quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

 A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS NOVAS ECONOMIAS NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E AS COLUNAS DOS PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICO-MORAIS DO SUCESSO NA SUSTENTABILIDADE

“As novas economias e seus impactos no mercado

        A economia tradicional, por muito tempo, se utilizou do conceito de ‘extrair, produzir e descartar’. Entretanto, com os crescentes debates sobre sustentabilidade, reciclagem e impacto que as empresas trazem para a sociedade, o mercado tem se adaptado. Com isso, surgiram novos tipos de economia e formas de negociar, em que, além de se pensar nos lucros, há o cuidado com o ecossistema em que a empresa está inserida.

         É essencial que as organizações se adaptem à nova realidade e desenvolvam modelos de negócios que tenham como metas mais que apenas os lucros. Dessa forma, uma economia que tem se tornado muito popular é a colaborativa. O modelo é baseado em partilhar bens ou serviços, por meio de aluguéis ou empréstimos. No Brasil, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 89% dos brasileiros que já experimentaram alguma modalidade de consumo colaborativo ficaram satisfeitos após essa experiência.

         A Uber pode ser considerada um exemplo de economia colaborativa. A empresa atua no país desde 2014 e conecta motoristas com passageiros, oferecendo custos mais acessíveis. O Brasil é o segundo maior mercado de companhia no mundo, apresentando um faturamento de mais de R$ 3 bilhões, o que mostra o potencial da economia colaborativa, de acordo com dados divulgados pela empresa.

         Outro modelo que merece a atenção é a economia regenerativa, que visa não apenas desenvolver a empresa, como o meio ambiente ao redor. A intenção é que a produção gere lucros e que reduza os impactos sofridos pelo ambiente ao redor da companhia. A Faber-Castell adota esse modelo de negócio e consegue garantir qualidade na fabricação e poucos impactos para a natureza, por meio da ação de utilizar 100% de madeira reflorestada na fabricação dos lápis. Além disso, a empresa tem as próprias florestas, que absorvem mais 900 mil toneladas de gás poluentes, emitidos na fabricação de seus produtos.

         A economia circular também pode ser uma estratégia para melhorar os mecanismos das empresas e diminuir problemas como a falta de matéria-prima. O modelo torna a organização mais sustentável e reduz a produção de lixo, já que busca por menos desperdício e pelo reaproveitamento dos produtos. A Coca-Cola, desde 2018, criou um projeto de reciclagem dos vidros utilizados nos produtos, derretendo o material e criando novas embalagens.

         Modelos como estes têm sido uma alternativa para unir qualidade de produção e atitudes que reduzam os impactos sofridos pelo meio ambiente. Esse debate sobre a importância de ter uma produção mais sustentável não é novidade. Uma vez que os recursos naturais são finitos, é essencial que as empresas adaptem seus modelos de negócios para uma nova realidade.”.

(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de janeiro de 2021, caderno OPINIÃO, página 17)

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 25 de janeiro de 2021, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“O sucesso que dura

        ‘Dando-se apenas o pão, pode-se ajudar somente o indivíduo. O resultado será que, depois de algum tempo, muitos estarão novamente sem pão’. A frase é lida num artigo assinado, em 1905, pelo vulcânico e genial Rudolf Steiner. Depois de 115 anos, continua atual como nunca.

         Trata-se de um fragmento da longa análise das relações do capital e do trabalho, da mediação do Estado, das políticas públicas, que procuram identificar no esforço humano as razões da alternância de sucessos e de fracassos.

         Steiner realiza uma análise moral e “cármica” subindo em camadas muito superiores àquelas usualmente limitadas a ganhos e perdas financeiras, para finalizar que o sucesso depende da solidariedade e da harmonia despertadas nas relações humanas. Motivação, coesão, união, equilíbrio, determinação, coerência etc. são os ingredientes a serem usados.

         Qualquer esforço na esfera material, por mais intenso que seja para alcançar a meta, deve-se dirigir ao crescimento do indivíduo, de suas potencialidades e da ampliação de sua consciência. É justo e necessário procurar melhores condições materiais, são fundamentais à superação da forme e das restrições de toda ordem prática. Terão, todavia, um valor universal, eternizado e sustentável só se estimularem e enriquecerem indivíduos.

         Um homem rico de recursos e de poder, mas moralmente fraco e indigente, pouco serve à humanidade, e seu legado não passará de cinzas espalhadas pela ventania. Será castigado pela sua estreiteza e egoísmo, tropeçará ainda em vida culpando o destino, sem enxergar a sua insignificância e, portanto, a inutilidade dele para aqueles que o cercam. A justiça superior não o deixará triunfar, pois seus propósitos mesquinhos não interessam nem acima quanto menos abaixo dele.

         Não há riqueza e progresso marcados pela exploração de seres desfavorecidos, em especial por um governante. Seus feitos não deixarão resultados positivos. Pior quando impunemente se aproveita da ignorância e da miséria. O sucesso se torna imperecível num conjunto que tende ao progresso difuso, sem prejuízos para quem quer que seja, quando o amor à humanidade prevalece sobre cálculos mesquinhos. Mais do que a luta contra o mal, é a imposição do bem pelo seu efeito abarcante. E não poderia ser diferente, já que o mal é apenas a ausência do bem; quando o bem impera, não há espaço para o outro se impor, nem sequer parcialmente.

         A riqueza pela exploração e pela dor é frágil como castelo de areia, e o esforço, por mais hercúleo que seja, para preservá-la desmoronará.

         Para Steiner, já em 1905, era um erro acreditar no Estado filantropo ou imaginar que ele resolveria estruturar a humanidade, deixando seres emancipados e donos de seu destino. Afirmava que “grupos políticos se equivocam... baseando-se num conhecimento insuficiente da vida humana”, em especial quando prometem aos ignorantes o pão sem agregar componentes de educação e de crescimento moral.

         As ideias e conceitos divulgados por Rudolf Steiner apresentam o “espírito de integralidade”, o mesmo que leva homens e empresas “amadas” à procura de “função social” como motivação de seus esforços, como principal razão de ser, crescer e se fortalecer exatamente por serem imprescindíveis ao progresso da humanidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a estratosférica marca de 319,78% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 113,57%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,52%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a

proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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