quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DAS ESTAÇÕES DA VIDA ILUMINANDO A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A FONTE PERENE DO NATAL DO MENINO-DEUS PARA A NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Como as estações

        Pensando na instabilidade das estações do ano, comecei a perceber algumas semelhanças com o nosso jeito de ser e de viver. Se pararmos para observar bem, vamos nos descobrir primavera, outono, inverno e verão a cada dia, a cada atitude, a cada momento. Como a instabilidade das estações do ano, vamos atropelando e amando nosso semelhante com tanta naturalidade que nem percebemos quando é que machucamos ou “curamos” alguém com nosso ódio/amor, fel e mel que escorrem de nossas palavras – palavras que nem sempre saem do coração, mas de uma razão cega e insensível.

         É... e como na modernidade tudo tem nome, poderíamos dizer que somos, todos nós, portadores do famoso distúrbio de personalidade bipolar. Ah, mas aí eu estaria sendo muito cruel, prefiro deixar a psicologia moderna de lado e recorrer à natureza. Se é tão ruim ser e viver a instabilidade emocional, que seja então inspirados na natureza!

         Descobri que somos estações, e não bipolares, primeiro me olhando muito no espelho, depois observando atentamente as atitudes das pessoas que convivem comigo. Meu Deus, quantas vezes somos tempestades, ventanias, trovoadas, furacões, tornados, sem necessidade alguma. Horas depois, somos flores, brisa, sol, luz e calor para aquecer e acolher a quem, minutos atrás, afogamos e destruímos com nossos raios e trovões.

         Rotação e translação, lembram? É, giramos em volta de nossas certezas, medos e coragens e nos fazemos primavera, outono, verão e inverno em minutos.

         Não pretendo ensinar nada a ninguém, até mesmo porque se eu soubesse como fazer para não agir com tanta instabilidade, eu seria bem melhor do que sou. Mas desejo muito que todos nós pensemos um pouco em nossos momentos estações.

         Quanto será que custa tirar do outono apenas o cheirinho bom das frutas amadurecendo nos pés e deixar a secura do tempo de lado? Pensarmos em folhas que caem porque precisam dar lugar para que outras nasçam e não ver apenas folhas secas atrapalhando nossas passagens.

         Será que é muito difícil ver no verão apenas a alegria, calor, toda luz e energia? Tirar apenas o que é bom para sermos o outro, sem ser trovoadas e insolações?

         E por que não ser acolhida e aconchego, em vez de ser frio e distância? Tirar do inverno o exemplo dos ipês que florescem apesar da estação, não nos guardarmos no frio triste de nossas omissões de amor ao próximo.

         E, na primavera, ver brotar da terra flores e deixar brotar de nossos corações lições de paz, amor e solidariedade.

         Podemos ser e somos estações. O que precisamos é aprender a nos conhecer melhor para fazer dos nossos momentos de estações/instabilidades, momentos que não nos machuquem tanto, que não machuquem nosso semelhante, que não deixem marcas profundas e dores incuráveis causadas pelas palavras e atitudes que fazem de nós pessoas tão cruéis.

         Somos mutantes, nossos metamorfose, somos a loucura da instabilidade das estações que não obedecem mais ao calendário. Não há mais como negar que somos “muitos” dentro de um só, mas que Deus nos dê a sensibilidade e o discernimento de não nos fazermos “estações”, sem pelo menos pensar em nos colocarmos no lugar do outro que muitas vezes espera uma brisa leve e gostosa e acaba recebendo uma tempestade acompanhada de trovões e relâmpagos.

         Que toda instabilidade emocional seja perdoada, mas que ninguém jamais use-a como desculpa para pisar no outro como se pisam nas folhas secas que o outono deixa cair no chão.”.

