A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DO EMPREENDEDORISMO, VISÃO OLÍMPICA, TECNOLOGIAS E NOVO CAPITAL SOCIAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E O PODER TRANSFORMADOR DA ALEGRIA DO NATAL, SOLIDARIEDADE E FRATERNIDADE UNIVERSAL NA SUSTENTABILIDADE
“O que é resultado para você?
Basta olhar em volta: as pessoas estão
amadurecendo a consciência sobre seu papel no mundo e seu legado para o futuro.
Por que com as corporações seria diferente? Empresas têm enorme potencial para
impactar positivamente não só em aspectos macroeconômicos, mas na sociedade
como um todo, especialmente nas comunidades com que se relacionam. Indicadores
ambientais, sociais e de governança estão em evidência. E isso é fruto de um
processo histórico que as corporações vivenciam: a evolução do paradigma de
resultados, para além dos indicadores financeiros e cada vez mais conectado,
também, à ideia de relevância.
Não se trata de
mudança de foco – afinal, empresas são empresas. Viabilidade econômica é um
fundamento da sua própria existência. Mas a sustentabilidade do negócio hoje é
indissociável da maximização do capital social e de uma postura concreta
sintetizada em uma expressão simples – fazer a diferença.
No encontro desses
objetivos se estabelece a noção de empreendedorismo social. Conceitos como capacidade
de gerar empregos, valorização e benefícios aos colaboradores ou estímulo a
elementos da cadeia produtiva são só o começo.
São esforços
positivos que, claro, beneficiam a sociedade – e que têm raiz na performance do
negócio. Que tal ir mais longe? Que tal pensar também em performance social?
Falo aqui de legado. De transformação. De impactos potencialmente ainda mais
perenes, para que empresas e líderes olhem para trás e saibam que fizeram
diferença para o mundo e para muito mais pessoas além de seus quadros,
parceiros e consumidores. O economista indiano Subramanian Rangan, PhD em
economia política pela Harvard University, sugere uma reflexão fundamental: a
escolha entre minimizar os riscos ou arrependimentos.
Acredito que ela
indique bem o ponto de inflexão em que nos encontramos, em que liderança e
empresas nascidas em “outros tempos” precisam ampliar a visão de resultados e
traduzi-la em práticas; incorporar o empreendedorismo social à realidade das
organizações, para construir um futuro em que o passado nos orgulhará, também,
pela relevância e pelo alcance de nossas ações.
Podemos nos
inspirar na atuação de corporações em iniciativas de alto impacto social – como
a Rede Gerando Falcões, de Eduardo Lyra, que aplica o conhecimento e o apoio de
grandes organizações para transformar a vida de moradores e líderes das
favelas, com capacitação, acesso ao trabalho e a tecnologias; a Escola de
Impacto, que transforma jovens em futuros protagonistas sociais, criadores de
projetos inovadores, a partir de habilidades socioemocionais e despertando o
DNA empreendedor; o Instituto MRV, cujo projeto Educar para Transformar (na
oitava edição) seleciona em chamada pública e coloca em prática projetos
sociais transformadores na área da educação, com aporte financeiro,
capacitações em gestão e mentoria de líderes da MRV. Diferentes modelos, todos
atravessados pelo eixo da educação e instrumentalização das pessoas, em uma
perspectiva possível.
Ações que
materializam a integração entre performance de negócios e performance social,
uma sintonia antes de tudo necessária. Afinal, em um mundo mais consciente do
valor da capacidade de contribuir para o exercício do empreendedorismo social,
a inércia das corporações gera prejuízos – para elas mesmas, para a sociedade e
para o Brasil no novo cenário global.
O paradigma de
resultados evolui em um caminho, felizmente, sem volta. Trilhá-lo depende de
fatores culturais, organizacionais e também pessoais; pela minha própria
experiência, um processo de aprimoramento constante. Por isso mesmo,
impulsionar o empreendedorismo social é um movimento estratégico e inteligente
rumo a uma nova visão de performance, que redefine o que é sucesso – nos
negócios e na vida. Vamos?".
(Eduardo Fischer. CEO da MRV, em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de dezembro de 2021, caderno
OPINIÃO, página 28).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso
trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo
publicado no site www.cnbb.org.br/alegria-do-natal/, edição de 17 de dezembro de 2021, de
autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de
Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“ALEGRIA DO NATAL
Neste tempo, há uma pergunta recorrente sobre o local onde se
vai passar o Natal. As respostas indicam muitos lugares e diversificadas
dinâmicas, incluindo viagens, ceias, ambientes festivos. Raríssima é a
interrogação sobre o que se poderá renovar ou mudar com a força transformadora
da celebração do Natal. A Festa guarda na sua interioridade um tesouro capaz de
renovar a vida do ser humano, lições para reconfigurar as relações e restaurar
o interior de cada pessoa, garantindo a habilidade essencial para o bem viver –
arte que precisa inspirar a organização social e política, possibilitando à
sociedade a seguir nos trilhos da fraternidade universal. Mas a oportunidade
oferecida no tempo do Natal pode ser desperdiçada, reduzida às cores e às luzes
que se espalham e piscam, aos banquetes e às outras circunstâncias que, quase
sempre, tomam o lugar das dimensões essenciais da celebração. Uma perda
triste quando são considerados os desafios que comprometem a fraternidade
universal, a exemplo desta realidade em que muitos não têm o que comer,
enquanto tantos outros, de modo indiferente, estão nas festas e
confraternizações.
