quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA LIDERANÇA NA QUALIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DOS CUIDADOS CIVILIZACIONAIS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS NA SUSTENTABILLIDADE

“Liderança em tempos de crise

        Passar conhecimento, motivar a equipe, acompanhar a evolução dos colaboradores, apontar melhorias quando necessárias, criar engajamento entre funcionário e empresa, entre outras atividades, são posturas essenciais a um líder. Mas engajar pessoas, com base no propósito de uma organização quando o cenário de trabalho muda, como o gerado agora pela pandemia, é ainda mais desafiador quando o assunto é liderar. Principalmente quando durante o horário de trabalho existe uma distância física entre o líder e seu time.

         Conforme levantamento realizado pela Talenses Group, especializada em recrutamento, em parceria com a Fundação Dom Cabral, em média, 70,3% dos trabalhadores do país estão em home office durante a quarentena.

         O estudo, feito em 375 companhias brasileiras, também revelou que na indústria, de fevereiro para março, a porcentagem de funcionários em trabalho remoto passou de 15,2% para 51,1%, enquanto no setor de serviços o crescimento foi de 25,6% para 76,3%. O comércio foi o que manteve a menor taxa, por continuar funcionando em atividades essenciais, de 11,7% para 22,9%.

         Com essa nova realidade, é importante repensar o modelo de liderança e praticar novas formas de gestão em que prevaleçam autonomia, responsabilidade e cooperação entre os colaboradores. Algumas ações, no entanto, podem fazer a diferença na criação de uma rotina mais produtiva. Organizar junto com o colaborador o que é prioridade e o cronograma das entregas, focando o resultado e não o controle; oferecer apoio técnico para o desenvolvimento das tarefas; estabelecer uma comunicação clara e efetiva para que não surjam dúvidas entre os funcionários; e manter a equipe informada das novas estratégias da empresa são alguns exemplos de atitudes que auxiliam neste momento.

         Além disso, em tempos de crise a insegurança, a ansiedade e o estresse aumentam. Com isso, o líder deve estar preparado para lidar com questões como o bem-estar emocional e a saúde mental da equipe. O gestor ainda precisa cuidar de si para que sua equipe possa segui-lo, já que o líder é um exemplo para seu time.

         É preciso também que se crie um ambiente de diálogo e confiança entre todos os colaboradores, pois muitas pessoas estão enfrentando momentos difíceis durante o isolamento social, inclusive perdas de entes queridos. E ter um espaço em que elas se sintam acolhidas na hora de voltar para as empresas é um ponto importante.

         Após esse período de turbulência, na retomada pós-pandemia, novos desafios precisarão ser enfrentados, e uma nova rotina existirá, pois o mercado não será o mesmo. Além de planejamentos estratégicos para curto, médio e longo prazos, as empresas e os profissionais precisarão estar preparados para se adaptarem às transformações, inclusive as digitais, que chegaram para ficar.”.

(Flávio Vinte. Empreendedor e CEO da Vivaçúcar, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de julho  de 2020, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 11 de janeiro de 2021, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“O novo surto

        A Covid-19 recuou e parecia controlada, nas últimas semanas, e mais intensamente, nos últimos dias, ficou evidente que o pior ainda pode estar por vir.

         Alguns fatores contribuíram para essa explosão. Um esperado: as eleições municipais, mesmo quando não havia vacina no horizonte, foram mantidas no calendário de 2020 pelo Congresso, por cálculo de interesse em causa própria. O desrespeito com a população é gritante, porque, enquanto o Congresso está de quarentena, os eleitores devem ir às urnas. Mais: centenas de milhares de candidatos e seus cabos caçando votos em cada esquina.

         Os registros oficiais mostram que a mortalidade em geral (como publicou O TEMPO da última quarta-feira) em Belo Horizonte caiu ao menor número de 2020 em outubro, com 23 óbitos/dia, mais baixo que nos meses de janeiro e fevereiro, antes da chegada da Covid, com médias diárias de 28 e 27, respectivamente. O mês de julho marcou o ápice da mortalidade do ano, com 41 óbitos/dia. Em agosto foram 35; em setembro, 31. De 23 em outubro, o mês de novembro registrou 26/dia, já o mês de dezembro igualou setembro, com 31 óbitos/dia. E neste fim de semana os cemitérios da região metropolitana de BH tiveram muito, muito trabalho.

         A compulsão pelos festejos e comemorações de final de ano colocou em movimento um mecanismo de árduo controle, os jovens num momento de abstinência de atividades que foram reprimidas ao longo dos últimos nove meses.

         Colabora também o sentimento de que a Covid entre jovens é uma “gripezinha”, quando não é totalmente assintomática. Nos pontos de encontro, os points, o uso de máscaras foi minguando, e parece até que quem a usa é tachado de não valente ou de frouxo. Claro que nem todos, mas a maioria que frequenta os encontros, os bares, as praças tradicionais de paquera, os shoppings com seus rolês, pouco se importa. Uma mãe me explicou que as meninas vão a esses locais para mostrar suas beldades. Abraços e beijos voltaram ao pré-pandemia, as bebidas em copos compartilhados, e, ainda, as “alcoólicas” (que a Justiça liberou) promovem com seus efeitos etílicos a propagação.

         Quase um estouro de gente encheu praias no litoral, pontos de recreio e lazer, em especial com uma juventude reprimida tirando o atraso de 2020.

         Pois é, a cada momento recebo mais e mais relatos escabrosos de amigos, parentes e conhecidos. As festas de Escarpas do Lago, do Sul da Bahia, das praias no Espírito Santo, nos sítios, nas praças parecem não ter poupado ninguém. Um amigo me relata que na pousada de Trancoso “todos” os 18 funcionários pegaram Covid, um grupo de 14 festeiros voltou do interior de Minas 100% infectado etc. Filhos de conhecidos e de parentes não tem um sem um horror para relatar. Se, felizmente, os jovens mostram sintomas brandos, os pais, avós e outros pagam caríssimo, e muitos com a vida.

         Vejo também que as pessoas, devido ao abrandamento de setembro e mais ainda de outubro, calculavam ter escapado, e também a cura está mais eficiente com um coquetel precoce de medicamentos, como ivermectina, Tamiflu, azitromicina, hidroxicloroquina, vitaminas C, D etc. Só que pessoas idosas demoram a se consultar, a sair de casa e tardam a comparecer a Unidades de Pronto-Atendimento (UPA), quando já perderam o momento certo de enfrentar o vírus.

         A letalidade no Brasil, apesar de se alardearem 200 mil mortos, chegou à média de 96 óbitos/100 mil habitantes, enquanto países como a Bélgica estão com 173/100 mil, e a Inglaterra, com 120/100 mil.

         São dados que deveriam ser colocados constantemente para poder medir o efetivo risco de perdas humanas que temos ainda pela frente.

         O melhor enfrentamento, até a vacina chegar, é a conscientização, especialmente dos jovens. O trabalho, o comércio, o transporte de passageiros, os cultos religiosos e a “vida normal” são atividades imprescindíveis e administráveis, assim como o desempenho do mês de outubro mostrou, com o Brasil de volta à normalidade com responsabilidade.

         É preciso aprender rapidamente a lição e considerar que os efeitos da pandemia são proporcionais aos descuidos que podem ser evitados.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a estratosférica marca de 319,78% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 113,57%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,52%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a

proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

 

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