“Saber inglês: oportunidades e perspectivas
Reportagem
da Folha sobre a importância do inglês para o estudante de escola
pública na prova do Enem (“Inglês no Enem é obstáculo entre aluno de escola
pública e a faculdade”, 28/2), bem como todos os desafios impostos pela pandemia
de Covid-19, evidenciam que, mais do que nunca, saber inglês abre portas para a
educação, o emprego e a conectividade com o mundo.
Em 2020
e 2021, o governo dos Estados Unidos intensificou parcerias e ampliou
oportunidades para professores brasileiros no intuito de democratizar o acesso
ao inglês. Apenas nesse período trabalhamos com mais de 65 universidades e
secretarias de governos, alcançando mais de 250 mil professores. Como diretora
de programas de inglês da Embaixada e dos Consulados dos EUA no Brasil, entendo
que saber inglês é essencial para que o acesso a oportunidades seja mais
democrático.
Expandir
o acesso a alunos de diferentes faixas etárias é um compromisso da Embaixada
dos EUA no Brasil. Recentemente, lançamos o programa Access E2C, curso
intensivo de inglês com 210 horas de instrução para profissionais
afrodescendentes e indígenas em início de carreira. Atualmente, esse programa
beneficia 160 profissionais em oito regiões do país.
Além
disso, fizemos uma parceria com a startup ChatClass, com foco em alunos do
ensino médio, para promover a segunda Olimpíada de Inglês do Brasil,
desenvolvida via Inteligência Artificial no WatsApp. Tivemos a participação de
mais de 145 mil alunos e professores de todos os cantos do país. Os 81 professores
vencedores do concurso receberam um curso de capacitação para o uso de
tecnologias em sala de aula, além de suporte didático-pedagógico, e 162 alunos
puderam melhorar suas habilidades linguísticas em “clubes de inglês” online.
Os
educadores brasileiros têm trabalhado arduamente e revelado um enorme otimismo
e criatividade durante a pandemia. No Rio de Janeiro, centenas de professores
participam atualmente de capacitação para integrar o ensino regular baseado em
projetos ao aprendizado de inglês. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, 140
professores participam da quarta fase de um projeto online com foco em
avaliação. Outro programa de destaque em nível nacional é o Brite – “Brazilians
Innovating on the Teaching of English (“Brasileiros Inovando no Ensino Inglês”),
com mais de 350 professores de escolas
públicas de 15 cidades participando de forma virtual e aprendendo metodologias
para o ensino no século 21 adequadas à Base Nacional Comum Curricular.
Também
criamos um novo podcast gratuito em colaboração com a Universidade do Texas –
“Língua da Gente: Slice of Life” – produzido especialmente para brasileiros. No
campo acadêmico, estamos apoiando universidades estaduais e federais em
projetos para ensino de escrita acadêmica e publicação em inglês, em parceria
com o Paraná. Ainda em 2021, lançaremos um centro virtual de escrita acadêmica
– projeto-piloto para uma plataforma cujo acesso poderá ser estendido para todo
o Brasil.
Saber
inglês é essencial para a formação do cidadão brasileiro do século 21 e uma das
prioridades da Embaixada e dos Consulados dos EUA no Brasil. Estamos empenhados
em promover cada vez mais oportunidades para brasileiros por meio do ensino do
inglês e abertos a parcerias inovadoras. Juntos somos mais fortes.”.
(Jennifer L. Uhler. Diretora do Escritório
Ensino de Língua Inglesa da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, em artigo
publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 19 de abril de 2021,
caderno opinião, página A3).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de abril
de 2021, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI,
e que merece igualmente integral transcrição:
“A era aguardada
Hoje
gostaria de escrever sobre o fim da pandemia, comemorar o término do maior
flagelo que abateu sobre o Brasil nos últimos cem anos. Terei que aguardar
ainda um tempo, que espero ser o mais curto e menos penoso possível. Não há mal
que dura para sempre! Voltaremos, certamente, a uma “nova normalidade”, não
mais ao que era antes.