Quando há indiferença em relação aos que sofrem, os votos de
“feliz Natal” se exaurem na demagogia de palavras que pouco significam e nada
mudam, em um contexto que clama por transformações profundas e urgentes. A
alegria do Natal vai além das sensações experimentadas, da simples congregação
dos que entram na lista de convidados por afinidades e, até mesmo, por
interesses. Na contramão de sensações passageiras, muitas produzindo ressacas,
inclusive com comprometimentos físicos, a alegria do Natal é a dinâmica de um
novo projeto de vida. Trata-se, pois, de uma experiência alicerçada em promessa
fidedigna, somente encontrada quando se busca uma pessoa, aquele que tem a
palavra capaz de desconcertar e interpelar, indicando o passo a passo que leva
à vitória. Sabe-se, obviamente, tratar-se de Jesus Cristo, o Menino-Deus, o verbo
de Deus encarnado, o Salvador do mundo que vem ao encontro da humanidade, pelo
seio puríssimo da Virgem Maria.
Experimentam a alegria do Natal aqueles que buscam por Jesus.
Essa experiência é renovada a cada ano quando acompanhada da sincera
disponibilidade para aproximar-se do Mestre. Correm o risco de perder a
oportunidade deste tempo aqueles que não o vivem adequadamente, por soberba ou
simplesmente por terem se acomodado na vivência das festividades desta época do
ano. Algo semelhante ocorre com os que se consideram religiosos, dominam
ritualidades litúrgicas, informações sobre o presépio, mas somente enxergam
repetições, as mesmas luzes e cores, não se deixando tocar pela palavra forte e
os ensinamentos do Mestre de Nazaré. Não conquistam a alegria do Natal
aqueles que o celebram fora da própria interioridade, um risco comum. É
preciso, pois, constituir a manjedoura que acolhe Jesus dentro de si, o que
significa admitir: a simplicidade de Deus é princípio determinante, não
permitindo sofisticações que geram exclusões, discriminações e preconceitos,
tão presentes em festas pautadas nas exterioridades e sob o domínio das
aparências.
Celebrar adequadamente o Natal, vivendo a sua alegria, é
contemplar a necessidade humana de conquistar genuína felicidade. Quando não se
vive essa alegria, padece-se com um peso insuportável, muitas vezes tratado
paliativamente com remédios, incapazes de levar a uma cura definitiva. Essa
ausência de uma felicidade genuína pode alimentar indiferenças e mesquinhez a
ponto de enjaular uma civilização na desorganização social, revelada no
tratamento perverso dedicado aos pobres, nas manipulações para contemplar
interesses egoístas, prejudicando o bem comum. Ao invés disso, a alegria do
Natal bate fundo na alma, produz lucidez nova que inspira a compaixão,
alavancando partilhas, entendimentos que intuem novos caminhos e produzem
respostas novas para os desafios atuais.
Compreende-se a força do apelo próprio da fé cristã, quando se
ouve: alegrai-vos sempre no Senhor. Bem diferente das sensações que facilmente
seduzem o coração humano, alegrar-se sempre no Senhor garante a clarividência
para compreender que o outro é irmão e irmã, que a construção de uma sociedade
justa e solidária é tarefa cidadã de todos. A alegria do Natal será realidade
abundante e inspiradora, enchendo corações da ternura que fortalece, quando se
marchar para um novo êxodo, quando os pobres, com a língua seca de sede,
parafraseando o profeta Isaías – o profeta da esperança – buscarem água e
encontrá-la, e Deus rasgar córregos nas montanhas áridas, abrindo olhos d’água
nas baixadas, transformando os desertos em brejo, a terra seca em minas de
água. Esse milagre ocorre primeiramente naqueles que se deixam habitar por Deus
– e são verdadeiramente habitação de Deus aqueles que exercem, constantemente,
a solidariedade, cultivam adequada compreensão sobre o significado de viver
bem, a coragem para defender os pobres, a determinação para efetivar novo
estilo de vida, com respeito à casa comum. Quem faz do coração a manjedoura que
acolhe o Menino-Jesus é protagonista na construção de um tempo novo que vem a
partir do amor de Deus. Seja, pois, acolhido o convite para autenticamente
viver a alegria do Natal.".
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno desenvolvimento
da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos
depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de
uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças
vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da
ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação,
da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário