quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS E PEDAGÓGICAS NAS NOVAS ESCOLAS E AS ALVISSAREIRAS CONQUISTAS CIENTÍFICAS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS NA SUSTENTABILIDADE

“O futuro da educação: tradicional ou híbrida?

        No pós-pandemia, haverá uma certeza: nada será como antes. Em todos os setores ocorrerão mudanças e transformações, e acredito que seja para melhor. Na educação não será diferente, uma vez que novos métodos, critérios e maneiras de ensinar estão surgindo. A escola que relutar contra a tecnologia não terá sucesso.

         As maiores dificuldades ocorrerão no ensino público, já que existe um enorme passivo social na educação brasileira. A discrepância de oportunidades entre as classes sociais é o grande desafio a ser vencido. Algumas escolas públicas não oferecem sequer instalações sanitárias decentes para seus alunos, quanto mais salas de informática. Além disso, muitas famílias não dispõem de smartphones e internet de qualidade para que seus filhos tenham acesso a aulas remotas.

         A internet hoje aproxima a sala de aula tradicional e faz parte de um movimento que não tem volta. Como educador, acredito que o melhor modelo para o ensino no pós-pandemia para as últimas séries do ensino básico, ensino médio/técnico e superior seja o híbrido. Considero de fundamental importância as aulas presenciais nos primeiros anos da educação infantil e ensino básico, por várias razões, como a socialização, a facilidade maior para a alfabetização e a criação de laços fraternos e de amizade entre professores e alunos. Quem não se lembra de sua primeira professora? Esta é uma lembrança da escola que carregamos para o resto de nossas vidas.

         Em conversa com nossos estagiários, estes declararam que no ensino remoto há uma vantagem: é que eles podem voltar e revisar a mesma aula gravada várias vezes, assimilando melhor o conteúdo. Há ainda o ganho extra de recorrer aos professores para dirimir suas dúvidas. Não há essa possibilidade no ensino presencial.

         Para utilizar os recursos disponíveis da tecnologia, o professor, muitas vezes, tem que se transformar em um verdadeiro artista, utilizando a música e as artes cênicas para motivar os seus alunos. No sistema tradicional de ensino, alguns profissionais da educação ficam “pulando de galho em galho” em várias escolas para complementar a renda, daí a necessidade de se prepararem e se reinventarem.

         Neste momento de transformações considero que um modelo ideal para o ensino no Brasil é o híbrido. Quiçá no futuro possamos ter somente o ensino remoto. Mas devemos ter sempre em mente que não podemos esquecer que o estudante precisa praticar o que aprende na teoria, e, nesse sentido, a atividade de estágio é de fundamental importância.

         É claro que a fusão e a implantação dos dois sistemas de ensino – presencial e remoto – exige muito planejamento e preparação de todos os envolvidos. O Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (Ciee/MG), que atua em nosso Estado há mais de 40 anos no encaminhamento de estudantes para oportunidades de estágios, e nos últimos também para a aprendizagem, acompanha atentamente essas mudanças e está preparado para atender alunos, escolas e empresas.”.

(Sebastião Alvino Colomarte. Professor e diretor-presidente do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais – Ciee/MG), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 31 de outubro de 2020, caderno OPINIÃO, página 23).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 14 de janeiro de 2021, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Alicia Kowaltowski, professora do Instituto de Química da USP, e que merece igualmente integral transcrição:

“Apesar dos tropeços, a ciência impera:

  temos vacinas e devemos nos vacinar

        Em 1998, o britânico Andrew Wakefield e colaboradores publicaram um artigo científico sugerindo que vacinas poderiam causar autismo. O trabalho foi posteriormente retratado, e sabemos por múltiplos estudos consensuais que não há nenhuma veracidade nele. Mas, infelizmente, essa foi uma instância em que cientistas individuais, com um trabalho malfeito, causaram imenso estrago no progresso científico.

         Apesar da indubitável comprovação da segurança das vacinas, seu papel fundamental na saúde da população e inequívocas demonstrações de que não causam autismo, o movimento antivacina cresceu progressivamente, impulsionado não por cientistas, mas por leigos que espalham inverdades.

         O movimento é apoiado pela percepção amplamente difundida de que vacinar não é natural – e que, por não ser natural, não é saudável. Esse conceito “natureba” não é somente perigoso por impulsionar o movimento antivacina, mas completamente inverídico: não há nada que faça algo natural ser mais ou menos saudável para um ser humano. Exemplifico ao lembrar que algumas das mais potentes moléculas tóxicas são completamente naturais (como venenos de serpentes e toxinas como a ricina, usadas por terroristas). Assim como a vacina não é natural, também não é natural ter vidas longas e saudáveis como temos hoje – ambas são produtos da ciência.

         Ilustrativamente, vemos com a pandemia atual um cenário esclarecedor do poder das vacinas: o estrago que faz um vírus 100% natural, por falta de apenas um imunizante. Mas a maré está para mudar, pois cientistas, usando conhecimento adquirido por décadas de trabalho intenso, desenvolveram em tempo recorde várias vacinas contra a Covid-19 – e a campanha vacinal mundial já começou.

         No Brasil ainda assistimos a isso de longe, sem ter acesso a vacinas locais, apesar do excelente histórico de vacinação que o país tem.

         Para piorar, vacinas viraram motivo para imbróglios políticos. O presidente Jair Bolsonaro, um completo negacionista científico, espalha inverdades e inventa problemas inexistentes sobre vacinas para disfarçar o fato de que nada fez para criar acesso a essas para os brasileiros.

         Ele e sua equipe continuam tentando propagandear o tal “tratamento precoce” contra a Covid-19, o que é comprovadamente ineficaz.

         Nessa lamentável situação, o Brasil teve a sorte de ter um contrato firmado entre a competente e experiente Fiocruz e a AstraZeneca para a produção de suas vacinas, que são seguras, eficazes, baratas e passíveis de produção nacional. Infelizmente ainda não temos essa produção iniciada, e a previsão de importação envolve números limitados de doses.

         Por outro lado, o governador João Doria (PSDB) se lançou publicamente como o gestor da pandemia, baseando suas ações em ciência, e mediou um acordo entre o renomado Instituto Butantan e a Sinovac, que testava uma vacina também com características muito adequadas às condições nacionais – e que também se provou segura e eficaz. Esse imunizante tem a vantagem de já estar presente no país, em produção e em quantidades significativas. Infelizmente, numa tentativa altamente politizada e desnecessária de dourar a pílula sobre a sua eficácia, e limitada por um questionável contrato, a divulgação pública dos dados da Coronovac, testada pelo Butantan, não foi realizada de forma pronta e transparente, dando abertura às teorias de conspiração e antivacina.

         Vacina boa é aquela que é segura, eficiente e sobre a qual temos acesso. Não deixemos as vozes politizadas ou de negacionistas científicos apaguem a grande oportunidade criada pela ciência. Temos vacinas. Temos um sistema público organizado, com a habilidade de vacinar grandes populações. Com uma atitude unificada de esclarecimento e organização de uma campanha cientificamente embasada, podemos diminuir o sofrimento e mortes causadas por essa doença. Viva a ciência, e que se inicie a vacinação!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a estratosférica marca de 319,78% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 113,57%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,52%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a

proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

Nenhum comentário: