quinta-feira, 29 de abril de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA LÍNGUA INGLESA NA QUALIFICAÇÃO CIDADÃ E PROFISSIONAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS LUZES DA ESPIRITUALIDADE E HUMANISMO NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE

“Saber inglês: oportunidades e perspectivas

        Reportagem da Folha sobre a importância do inglês para o estudante de escola pública na prova do Enem (“Inglês no Enem é obstáculo entre aluno de escola pública e a faculdade”, 28/2), bem como todos os desafios impostos pela pandemia de Covid-19, evidenciam que, mais do que nunca, saber inglês abre portas para a educação, o emprego e a conectividade com o mundo.

         Em 2020 e 2021, o governo dos Estados Unidos intensificou parcerias e ampliou oportunidades para professores brasileiros no intuito de democratizar o acesso ao inglês. Apenas nesse período trabalhamos com mais de 65 universidades e secretarias de governos, alcançando mais de 250 mil professores. Como diretora de programas de inglês da Embaixada e dos Consulados dos EUA no Brasil, entendo que saber inglês é essencial para que o acesso a oportunidades seja mais democrático.

         Expandir o acesso a alunos de diferentes faixas etárias é um compromisso da Embaixada dos EUA no Brasil. Recentemente, lançamos o programa Access E2C, curso intensivo de inglês com 210 horas de instrução para profissionais afrodescendentes e indígenas em início de carreira. Atualmente, esse programa beneficia 160 profissionais em oito regiões do país.

         Além disso, fizemos uma parceria com a startup ChatClass, com foco em alunos do ensino médio, para promover a segunda Olimpíada de Inglês do Brasil, desenvolvida via Inteligência Artificial no WatsApp. Tivemos a participação de mais de 145 mil alunos e professores de todos os cantos do país. Os 81 professores vencedores do concurso receberam um curso de capacitação para o uso de tecnologias em sala de aula, além de suporte didático-pedagógico, e 162 alunos puderam melhorar suas habilidades linguísticas em “clubes de inglês” online.

         Os educadores brasileiros têm trabalhado arduamente e revelado um enorme otimismo e criatividade durante a pandemia. No Rio de Janeiro, centenas de professores participam atualmente de capacitação para integrar o ensino regular baseado em projetos ao aprendizado de inglês. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, 140 professores participam da quarta fase de um projeto online com foco em avaliação. Outro programa de destaque em nível nacional é o Brite – “Brazilians Innovating on the Teaching of English (“Brasileiros Inovando no Ensino Inglês”), com mais de 350  professores de escolas públicas de 15 cidades participando de forma virtual e aprendendo metodologias para o ensino no século 21 adequadas à Base Nacional Comum Curricular.

         Também criamos um novo podcast gratuito em colaboração com a Universidade do Texas – “Língua da Gente: Slice of Life” – produzido especialmente para brasileiros. No campo acadêmico, estamos apoiando universidades estaduais e federais em projetos para ensino de escrita acadêmica e publicação em inglês, em parceria com o Paraná. Ainda em 2021, lançaremos um centro virtual de escrita acadêmica – projeto-piloto para uma plataforma cujo acesso poderá ser estendido para todo o Brasil.

         Saber inglês é essencial para a formação do cidadão brasileiro do século 21 e uma das prioridades da Embaixada e dos Consulados dos EUA no Brasil. Estamos empenhados em promover cada vez mais oportunidades para brasileiros por meio do ensino do inglês e abertos a parcerias inovadoras. Juntos somos mais fortes.”.

(Jennifer L. Uhler. Diretora do Escritório Ensino de Língua Inglesa da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, em artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 19 de abril de 2021, caderno opinião, página A3).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de abril de 2021, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“A era aguardada

        Hoje gostaria de escrever sobre o fim da pandemia, comemorar o término do maior flagelo que abateu sobre o Brasil nos últimos cem anos. Terei que aguardar ainda um tempo, que espero ser o mais curto e menos penoso possível. Não há mal que dura para sempre! Voltaremos, certamente, a uma “nova normalidade”, não mais ao que era antes.

