quinta-feira, 15 de abril de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA DIVERSIDADE NAS ORGANIZAÇÕES NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E O PODER DA ÉTICA, INTEGRIDADE E BOA GOVERNANÇA NA SUSTENTABILIDADE

“Diversidade empresarial como necessidade e diferencial

        A sociedade já entendeu a importância de ter um time de líderes diversos nas organizações, apesar de ainda existir um longo caminho para percorrer. Porém, algumas empresas ainda não identificaram os benefícios e as vantagens competitivas que uma equipe diversificada pode gerar.

         De acordo com dados divulgados pela empresa de consultoria e gestão McKinsey & Campany, as organizações que investem na diversidade de gênero possuem 21% de chance de ter melhores resultados que aquelas que possuem um quadro de funcionários restrito. O mesmo padrão é observado ao se falar de diversidade étnica e cultural. A pesquisa mostra que as empresas que contratam funcionários diferentes entre si possuem um crescimento 35% maior em relação a outras empresas.

         Isso acontece porque a diversidade em ambiente de trabalho fortalece a marca e a relação interna e externa da empresa. Os consumidores são cada vez mais diversos e, com isso, se identificam mais com as organizações que promovem ações que se comunicam com diferentes públicos.

         Além disso, a diversidade empresarial promove o “employer branding” que, em tradução livre, significa a reputação do empregador ou marca. É um conjunto de técnicas que geram uma percepção positiva do mercado a respeito da empresa como local de trabalho. Uma vez que o ambiente de trabalho favorece a troca de experiências e convívio com pessoas diferentes, isso torna o ambiente mais propício para a inovação e resolução de problemas.

         No entanto, a diversidade empresarial vai além da contratação de funcionários com perfis diferentes. Para que ela ocorra de forma eficaz, é necessário entender o valor da diversidade e da inclusão, preparar as lideranças e incentivar o respeito dentro do ambiente empresarial.

         A Nubank, por exemplo, tem o cargo de head of diversity, que é um profissional responsável por trabalhar com iniciativas de diversidade e inclusão que impactam toda a empresa. Dessa forma, mais do que mudar os processos seletivos, a organização visa modificar a cultura da empresa e buscar por resultados de longo prazo.

         É importante enxergar a diversidade como uma oportunidade de crescimento para todos e, nesse ponto, os comitês de afinidade para cada categoria minoritária nas empresas podem ser uma estratégia eficaz. A Rock Content, startup mineira de marketing, possui grupos como “Women Rock” e “Afro Rock”, que promovem debates entre os funcionários para promover uma melhor convivência entre todos.

         Cada companhia tem a sua cultura, por isso nem todos acreditam que o investimento na diversidade deve ser uma prioridade. Porém, essa ação pode ser um divisor de águas para a organização, que com times de funcionários diversos consegue atender melhor seus clientes, buscar soluções inovadoras e ter menos conflitos internos, se colocando um passo à frente dos concorrentes.”.

(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 13 de março de 2021, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 12 de abril de 2021, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Águia e tucana

        As trocas nos altos cargos de um governo não acontecem por mera fatalidade. Amadurecem e se sedimentam numa progressão de eventos, de circunstâncias quase sempre indomáveis. Embora alguns sinais possam levar a crer numa perda irreparável, a história mostra que substitutos souberam ultrapassar os resultados alcançados pelo antecessor. Assim se espera, já que em jogo está o interesse, não apenas de um governante, mas de 20 milhões de mineiros diretamente impactados pelas ações do governo.

         Em Minas perdeu-se um executivo público competente, probo, austero, dedicado e focado no bem do Estado. Um cometa que passa a cada 50 anos, um diamante numa montanha de cascalho. Sai, assim, uma figura do quilate de Otto Levy da Secretaria de Planejamento, uma águia do saber, e entra Luisa Barreto, uma jovem funcionária de carreira, tucana, recém-reincorporada à secretaria depois de uma aventura eleitoral nas urbanas da capital.

         Com a saída de Otto Levy, empobrece Minas Gerais inteira, ao mesmo tempo em que o governo sofre o desfalque da maior reserva de inteligência, competência e coragem, genuinamente voltadas para o bem do Estado. Discreto, despojado de vaidades, humilde, felizmente liberto de ideologias polêmicas, restará na história como o maior protagonista da estratosférica indenização a que foi levada a Vale. Valor mensurável em um aumento de 22% do PIB do Estado de Minas nos próximos quatro anos, com potencial transformador e acelerador de um progresso que no Estado avançou como caranguejo na segunda parte da última década.

         Embora assinado por um mundaréu de gente, menos pelos municípios afetados e diretamente prejudicados, o acorda da Vale ainda é uma obra inacabada e preliminar, com obscuridades nas suas entrelinhas que deixam a execução das obras nas mãos da própria Vale, num ambiente em que exerce fortíssima e colonizadora influência. Poderá levar a muito ou a nada, como a Vale já se mostrou capaz com suas controladas, nos casos das contrapartidas da VLi e das reparações da tragédia de Mariana com resultado nulo ou impalpável.

         Não se trata, como alguém considera apressadamente, de cobrar um pênalti contra um goleiro de olhos vendados e mãos amarradas, tem muito mais: ainda não se alcançou a fase mais complexa e tormentosa. Aquela que requer o comando de uma figura destemida, incorruptível e competente como Otto. O governo de Minas tem alguém que possa assumir o leme de um mar que promete tempestades e ondas gigantes?

         O navio perde o timoneiro ainda não percebido pela plateia, quando está sendo elaborada uma ação de revisão do acordo da Samarco, controlada da Vale, para exigir-lhe as dezenas de bilhões que deixou de pagar.

         Será mera coincidência a Samarco ter requerido nessa última sexta-feira um estranho, para não dizer patético, pedido de recuperação judicial? Deverá ser-lhe negado, pois é controlada pelas duas mais rentáveis e poderosas mineradoras das Américas, mas mostram a ousadia de quem é capaz de embaralhar as cartas para fugir de suas responsabilidades legais.

         Escrevi nesta coluna, quando da assinatura do acordo da Vale, que o governador Zema teria pela frente um cenário de marcha triunfal até a reeleição. Agora as circunstâncias tiraram dele as botas e a marcha se dará descalço.

         Ao Otto Levy o reconhecimento de suas atitudes heróicas, num cenário de mediocridades e oportunismos, e, ainda, o agradecimento por ter mostrado ao país que competência, probidade e determinação (ausente há décadas) podem subverter o império da imoralidade que desgraçou o Brasil.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

 a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 326,68% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 124,93%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,10%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!          

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

 

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