(Jacqueline Caixeta. Educadora, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 13 de dezembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 20 de dezembro de 2021, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Nascer a cada dia

        Natal, para a maioria, é o dia de trocar presentes e se reunir com a família em volta de uma mesa farta. Alegria e confraternização. Dia da natalidade por excelência, nascimento do menino Jesus. Sim, do menino Jesus, não de Jesus Cristo. A condição crística da figura humana de Jesus será adquirida depois, mesmo sendo um predestinado desde o nascimento e até antes dele, como os Reis Magos reconheceram.

         Cristo, entidade divina, é Filho de Deus. Não teria sentido que um filho de Deus precisasse brincar de menino por mais de dez anos. A condição crística veio progressivamente tomando conta do Jesus que nasceu em Belém. Em etapas distintas, marcam-se essas transformações nos Evangelhos. Depois do nascimento, o segundo degrau rumo ao “Cristo” aparece e se manifesta discursando eruditamente com os sacerdotes no templo, e os pais se surpreendem ao encontrar “outro iluminado”, diferente do menino que criaram. O terceiro degrau, depois de um longo período de silêncio dos Evangelhos, se dá a partir do batismo no Jordão, aos 30 anos. Nessa ocasião, o Jesus “erudito” recebeu o “Cristo” em si e iniciou sua missão mais importante de divulgação da nova doutrina, que supera o “olho por olho” judaico.

         A explicação mais sublime e esotérica, no mundo ocidental, foi descrita por Rudolf Steiner, em seus quatro Evangelhos, seguidos do quinto Evangelho. Aquilo que descreve o que a entidade crística nunca parou de impulsionar.

         O dia 25 de dezembro foi assumido pela Igreja como o dia do nascimento de Jesus a partir do ano 353, em função de frustrar o caráter pagão da festa que ocorria a cada ano naquela data, comemorando o nascimento do deus Mitra, “dies natalis Solis” – dia do nascimento do deus Solar –, que acontecia ao fim de sete dias de festas dedicadas a Saturno, entre 17 e 24 de dezembro.

         Apesar de os relatos de Clemente Alexandrino, respeitado pesquisador católico da vida de Jesus – vivido no século II d.C. –, situarem o nascimento do Messias entre 19 de abril e 20 de maio, os líderes da Igreja sincretizaram a natividade de Mitra (deus solar romano, tanto quanto o Apolo grego) e, antes dele, Horus, filho de Osíris (pai-sol) e de Isis (mãe-lua).

         O conceito de “trindade” transcende a época cristã. Sob outras representações e aparências, a Tríade Divina perpassa todas as épocas e religiões, vindo de Atma (Pai), Buddhi (Filho), Manas (Espírito Santo), os três aspectos da unicidade divina.

         Cristo, Mitra, Apolo, Zoroastro, Horus, Krishna, Buddhi são figuras diferentes de um mesmo conceito de Segunda Pessoa da Trindade, de Filho dos princípios solar e lunar, equilíbrio de Ying e Yang, masculino e feminino, luz e escuridão.

         Os egípcios comemoravam Horus, filho de Isis (lua) e Osíris (sol), em 25 de dezembro. Suponho eu – depois de anos de observação e leituras – que o deus solar (Cristo) simbolicamente não poderia nascer em outra data a não ser no dia 25 de dezembro, 40 semanas após o equinócio de primavera, que se dá no dia 21 de março. As 40 semanas, ou 280 dias (= 7 dias x 40 semanas), são o prazo de gestão no ventre materno do óvulo fecundado, e em 25 de dezembro de cada ano, após 280 dias, nasceria quem é fecundado em 21 de março.

         Seja como for, estas são apenas deduções pessoais que divido com meus leitores augurando que o Natal, a natividade de 2021, seja também o nascimento de mais esperanças e o início de um ciclo melhor. E, para quem se sente desesperançado, deprimido ou triste, desejo que este o primeiro dia do que resta de uma nova vida. A cada nascer do sol, possamos virar uma página e iniciar um novo ciclo.

         Feliz Natal, com muita fé, paz e saúde.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 343,55% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,82%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,74%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

Nenhum comentário: