mais de 60% do território brasileiro à
conservação, que entrega ao planeta uma infinidade de serviços ambientais – sem
nenhuma remuneração. Se existe realmente esse consenso sobre o Brasil ser a
maior biodiversidade do planeta, seria interessante que cientistas de renome se
juntassem a essa aliança e se posicionassem junto a jornalistas e opinião
pública mundial.
É
chegado o momento de esquecer as nossas diferenças e nos unirmos para negociarmos
com as nações desenvolvidas, maiores emissores de GEE (gases de efeito estufa),
a criação de mercados que reconheçam valor e garantam renda a “floresta viva” e
auxiliem de forma construtiva na conservação da Amazônia, respeitando a
reputação e a soberania nacional, sem que haja exclusão ou prejuízo aos mais de
25 milhões de brasileiros que lá habitam. Vamos convidá-los a compartilhar
conosco o custo ambiental de conservar essas áreas na forma de remuneração de
serviços ambientais.
Este é o
pacto agroambiental proposto em 2020 pelo GTPS (Grupo de Trabalho da Pecuária
Sustentável), que tenho a honra de presidir neste momento: produzir mais
alimentos promovendo a intensificação das áreas degradadas, retirando CO2
da atmosfera e fixando-o no solo; implementar o Código Florestal, viabilizando
a regularização ambiental; priorizar a regularização fundiária; e criar
mercados mundiais e ferramentas de serviços ambientais, dentre eles os créditos
de carbono – tudo isso de forma inclusiva e com cuidado na preservação da
imagem do Brasil perante o mundo.
Só assim
poderemos ter paz e forjar o renascimento de nossa rica nação, em sua
verdadeira e natural vocação de potência agroambiental.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo
do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da
dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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