A
pandemia, além de deixar muitas perdas humanas e materiais, obrigou a
humanidade a reconsiderar seus costumes, suas atividades.
Já se
pode enxergar, sem bola de cristal, que as restrições, o isolamento, os
cuidados sanitários aceleraram mudanças, levaram a explorar as tecnologias que
aguardavam uma atenção e uma razão de se impor. Até quem imaginava “impossível”
se reunir, com proveito, com algumas pessoas, ou até centenas, situadas em
locais e continentes diferentes, se curvou. É possível, e dá os mesmos
resultados. A diferença é a economia de gastos, de viagens, de estadias, de
salas de espera, de “presencialismo”.
A compra
de produtos tanto necessários quanto supérfluos agora é realizada sem perda de
tempo e energia, sentados ao computador, tendo disponíveis opções infindáveis
de produtos. Sem correr o risco de não encontrar onde estacionar o carro ou de
voltar para casa com um produto que não era o desejado. Livros, cosméticos,
aparelhos domésticos, alimentos não perecíveis, esquisitices de todos os
gêneros chegam e podem ser presenteados até do outro lado do planeta,
gastando-se menos.
Morar
num lugar central e estratégico passava por sérias considerações, agora
valorizam-se locais mais aconchegantes e próximos da natureza por uma legião de
trabalhadores. Depreciam-se os centros urbanos marcados por trânsito caótico e
poluição sonora e ambiental.
Os
condomínios fechados tendem a se popularizar e a servir de refúgio da família.
O ensino a distância será utilizado intensamente nos cursos superiores. Os
núcleos familiares poderão se transferir para outros países com os filhos
matriculados na cidade de origem. A educação a distância não concederá as
mesmas vantagens da presencial, mas ampliará outras e dará oportunidade a uma
massa de alunos totalmente excluídos. Poderá permitir acesso às aulas de
personalidades geniais, raras e de denso conteúdo, lecionando ao mesmo tempo
para milhares de jovens.
O
smartphone se impôs na pandemia, quase dobrando o tempo médio de uso. Até as
gerações que nasceram sem tevê em casa aprenderam a se ligar à web, a rede de
bilhões de outros seres humanos, e usufruir de um oceano de informações.
As casas
serão remodeladas, e o conforto se firmará como a principal preocupação de
pessoas que trabalham em home office, sempre que possível próximas do ambiente
natural.
A
preocupação com as águas, o ar e os elementos marcará profundamente a “nova
normalidade”. O retorno à natureza provocará um êxodo de pessoas que
continuarão em qualquer hipótese conectadas e inseridas no ambiente de
trabalho.
As
roupas serão mais confortáveis e aconchegantes, o conceito de elegância sofrerá
o impacto da simplificação e do minimalismo. Comidas orgânicas, funcionais,
caseiras e veganas terão um número expressivo de adeptos.
A
prática de esportes, de exercícios, de atenção para uma vida saudável se
multiplicará. Haverá um número maior de pessoas dedicadas a práticas de
espiritualidade. A biodiversidade terá protetores engajados ao par da causa
animal, que cresce a cada dia.
A
substituição das energias e dos métodos “sujos” pelos limpos exigirá uma
transformação radical, impulsionada pelas mudanças climáticas, na produção de
bens de consumo.
As
previsões que marcaram os primórdios da New Age, na década de 1960, parecem se
transformar em realidade. A época em que gurus indianos, como Yogananda,
Maharishi, Aurobindo, Krishnamurti, baixavam na Europa e nos Estados Unidos,
levados pela revolução cultural – e que levavam a cantar “Era de Aquário” e o
Hare Krishna –, não parece tão fora da realidade, e se pode imaginar que as
próximas décadas serão mesmo de uma nova era.
A
pandemia fez brotar sementes que de outra forma aguardariam sua vez por muitos
anos.
Uma
expressiva parcela da humanidade aspira a ter qualidade de vida, a defender o
planeta, acredita na espiritualidade, ambiciona a sustentabilidade, um saber
amplo, as artes, a beleza, aspira a manter a alma e a consciência em paz.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
59
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem! ...
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.