         A pandemia, além de deixar muitas perdas humanas e materiais, obrigou a humanidade a reconsiderar seus costumes, suas atividades.

         Já se pode enxergar, sem bola de cristal, que as restrições, o isolamento, os cuidados sanitários aceleraram mudanças, levaram a explorar as tecnologias que aguardavam uma atenção e uma razão de se impor. Até quem imaginava “impossível” se reunir, com proveito, com algumas pessoas, ou até centenas, situadas em locais e continentes diferentes, se curvou. É possível, e dá os mesmos resultados. A diferença é a economia de gastos, de viagens, de estadias, de salas de espera, de “presencialismo”.

         A compra de produtos tanto necessários quanto supérfluos agora é realizada sem perda de tempo e energia, sentados ao computador, tendo disponíveis opções infindáveis de produtos. Sem correr o risco de não encontrar onde estacionar o carro ou de voltar para casa com um produto que não era o desejado. Livros, cosméticos, aparelhos domésticos, alimentos não perecíveis, esquisitices de todos os gêneros chegam e podem ser presenteados até do outro lado do planeta, gastando-se menos.

         Morar num lugar central e estratégico passava por sérias considerações, agora valorizam-se locais mais aconchegantes e próximos da natureza por uma legião de trabalhadores. Depreciam-se os centros urbanos marcados por trânsito caótico e poluição sonora e ambiental.

         Os condomínios fechados tendem a se popularizar e a servir de refúgio da família. O ensino a distância será utilizado intensamente nos cursos superiores. Os núcleos familiares poderão se transferir para outros países com os filhos matriculados na cidade de origem. A educação a distância não concederá as mesmas vantagens da presencial, mas ampliará outras e dará oportunidade a uma massa de alunos totalmente excluídos. Poderá permitir acesso às aulas de personalidades geniais, raras e de denso conteúdo, lecionando ao mesmo tempo para milhares de jovens.

         O smartphone se impôs na pandemia, quase dobrando o tempo médio de uso. Até as gerações que nasceram sem tevê em casa aprenderam a se ligar à web, a rede de bilhões de outros seres humanos, e usufruir de um oceano de informações.

         As casas serão remodeladas, e o conforto se firmará como a principal preocupação de pessoas que trabalham em home office, sempre que possível próximas do ambiente natural.

         A preocupação com as águas, o ar e os elementos marcará profundamente a “nova normalidade”. O retorno à natureza provocará um êxodo de pessoas que continuarão em qualquer hipótese conectadas e inseridas no ambiente de trabalho.

         As roupas serão mais confortáveis e aconchegantes, o conceito de elegância sofrerá o impacto da simplificação e do minimalismo. Comidas orgânicas, funcionais, caseiras e veganas terão um número expressivo de adeptos.

         A prática de esportes, de exercícios, de atenção para uma vida saudável se multiplicará. Haverá um número maior de pessoas dedicadas a práticas de espiritualidade. A biodiversidade terá protetores engajados ao par da causa animal, que cresce a cada dia.

         A substituição das energias e dos métodos “sujos” pelos limpos exigirá uma transformação radical, impulsionada pelas mudanças climáticas, na produção de bens de consumo.

         As previsões que marcaram os primórdios da New Age, na década de 1960, parecem se transformar em realidade. A época em que gurus indianos, como Yogananda, Maharishi, Aurobindo, Krishnamurti, baixavam na Europa e nos Estados Unidos, levados pela revolução cultural – e que levavam a cantar “Era de Aquário” e o Hare Krishna –, não parece tão fora da realidade, e se pode imaginar que as próximas décadas serão mesmo de uma nova era.

         A pandemia fez brotar sementes que de outra forma aguardariam sua vez por muitos anos.

         Uma expressiva parcela da humanidade aspira a ter qualidade de vida, a defender o planeta, acredita na espiritualidade, ambiciona a sustentabilidade, um saber amplo, as artes, a beleza, aspira a manter a alma e a consciência em paz.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

 a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 326,68% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 124,93%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,10%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

        

          

        

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