A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS NOVAS ECONOMIAS NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E AS COLUNAS DOS PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICO-MORAIS DO SUCESSO NA SUSTENTABILIDADE
“As novas economias e seus impactos no
mercado
A
economia tradicional, por muito tempo, se utilizou do conceito de ‘extrair,
produzir e descartar’. Entretanto, com os crescentes debates sobre
sustentabilidade, reciclagem e impacto que as empresas trazem para a sociedade,
o mercado tem se adaptado. Com isso, surgiram novos tipos de economia e formas
de negociar, em que, além de se pensar nos lucros, há o cuidado com o
ecossistema em que a empresa está inserida.
É
essencial que as organizações se adaptem à nova realidade e desenvolvam modelos
de negócios que tenham como metas mais que apenas os lucros. Dessa forma, uma
economia que tem se tornado muito popular é a colaborativa. O modelo é baseado
em partilhar bens ou serviços, por meio de aluguéis ou empréstimos. No Brasil,
segundo dados divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas
(CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 89% dos brasileiros
que já experimentaram alguma modalidade de consumo colaborativo ficaram
satisfeitos após essa experiência.
A Uber
pode ser considerada um exemplo de economia colaborativa. A empresa atua no
país desde 2014 e conecta motoristas com passageiros, oferecendo custos mais
acessíveis. O Brasil é o segundo maior mercado de companhia no mundo,
apresentando um faturamento de mais de R$ 3 bilhões, o que mostra o potencial
da economia colaborativa, de acordo com dados divulgados pela empresa.
Outro
modelo que merece a atenção é a economia regenerativa, que visa não apenas
desenvolver a empresa, como o meio ambiente ao redor. A intenção é que a
produção gere lucros e que reduza os impactos sofridos pelo ambiente ao redor
da companhia. A Faber-Castell adota esse modelo de negócio e consegue garantir
qualidade na fabricação e poucos impactos para a natureza, por meio da ação de
utilizar 100% de madeira reflorestada na fabricação dos lápis. Além disso, a
empresa tem as próprias florestas, que absorvem mais 900 mil toneladas de gás poluentes,
emitidos na fabricação de seus produtos.
A
economia circular também pode ser uma estratégia para melhorar os mecanismos
das empresas e diminuir problemas como a falta de matéria-prima. O modelo torna
a organização mais sustentável e reduz a produção de lixo, já que busca por
menos desperdício e pelo reaproveitamento dos produtos. A Coca-Cola, desde
2018, criou um projeto de reciclagem dos vidros utilizados nos produtos,
derretendo o material e criando novas embalagens.
Modelos
como estes têm sido uma alternativa para unir qualidade de produção e atitudes
que reduzam os impactos sofridos pelo meio ambiente. Esse debate sobre a
importância de ter uma produção mais sustentável não é novidade. Uma vez que os
recursos naturais são finitos, é essencial que as empresas adaptem seus modelos
de negócios para uma nova realidade.”.
(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da
Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de janeiro de 2021, caderno OPINIÃO,
página 17)
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 25 de janeiro de 2021, caderno A.PARTE,
página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente
integral transcrição:
“O sucesso que dura
‘Dando-se
apenas o pão, pode-se ajudar somente o indivíduo. O resultado será que, depois
de algum tempo, muitos estarão novamente sem pão’. A frase é lida num artigo
assinado, em 1905, pelo vulcânico e genial Rudolf Steiner. Depois de 115 anos,
continua atual como nunca.
Trata-se
de um fragmento da longa análise das relações do capital e do trabalho, da
mediação do Estado, das políticas públicas, que procuram identificar no esforço
humano as razões da alternância de sucessos e de fracassos.
Steiner
realiza uma análise moral e “cármica” subindo em camadas muito superiores
àquelas usualmente limitadas a ganhos e perdas financeiras, para finalizar que
o sucesso depende da solidariedade e da harmonia despertadas nas relações
humanas. Motivação, coesão, união, equilíbrio, determinação, coerência etc. são
os ingredientes a serem usados.
Qualquer
esforço na esfera material, por mais intenso que seja para alcançar a meta,
deve-se dirigir ao crescimento do indivíduo, de suas potencialidades e da
ampliação de sua consciência. É justo e necessário procurar melhores condições
materiais, são fundamentais à superação da forme e das restrições de toda ordem
prática. Terão, todavia, um valor universal, eternizado e sustentável só se
estimularem e enriquecerem indivíduos.
Um homem
rico de recursos e de poder, mas moralmente fraco e indigente, pouco serve à
humanidade, e seu legado não passará de cinzas espalhadas pela ventania. Será
castigado pela sua estreiteza e egoísmo, tropeçará ainda em vida culpando o
destino, sem enxergar a sua insignificância e, portanto, a inutilidade dele para
aqueles que o cercam. A justiça superior não o deixará triunfar, pois seus
propósitos mesquinhos não interessam nem acima quanto menos abaixo dele.
Não há
riqueza e progresso marcados pela exploração de seres desfavorecidos, em
especial por um governante. Seus feitos não deixarão resultados positivos. Pior
quando impunemente se aproveita da ignorância e da miséria. O sucesso se torna
imperecível num conjunto que tende ao progresso difuso, sem prejuízos para quem
quer que seja, quando o amor à humanidade prevalece sobre cálculos mesquinhos.
Mais do que a luta contra o mal, é a imposição do bem pelo seu efeito
abarcante. E não poderia ser diferente, já que o mal é apenas a ausência do
bem; quando o bem impera, não há espaço para o outro se impor, nem sequer
parcialmente.
A
riqueza pela exploração e pela dor é frágil como castelo de areia, e o esforço,
por mais hercúleo que seja, para preservá-la desmoronará.
Para
Steiner, já em 1905, era um erro acreditar no Estado filantropo ou imaginar que
ele resolveria estruturar a humanidade, deixando seres emancipados e donos de
seu destino. Afirmava que “grupos políticos se equivocam... baseando-se num
conhecimento insuficiente da vida humana”, em especial quando prometem aos
ignorantes o pão sem agregar componentes de educação e de crescimento moral.
As
ideias e conceitos divulgados por Rudolf Steiner apresentam o “espírito de
integralidade”, o mesmo que leva homens e empresas “amadas” à procura de
“função social” como motivação de seus esforços, como principal razão de ser,
crescer e se fortalecer exatamente por serem imprescindíveis ao progresso da
humanidade.”.
Eis, portanto, mais
páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que
acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a
efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a) a excelência
educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a
estratosférica marca de 319,78% nos últimos
doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em
históricos 113,57%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos
doze meses, chegou a 4,52%); II – a corrupção,
há séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e
comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador
chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela
trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é
que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter
transnacional; eis, portanto, que todos
os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos,
pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina,
fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso
patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente
irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na
Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada
está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e
muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência
do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao
excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a
proposta do
Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões
(53,83%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao
menos com esta última rubrica, previsão de R$
1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito
e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
São, e bem o sabemos,
gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o
nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
59 anos de testemunho de um servidor público
(1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.